Taking Back Your Love Everyday escrita por Samy Meireles, Samara Meireles


Capítulo 20
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Notas iniciais do capítulo

Aproveitem.



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Fevereiro, 2026.

—Elena! - Caroline abraçou a amiga

—Quanto tempo Forbes! - ela abraçou de volta

—Vem, entra, não repara na bagunça. As crianças me deixam louca. - ela concedeu passagem para amiga 

Quatro anos depois dos últimos fatos, Elena tinha se mudado, conhecido o mundo e descoberto novos horizontes. Stefan e Caroline voltaram, Hannah e Thommy agora tinham 8 anos, Sebastian 4 e Sophie 2. Will não morava com eles, mas sempre vinha visitar os irmãos. 

—Stefan já vai chegar, foi pegar as crianças na escola. - ela sorriu para amiga - Tudo aconteceu tão rápido. 

—Fico feliz que tenham se acertado. 

—Eu também, Elena.

—E William?

—Mora com a mãe. Hollie se casou, sabia? Está grávida de uma menina, Alice. Fomos no chá de bebê semana passada.

—Que bom que ela seguiu em frente.

—Sim. Por favor senta. - ela apontou para o sofá, sentando ao lado da amiga - E como foi sua volta ao mundo?

—Foi perfeita. Eu visitei vários países, passando não mais que dois meses em casa lugar, trabalhando temporariamente em bares e restaurantes. Foi incrível, uma experiência muito boa.

—E nenhum estrangeiro fez seu coração bater?

Ela riu.

—Na verdade…

—Amor! - Stefan chamou de fora da casa, o carro parado do lado de fora de garagem

—Stefan chegou, venha conhecer pessoalmente Bash e Sophie.

—Finalmente. 

As duas saíram pela porta principal, ao lado esquerdo o pátio externo da garagem.  

—Elena. - Stefan pronunciou, surpreso por ela estar presente em sua frente - Faz muito tempo! - ele a abraçou

—Como vai Stefan?

—Não tão bem quanto você. - ele riu - Mochilão pela Europa hum?

—Apenas me descobrindo. 

—Que bom que voltou. 

Ela sorriu em resposta.

—Papa. - Sophie chamou da cadeirinha, a porta do carro aberta

—Venha pequena. - ele a pegou no colo - Essa é Elena, amiga da mamãe e do papai

—Oi pequena. - Elena acenou 

—Oi. 

—Tia Elena! - berrou Thomas, abrindo a porta do carro e correndo para abraça-la

Elena o abraçou de bom agrado, feliz pelo reconhecimento depois de tanto tempo

Logo depois Hannah também correu para abraça-la, enquanto Bash correu para mãe, desconhecendo ela, já que ela partiu antes mesmo dele nascer. 

Stefan tirou Sophie do carro e a segurou no colo.

—Fica para o jantar? - ele perguntou

—Se não for incômodo…

—Claro que não. - Caroline respondeu

—Venha Elena, teremos peixe para o jantar. 

***************************************************

Mais tarde, Na qual noite, os três estavam em frente a lareira, tomando um café logo após a janta. As crianças brincavam perto deles, no tapete.

—E a empresa Stefan? - Elena perguntou

—Vai bem, muito bem. Tudo tem ocorrido economicamente bem, investimos muito esse ano, e recebemos muito de volta. Eu trabalho bastante, mas Damon assumiu quase por completo o controle. 

Elena abriu um sorriso triste e Caroline lançou um olhar de reprovação para o marido.

—Ele tem conseguido lidar com tudo?

—Sim, nesses últimos anos ele se empenhou em tentar um tratamento. Não teve muitos resultados, mas agora ele se lembra de fragmentos do dia anterior sabe. 

—Isso é maravilhoso! Eu fico feliz com esse avanço. 

—Foi uma benção esse avanço.

—Mas então… - Caroline interrompeu - Nenhum estrangeiro fez seu coração bater mais rápido? -ela deu uma risadinha

Elena corou. 

