Vítimas Das Circunstâncias escrita por Leonardo Souza


Capítulo 4
Iluminado


Notas iniciais do capítulo

A mesma coisa do capitulo anterior, tem um "~~" que leva a uma musica se vocês quiseram ouvir.



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03/02/2016

Quarta-feira

10:15

Marcelo

Acordei com meu telefone tocando, era estranho acordar e não ir trabalhar.

— Alô?

— Cadê você, infeliz? — Era o Lucas, tinha me esquecido completamente que ele ia me visitar essa semana.

— Desculpa, aconteceram várias coisas, espera aí que estou indo e te conto tudo.

Estava sozinho em casa, depois de ontem eu e Kauan convencemos minha mãe a levar meus irmãos para uma tia em outra cidade só para eles ficarem seguros enquanto resolvíamos isso, meu telefone tocou outra vez.

— Já disse que estou indo.

— Marcelo, você sabe alguma coisa sobre meu irmão?

— Ana, oi, não entendi.

— Ele saiu e não voltou até agora, o Vinicius também.

— Merda, vai ficar tudo bem, vai para a delegacia e procure o Detetive que te encontro lá.

— Se aconteceu alguma coisa com meu irmão nunca vou te perdoar.

— Nem sabia que você tinha me perdoado por antes. — Desliguei antes que ela pudesse responder qualquer coisa.

10:20

Lucas estava me esperando na entrada do estacionamento, quando me viu acenou com a mão exageradamente como sempre e entrou no carro.

— Então, vamos nessa?

— Acho melhor você voltar.

— O que?

— Vou falar uma coisa que vai parecer loucura.

— E quando você fala alguma coisa que não pareça loucura?

— Estou falando sério dessa vez, tem um assassino atrás de mim e eu não quero envolver você nisso.

Ele começou a rir.

— É sério, trinta pessoas estão mortas e meu amigo morreu ontem! — Bati a mão no volante.

— Então é sério, vi as notícias, mas não sabia que era você.

— Então é melhor você voltar.

— Não posso voltar, você é meu amigo e não posso te abandonar com ou sem assassino atrás do seu pescoço.

— Se ficar pode virar um alvo.

— Não se a gente pegar esse filho da puta.

Nós dois começamos a rir.

10:30

Kauan

Ana entrou correndo na delegacia falando que precisava falar comigo, ela estava chorando. Quem estava morto agora?

— Estou aqui. — Me aproximei.

— É meu irmão e o Vinicius, eles saíram ontem à noite e não voltaram até agora.

— E os celulares?

— Cai direto na caixa postal.

— Tem certeza de que eles não estão na casa de outros amigos.

— Não, é a única regra que temos: sempre volte para casa não importa a hora.

— Merda.

Marcelo entrou na delegacia acompanhado de outro garoto.

— Alguma coisa? — Ele perguntou.

— Acabei de chegar.

— Vou mandar algumas viaturas procurar por eles, me acompanhem.

10:34

Ana

Fomos para a sala do Detetive, checava meu celular de cinco em cinco segundos na esperança de chegar alguma mensagem dele.

— Isso não se encaixa no perfil dele, toda vez que ele matou chamou alguém para ver que a pessoa estava morta. — O Detetive falou.

— Isso quer dizer que eles ainda estão vivos?

— Talvez.

— Olha — Era o garoto que veio com Marcelo — Sou novo nessa coisa de assassinato e tal, mas se eu fosse um não seria mais fácil fingir minha morte ou rapto enquanto mato todo mundo durante a noite?

— Quem é você?

— Sou Lucas, amigo do Marcelo, Prazer em te conhecer.

— Até agora não tive prazer nenhum.

— Ele pode ter razão. — O Detetive falou.

— Meu irmão não é assassino.

— Ninguém pode confirmar, mas existe só algumas possibilidades. Primeira: Eles fingiram ser raptados para poder matar sem ficar no nosso radar. Segunda: Eles estão mortos. Terceira: Eles foram raptados e o assassino quer usar isso para mexer com nossas cabeças.

— Isso é ridículo, vou procurar meu irmão sozinha.

— A gente pode ir com você — Marcelo falou.

— Agora você quer estar presente? — Sai da sala.

10:37

Lucas

Sobre o que foi isso que ela falou agora?

