VOCÊ Y EU - ANTES DE TUDO! escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 3
Capítulo 3 - "O doce sabor de seus lábios"




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UM TEMPO DEPOIS...

Heriberto se arrumou, se perfumou depois de tomar um longo banho pegou as chaves de seu carro e desceu para ver Victória.

Victória do outro lado da cidade estava dentro do ônibus voltando para casa sozinha, sua mãe teve um imprevisto e não pode voltar com ela. Heriberto dirigiu até a casa de Vitória parou na porta desceu do carro pensou em muitas coisas e depois de quase 15 minutos, ele tocou a campainha.

Ninguém atendeu, então, ele ficou parado na porta esperando que alguém chegasse porque a primeira pessoa que chegasse, ele diria que era namorado de Victória. Victória desceu do ônibus cansada e se preparando para encontrar o pai. Heriberto ficou parado lá por quase uma hora, comeu um sorvete, tomou um refrigerante, comeu 2 sanduíches e ninguém chegava.

Cruzou os braços e ficou parado no portão. E foi quando ele viu o pai de Victória vindo em sua direção já sabia quem ele era estava disposto a falar com ele, Victória virou a esquina e parou vendo a cena diante de seus lhos. João veio caminhando e parou diante dele.

JOÃO— Pois não, meu jovem, o que faz na frente da minha casa?

HERIBERTO— Tudo bem com o senhor? Eu estou aqui porque eu sou namorado da sua filha, estou esperando para dizer ao senhor que eu quero compromisso sério com ela.

João esperou que ele terminasse.

HERIBERTO— Eu amo sua filha e quero casar com ela e tenho boas intenções. Mas, não quero ser desrespeitoso com o senhor por isso vim aqui pedir sua permissão para me deixar namorar Victória.

João o olhou e riu e logo o pegou pelo colarinho.

JOÃO— Namorado da minha filha? Interessante!

Heriberto olho dentro dos olhos dele de modo frio e direto.

JOÃO— Que tal eu quebrar todos os dentes que tem na boca? Só pra aprender.

HERIBERTO - Sim eu sou namorado da sua filha e vou ser seu genro. Eu vou revidar se o senhor me agredir, estou aqui em paz! O senhor não pode proibir Victória de namorar, ela já é uma moça!

JOÃO— Em paz? Vá para o inferno com a sua paz. - O empurrou contra o carro.

HERIBERTO— O que o senhor quer para me deixar namorar com Victória?

Victória assustada se aproximou mais de Heriberto que o empurrou de volta um único empurrão que o derrubou, Victória deixou os livros cair no chão e foi até o pai.

HERIBERTO— Pode me dizer que o senhor quer para me deixar namorar com ela.

VICTORIA— Você está louco. - Abaixou e logo depois olhou Heriberto.

HERIBERTO— Victória! – Ele a olhou com olhos doce e sorriu. – Eu vim dizer ao seu pai, Vitória que sou seu namorado e que eu quero autorização dele para que fiquemos juntos.

João olhou a filha com um olhar frio sabendo que dessa ela não escaparia.

VICTORIA— E quem disse que eu quero te namorar? Você é louco e só vai me meter em problemas sai daqui.

João levantou e encarou os dois.

JOÃO— Se eu fosse você ouvia ela.

HERIBERTO — O senhor não sabe o que está dizendo, eu sou a melhor opção que sua filha poderia escolher e eu sou sim o namorado dela! Diz a ele, Victória eu sou seu namorado.

João a pegou pelo braço apertando sem piedade.

VICTORIA— Eu não sou nada sua, vai embora!

HERIBERTO— Você já está se vendendo, Victória? Aposto que essa faculdade é pra isso, pra conquistar esses cara com dinheiro! Sua mãe não te dá educação mais eu vou te dar. - Empurrou ela em direção ao portão pra entrar.

VICTORIA— Papai, está me machucando. Me solta! - Pediu com o coração na mão sabendo o que viria a seguir.

HERIBERTO— Solta ela! - Heriberto gritou entrando atrás deles. - Solta ela, eu disse ou eu não saio da sua casa. Não fala mal dela não ela não fez nada! Vitória é uma menina direita você não tem o direito de falar assim com ela seu velho.

João a soltou mais virou dando um soco no meio da cara de Heriberto que o fez cair no chão.

JOÃO— Some da minha casa e não me diga o que devo fazer com a minha filha. - Gritou com ele.

Heriberto se levantou e o segurou pela camisa com ódio.

HERIBERTO— Eu vou chamar a polícia e dizer que você não vale nada!

JOÃO— Chama será a sua palavra contra a minha. – Desdenhou.