—Na verdade sim, um húngaro. Antal Kertész.

— Nomezinho complicado em. - Stefan riu

Elena concordou.

—Então, o que rolou? - Caroline perguntou

—Ele é carinhoso, simpático, bonito...ele é perfeito. - Elena abriu um sorriso fraco

—Mas… - Caroline incentivou

—Não tem mais. Estamos noivos. 

Caroline abriu um sorriso surpreso, olhou para Stefan que compartilhava de sua surpresa.

—Meus parabéns Elena! - a loira desejou

—Obrigado. Vim convidar pessoalmente vocês, o casamento será em novembro. 

—Faça das palavras da minha esposa as minhas Elena, te desejo tudo de bom. Apesar de que casamento não é fácil. - ele lhe deu uma piscadela

—No fim deu tudo certo pra vocês Stefan. Eu não vim só por isso, tenho outro convite para fazer. 

—Outro?

—Caroline, quero que seja minha madrinha. 

—Sua madrinha? Com certeza! - Caroline abraçou Elena 

—Eu não podia escolher outras madrinha se não você e Bonnie. Vocês são minhas melhores amigas, eu vou ficar muito feliz de ter vocês ao meu lado naquele dia. 

—Esse Antul... - Stefan começou

—Antal. - Elena corrigiu sorrindo, sabendo do deboche por trás da voz do amigo

—Antal… conte mais sobre ele.

—Bom, ele é contador, nasceu em Debrecen, que é a segunda cidade mais populosa do país. Fez faculdade na Universidade de Debrecen, tem casa própria, alguns patrimônios por parte do pai, que é esloveno. E é isso, não acho  tenha informações melhores. 

Stefan balanço a cabeça em concordância. 

Elena olhou o relógio.

—Está tarde, é melhor eu ir indo, deixar vocês descansarem. 

—Quer que o Stefan te leve? - Caroline ofereceu

—Não, não, Antal alugou um carro pra mim. 

Caroline sorriu debochada.

—Que chic! 

—Caroline!

—Ele tá aqui ou… - Stefan gesticulou

—Ele vai vim pra cá, para darmos um jantar de noivado. 

—Farão o casamento aqui ou lá?

—Aqui, por enquanto. Mais vamos morar lá, na capital Budapeste. 

—Fico feliz por você, Elena.

—Obrigado Stefan.

—Eu também fico contente que você conseguiu alguém que te ature, amiga. 

—Engraçadinha. Bom, eu tenho que ir. Me acompanha até a porta? 

—Claro. Crianças deem tchau a tia Elena. 

Tommy levantou e deu um beijo em Elena, logo em seguida Hannah, Bash e Sophie apenas deram tchau com as mãozinhas.

—Até mais crianças!

—Até mais Elena. - Stefan a abraçou - Bom te ver criatura. 

—Foi bom te ver também. 

—Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode ligar pra gente. 

—Eu sei. 

Eles se abraçaram mais uma vez. 

Ele na caminhou até a porta, onde Caroline abriu e lhe concedeu passagem.

—Cuide-se Elena, está tarde. - Caroline preocupou-se

—Vou me cuidar. Fico feliz que tudo esteja bem entre vocês Caroline, feliz mesmo. 

Caroline abriu um sorriso. 

—Demorou pra gente se entender, mas agora tá tudo tão perfeito. Bash veio pra nos unir, e agora Sophie veio de presente. 

—Sophie é linda. E para quem me viu pela primeira vez, ela foi bem simpática. 

—Sophie é bem simpática. Puxou a mãe.

—Não tenho tanta certeza. 

Elas riram.

—Está feliz com Antal? - Caroline questionou

Elena abriu um sorriso.

—Ele é o amor para minha vida. 

—Para sua vida? 

—Sim, por que o amor da minha vida é outro, e você sabe quem. Nós nunca teríamos um relacionamento de verdade, com Antal eu posso ter isso, posso acordar todo dia ao lado dele e ele vai saber quem sou. Vamos ter filhos na qual ele vai amar e se lembrar. Eu amei Damon, Caroline. Amei mesmo, mas devido as circunstâncias, não podemos ficar juntos.