— Nada. O que vamos fazer?

— Não podemos deixar ela sozinha pela cidade — O Detetive falou — Vou mandar um dos policiais com ela.

— E a gente? — Marcelo perguntou

— Vamos até o último lugar que eles foram vistos

Meu telefone vibrou no bolso, era uma mensagem de número desconhecido que dizia “Bem-vindo ao jogo”

— Marcelo, sabe aquela coisa sobre eu virar uma vítima?

— Por favor diga que está brincando.

— Não estou. — Mostrei a mensagem para eles.

11:06

Ana

Marcelo mandou uma mensagem perguntando onde meu irmão estava na última vez que soube dele, estava disposta a não responder, mas alguns minutos depois ele disse que era o Detetive que estava pedindo. Achei melhor responder, peguei meu celular e liguei para Thainara.

— Alguma notícia? — Perguntei antes mesmo dela poder falar alguma coisa.

— Até agora nada, já liguei para quase todos os amigos dele e nada.

— Posso perguntar uma coisa e você responde de coração?

— Claro que pode.

— Na delegacia eles levantaram uma teoria de que os dois podem ser os assassinos e fingiram tudo para matar sem ninguém saber, o que você acha?

— Olha, ele é meu irmão então acredito que ele não mataria ninguém, considerando o tipo de criação que nós tivemos, mas você nunca conhece alguém por completo.

— Qual a possibilidade de serem eles?

— Menos de zero eu diria.

— É o suficiente para mim, outra coisa, devíamos ligar para os outros?

— Por quê?

— Bem, querendo ou não eles estão nisso também, nos filmes as vítimas se unem quando algo ruim acontece.

— Posso mandar mensagem, podemos nos encontrar na sua casa? Não quero mais voltar naquela delegacia fedorenta.

— Fale para o Marcelo levar o Detetive, mas não o amigo enxerido dele.

— Que amigo?

— Ele pode te explicar, tenho que ir agora. Tchau.

Estacionei o carro na frente de um antigo barracão no nosso antigo bairro que costumávamos brincar quando éramos crianças antes de conhecer o Marcelo e os outros, continuava abandonado, parecia menor, no entanto. Respirei fundo juntando coragem e sai do carro.

11:22

Marcelo

Fomos até a balada que Ana falou, não tinha ninguém lá, mas percebi que o carro do Vinicius ainda estava estacionado e fui até ele.

— Podemos arrombar o carro? — Lucas perguntou para Kauan

— Se vocês não falarem nada eu também não falo.

— Alguém sabe arrombar um carro? — Os dois levantaram a mão.

Meu celular tocou, era Thainara.

— Oi. — Me afastei dos dois.

— Que merda é essa? Cadê meu irmão?

— Não posso controlar esse tipo de coisa e você sabe disso.

— Se acontecer alguma coisa com ele-

— Nunca vai me perdoar, já falaram isso para mim hoje.

— Não, vou te matar mesmo.

— Ligou só para me ameaçar?

— Não, Ana teve essa ideia de juntar todo mundo na casa dela.

— Por quê?

— As vítimas se unem quando a coisa fica preta, certo?

— Só me manda o horário.

— Ela também falou para levar o Detetive e deixar seu amigo em casa, aliás que amigo é esse?

— Lucas, ele é de fora e você não conhece, a boa notícia é que agora ele também é uma vítima.

— Há quanto tempo ele está na cidade?

— Cerca de uma hora.

— Isso quer dizer que o assassino está te observando o tempo todo?

— Provavelmente.

— Não tenho o número de todos, pode passar a mensagem para aqueles dois que ninguém conhecia e seus dois amigos idiotas?

— Posso, mas não confirmo que eles vão aparecer.

— Falando em aparecer. A Bia voltou de São Paulo

— O que!

— É, parece que ela falou com o irmão e pulou no primeiro avião para cá.

— Nem eu falei com o Neto desde a delegacia.

— Chamo ela também?

— Claro.

— Tchau.

— Tchau.

 — Marcelo! — Lucas gritou — Vem aqui agora!

Os dois estavam olhando o porta-malas que estava aberto agora, me aproximei e quase cai quando vi o que tinha dentro, era a máscara de porcelana junto com a capa.

