Nas Asas de um Piano escrita por Asselta


Capítulo 2
Capítulo I — Um bom dia.


Notas iniciais do capítulo

Yep, não é mentira. Finalmente atualizando essa bagaça. :v
Mais de um mês... Sério, ASSelta, melhore! Ò.ó
Sinto muito por ter deixado muito a desejar, mas minha vida não coopera. :v Mas, enfim, muito obrigada a Miss Andy por favoritar, e Sonik (Senti tanto sua falta! ;3;) por favoritar e comentar. Vocês fazem meu dia feliz! ♥
Espero que gostem, boa leitura! *3*



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Capítulo I — Um bom dia.

~❆~

Quando viu o seu novo aluno um pouco de decepção tomou sua mente, enquanto o mesmo estendia-lhe a mão para um comprimento amigável, com um sorriso suave e convidativo em seu rosto, que logo desfez-se ao notar que ali não era bem-vindo. Ficou parado naquela posição por alguns instantes antes de recolher-se, constrangido, ao não ser correspondido. Papyrus podia escolher qualquer um para tocar consigo exceto ele. Poderia tomar a rainha Toriel — a mulher que dissolvera a guarda real e, junto com isso, seu emprego e sua casa — como aprendiz, mas não aquilo.

— Vocês estão brincando comigo, certo? — questionou aos irmãos quase num sussurro, enquanto puxava-os um pouco mais para perto da cozinha, para longe de seu aluno, que aos poucos ficava nervoso com toda a situação. — Me digam que isso é uma das suas piadas ruins, Sans.

— Viu, Papy?! Eu bem lhe disse que trazer seu novo amigo para cá não era uma boa ideia. — disse Sans, pondo as mãos nos bolsos do moletom azul que vivia usando, encolhendo os ombros. Ao observar a feição irritada no rosto de Undyne, insatisfeita com sua nova tarefa, ele decidiu acrescentar um pouco mais ao seu discurso, fechando uma das órbitas — Você bem que podia fazer crochê para garantir sua renda, não?! Aí não precisava lidar com outras pessoas.

A piada de Sans fez a expressão um tanto triste de seu irmão mais novo transformar-se instantaneamente. Cruzando os braços, o esqueleto mais alto encarou o outro de soslaio, meio irritado, enquanto o menor deixava escapar um risinho pelos dentes. Undyne escondeu suas mãos em seu rosto, suspirando longamente enquanto Sans implicava com Papy, defendendo-se ao retrucar que aquilo fora engraçado, mas ele continuava reclamando. Ela virou-se rapidamente para encarar seu novo aluno, que agora se mantinha em pé próximo ao piano, tocando, com um de seus dedos, uma ou outra tecla, mas sem realmente pressioná-la a ponto de fazer som. Ao notar que ela o encarava, com os olhos amarelos estreitados em um olhar intimidador, ele soltou um barulho assustado e afastou-se alguns passos, um tanto encolhido e pôs as mão para trás, quase tremendo pela tensão e susto. Um rubor começou a se formar em suas bochechas quando o sangue se acumulou lá, por causa da vergonha, fazendo com que ele abaixasse um pouco a cabeça em silêncio. Era tão desengonçado quanto parecia à primeira vista.

— Certo, vou deixar você convencer ela, maninho. Enquanto isso, vou na cozinha, cozinhar minhas mágoas em uma panela de pressão. — respondeu o pequeno esqueleto, em tom de brincadeira, para algo que Papyrus lhe disse e ela não escutara. O mais novo acariciou o crânio, murmurando algo que não conseguia entender direito. Ele acenava para aquilo, como que para encorajá-lo enquanto andava de costas até a cozinha, provavelmente para beber ketchup ou se enfiar em um de seus famosos “atalhos”. — Boa sorte, pivete.

Atrás de Undyne, houve uma resposta com um pequeno sorriso, um aceno e um baixo “valeu”. Ao seu olhar voltar para Papyrus, notou que, pela expressão em seu rosto, ele não a entendia. E provavelmente jamais iria. O esqueleto era gentil demais para notar o motivo de seu ódio claro ao seu novo aluno. Sentiu certa inveja dele, da sua “pureza”, do fato de poder confiar e acreditar em qualquer um.