—E ama Antal?

Elena suspirou.

—Posso amar mais, ao longo do tempo.

—Então o ama.

—Não com a mesma intensidade, acho que nunca vou amar alguém como amei Damon, mas eu amo Antal, de um jeito único e especial, um jeito que eu entendo e que não te pedir pra entender, mas quero qque veja minha felicidade e aceite-a. 

—Eu estou feliz se você está feliz. 

—Obrigado Caroline.Eu vou indo, eu te aviso quando for jantar, te passo todas as informações, madrinha.

Caroline abraçou Elena.

—Foi bom te ter de volta, Elena. Mesmo que por algumas horas. 

—Eu sei. Até mais loira. 

Caroline esperou Elena partir com o carro, então entrou para casa.

—Contou a ela? - Stefan perguntou, Bash em seu colo, quase adormecido

—Não. Ela me disse que está feliz com Antal, eu não vou atrapalhar tudo que ela conseguiu por esperanças.

Stefan revirou os olhos. 

—Você sempre preferiu fatos a esperança.

—Se ouvisse o que eu ouvi, também teria tomado a mesma decisão, amor. 

—Ela ama o cara?

—Ama, de um jeito que nunca vai amar Damon, mais ama. 

—Então ela ama Damon?

—Ama, mas está com Antal e vai ficar com ele. 

—Devia ter falado. Pelo menos a nossa parte teríamos feito. 

—Não vou atrapalhar a felicidade de Elena, Stefan.

Stefan levantou com Bash no colo.

—Você não iria atrapalhar, você teria lhe dado esperança.

—Elena não largaria o relacionamento concreto com Antal, por uma chance com Damon.

—Você não sabe, e agora nunca vai saber. 

Stefan lhe lançou um olhar julgativo e começou a subir as escadas com Bash.
—Stefan! Não pode ficar bravo comigo!

Stefan se virou.

—Não estou bravo, só acho que não cabia a você escolher por Elena!

—Stefan!

Ele continuou subindo, sem prestar atenção nos chamados da esposa. 

*****************************************************************

Elena viu o nome de Caroline no celular, atendeu no mesmo instante.

—Caroline, oi?

—Elena, tudo bem? 

—Tudo… O que foi?

—Será que você pode me encontrar?

—Posso sim. Mas quando?

—Você pode vir aqui em casa, um jantar. O que acha?

—Nunca recusei sua maravilhosa comida, mas por que esse convite?

—Só vem aqui ta. 

—O Antal chegou, ele veio antes pra cá! Posso leva-lo? Quero muito que vocês o conheçam!

Caroline exitou.

—Claro. Traga-o, na terça ok? 19:30. 

—Ok, até terça. 

Caroline desligou, olhou para Stefan, que alimentava Sophie. 

—O que ela disse? - ele perguntou, dando mais um colherada de comida para Sophie

—Que vem, e com Antal. 

—Ele está na cidade?

—Ele chegou antes do previsto, vai traze-lo para o conhecermos.

Stefan suspirou, deu outra colherada para Sophie. 

—Então você vai falar?

—Não foi pra isso que a convidamos?

—Agora ela vem acompanhada né. 

—Você não queria que eu contasse? - ela colocou as mãos na cintura, claramente irritada

—Com ela sozinha, não sabemos como ela vai reagir e se o tal Antal vai perceber. 

—Vai dar certo. - ela juntou os brinquedos do chão e os colocou no baú - O médico ligou.

—Para que?

—Vasectomia. 

Stefan suspirou. 

—Não acredito que vai me obrigar a fazer isso. 

—É precaução. 

—A gente se cuida muito bem.  

Caroline lhe lançou um olhar malicioso.

—Ok, nem sempre. - ele revirou os olhos

—Sophie já veio sem planejamento. 

