It's just a trick escrita por KCWatson


Capítulo 9
Pink again


Notas iniciais do capítulo

Não consegui melhorar esse capítulo, mas ele é bem necessário, então estou postando mesmo assim. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725027/chapter/9

Sacudiu a cabeça tentando se livrar da apreensão que a conversa com John lhe causara. Sentimentos, em sua visão nada flexível, eram nada menos que pontos sólidos de confusão e dor. Não podia ceder a eles, nem mesmo por um segundo. Seria um verdadeiro desastre. Não importava como se sentia ao estar tão próximo de John, o que suas palavras lhe causavam ou como as sensações faziam seu corpo tremer, ceder seria um caminho arriscado e sem volta que o detetive não estava preparado para experimentar.

Sherlock respirou fundo, um pouco mais calmo ao localizar Lestrade no meio de alguns policiais. Logo estaria em uma nova cena do crime, precisava estar com a mente limpa de toda aquela confusão.

Não pense em John.

― Onde está o John? ― Lestrade perguntou olhando além do detetive.

O mais alto revirou os olhos e passou por ele.

― Não vem hoje.

― Aconteceu algo entre vocês? ― Lestrade voltou a questionar em um tom temeroso, seguindo-o com pressa para dentro da casa ― Ele vai voltar, não é?

― Claro que vai ― Sherlock respondeu rapidamente e mentiu ― Só deve estar ocupado hoje.

Obviamente não contaria que havia deixado John sozinho no apartamento depois de uma conversa insensata e que sequer contara sobre um novo caso.

― Ah sim, ainda bem. Já estou sentindo falta dele por aqui.

― Onde está o corpo? ― Sherlock interrompeu incomodado com o alivio que encontrou na voz do Inspetor.

― Hum... certo. Está lá em cima, primeira porta a direita. Eu esperava mostrar isso ao John também...

Sherlock não esperou que terminasse, subiu as escadas como se não houvesse nada mais importante do que aquele crime e abriu a porta citada com fervor.

Paralisou no ato, sentindo uma familiar adrenalina dominar seu corpo enquanto sua mente se acendia. Pensou em voltar um passo e se certificar de que estava em uma casa qualquer, de paredes claras e frias, mas achou não ser necessário. Não podia estar louco ainda. Mas era inegável que aquela cena lhe era familiar e distinta demais para ser comum. O mesmo papel de parede velho e apagado, o mesmo teto manchado que um dia fora branco, o mesmo piso de madeira desgastado. Havia também a pequena lareira que parecia não ser utilizada há anos, a janela tampada com jornais deteriorados e no canto direito, um cavalo instável que poderia ter sido um brinquedo ou uma peça de terror. E é claro que não poderia ignorar o corpo da mulher loira, vestindo nenhuma outra cor além de rosa, deitada no chão de bruços.

O primeiro caso.

Sherlock nem precisava fechar os olhos para voltar àquela cena. John ao lado do corpo, colocando a muleta de lado enquanto analisava a vítima, Lestrade os observando com impaciência e o próprio detetive observando o novo parceiro. Era o primeiro caso deles juntos.

― Familiar demais... ― murmurou enquanto se aproximava do corpo com certa hesitação.

Achava que não se arrependeria de ter saído sem John... estava errado.

― Se minha memória não falhou... está bem parecido com aquele caso do taxista ― Lestrade comentou surgindo na porta.

― Exceto pela ausência de uma palavra no chão... e pelo corpo.

― O corpo também parece bem parecido pra mim.

O detetive o ignorou e lentamente se agachou ao lado do corpo, rapidamente colocando as luvas de látex. Ansioso por respostas, passou a mão pelo casaco rosa seco e se adiantou em tirar o grande anel dourado da mão esquerda sem vida. Abaixou-se diante do rosto da vítima, encontrando a inexpressividade e os lábios extremamente pálidos, então afastou os cabelos loiros para liberar o pescoço limpo e observar a falta de joias.  Afastou-se minimamente e voltou a esquadrinhar o corpo com atenção, relembrando cada detalhe do primeiro caso e fazendo as devidas comparações, separando as nítidas diferenças e descartando o que lhe era inútil.

― Então? ― Lestrade apressou.

― Eu diria que ela tem aproximadamente quarenta anos e que era solitária, sem família ou amigos. Ninguém para notar sua ausência, já que não há ninguém na lista de desaparecidos com a aparência dela. Mas não posso confirmar nada.

Porque eu só tinha você!