— Não vamos tirar nenhuma conclusão — Kauan falou — É tudo muito obvio, pode ser parte da armação, vou chamar alguém para olhar isso

— Não acredito que estou em uma cena de crime.

— Não é tão legal assim. — Disse

18:20

Estava na frente da casa da Ana com Lucas esperando Guilherme, Mateus e Gustavo. Ingrid disse que não poderia vir por que tinha que ficar com os irmãos, parece que a mãe deles morreu e agora era é a responsável por eles.

— Ei! — Mateus gritou pela janela do carro quando ele virou a esquina, acenei para eles.

Depois que estacionaram resolvemos entrar.

Todos estavam na sala, disse oi rapidamente para Bia e ela disse que precisávamos conversar, Kauan estava falando sobre como deixar uma pista daquele jeito sempre significa que eles não são culpados, Thainara estava preste a chorar dele alegria, então percebi que Ana não estava na sala.

— Cadê a Ana? — Perguntei para ninguém expecifico

— Achei que ela estava com você. — Alecsandra respodeu

— Merda. — Peguei meu celular. Caiu direto na caixa postal.

— Ela também não. — Kauan disse.

— Quem foi a última pessoa a falar com ela? — Mateus perguntou.

— Eu. — Thainara respondeu, de manhã.

— Como entrou na casa dela?

— Tenho uma chave, ou acha que arrobei a fechadura?

— Não vamos discutir agora. — Disse

— Temos que ir atrás dela. — Neto sugeriu.

— Desculpa, mas alguns de nós tem que ir para a faculdade, infelizmente ser perseguido não te libera das faltas. — Guilherme falou.

— Tudo bem, quem precisa ir para a faculdade vá, quem puder ficar e ajudar agradeço.

Mateus, Gustavo, Guilherme, Alecsandra e Giovane tinham que ir. Acompanhei eles até lá fora.

— Tem certeza que pode faltar na primeira semana? — Alecsandra perguntou

— Coloquei vocês nisso, não posso abandonar agora.

— Boa sorte.

— Sei que vou parecer uma mãe falando isso, mas vocês podem não sair durante a noite, para ficarem seguros.

— Olha cara — Mateus colocou a mão no meu ombro — Nós já compramos ingressos para uma festa de três dias e não tem reembolso, mas depois desse final de semana juramos que vamos ficar em casa assistindo novela.

— Pelo menos não fiquem sozinhos e não bebam tanto.

— Não vamos prometer nada.

11:08

Ana

O barracão tinha alguns quartos na direita e uma área aberta que servia para guardar caminhões ou maquinhas provavelmente, para chegar nos quartos você tinha que subir por uma pequena escada.

— Oi, Daniel? — Gritei na esperança de obter resposta. Silencio. Talvez eles estivessem amordaçados ou desacordados.

Subi a escada, estava tremendo, na primeira porta não tinha nada, na segunda só algumas caixas de papelão, a terceira tinha um banhei então precisaria entrar nela e verificar. Parei na porta com a mão na maçaneta, contei até três e abri. Nada, mas a porta do banheiro estava fechada quando estava no meio da sala meu celular tocou, quase tive um enfarto ali mesmo, era Daniel.

— Alo!

— Alo. — Não era ele.

— Quem está falando?

— A graça é ninguém saber quem eu sou, mas se você falar por favor posso mostrar meu rosto antes de cortar sua garganta.

— Cadê meu irmão?

— Não devia se preocupar com seu irmão e sim com você que está sozinha em um lugar completamente abandonado.

— Como sabe onde estou?

— Talvez esteja aqui na frente ou talvez escondido no banheiro, então, qual vai escolher?

Tirei o celular de perto do ouvido para conseguir escutar tudo, pensei em correr para fora, mas antes de dar o primeiro passo vi uma sombra se aproximando e corri para a porta do banheiro, mas ela estava emperrada e só abriu um pouco e não era o suficiente para eu passar ali, forcei mais uma ver, olhei para a porta desesperada e vi ele entrando na sala e correndo na minha direção, empurrei a porta mais uma vez e ela foi até o final, corri para o banheiro e consegui fechar antes dele chegar, a porta tinha uma tranca antiga, mas ainda funcionava, o mascarado batia o corpo contra a porta e parecia que ela não ia aguentar por muito tempo.

— Alguma hora vai ter que sair daí. — Ele falou com sua voz quase robótica.