—Estamos ficando velhos Caroline. Nem tem tanta importância fazer isso. 

—Olha só amor, eu ainda posso engravidar! Então é bom você fazer esse procedimento!

Stefan lhe lançou um olhar desconfiado. 

—Por que esse interesse repentino em que  eu faça a vasectomia? 

Caroline abriu a boca, mas nada disse. Suspirou. 

—To grávida. 

Stefan deixou a colher recém cheia para dar a filha cair na sua roupa. 

—Meu Deus! - disse

—É pois é, por isso é bom você fazer o procedimento. 

Stefan levantou, cuidando para não derrubar a comida da roupa para o chão. 

—Eu vou limpar isso daqui, alimenta a Sophie. 

Ele saiu, subindo para quarto, passando sem olhar para Caroline. 

—É Sophie, você não é mais a caçula. - conversou com a filha, ela pegou outra colher e continuou a dar comida para filha - Seu pai não parece muito feliz. 

—Mais. - Sophie disse, seu dedinho gordinho apontando para comida no prato

—Eu não queria contar desse jeito sabe filha? Eu teria planejado melhor, mas eu não resisti, eu só quis contar e compartilhar essa alegria inesperada. Literalmente inesperada.... cinco filhos… Meu Deus… eu vou surtar. 

—Mais.

Outra colherada. 

—Eu só queria que ele tivesse outra reação, mas vida que segue, eu vou estar com o neném no casamento de Elena, vai ser complicado ser madrinha e mãe de recém nascido. - ela abriu um sorriso - Mas tudo bem, será bem vindo. 

********************************************************

Stefan tirou a camisa, colocou na pia e lavou. Seus pensamentos estavam na notícia que a esposa havia lhe dado.

“Outro bebê” pensou consigo mesmo. “Mal consigo lidar com quatro filhos quem dirá com cinco”. 

—Stefan! - Caroline chamou 

Stefan espremeu a camisa, tirando a água que restava, colocou no arame interno que tinha na lavanderia. 

—Já estou indo! - respondeu para esposa

Sem camisa, ele andou até a cozinha novamente, Caroline já tinha terminado de alimentar Sophie e a tinha deixado na sala para brincar. 

—Oi, chamou?  - ele apareceu 

Caroline estava lavando a louça na pia. Stefan sorriu ao ver a esposa, ele foi até ela e a abraçou por trás. 

Ele cheirou seu cabelo.

—Sempre gostei do cheiro do seu cabelo. - disse 

Caroline sorriu. 

—Minha reação foi de surpresa,mas eu estou feliz Caroline, terei mais um filho contigo, nada poderia me deixar mais feliz. 

Caroline virou para ele, as mãos na bancada.

—Está mesmo feliz? - ela perguntou

Stefan juntou as mãos da esposa com as suas. 

—É uma surpresa claro, mas estou feliz.  

—É sério faz a vasectomia, por favor. - ela riu

—Achei que estivesse na pílula.

—Achei que tivesse usado camisinha. 

Eles riram. 

—Ta feito. - ela disse - Não tem como voltar. 

Stefan passou a mão pela barriga da mulher.

—Eu já amo esse feijãozinho, e amo mais ainda a mãe dele. Todos os dias aprendo a amar mais, já que todos os dias vejo o fruto do nosso amor. Eu amo você. 

Caroline já sentia as lágrimas cairem. 

—Você falou tão bonito, e você ta tão bonito sem camisa! 

Stefan sorriu. 

—Eu to bonito? 

—Você é bonito, chato! 

Stefan puxou Caroline para um beijo. Quando se pensa que a felicidade não pode aumentar, ela se multiplica.

********************************************************

—Gyerekkori barátok? - Antal perguntou para Elena, ao abrir a porta do carro para ela

—Nem. - ela respondeu - Tente falar ingles, amor. 

—Ok. 

Eles andaram até a porta, Elena bateu fracamente. Stefan veio atender.

—Olá, bem vindos, por favor entrem! - ele abriu passagem para eles com um sorriso

Elena sorriu em resposta, e de mãos dadas a Antal entrou. 