O moreno sacudiu levemente a cabeça, tentando apagar da sua mente a voz de John. Não pense nele!

― Não pode? ― o Inspetor ergueu as sobrancelhas em descrença. ― Como não pode, Sherlock?

― Estamos diante de uma fantasia, Lestrade, uma criação bem feita e também bem óbvia.

― Uma fantasia?

― Exatamente. Temos uma vítima comum, escolhida a dedo, e um cenário criado sobre ela. Superficialmente temos dois crimes com um único responsável, mas apenas um dos crimes me interessa.

Lestrade intercalou o olhar questionador entre o corpo e Sherlock algumas vezes antes de soltar um suspiro cansado e abandonar seu pequeno caderno.

― Você está dizendo que alguém matou essa mulher só para recriar o caso do Estudo em Rosa pra você?

― Oh, você parece mais esperto hoje ― Sherlock observou sarcástico ― Sim, é exatamente isso. O que me deixa extremamente curioso...

― Vamos por partes ― o Inspetor respirou fundo ― Primeiro me diga o que sabe sobre a mulher, depois vemos todo o... resto.

Sherlock se levantou e rodeou o corpo em passos duros. Era um cenário obvio, mas não era um caso simples. Sabia disso.

― Não tenho muito a dizer sobre ela, todos os vestígios da identidade original foram retirados, obviamente. Ela não está na lista de desaparecidos e aparentemente não tinha muitas condições financeiras, os cabelos estão ressecados, o rosto e as unhas estão descuidados, nem mesmo o esmalte consegue esconder isso. Procure por alguém que vive em uma área pobre com pouca comida, talvez uma daquelas casas compartilhadas por mais de dez pessoas. Talvez seja uma imigrante ilegal ou alguém abandonada pela família.

― Tem muito “talvez” nessas observações.

― Como eu disse, não posso fazer muito sem vestígios.

― Certo, como ela morreu? Preciso de uma certeza dessa vez.

― Sangrou até a morte.

O silêncio que se seguiu chamou a atenção de Sherlock que ergueu os olhos e encontrou mais um olhar questionador de Lestrade. Revirou os olhos, voltou a se agachar ao lado da mulher e a virou com cuidado, revelando a causa da morte.

― Alguém a esfaqueou no estômago e a deixou morrer lentamente ― comentou apontando para a blusa branca ensanguentada da vítima ― Só então a trouxe para cá e criou o cenário. Foi a única explicação em que pensei ao ver os lábios quase roxos dela.

― A única? ― Lestrade perguntou descrente ― Um tiro ou asfixia, mas é claro que você sabia que ela tinha levado uma facada antes mesmo de virar o corpo.

― Não há marcas para asfixia e Moriarty não perderia a chance de observar alguém morrendo dessa maneira!

― Moriarty?

― Na primeira vez o taxista abordava as vítimas, mas era patrocinado por ele ― Sherlock se ergueu, impaciente ― Recentemente Moriarty voltou a agir e agora temos um cenário idêntico ao meu primeiro caso com John. Certamente não é uma coincidência.

― E por que ele faria isso?

― Ótima pergunta. Eu não sei ― Sherlock confessou a contragosto ― Temos duas personagens aqui. A verdadeira vítima foi escolhida pela solidão, ninguém poderia sentir falta dela com rapidez, mas Moriarty deixou alguns vestígios. Fez questão que as unhas delas fossem pintadas de rosa, então porque não escondeu todo o resto? Ele quer que eu descubra a identidade da mulher, mas por que isso seria importante agora?

― E quanto a... mulher de rosa? ― Lestrade perguntou incerto ― O que pode tirar dela?

― Muito menos do que gostaria. Ao contrário de Jennifer Wilson, a vítima original, essa mulher não possui as mesmas informações. Quando entrei imaginei que fosse uma réplica daquele caso, mesmas características, mesmas pistas. Mas Moriarty foi inesperadamente obvio. Essa mulher não possui joias além do anel, suas roupas são novas e estão secas, não há respingos na perna dela indicando o uso de uma mala, não há sombrinha, nem uma palavra como bilhete e suas unhas estão intactas. Na verdade é bem... obvio que o cenário foi criado.

― Então não temos nada? O crime foi recriado em vão?

― A única coisa que temos... ― Sherlock se abaixou brevemente, apenas para retirar o anel da vítima e o erguer na altura dos olhos ― É a aliança. Claramente é um anel de casamento, pela cor e formato. Não pertence a vítima, que não possui nenhuma marca no dedo bem menor que o anel. É um objeto da personagem, colocado propositalmente, mas que pertence há alguém.