— É isso que vamos vez, já mandei mensagem para meus amigos. — Estava mentindo e ele não sabia disso, peguei meu celular para mandar a mensagem mesmo, mas estava quebrado. Devo ter batido contra a porta.

Depois de alguns minutos não ouvi nada do lado de fora, mas não iria checar também. Comecei a contar os segundos para ter alguma noção de tempo até que depois de sete minutos ele começou a bater na porta com alguma coisa, cada batida a porta tremia.

— Por favor diga que não é um machado, não estou no clima de O Iluminado hoje.

As batidas continuaram.

Merda, não posso morrer aqui, falar de Iluminado me lembrou que ela tentou sair pela janela, olhei para a do banheiro e graças a Deus alguém tinha arrancado tudo e agora era só um retângulo na parede, precisava me certificar que ele não ia parar de bater até eu conseguir rodear o barracão e chegar no meu carro.

— Seu maldito, não vai conseguir entrar nesse banheiro por que é muito fraco até para derrubar uma porta com mil anos de idade.

As batidas ficaram mais fortes. Pulei no buraco, não tinha apoio então ralei meu braço e barriga, mas consegui, metade do corpo para fora e metade para dentro, ainda bem que o a janela do lado de fora ficava perto do chão, me joguei de uma vez e tive que morder a língua para não gritar quando meu braço atingiu o chão, senti minha boca encher de sangue, antes de ter o tempo para processar tudo sai correndo com o som de alguma coisa batendo contra a porta. Cheguei no meu carro e percebi que os quatro pneus estavam furados, escutei a porta caindo e sai correndo sem direção ou ponto de chegada, quando virei a rua vinha um carro, comecei a acenar como uma doida e tive que ficar no meio da rua para a mulher parar.

— Preciso de ajuda. — Corri até a porta do passageiro.

— O que aconteceu? Seu marido te bateu? — Ela abriu a porta

— Não foi meu marido, mas se foi um homem que fez isso comigo ele vai se arrepender.

— Tudo bem, vou te levar para minha casa, você toma um banho e depois vamos para a delegacia.

19:07

Marcelo

O sistema de GPS do celular dela registrou que o último lugar que ela esteve era um barracão abandonado, quando chegamos lá o carro mal tinha parado já sai correndo para dentro, subi uma pequena escada, verifiquei todas as portas e nada, a última sala estava com a porta derrubada.

— Algum sinal dela — Kauan entrou segurando a arma.

— Essa porta parece que foi derrubada hoje para você?

— Sim, e pelas marcas diria com uma marreta.

Entrei no banheiro e vi o celular dela caído no chão quebrado

— Ela está...

— Sem corpo não posso confirmar nada, e não tem sinal de sangue aqui, isso é bom.

— A janela, olha, tem sangue na parede perto na janela.

— Talvez ela tenha conseguido fugir por aí.

— Vamos lá fora ver se ela ligou para as meninas.

19:15

Neto

Os quatro foram atrás da Ana, eu e o amigo do Marcelo ficamos na casa caso ela voltasse, agora ele estava sentado na sala mexendo no celular como se tudo continuasse do mesmo jeito.

— Há quanto tempo conhece o Marcelo? — Ele perguntou sem tirar os olhos do telefone

— Sete anos, acho.

— É muito tempo.

— Não muito quando você se afasta.

— E porquê se a afastaram, briga?

— Não, algumas pessoas só se afastam mesmo, coisas da vida as pessoas falam.

— Entendo.

— E você?

— Conheci ele na internet há dois anos, viramos amigos bem rápido e depois descobrimos que moramos até perto, só duas horas de viagem.

— Se conheceram em algum site para fãs de alguma coisa.

— Basicamente sim, começamos a discutir teorias de uma série no comentário de um post.

— E como está lidando com o fato de que pode morrer agora?

— Bem até, a ficha ainda não caiu.

— A minha também.

Alguém começou a bater no portão e gritar.

— Tem alguém aí? — Reconheci pela voz que era a Ana e sai correndo.

— Espera um pouco!

— Cadê os outros? — Ela falou quando abri o portão.

— Foram atrás de você — Ela estava com os braços machucados e falando um pouco diferente — O que aconteceu?

— Tive um pequeno encontro com o maldito mascarado.