—Bem vindos! - Caroline apareceu na sala, vestida de sport chic - Por favor sentem-se, o jantar está quase pronto. 

—Tia Elena! - Thomas correu para abraçar Elena 

—Tommy, deixa eu te apresentar meu noivo, Angal. 

Tommy sorriu e esticou a mão para ele, que apertou com um sorriso.

—E aquela garotinha ali é a Hannah. 

Hannah estava quieta em um canto, o que tinha Tommy de simpático, tinha Hannah de antipática. 

—Ela é meio antipática, não sei de quem puxou. Aquele vindo ali é o Sebastian, chamamos de Bash. - Elena olhou para os lados, procurando Sophie - E Sophie? 

—Está dormindo, cansamos ela bastante hoje, então ela foi dormir cedo, e esperamos que durma a noite toda. - Stefan respondeu

—Ah. 

—Sophie a legkisebb? - Antal perguntou

—Igen. 

Stefan sentou no sofá ao lado deles. 

— Ele fala inglês? 

—Eu tentar. Su língua ser furcsa.

—Estranha. - Elena traduziu - Ele nos entende, conhece várias palavras. Tem dificuldade, mas está se dando bem. 

—Eu estar feliz de estar aqui com os amigos de minha noiva.

Caroline voltou.

— O jantar está pronto.  Eu espero que gostem de lasanha. 

—O que ser larsanha? - Antal perguntou

—É bom amor, você vai gostar. - Elena respondeu

Caroline os guiou até a sala de jantar, que era ao conjugada com a grande cozinha.

—E as crianças? - Elena perguntou, observando as quatro cadeiras na mesa

—Elas já comeram, vão brincar e ver tv. - Stefan respondeu - Por favor, sentem-se.  - Stefan observou a esposa ir em direção ao forno - Amor deixa que eu pego! - ele correu até a esposa, abrindo o forno e retirando a lasanha com as luvas

—Que carinhoso! - Elena zombou

Caroline se sentou na cadeira, um sorriso bobo na face. 

—Eu sou um  homem carinhoso, você sabe! - Stefan contrapõe , colocando a lasanha na mesa

—Você é carinhoso, isso é fato, mas isso não é comum. - Elena estreitou os olhos 

Stefan e Caroline trocaram um sorriso. 

—Eu estou grávida!

Elena abriu a boca, abismada.

—Meus parabéns! Meu Deus! Eu fico muito feliz! Cinco filhos! Uau!

—Amor, o que é grávida? - Antal perguntou

—É terhes. 

—Terhes? Parabéns aos pais! - Antal desejou 

—Foi uma surpresa, mas é bem vinda. - Stefan declarou

—Vamos comer, antes que esfrie, depois conversamos sobre isso. 

********************************************************

Tarde da noite, depois de comerem, beberem e conversarem, Caroline chamou Elena de canto, disposta a contar sobre as novidades sobre o estado mental de Damon. 

—Elena, existe algo que desejo lhe contar. 

—Caroline, pode contar qualquer coisa, somos amigas. - Elena pegou na mão da amiga

—É sobre Damon. 

Elena soltou a mão de Caroline, automaticamente. 

—Damon é passado Caroline, não acho que você tenha algo de novo para me dizer. 

—Pois eu tenho. Não é muita coisa, mas Stefan achou e me convenceu que deveria te dizer, foi por isso que te chamei naquela noite, mas você me contou que estava noiva eu achei que não deveria te contar…

—Caroline fala logo. 

—Não é muita coisa Elena, não quero te dar muitas esperanças...

—Só fala logo! -Elena falou mais alto, sorte que Caroline, temendo a reação da amiga, a levou para o quarto de Thommy e Bash. 

—Ele começou a se lembrar Elena.

—A se lembrar? Como assim?

—Fragmentos, ele se lembra de fragmentos do dia anterior agora. E não só isso, em segredo, ele revelou a Stefan que as vezes tem sonhos.