HERIBERTO— Não deixa ele te tratar assim, Victória você não merece que ele seja estúpido com você.

Victória entrou no meio deles já chorando e afastou Heriberto. Heriberto a olhou e passou a mão exatamente onde tinha recebido soco o lábio sangrava.

VICTORIA— Vá embora! Aqui não é lugar para você. – falou com medo.

Tereza chegou e viu todo aquele circo.

TEREZA— Por Deus, o que está acontecendo aqui Victória? O que houve minha filha me diz o que houve quem é esse homem? - Teresa foi até a filha desesperada preocupada sem entender o que estava acontecendo.

Heriberto olhou dentro dos olhos de Vitória e teve a certeza do que queria mais do que nunca agora e disse olhando para ela.

HERIBERTO— Eu vou voltar, Victória nós vamos ficar juntos e eu só vou embora agora porque você está me pedindo, mas eu quero ser o seu amor.

VICTORIA— Você é louco! - Abraçou o corpo da mãe tremendo.

Sem dizer mais nada, Heriberto foi embora olhando para ela sentindo coração partir de ter que deixar ela ali.

TEREZA— Minha filha, o que aconteceu? Quem é esse homem? Por que ele está aqui na porta de nossa casa? Que escândalo é esse?

JOÃO— Ele é um dos homens que paga pra dormi com sua filha. - Falou João com ódio nos olhos.

TEREZA— Não diga uma coisa dessas, João, cala essa boca! Nossa filha não é esse tipo de mulher, não fale assim de Victória e vamos para dentro que está ridículo esse escândalo aqui fora.

Teresa levou a filha abraçada para dentro de casa e Victória chorava desconsolado.

TEREZA— Minha filha espere no quarto fique lá depois eu vou conversar com você. - Teresa falou assim fechou a porta.

Victória foi correndo para o quarto e se fechou lá sem pensar duas vezes. João pegou Teresa pelo braço a sacudindo.

TEREZA— João não acredito que fez nossa filha passar por isso. Me solta!

JOÃO— É por isso que ela é assim rameira igual à mãe. - Com raiva falou cheio de ódio.

TEREZA— Nossa filha não é uma rameira, nossa filha é uma menina linda, honesta e tem idade para namorar. Você não pode prender ela aqui dentro de casa como se ela fosse uma prisioneira!

JOÃO— Ela não tem que namorar, Tereza, não tem nem que estudar!

TEREZA— Eu vou autorizar que ela namore e você vai ter que concordar comigo.

JOÃO— Eu vou arrumar um homem pra ela casar e aí sim vai me dar paz!

TEREZA — Ela não vai casar com ninguém que você escolher.

JOÃO— Veremos, Tereza, eu ainda sou o homem nessa casa. – a soltou.

TEREZA — Fique sabendo que amanhã eu vou ligar para este rapaz e autorizar que ele namore nossa filha. - Tocou os braços. - Não faça algo do que você possa se arrepender, João. Se voltar a tratar nossa filha assim, eu juro que vou embora com ela.

JOÃO— Vai ligar, Tereza? Eu te dou uma surra! A, já sei, quer vender a ratazana como você foi vendida pra mim!

Ela ficou em silêncio olhando para ele.

JOÃO— Você não tem onde cair morta!

TEREZA— Minha filha não terá o mesmo destino que eu! Victória vai ser feliz como eu nunca fui. - Os olhos encheram de lágrimas, ela estava fazendo uma promessa para si mesma e não permitiria que a filha tivesse o mesmo destino dela.

Ele riu.

JOÃO— Veremos. - E sem mais saiu dali a deixando na sala indo para rua.

Teresa respirou fundo tomou um copo de água e foi até o quarto falar com a filha.

TEREZA— Victória, é a mamãe, abre a porta, meu amor! - Pediu educada parada na porta esperando que a filha abrisse.

Victória correu abrindo com os olhos empapados de lágrimas.

VICTORIA— Mãe... - Falou já chorando se atirando nos braços dela.

TEREZA— Calma, meu amor! Ei, calma vai ficar tudo bem sim. - Puxou a filha com carinho para se sentarem na cama. - Agora me diz o que foi que houve e quem é aquele rapaz? - Suspirou e sorriu de modo gentil para filha. - Eu Espero realmente que me diga que ele é seu namorado porque ele é muito bonito.

Brincou com ela sabendo que a filha não tinha namorado algum e que era tímida e tinha medo de se envolver justamente por conta do temperamento do seu pai.

VICTORIA— Ele não é nada meu, mãe, eu juro é um louco que quebrou os ovos e agora fica me perseguindo.

TEREZA— Foi ele que quebrou os ovos? Victória, benditos ovos, minha filha. - Ela riu apesar de tudo conseguia ter bom humor.

