Amy escrita por Pata Louca Sol


Capítulo 2
Vou lutar por elas


Notas iniciais do capítulo

Gente, pelos comentários no SS, resolvi escrever esse cap.
Espero que gostem assim como eu gostei.
Ele foi narrado no ponto de vista do Armin.
Beijo na bunda
Pata Patosa



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Depois de dois anos, eu finalmente pude ver a mulher da minha vida de volta, depois de dois anos, finalmente posso vê-la mexer-se e sorrir, nem que seja de leve, nem que seja fraco. Dois anos... a saudade que senti durante esse tempo, não posso sequer explicar. 

Sei que as pessoas - principalmente a tropa de exploração - não iriam a aceitar de volta, ela tirou a vida de muita gente, aniquilou o antigo esquadrão Levi e de quebra destruiu a cidade central. Então, não me surpreendi que ela fosse trancafiada em uma cela, algemada e de quebra que todo mundo caísse em cima dela para que a mesma desentalasse tudo o que estava preso em sua garganta, mas que por causa dessas palavras se destino por anos foi ficar presa em um cristal. 

Entretanto, por mais que eu entenda o lado deles não acho justo todo ódio para com a loira. Erwin matou muito mais soldados a troco de uma verdade que poderia satisfazer apenas o seu lado, até mesmo eu tirei a vida de um humano a sangue frio - vomitei depois, porém este não é o foco -. A "minha" Annie também teve um motivo para fazer o que fez, tenho certeza! E é por causa desta certeza que movi o que podia para ficar ao lado dela. 

Passei a visitá-la todos os dias, conversávamos um pouco, relembrávamos do tempo que éramos simples recrutas, sorriamos um pouco e, as vezes cantávamos alguma música que nos fazia bem. Com os dias se passando, nossos contatos foram aumentando, até que chegou um dia que.... bem.... nossos corpos se conheceram até demais. 

Depois desse dia ela ficou bem estranha, respondia de uma forma grossa, seu olhar ficou perdido e ao mesmo tempo determinado, contudo, sempre soube que ela estava carregando uma criança, não sou burro, vi a barriga da mesma se inchando cada dia mais, porém, ela não me disse. Esse temperamento da Annie, somado com a minha falta de reação, fez com que eu me afastasse, se era isso o que ela queria, tenho que respeitar. 

E eu me afastei, e a cada dia que se passava sem que ela estivesse comigo, doía mais. E essa falta me fez agir por impulso. Chamei o Eren e Mikasa e pedi um favor aos dois, eles aceitaram, acho que para me ver feliz, já que quando perguntei se eles poderiam observar a Annie durante uns meses para mim a expressão de ambos não foi muito feliz, todavia, mesmo assim eles foram. 

Passado-se alguns meses, meus amigos chegaram com a bela noticia: " Armin, a Annie teve um bebê", sendo concluída com a frase " É uma menininha loira dos olhos azuis ". Decidi que era a hora de deixar de lado todos os pensamentos ruins e confusos que eu estava tendo em relação aquela situação, colocar uma roupa limpa - e cheirosa - pentear os cabelos, colocar um sorriso no rosto e ir ver minha loira e minha filha - que não deixa de ser loirinha também -. 

Cheguei na cela dela cedo, mas eu tinha a impressão que ela estaria acordada. Não fiz cerimonia ao parar para observa-la, mas tive que segurar ao máximo meu choro quando vi a minha garotinha mamando em sua mãe - minha futura esposa - que estava com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Por isso, quebrei o gelo, para, também, chamar um pouco a sua atenção:

— Não precisa chorar mais, Annie - Ela me olhou, sua expressão ainda era chorosa, mas parecia bem mais leve 

— Acho que somos dois chorões, Armin - Ela soltou um riso fraco, seguido de um sorriso encantador. Ai como eu amo essa mulher. 

Não resisti, peguei a chave que trancava a cela dela e a abri com uma velocidade que nem sei de onde veio, mas eu também não quero saber. Não fui nenhum pouco cuidadoso ao me aproximar dela, piorou em ficar pertinho das loirinhas da minha vida, todavia, não tirei o sorriso de minha face. 

— Então era por causa da gravidez dela que você estava estranha, Annie? - Questionei - Achei que eu tinha feito algo de errado... - Tive que inventar uma mentira, por mais que eu não queria mentir, principalmente para ela, mas eu tinha que fazer isso para não me complicar mais 

— Eu achei que conseguia lidar com ela sem precisar da sua ajuda, imaginei que você fosse se sentir obrigado a querer fazer algo..- Isso é serio? A independência excessiva da Annie é algo que tenho que saber lidar, mas isso não me conforta nenhum pouco! Estou chateado. 

— Annie - Tenho certeza que meu tom fofinho foi para o inferno, meu olhar estava frio - Foi um ato extremamente egoísta, lógico que eu iria querer fazer algo por ela, afinal, essa criança é minha também, mantê-la apenas para você... juro que não achei que você fosse capaz de fazer isso. 

— Desculpa... - Seu tom era fraco, acho que ela pode perceber um pouco do meu lado... 

— Eu te desculpo - Passei a fazer carinho nos seus cabelos soltos - Me diga, qual é o nome dela? - Resolvi deixar toda aquela história para lá, por mais que tenha me chateado, o que passou passou, não posso voltar no tempo. 

— Amy - Pude ver o seu sorriso para a nossa princesa  - Significa "Aquela que é amada" 

— Um nome lindo - Sorri - Com um significado mais do que verdadeiro - Olhei para a minha - futura - esposa quase chorando de novo - Posso pegá-la no colo? 

Annie estava nervosa, acho que em sua cabeça poderia estar se passando tudo de ruim que poderia acontecer, ela é mãe agora, seu instinto protetor deve estar a mil por hora, não a culpo. 

— Pode - Parece que mesmo com todos os mil pensamentos ela resolveu confiar em mim. Ganhei o dia mais uma vez - Cuidado com ela - Minha loira disse colocando a bebê em meu colo. 

Tudo o que eu não chorei quando eu a vi, desceu dos meus olhos quando a coloquei em meu colo. É uma sensação maravilhosa, por mais que eu seja uma criança de dezessete anos, ao colocá-la em meus braços me fez se sentir um pai de verdade, me fez querer protege-la ainda mais, me fez querer ficar com ela em uma cadeira de balanço enquanto a Annie está em uma cama mais confortável contando uma história. 

Vou lutar por elas, vou construir uma família de verdade, não vai ser essas celas que vão prender minhas loiras. 


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Notas finais do capítulo



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