—Sonhos?

—Sonhos com uma garota misteriosa, que ele nunca viu. Uma garota morena e de olhos castanhos vibrantes.

Elena nada disse, sua expressão era indescritível. Ela andou até a janela, observou a lua minguante que estava, tão bela e brilhante. 

—Então ele se lembra de mim? 

Caroline suspirou.

—Ele sonha com você. 

—E o que quer que eu faça sobre isso? 

—Nada Elena, nada! Eu só queria te dizer, Stefan me convenceu que a escolha deveria ser sua. 

—Escolher o que? Fazem anos Caroline, anos desde que eu vi ele pela ultima vez!

—Não posso fazer nada por você Elena, eu só queria que pensasse, que soubesse que existe uma chance. 

—Você já disse, obrigado por dizer. Agora, acredito que Antal esteja me esperando. - ela se virou - Eu te vejo no jantar de noivado? 

Caroline abriu um sorriso fraco. 

—Vê sim. 

Elas se abraçaram. 

—Não quero que tenha dúvidas, ou qualquer coisa, só queria tirar isso da minha mente, Stefan ficou fazendo pressão psicológica. 

—Tudo bem, está tudo bem.  Vamos descer. 

As duas desceram,  encontrando Stefan e Antal na sala, sentados vendo TV. 

—Amor, está tarde, eles tem filhos, vamos embora, deixa-los descansar. - Elena disse

—Sim, tem razão.  - ele se levantou e apertou a mão de Stefan - Köszönöm az ételt és a jó társaságot. Gratulálunk a csecsemőnek, az egészséggel együtt jár, ami boldogságot hoz ebben a házban.

—Ele disse que agradece a companhia e a comida. Da parabéns pela criança, e deseja saúde e felicidade para todos. - Elena traduziu

—Eu que agradeço por ter vindo. - Stefan sorriu

—Boa noite. - ele desejou, pos -se ao lado da noiva - Boa noite Caroline. 

—Boa noite, Antal. 

Caroline abriu a porta, Antal saiu primeiro. 

—Caroline, obrigado por contar. - Elena disse

—Agradeça a Stefan, ele pesou minha consciência. - ela riu - Estou feliz por você Elena, Antal parece te amar muito. 

—Boa noite Caroline. 

********************************************************

Elena vivia um confusão interna desde o dia que Caroline lhe dissera que Damon lembrava dela.

Ela deveria ir ve-lo? Era isso que eles queriam? Que ela fosse ve-lo? 

Não, ela não podia, Antal não merecia isso. Ela devia lhe contar sobre Damon? 

—Merda! - ela estava na frente da Salvatores, a sede da empresa

Seu coração acelerou, ela passou pela porta de vidro. Será que os empregados ainda se lembravam dela? Fazia tanto tempo. 

—Elena? - chamou uma mulher

Elena olhou para ela, abriu um sorriso. 

—Alisha? Alisha Muphy? 

—Elena Gilbert?

 Elas se abraçaram

—Agora na verdade é Alisha Villa. Me casei fazem uns dois anos. 

—Nossa que bom, fico feliz por você. 

— E você como está? 

—Bem, bem. Viajei o mundo, curti bastante. 

—Ah legal, você tá procurando o Stefan?

—Não, não. - Elena sorriu - Eu queria saber do Damon.

Alisha teve uma expressão de surpresa.

—Bem, ele ainda trabalha na mesma joalheria, dificilmente vem aqui. Britney ainda trabalha com ele lá, você sabe onde fica, se quiser ve-lo, é lá onde vai encontra-lo.- ela lhe abriu um sorriso encorajador

—Agradeço, Alisha, de coração. 

—Boa sorte, Elena. 

Os minutos que se seguiram passaram rapidamente, Elena não sentia suas pernas, e na hora de levantar do uber, o fraquejo a fez segurar com força na porta.

—Você está bem senhorita? - o uber perguntou

—Sim, obrigado. Adeus senhor Joseph. 