VICTORIA— Mãe, para, ele é louco.

TEREZA — Aquele homem não é louco, minha filha, ele está apaixonado por você.

VICTORIA— Eu não quero nada com ele!

TEREZA— Porque não, você o acha feio?

Teresa realmente tinha gostado do rapaz o fato de vê-lo declarar se para filha na frente do marido no estado em que estava, fez com que tivesse nele muita confiança, a confiança suficiente para saber que ele defenderia Victória em qualquer circunstância da vida.

VICTORIA— Sim, feio demais e ainda fala o que não deve. Dizer que é meu namorado pro meu pai só pra me fazer apanhar. - Falou verdadeira.

TEREZA— Minha filha, ele não sabe que seu pai é violento, ele não fez por mal.

VICTORIA— Não o quero por perto, papai já bateu nele. - Secou as lágrimas.

TEREZA — Apenas está apaixonado e não sabe como resolver isso. Seu pai bateu nele? Seu pai é um animal mesmo, desse jeito ele quer que você morra dentro de casa como uma freira.

VICTORIA— Mãe... Eu não quero ele por perto, não quero, eu aposto que ele ainda está lá fora esperando eu sair pra me abordar.

TEREZA — Ai, Victória será que ele está lá fora? Vamos lá ver e você vai falar com ele enquanto seu pai não volta. - Ela sorriu e foi até a janela olhar.

VICTORIA— Não vou! - Deitou na cama.

TEREZA— Minha filha, não é que você está certa? Ele está lá minha filha no carro parado olhando para cá. Vitória Sandoval Tosh.

Olhou Victoria deitada na cama.

TEREZA— Victória, levanta e vai lá agora eu sou sua mãe, estou mandando você ir lá agora.

VICTORIA— Não, mãe, eu odeio ele. - Afundou o rosto no travesseiro.

Teresa foi até a cama, beijou os cabelos dela e olhou com carinho para filha.

TEREZA— Meu amor, presta atenção no que mamãe vai te dizer porque eu não vou repetir. Aquele homem que está lá fora não vai desistir de você, então, você tem duas escolhas. Pode sair lá e descobrir se também gosta dele e vale a pena lutar ou pode ficar aí chorando na cama e deixar que seu pai tenha razão mais uma vez. - Teresa se levantou e foi até a porta. - Se ficar aí chorando se lamentando e com pena de si mesma vou acreditar que não é a minha filha, Victória Sandoval que está nesta cama.

Victoria a olhou.

TEREZA— E não se preocupe com seu pai, ele vai beber até as cinco da manhã, não volta antes desse horário e vai chegar tão bêbado que não vai ter como fazer nada contra ninguém. - Teresa saiu do quarto e deixou a porta encostada.

Victória suspirou e levantou indo até a janela e olhando ele ali, parado como uma estátua. Foi até o banheiro, lavou o rosto e trocou a blusa por uma de manga um pouco mais cumprida cobrindo o roxo já se formava em seu braço, se olhou e saiu do quarto indo ao encontro daquele louco.

Do lado de fora, Heriberto sentia o estômago arder, devia ter ido embora, mas não conseguiu simplesmente não conseguia sair dali. Prendia os livros dela contra seu peito abraçando como se abraçasse a ela, quando viu a porta abrir e ela sair seus olhos brilharam.

Os olhos de Victória fixaram nos dele e ela andou até ficar frente a ele.

VICTORIA— Porque não foi embora? - Falou dura com ele.

HERIBERTO— Victória! Me perdoa eu.... Eu não queria te prejudicar. -sentiu o coração partir com aquele olhar dela. - Seus livros. – Entregou.

Ela pegou e deixou sobre o muro se aproximou mais dele olhando seu lábio machucado, Heriberto não sabia como dizer a ela o que estava sentindo e por isso só teve uma reação avançou lentamente e deu um selinho nos lábios dela. Victória arregalou os olhos.

Sabia que Victória ia recuar, mas ele não podia desistir dela.

HERIBERTO— Eu gosto de você, Victória! Eu gosto de verdade de você, eu não consigo parar de pensar em você desde aquele dia.

Ela tocou os lábios dele o calando.

HERIBERTO— Eu sei que você não é como as outras meninas, você é diferente, Victória.

Acariciou seu rosto com a mesma mão e não pensou apenas seguiu seu instinto e o puxou grudando seus lábios nos dele, o calando com seus lábios. Heriberto a segurou de modo suave nas costas e manteve seus lábios colados aos dela desejando que aquele momento nunca terminasse.

