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Nada será como Antes escrita por Crica
Capítulo 6
Capítulo 6
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Epílogo:
Um estampido e tudo estava acabado.
Aquela coisa maldita se contorcia dentro de Sam, distribuindo faíscas e exalando um cheiro forte de enxofre.
Dean largou a pistola a tempo de amparar a queda do irmão.
Apoiou-o até que tocou o chão e ali permaneceu a seu lado, embalando-o, para frente e para trás, numa cadência lenta, como o fizera nos melhores e piores momentos de sua infância, por muito tempo.
FLASH BACK:
_Dean?
_O que é ?
_Dá pra desligar a Tv um momento? Precisamos conversar.
_O que é, Sammy ? Fala logo.
_Estive pensando.
_Ah, então é por isso que estou sentindo esse cheiro...
_Não brinque, é sério.
_ Certo, Sam.Está desligado. Fala logo o que você quer.
_Eu sei que você prometeu ao pai e a mim, mas...
_Esse papo outra vez?! Sammy, esquece isso, ta? Eu tinha acabado de voltar de um coma e você estava chapado quando fiz aquelas promessas. Esquece!
_Não, Dean. Eu não vou esquecer e você vai jurar, vai jurar pela alma da mamãe, do pai, pela minha ou pelo raio que preferir, que vai fazer.
_Sam... pára com isso...
_ Jure.
_Cara, eu não vou jurar nada, esta bem?! Não vou matar você e ponto final!!!
_Se eu não puder resistir e for,você sabe, pro lado...
_ Meu Deus, isso não vai ter fim?!
_Me ouve, ta? Só uma vez, me ouve. Eu não quero ser um boneco nas mãos daquela coisa.
_Sam, você n...
_Dá pra me ouvir? Dean, você sempre cuidou de mim. Eu sou grato, cara. Você me ajudava com a lição, dava remédio, velava o meu sono...me ensinou a não ter medo de qualquer coisa e a temer o que era realmente perigoso...você me protegeu o quanto pôde, Dean
._Olha, Sammy...
_Espera... Com a vida que a gente levava, não sei o que teria sido de mim, não mesmo. Mas se não houver outra saída, terá que fazê-lo,Dean.
_Você não está facilitando as coisas com essa conversa, Sam. Você sabe que eu não posso.
_Pode. Pode sim e o fará. Porque, se você me ama Dean, e disso eu não tenho nenhuma dúvida, vai me salvar. Vai me libertar.
_Como você pode me pedir uma coisa dessas? Não sabe que está me matando também?
_ Estou pedindo porque confio em você. Confio cegamente que você vai mover o universo para me afastar do que quer que esteja me esperando e, se depois de tudo, não houver outra saída, você vai cuidar de mim, como sempre fez.
_E você pode me explicar como poderei viver depois disso? Como poderei me perdoar? Hum? Isso tudo é loucura, Sam...
_ Se é de redenção que você precisa, eu o perdôo, Dean. Só espero que, um dia, você também possa me perdoar.
_Por Deus, Sammy, me deixa em paz...
(fim do flash back)
Chorou todas as lágrimas a que tinha direito e mais.
LAWRENCE – KANSAS:
Dean sentou-se no gramado diante da sepultura de sua mãe.
_Bem, Sam, aqui estamos, finalmente. – sorriu, passando a mão sobre a pequena caixa de madeira que trouxe consigo _ Achei que você gostaria de ficar aqui, com a mamãe, então...
Depositou a caixinha sobre a grama e começou a cavar um buraco.
_Quando a gente esteve aqui da última vez, lembra? Você me disse que não importava se os restos da mamãe estavam realmente aqui, que o que importava era a lembrança.- pôs a caixa na pequena cova _Pensei em te dar um funeral de decente, mas depois desisti por que, na verdade, a gente nunca foi muito de cerimônia, não é?-falava pausadamente_ Acho que você ia preferir uma coisa mais íntima, tipo só você e eu. A família. Estou errado?
Dean cobriu a caixa de madeira com terra e bateu a mão por cima para firmar. Limpou as mãos, batendo-as, uma contra a outra.
_ Te falei que vou entregar o apartamento? Não ia dar certo, de qualquer jeito. Você sabe como eu sou. Em uma semana aquilo lá ia virar um chiqueiro.- olhou o céu azul ensolarado – Vou usar a grana que restou pra fazer uma lápide pra você e outra pro pai. O que acha? Hum? Não vai ficar chateado comigo, vai? É. Acho que não. Acho até que você vai gostar daquele monte de passarinhos fazendo coisas em cima de você.-sorriu com o canto do lábio_ É a sua cara!
Após um breve silêncio, depositou uma rosa branca sobre o túmulo da mãe e dirigiu-se ao montinho de terra revirada no chão.
_ Sinto a sua falta, Sammy. De todos vocês...-amparou as lágrimas que molhavam um sorriso forçado - Mas você, cara... Ainda escuto a sua voz... toda vez que entro no carro, tenho a nítida sensação de que você vai entrar em seguida...fico esperando ver a sua cara amarrada, brigando comigo por qualquer idiotice...-puxou o ar com dificuldade _E tem esse buraco enorme aqui dentro de mim que dói pra cacete...-pausa-... dói tanto que,às vezes, nem sei mais quando não está doendo...
Dean coçou a cabeça, levantou-se, respirou profundamente e se permitiu chorar novamente.
_ Mas alguém tem que cuidar dos negócios da família, certo? – esforçou-separa manter-se sobre as pernas e dar um passo atrás. _ Sam, não se preocupe comigo.-limpou o rosto mais uma vez_ Eu vou ficar bem .