— Undyne, eu sei como você odeia seu trabalho. Por que você não pode ao menos tentar um pouco. Digo, eu, o Grande Papyrus, sei que ele é desengonçado, e que você não tem muita paciência… — Papyrus aproximou-se e pegou o futuro aprender dela pela mão, puxando-o para perto de si, apertando seu rosto contra os ossos salientes que deveriam fazer parte de sua bochecha, se ele tivesse carne. A cena seria fofa para Undyne se ela não odiasse os de sua espécie tanto. — Mas, veja só, ele quer muito aprender, não é? E ainda sabe fazer espaguete. Não tão bom quanto o meu, é claro, mas veja que bom gosto! Pessoas que gostam de espaguetes não podem ser más, certo? — do canto de sua órbita, Papy encarou aquilo, que depois de alguns segundos, como se realmente duvidasse do seu “destino” com a mulher peixe por perto, assentiu. — O que me diz, Undyne? Vai mesmo recusar ajudar um humano tão legal?

Encarou o piano de cauda negro, tão similar ao seu antigo, perto da escada. Eles tinham movido aquela mesa de canto, na qual mantinham seus livros de piadas, onde alojavam os de física quântica, logo para enfiar um outro de piadas dentro de suas páginas.… e o ciclo continuava ao ponto de fazer qualquer um desistir me tocá-lo. Ao seu olhar voltar para Papyrus, notou que, pela expressão em seu rosto, ele não a entendia. E provavelmente jamais iria. O esqueleto era gentil demais para notar o motivo de seu ódio claro ao seu novo aluno. Sentiu certa inveja dele, da sua “pureza”, do fato de poder confiar em qualquer um. Era por causa de pessoas como ele — seu discente — que eles estavam presos no subsolo, sem esperanças, agora, de libertar-se… “Mas, talvez, seja o certo. Na verdade, não o certo, porém o mais gentil, o mais puro, o melhor”, pensou Undyne; Por mais que quisesse deixar tudo aquilo de lado, mudou de ideia ao pensar em todo o esforço que os irmãos esqueletos tiveram, somente para fazê-la sentir-se melhor apesar de tudo. Às vezes pensava que Papy era precioso demais para aquele mundo.

— Certo, Papyrus. — e, encarando o humano com seus olhos amarelos, de forma quase desafiadora, replicou: — Espero que esteja pronto logo, pirralho, pois não vou pegar leve com você. Agora, vamos para a parte boa para mim, mas não tanto para você: os preços.

~❆~

O humano retirou um pouco do cabelo, que quase cobria seus olhos, tornando-os difíceis de se ver. Já havia um tempo que o corte, de forma similar à de uma tigela, não fora aparado, tornando a transição da nuca para as madeixas mais longas no topo da cabeça mais suave. Esticou-se um pouco em seu banquinho, a fim de estalar os dedos para sentir-se mais à vontade, mas considerava-se em um ambiente um tanto quanto hostil com Undyne por perto, que somente não piorava pela presença de Papyrus, pelo que pensava. O esqueleto acomodava-se um pouco atrás de Undyne, quase subindo as escadas de madeira. Depois que viu a mulher peixe, Papy notou que o menino não estava a vontade e, para que este não desistisse, decidiu que

A mulher peixe caminhava lentamente de um lado ao outro, observando-o cautelosamente, como um policial revistava um criminoso, porém, um não tão perigoso assim. Vez ou outra ela tentava arrumar alguma coisa boba, como sua postura, com gestos rudes.

— Então, pirralho, você tem alguma “base”? Já tocou alguma vez? — questionou ela, cruzando os braços sobre o peito. Uma de suas sobrancelhas mantinha-se erguida, como se desconfiasse caso a resposta fosse um sim. O garoto assentiu com um breve menear de sua cabeça, soltando, por entre seus lábios, um baixo “hum, hum”. — Certo, então toque algo! — praticamente ordenou Undyne, pondo uma das mãos sob o queixo, a fim de apoiar sua cabeça.