—Adeus. 

Ela fechou a porta do carro. Seu coração bateu mais rápido, se é que era possível, um frio percorreu sua espinha. 

Nada tinha mudado, a pintura externa ainda era branca com detalhes dourados nas bordas. Suas mãos tremiam, seu corpo estava gélido. 

—Droga! Controle-se Elena! - disse para si mesma

Inspirou e expirou repetidas vezes, até sua crise de ansiedade ter passado.

—Vamos Elena! Coragem! Ele nem deve se lembrar de você…

Ela passou pela porta, olhou ao redor, foi até o balcão.

—Boa tarde. - Britney desejou, antes de olhar para a antiga namorada do chefe - Elena Gilbert. 

—Britney. 

—O  que está fazendo aqui? Digo, fazem anos eu acho…

—Faz algum tempo, realmente. - Elena concorda, soltando uma risada fraca

—Está procurando Damon? 

—Na verdade sim, queria conversar com ele.

Britney sorriu, seus olhos focaram na mão esquerda dela.

—Bonito anel de noivado. - comentou, com segundas intenções

—Ah. - Elena o olhou - É bonito mesmo, pertenceu a avó do meu noivo. Tem significado especial pra ele. 

—Não te julgo por ir embora Elena. - Britney a olhou seriamente - Ninguém julga. 

—Eu sei. Onde ele está? 

—Saiu, volta já se quiser esperar. 

—Não, eu não quero. Eu venho outro dia.

—Tem certeza? 

—Absoluta. Até mais Britney. 

Alívio ou decepção? Elena não sabia o que sentia quando passou novamente por aquela porta. Outro dia ela voltaria.

*******************************************************

Antal havia partido ontem e Elena decidiu voltar a joalheria na avenida principal,ela nada lhe tinha contado. 

Ela olhou para os céus antes de descer do seu carro. 

—Meu Deus eu não devia estar aqui… Eu tenho Antal… Porque reviver tudo isso…? 

Ela suspirou. Abriu a porta, saiu, fechou o carro e andou  o que pareceu dois passos. 

Olhou a fachada da loja. O coração com batimentos acelerados, fechou os olhos, tomando coragem, abriu a porta. 

Seu coração que antes tinha batidas frenéticas agora parecia ter parado, um frio percorreu sua espinha, ela abriu a boca como se quisesse falar algo e nada lhe saiu.

—Bom dia, possa ajudar? - a voz de Damon ecoou até ela, como se estivesse distantes, mas era ela que estava distante

Elena soltou uma risada nervosa, suas mãos tremiam. 

—Eu… Não sei… Quero dizer… - ela soltou outra risada

Damon agora riu junto. 

—Você tem cara de quem gosta de um bom anel, aproxime-se, posso te mostrar variadas opções. 

Elena se aproximou do balcão, a cabeça baixa, não tendo coragem para olha-lo.

—Eu vou ali atrás pegar algumas opções , só um instante. 

Elena levantou a cabeça, vendo-o entrar pela porta que levava aos fundos da loja, lugar em que ela passou muitos dias com ele

Ele voltou instantes depois, uma caixa delicada de porte médio sendo segurada por suas mãos. 

—Essas são peças maravilhosas, achei que gostaria de algo mais valioso. - ele sorriu 

Elena o olhou, uns anos mais velho, uns cabelos brancos, a barba por fazer, o corpo mais malhado, ele com certeza estava malhando…

—Moça? - ele chamou

—Sim, desculpe. 

—Observe esse anel, ele vem em conjunto com uma pulseira no mesmo estilo. - ele retirou o metal precioso da caixa

—É lindo, uma peça maravilhosa, devo concordar. - ela sorriu

—Permita-me? - ele pediu oferecendo sua mão

—Claro.

Damon gentilmente pegou a mão de Elena, colocando a peça no seu dedo anelar.

—Perfeito. - ele disse - O que achou da peça? 

—Muito bonita. 

—E em ótimo preço. 