— Vamos entrar e ligar para eles.

— Então vai rápido.

19:36

Marcelo

Neto ligou falando que ela tinha chegado em casa e que tinha encontrado o assassino, pedi para ele passar o telefone, mas ela não queria falar comigo e acabou falando com a Thainara, encostei a cabeça no banco do carro e comecei a pensar como seria se perdesse um deles algum dia.

19:40

Neto

Fiz um pouco de chá para ela porque é isso que as pessoas supostamente fazem quando alguém sofre uma experiência traumática.

— Olha, eu preciso muito ir, Lucas você pode ficar de olho nela até os outros chegarem?

— Se ela não se importar.

— Não me importo.

— Tudo bem, amanhã bem cedo volto.

No último ano tinha me mudado para outro bairro não muito distante, minha mãe morava na mesma casa até hoje. Entrei no carro e dei a partida, escolhi o caminho com menos trafego já que queria pensar no que tinha acontecido hoje, a ficha finalmente tinha caído. Cheguei em casa, a garagem era separada do resto da casa e por pura preguiça estacionei na frente, depois guardava o carro, como sempre demorei uma vida para acertar a chave do portão, até hoje não entendo o porquê de as pessoas terem tantas chaves, entrei em casa e percebi que meu cachorro não tinha feito nenhum barulho até agora.

— Thor?

Silêncio.

— Garoto? — Olhei em todos os quartos e não o encontrei, será que tinha saído sem eu perceber? Fui até o quintal e encontrei ele deitado com a respiração muito fraca, parecia que alguém tinha dado algo para ele dormir, estranho, escutei um passo atrás me virei só a tempo de ver o taco vindo na minha direção e então desmaiei.

Acordei não sei quanto tempo depois, tentei falar, mas minha boca estava com fita, estava amarrado na cama, comecei a me debater até que alguém usando uma máscara entrou no meu campo de visão, comecei a me debater mais quando vi que ele segurava uma faca. Ele desferiu um golpe na minha barriga, tentei gritar por causa da dor, mas nada saia, meus olhos se encheram de lagrimas, fiquei esperando um segundo golpe, mas nada aconteceu. Procurei ele no quarto e vi que ele estava parado com um celular na outra mão e ele tirou uma foto, colocou o celular na cômoda, se aproximou e começou a dar mais golpes de faca. Na terceira acabei desmaiando por causa da dor.

~~

21:41

Marcelo

Depois que chegamos na casa da Ana ela contou tudo, que o assassino falou que estava com os dois, mas não falou se eles estavam vivos ou mortos, Kauan tinha que voltar para a delegacia, Bia também estava cansada da viagem e foi para a casa da mãe descansar, Thainara falou que ia dormir na casa da Ana hoje, eu e Lucas fomos para a minha que ficava a cinco casas de distância. Estava sentado no sofá pensando em tudo o que aconteceu quando meu celular vibrou com uma mensagem que chegou, era uma foto do Neto amarrado na cama, amordaçado e com a barriga sangrando, com uma mensagem escrito “Hora do Show” levantei do sofá nem calcei o sapato e sai correndo para o carro.

— Onde você vai? — Escutei Lucas gritar.

Entrei no carro e sai dirigindo sem nem fechar a porta direito, meu celular tocou, era a Bia, atendi e coloquei no viva-voz.

— O que está acontecendo, que mensagem foi essa que recebi? — Ela estava chorando.

— Vai ficar tudo bem, já estou indo para lá — Passei um sinal vermelho e quase bati em um carro — Manda uma ambulância para a casa do seu irmão.

— Ok

— Vai ficar tudo bem. — Agora sabia que estava mentindo.

Cheguei na casa, parei o carro no meio da rua e desci, o portão estava aberto assim como a porta, quando entrei senti o mesmo cheiro da noite anterior quando entrei na padaria, sabia que ele poderia estar na casa ainda, mas isso não importava, fui até o quarto e encontrei neto em uma poça de sangue no colchão, o sangue pingava no chão, sabia que ele estava morto, não podia ficar mais ali, sai da casa e vomitei na calçada, não sabia quando tinha começado, mas percebi que estava chorando, senti meu celular vibra no bolso, mas não tinha forças para olhar. Me sentei na calçada e observei a ambulância descendo a rua.


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Notas finais do capítulo

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