Seu aluno respirou fundo, pelo nervosismo que parecia afogar-lhe aos poucos. Seus dedos estavam tensos enquanto apertava as teclas, numa música calma. Em seu início, não era necessário tocar mais de três teclas. Pensou, consigo mesmo, que aquela música seria perfeita para se concentrar, e acreditava conseguir acompanhar a aceleração do ritmo depois de quase um minuto. Logo, acompanhava o ritmo enquanto ele acelerava, com seus dedos, já mais relaxados, quase dançando pelo teclado, tendo sua atenção quase focada, por completo, nele.

Entretanto, aquilo não parecia bom o suficiente para a nova professora. Antes mesmo de chegar na parte mais complicada — para sua alegria ou não — Undyne o interrompeu, puxando seus pulsos para longe do instrumento.

— Muito lento! — exclamou ela, logo pondo as mãos no piano por sobre os ombros do humano, praticamente esmagando suas teclas, fazendo sons estranhos e rápidos, tocando notas quase que aleatórias. — Veja, pirralho! É assim que se faz! NGAAAAH!

Assustado, seu aprendiz sufocou um grito em sua garganta, inclinando-se tanto para trás, desequilibrando-se, assim, de sua cadeira. Humano e monstro foram ao chão num estrondo, deixando um esqueleto um tanto decepcionado encarando-os com um suspiro triste. Aquele seria um longo período de adaptação, Papy tinha certeza.

~❆~

Naquele dia, a nevasca estava mais forte que o normal. E Undyne realmente não queria sair da casa num momento daqueles, principalmente com a neblina tão espessa ao ponto de cegar as pessoas para o que quer que estivesse a mais de alguns metros a frente. Das janelas, apenas podia ver as luzes de Snowdin, que mais pareciam o borrão deixado por um artista em sua tela — talvez, um impressionista. Não haveria problema, que não o fato de que o humano não tivesse chegado no horário combinado, havia alguns dias — Undyne não reclamava, claro. Quanto menos tivesse contato com o menino, melhor, mas Papy ficaria irritado ao saber que, naquelas condições, ele não podia vir, assim como fez antes. Um tanto preocupada, encarou a nova aprendiz, que já levantava-se do banco. Ela encarou-lhe com seu grande — e único — olho azul hipnotizante, sorrindo.

— Fez bem hoje, Stalier. — elogiou Undyne, colocando um grosso casaco azul-escuro sobre seus ombros, para se proteger do frio que, aos poucos, parecia penetrar pelas paredes de madeira da casa. O ciclope sorriu docemente, agradecendo-lhe. — Se continuar assim, conseguirá com certeza um bom lugar naquele tal concurso.

— Muito obrigada, senhora! — respondeu ela, brincando com o fecho da bolsa branca que pendurou em seu ombro.

— Não me chame de senhora! — retrucou a mulher peixe, abrindo a porta com um movimento rápido. Num sopro, o vento teria empurrado-a caso não fosse forte e dura como realmente era, portanto, ficou à Stalier o fechar forte de seu olho e seus passos pesados fizeram ranger a madeira. — Venha, vou te levar para o barco, se é que ele ainda está lá.

Por se distrair com facilidade, e visitar tão pouco Snowdin, o monstro mais novo tinha muita facilidade em perder-se, que aumentava com a neve pesada que o impediria de enxergar alguns metros a sua frente, por mais que a visão de seu único olho fosse ótima. Portanto Undyne, além de ajudar-lhe no piano, também sentia o dever de guiá-la até um ponto onde não se desorientaria. Seguiram com passos pesados, com seus pés quase enterrados na neve, empunhando-se fortemente contra o vento. Durante todo seu percurso, Stalier agarrava-se ao seu chapéu, que ameaçava a voar de sua cabeça, enquanto a saia de seu vestido rosa bebê — adornado com flores e detalhes em branco e lilás — era jogada contra seus tornozelos, movimentando-se graciosamente, como se fosse algo vivo.