Caminhou em direção ao Chevy e partiu.
Um estampido e tudo estava acabado.
Aquela coisa maldita se contorcia dentro de Sam, distribuindo faíscas e exalando um cheiro forte de enxofre.
Dean largou a pistola a tempo de amparar a queda do irmão.
Apoiou-o até que tocou o chão e ali permaneceu a seu lado, embalando-o, para frente e para trás, numa cadência lenta, como o fizera nos melhores e piores momentos de sua infância, por muito tempo.
FLASH BACK:
_Dean?
_O que é ?
_Dá pra desligar a Tv um momento? Precisamos conversar.
_O que é, Sammy ? Fala logo.
_Estive pensando.
_Ah, então é por isso que estou sentindo esse cheiro...
_Não brinque, é sério.
_ Certo, Sam.Está desligado. Fala logo o que você quer.
_Eu sei que você prometeu ao pai e a mim, mas...
_Esse papo outra vez?! Sammy, esquece isso, ta? Eu tinha acabado de voltar de um coma e você estava chapado quando fiz aquelas promessas. Esquece!
_Não, Dean. Eu não vou esquecer e você vai jurar, vai jurar pela alma da mamãe, do pai, pela minha ou pelo raio que preferir, que vai fazer.
_Sam... pára com isso...
_ Jure.
_Cara, eu não vou jurar nada, esta bem?! Não vou matar você e ponto final!!!
_Se eu não puder resistir e for,você sabe, pro lado...
_ Meu Deus, isso não vai ter fim?!
_Me ouve, ta? Só uma vez, me ouve. Eu não quero ser um boneco nas mãos daquela coisa.
_Sam, você n...
_Dá pra me ouvir? Dean, você sempre cuidou de mim. Eu sou grato, cara. Você me ajudava com a lição, dava remédio, velava o meu sono...me ensinou a não ter medo de qualquer coisa e a temer o que era realmente perigoso...você me protegeu o quanto pôde, Dean
._Olha, Sammy...
_Espera... Com a vida que a gente levava, não sei o que teria sido de mim, não mesmo. Mas se não houver outra saída, terá que fazê-lo,Dean.
_Você não está facilitando as coisas com essa conversa, Sam. Você sabe que eu não posso.
_Pode. Pode sim e o fará. Porque, se você me ama Dean, e disso eu não tenho nenhuma dúvida, vai me salvar. Vai me libertar.
_Como você pode me pedir uma coisa dessas? Não sabe que está me matando também?
_ Estou pedindo porque confio em você. Confio cegamente que você vai mover o universo para me afastar do que quer que esteja me esperando e, se depois de tudo, não houver outra saída, você vai cuidar de mim, como sempre fez.
_E você pode me explicar como poderei viver depois disso? Como poderei me perdoar? Hum? Isso tudo é loucura, Sam...
_ Se é de redenção que você precisa, eu o perdôo, Dean. Só espero que, um dia, você também possa me perdoar.
_Por Deus, Sammy, me deixa em paz...
(fim do flash back)
Chorou todas as lágrimas a que tinha direito e mais.
ooooo000ooooo
LAWRENCE – KANSAS:
Dean sentou-se no gramado diante da sepultura de sua mãe.
_Bem, Sam, aqui estamos, finalmente. – sorriu, passando a mão sobre a pequena caixa de madeira que trouxe consigo _ Achei que você gostaria de ficar aqui, com a mamãe, então...
Depositou a caixinha sobre a grama e começou a cavar um buraco.
_Quando a gente esteve aqui da última vez, lembra? Você me disse que não importava se os restos da mamãe estavam realmente aqui, que o que importava era a lembrança.- pôs a caixa na pequena cova _Pensei em te dar um funeral de decente, mas depois desisti por que, na verdade, a gente nunca foi muito de cerimônia, não é?-falava pausadamente_ Acho que você ia preferir uma coisa mais íntima, tipo só você e eu. A família. Estou errado?
Dean cobriu a caixa de madeira com terra e bateu a mão por cima para firmar. Limpou as mãos, batendo-as, uma contra a outra.
_ Te falei que vou entregar o apartamento? Não ia dar certo, de qualquer jeito. Você sabe como eu sou. Em uma semana aquilo lá ia virar um chiqueiro.- olhou o céu azul ensolarado – Vou usar a grana que restou pra fazer uma lápide pra você e outra pro pai. O que acha? Hum? Não vai ficar chateado comigo, vai? É. Acho que não. Acho até que você vai gostar daquele monte de passarinhos fazendo coisas em cima de você.-sorriu com o canto do lábio_ É a sua cara!
Após um breve silêncio, depositou uma rosa branca sobre o túmulo da mãe e dirigiu-se ao montinho de terra revirada no chão.
_ Sinto a sua falta, Sammy. De todos vocês...-amparou as lágrimas que molhavam um sorriso forçado - Mas você, cara... Ainda escuto a sua voz... toda vez que entro no carro, tenho a nítida sensação de que você vai entrar em seguida...fico esperando ver a sua cara amarrada, brigando comigo por qualquer idiotice...-puxou o ar com dificuldade _E tem esse buraco enorme aqui dentro de mim que dói pra cacete...-pausa-... dói tanto que,às vezes, nem sei mais quando não está doendo...
Dean coçou a cabeça, levantou-se, respirou profundamente e se permitiu chorar novamente.
_ Mas alguém tem que cuidar dos negócios da família, certo? – esforçou-separa manter-se sobre as pernas e dar um passo atrás. _ Sam, não se preocupe comigo.-limpou o rosto mais uma vez_ Eu vou ficar bem .
Caminhou em direção ao Chevy e partiu.
FIM
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