Ela riu, sabia que ele sempre foi bom vendedor. 

—Uma peça tão bela, estranho ainda não ter sido vendida. - ela comentou

—Eu só as trago quando percebo uma gosto refinado da cliente. - ele sorriu - Senhora…?

—Gilbert. 

—Gilbert. - ele repetiu

—Elena Gilbert. 

—Elena? - Damon fez uma expressão confusa, como se o nome lhe fosse familiar

O coração de Elena se encheu de esperança. Ele se lembrava dela? Ou ao menos do nome dela?

—Sim, Elena. Você se lembra de mim?

Damon a olhou seriamente, eles se encararam pelo que pareceu horas, mas foram apenas segundos.

—Não, não me lembro. Mas… - ele apertou as mãos, como se fizesse força para se lembrar - Espere um segundo!

Elena o viu sair rapidamente, entrando pela porta que levava ao fundo da loja, ela ouviu barulho de caixa serem arrastadas e colocadas no chão. Novamente seu coração batia rápido, droga, ele não parou de bater rápido desde que ela deixou o carro. 

Ele voltou minutos depois, uma embalagem transparente nas mãos, dentro dele um anel. 

—Eu não sei quem você é, mas em algum momento da minha vida, ou … - ele soltou uma risada fraca, olhava apenas para embalagem em sua mão - Sei lá, quando você estava nela, se é que você é a mesma pessoa e eu não estou ficando louco… - ele a olhou - Eu guardei isso pra você, eu acho. - ele esticou a embalagem para ela

Elana olhou aquela embalagem e então a pegou. De caneta, em cima dela, estava escrito “guardar para Elena”.

Elena sentiu as lágrimas descerem no automático.



Permanent - David Cook

 

Este é o momento em que eu olho em seus olhos?

Perdoe minha promessa quebrada de que você nunca me veria chorar



—Você guardou… depois de oito anos… - as lágrimas desceram mais rápido - Droga Damon…

—É você não é? A dona desse anel? 

—Sou. - ela suspirou, limpou as lágrimas com a mão livre 

 

E tudo certamente irá mudar mesmo se eu

Mesmo se eu te disser que eu não vou embora hoje

Você achará que está totalmente sozinho

Quando não houver ninguém para segurar sua mão

Quando todos que você conhece parecem estar tão longe

E tudo é temporário, descanse a cabeça

 

—As vezes acho que sonho com você.Eu não sei o que tivemos, eu não lembro me desculpe… - ele a encarou

—Não é sua culpa. - ela cortou, limpando mais lágrimas - Olha, não são sonhos, são lembranças Damon.

—Faz sentido serem lembranças, sempre acordo feliz depois deles. Elena,eu não sei que houve entre nós, mas o que quer que tenha acontecido, você ainda permanece  em mim. Mesmo com meu problema… - ele apontou para o cérebro -Você ainda está aqui! Não vai embora, fica aqui, me diz o que aconteceu entre a gente, me explica!

Elena suspirou, olhou para ele e abriu um sorriso.

—Eu não vou embora Damon.

—Você vai me contar tudo? Vai me relembrar de tudo que aconteceu? Você não vai embora não é? Não agora que te encontrei... 

—Eu sou permanente. 

 

Eu sou permanente

Eu sei que ele tem vivido no inferno a cada dia

Então eu pergunto, oh Deus há alguma forma para mim tomar o seu lugar?

E quando eles dizem que é só tocar e ir

Eu gostaria de poder fazer isso ir embora, mas você ainda diz

Você achará que está totalmente sozinho

Quando não houver ninguém para segurar sua mão

Quando todos que você conhece parecem estar tão longe

E tudo é temporário, descanse a cabeça

Eu sou permanente

Eu sou permanente

Este é o momento em que eu olho em seus olhos?

Perdoe minha promessa de que você nunca me veria chorar


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Notas finais do capítulo

Ultimo capítulo, sem contar o epilogo, espero que tenham gostado.
Despedidas no final.
Comentem. Até mais.



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