Essa jamais aprenderá a vestir-se corretamente para esse clima, disso eu tenho certeza”, pensou Undyne, enquanto via sua aprendiz subir na pequena embarcação, com passos desengonçados. Enquanto o barqueiro — ou barqueira, não se sabe —, cantarolava sob seu capuz negro, Stalier sentou-se, cruzando suas pernas azuladas, praticamente escondendo-as na saia de seu vestido e informou-lhe seu destino. Acenou alegremente com uma de suas mãos — enquanto a outra tentava manter sua saia no lugar. Não foi uma surpresa para Undyne saber que o ciclope seguia um caminho diferente de seus pais. Ela era tão delicada, e suas mãos eram tão macias. Eram quase completamente diferentes do que deveriam ser: firmes, fortes — com a adição dos calos, comuns para quem trabalha em forjas.

Quanto a embarcação já sumia de vista, Undyne lembrou-se que a guerra entre humanos e monstros havia acabado quando Toriel assumiu o poder — e que não existia a necessidade de se fazer mais armas, a especialidade e paixão dos pais de Stalier. Perguntou-se como lidavam com isso. Talvez bem melhor do que ela, acreditava.

Ouviu saltos por perto, era claro que era um dos muitos coelhos que viviam em Snowdin, mas não se virou em sua direção. Apenas ajeitou suas madeixas vermelhas, o tapa-olho, e começou a fazer, lentamente, seu caminho de volta.

— Boa tarde! Vocês, por acaso, viram um humano por aí…? — disse, revelando uma voz feminina que a mulher peixe reconheceu pertencer a uma das irmãs que mantinham seus estabelecimentos perto da entrada da cidade, logo ao lado de seu nome. A resposta do monstro Slime foi não, depois que ela terminou de descrevê-lo. — Ah, certo. Obrigada.

Undyne continuaria seu caminho, mas assim que a viu, a coelha, com uma velocidade de dar-lhe inveja — tendo em vista a grande quantidade de neve atrapalhando seus movimentos — alcançou-lhe.

— Hey, você viu um humano meio baixo, com cabelos…?

— Até onde eu saiba, só existe um humano atualmente no subsolo, não? — interrompeu Undyne, de forma um tanto quanto ríspida. Em resposta, a outra assentiu com a cabeça. — Não o vi, mas sei quem é, por quê?

— Ele estava em meu hotel, mas esses dias ele sumiu sem dar notícias, e algumas das suas coisas ainda estão lá. — respondeu ela, ainda dando pulinhos enquanto seguia seus passos, jogando um pouco dos cristais de gelo que acumulavam-se no chão para cima, fazendo-os cair, logo em seguida, com um bague surdo. — Não sei, mas não me parece…

— Os humanos que caem no subsolo largam suas coisas por aí. — retrucou a mulher peixe, enfiando as mãos os bolsos de seu casaco. — Ele já deve ter ido embora, para a Capital, tentar sair daqui. Pelo menos, é o que eu faria se tivesse a chance…

— M-mas, ele me disse que já tinha ido lá e que já havia encontrado a rainha. — acrescentou a coelha, parando de saltitar. Alguns passos a frente, Undyne parou. “Então ele já a conhece...”, pensou ela, perguntando-se porque aquilo não a matou quando teve a chance. “Deveria. Pelo menos, faria algo bom para todos nós.”, aquilo irritou-a ainda mais — Eu estou preocupada, sabe?

— Vou ver se consigo falar com o pirralho, certo? — disse Undyne, continuando seu caminho com passos pesados. — Qualquer coisa, lhe mando notícias.

— Muito obrigada! — respondeu a hoteleira, num berro alegre que quase se perdeu na nevasca. A mulher peixe poderia ter pulado de alegria se seus pés não estivessem tão enterrados na neve.

~❆~

Papyrus encarou-lhe, de forma quase implorante, e em suas órbitas estava aquele brilho que ele tinha, e que fazia Undyne fazer — mesmo que relutante, visto que era teimosa — o que ele desejava. Mas não queria, não queria mesmo, levantar-se dali, custasse o que custasse. Já fazia um tempo que ele estava puxando seu pé, mas não se daria por vencida. Não hoje, não por aquilo que tanto odiava.