Victória abriu um pouco mais a boca virando sua cabeça para o sentir ainda mais. Heriberto puxou lentamente Victória para ele saboreando aqueles lábios jovens e sedosos. Ela era tão saborosa e doce. Moveu a língua invadindo a boca dela e buscando sua língua também a prendeu em seu corpo mais perto.

Victória tremeu e levou sua outra mão para tocar em seus rosto enquanto o beijava com delicadeza a outra mão abraçava seu pescoço o trazendo ainda mais para o beijo. Heriberto entendeu que ela o estava dando espaço para ser cuidada, beijada e querida.

Deslizou a mão massageando as costas dela com ternura e colou Victória completamente contra seu grande corpo. Ela estava na ponta dos pés para beijá-lo. Se inclinou para ficar mais perto dela sem parar de beijar um segundo, faziam amor com suas línguas, era uma absoluta entrega.

Victória cessou o beijou e ainda segurando o rosto dele e sendo segurada por ele o olhou e falou:

VICTORIA— Você precisar ir embora!

HERIBERTO— Eu vou depois que me disser que aceita namorar comigo! - Ele simplesmente estava em êxtase.

VICTORIA — Não, eu não aceito namorar com você! - Foi direta sentindo o cheiro dele.

HERIBERTO— Victória eu vou vir aqui todos os dias apanhar do seu pai até você me aceitar. - Ele riu e olhando nos olhos dela continuou.

O corpo dele era o encaixe perfeito para o seu.

HERIBERTO— Você entendeu? Eu vou vir aqui todos os dias até você me aceitar porque eu tomei uma decisão, Victória e eu não vou voltar atrás agora que você me beijou. Eu quero você!

VICTORIA— Não fui eu quem te beijei! - Falou provocando.

HERIBERTO— O que eu fiz não foi um beijo, você beijou depois. - Ainda sentindo os lábios arderem a procura de mais. - Eu vou embora como você quer, mas antes me de outro beijo. - Ele tocou a mão dela delicadamente.

Victória deslizou a mão sobre o rosto dele, ele era tão macio e lindo que ela sorriu e aproximou mais de seus lábios e os mordeu antes de iniciar o beijo que foi a mais linda das sincronias que poderia existir naquele momento. Victória o desejava e se sentia segura mesmo "o odiando".

Heriberto desfrutou do corpo dela acariciando com cuidado e quando Victória sentiu algo entre eles pulou para trás terminando o beijo.

VICTORIA— Adeus, Heriberto!

HERIBERTO— Até amanhã, Victória, até amanhã!

Victoria pegou suas coisas e entrou para casa ofegante e Heriberto sentiu o corpo inteiro responder estava excitado, muito excitado. Passou a mão pelos cabelos desesperado sem saber como reagir. Era ela queria ela só ela, entrou no carro sorrindo ligou indo para casa.

Victória entrou em casa e olhou a mãe que sorria para ela com uma xícara nas mãos.

VICTORIA— Não diga nada, mamãe! - Riu de lado.

TEREZA— Eu não direi nada, minha filha, nada! - Teresa sorriu olhando a filha e aquele brilho nos olhos dela, queria a sua Victoria feliz. - Vai dormir, meu amor, você teve um dia difícil.

Beijou a filha com carinho nos cabelos e apertou contra seu corpo.

VICTORIA— Eu te amo, mamãe, muito! - Abraçou forte a mãe com todo seu amor.

Beijando seu rosto.

TEREZA — E eu a você, minha princesinha! - Retribuiu o abraço daquela filha linda.

Victória entrou para seu quarto e sorria sozinha mesmo o odiando, ele beijava maravilhosamente. Heriberto dirigiu para casa sentindo-se o homem mais feliz do mundo, tudo que ele mais queria tinha acontecido. Victória o tinha beijado e o beijo dela era doce e apaixonado e ele estava nas nuvens ainda sentindo gosto dela, o gosto da sua menina.

Ligou o rádio e começou a cantar distraído no volante e tão distraído estava que nem percebeu seu celular tocando, sua mãe ligando ele só queria pensar em Victória e agradecer por ter ficado parado naquela porta esperando o momento certo para devolver os livros dela.

Victória tomou um banho rápido e pegou seus cadernos para estudar até que o sono viesse e se pegava rindo enquanto desenhava alguma coisa. Teresa sabia que quando o João voltasse as coisas não seriam boas estava tentando resolver aquela implicância do marido com filha.

Não entendia porque João insistia em tratar mal Victória ,suspirou cansada, estava mesmo cansada daquela vida com ele sempre alcoolizado, sempre criando problemas e nunca parando em trabalho algum.

Terminou de beber seu chá tomou um banho curto e se deitou tentaria dormir...


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