— Vamos! — praticamente ordenou o esqueleto, erguendo-se sobre ela, batendo uma única palma. Seus osso produziram um som um tanto “oco” ao chocarem-se uns contra os outros — Temos que achar o humano! Levante-se daí! Vamos!

— Ah, não. Papy, estou cansada. — retrucou Undyne, já irritada. — Me deixe deitada mais um pouco… — e se espreguiçou no sofá, deitando-se de forma mais confortável.

Tinha os pés esticados para fora dele quando cobriu-se com um pesado e grosso edredom e encolheu um pouco os ombros. O outro monstro suspirou tristemente, como que para convencê-la, mas Undyne se sentia determinada a ficar em casa, custe o que custar. Ele continuou encarando-a, e encarando-a e encarando-a. Se tivesse olhos, a mulher peixe, com certeza, diria que pareceriam com os de um cãozinho abandonado. Aos poucos, arrependeu-se de ter chegado tão alegre em casa e deixar o motivo escapar.

— Por favor, Undyne. Pense em como ele deve estar com frio! — disse ele, segurando em seu cobertor. O puxou, até ver o rosto carrancudo da amiga contorcer-se. — Você não gosta de frio, não é? Ele também não deve! O que será dele sem eu, o Grande Papyrus, o seu guia?

— Papy, se ele não gostasse de frio, acho que não teria se hospedado em Snowdin em primeiro lugar! Eu não fui feita para o inverno… — E ela o puxou de volta, o edredom, se escondendo em suas dobras como uma criança se esconde de seus terrores noturnos, tentando manter-se a salvo.

— E ele também não! Sans me disse que eles tem uma pele meio delicada.

— Minhas escamas também são delicadas! — exclamou ela, quase que rosnando furiosamente. Apertou-se um pouco mais, bloqueando a luz ao ponto de não poder mais ver quase nada, além dos detalhes do tecido verde do sofá.

— Mais você é uma das pessoas mais fortes que eu conheço. E eu não posso procurá-lo por todo Subsolo sozinho! — continuava a insistir ele, quase ao ponto de desistir, afinal, sua amiga não demonstrava sinais de querer levantar-se. Não se surpreendia, visto que ela odiava tanto o humano.

— Eu não vou, Papyrus! Me deixe! — respondeu, aumentando seu tom de voz. Assustado, Papyrus afastou alguns passos, sabendo que ela já estava chegando em seu limite.

— Certo, eu vou sozinho… — disse ele, desistindo finalmente de fazê-la levantar, ela não demostrava sinal algum de “obedecer-lhe” mesmo. Em seguida, acrescentou, em um tom de voz mais alto — O humano precisa de um herói!

Tudo que Undyne pôde ouvir foram seus passos rápidos e a porta batendo-se antes de deixar-se aconchegar nos braços de Morfeu, como desejara ter feito desde que aquele dia começara. Mas seu fim, de alguma forma, aqueceu seu coração, o enchendo de alegria, e ela somente podia esperar o melhor. Imaginou se, por acaso, a alma daquilo flutuava perdida por ali, e se a achariam. “E se a achariam…”

Com um movimento repentino, ela se levantou, com os olhos seus olhos âmbar arregalados. “A alma! Eu preciso da alma!” O seu cobertor foi ao chão com seu gesto bruto, e quase a fez cair de cara quando correu numa velocidade tão alta que duvidou algum dia ter. Precipitou-se o mais rápido que podia à porta. Seu corpo, naquele momento, parecia tão leve, e seus pés pareciam flutuar sobre a grossa camada de neve. Seu antigo aprendiz e amigo sequer teve tempo de afastar-se muito de sua casa antes que ela conseguisse alcançá-lo, um tanto ofegante.

— Espere, Payrus, eu vou também! Vamos encontrar o humano!

 


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Notas finais do capítulo

YOOO! Tu chegou até aqui? Meus parabéns! XD
Espero que tenha gostado! *u* Se gostou do que leu, ou achou algo que eu possa melhorar (ou erros ortográficos... Tenho certo problemas com eles. :v), me avisa! Estou completamente aberta a críticas, contanto que sejam construtivas! ^^
Até a próxima! o/
XOXO! *3*



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