Uma lista de relacionamentos que você arruinou, sempre encontrando um modo de interferir. A voz de Mycroft voltou a assombrar sua mente, ecoando brevemente como se estivesse em um cômodo vazio. E eu posso garantir que nem todos possuem vagina.

Pare de pensar nisso!

Sherlock comprimiu os lábios tentando se livrar daquele sentimento incongruente implantado pelo irmão. Ciúmes.

 Lestrade arregalou os olhos e o detetive se obrigou a focar novamente na cena.

― Pertence a outra pessoa? Mais uma vítima?

― Não tenho como dizer isso ― Sherlock respondeu sincero, colocando o anel na palma da sua mão e a aproximando para que o Inspetor pudesse ver ― Mas observe como, mesmo gasto, está bem cuidado. Não deve ter muito mais que cinco anos e apesar de alguns arranhões, onde provavelmente é a parte inferior, o anel está limpo tanto na parte interna quanto na parte externa. Se Jennifer Wilson tinha vários amantes, essa pessoa prezava pelo casamento. Ou ainda preza.

Lestrade observou o anel com atenção e rapidamente voltou a escrever em seu caderno, provavelmente se esforçando para não esquecer nada do que Sherlock acabara de dizer.

― Se for mais uma vítima, só posso dizer que se trata de um homem, talvez mediano, focado na família e que trabalha ou trabalhava usando as mãos.

― Tem mais um talvez nessa observação... ― o Inspetor observou preocupado.

― Eu sei, mas temos problemas maiores agora ― Sherlock rapidamente recolou o anel na mulher e se preparou para sair.

― E qual seria?

― Moriarty jamais faria tudo isso com as próprias mãos, isso significa que podemos ter um novo assassino por aí. E pela primeira vez, não estou ansioso por isso.

***

John olhou em volta, frustrado. Odiava ter voltado àquele lugar, odiava relembrar seus curtos e nervosos momentos naquela piscina. Tinha raiva de como Moriarty brincara com ele e Sherlock, de como todas as suas tentativas de pará-lo foram falhas e de como ficaram tão próximos de explodir. E de repente, relembrando isso, desejou ter tentado mais, ter insistido até conseguir fazer o coração de Moriarty parar.

            Deveria ter tentado mais.

            ― Doutor Watson.

            Inesperadamente era uma voz masculina e gentil que o chamava. E John perdeu o folego quando o viu. Passando pela única porta que o separava da área da piscina e com certa elegância, uma silhueta magra e alta se aproximava esboçando um sorriso simpático. O médico piscou atônito, estranhando um rosto tão familiar em uma figura que lhe era – ou deveria ser – completamente desconhecida.

            Era Sherlock e ao mesmo tempo não era. Como poderia ser?

            ― Quem é você? ― perguntou com fio de voz.

            Piscou novamente, com força dessa vez. E finalmente conseguiu sair daquele torpor, a proximidade o permitindo notar algumas diferenças, como os cabelos que não eram tão enrolados, os olhos que definitivamente eram azuis, as roupas menos formais e claro, a expressão gentil extremamente rara em Sherlock.

            ― Meu nome é Philippe Lawrence, vou acompanhá-lo até o Sr. Moriarty.

            Quando Lawrence lhe deu as costas e recomeçou a andar, John engoliu em seco e se obrigou a segui-lo, mas não em silencio. Era impossível ficar em silêncio.

            ― Trabalha mesmo para Moriarty?

            Lawrence riu suavemente.

            ― Sim, você deve imaginar o motivo.

            John apertou os olhos, confuso.

            ― Como sua semelhança com Sherlock pode ser útil para ele?

            O homem parou e se virou para ele, mirando-o com intensidade.

            ― O que você acha John?

            ― Que seu chefe é doente ― o médico respondeu sincero.

            Lawrence bufou e o agarrou pelo braço abruptamente, arrastando-o para o vestiário mais próximo.

            ― Ei!

            ― Fique quieto.

            Vendo-se livre John colou seu corpo na parede e viu o recém conhecido trancar a porta, desejando estar com sua arma. Agora sentia que valia o risco de Sherlock descobrir uma parte do que podia acontecer naquela noite.

            ― Acho que Moriarty está nos esperando ― tentou nervoso.

            ― Vou ser rápido ― Lawrence declarou antes acabar com a distância que os separava e selar seus lábios.

            John reagiu imediatamente arregalando os olhos e tentando se afastar. Lawrence impediu o ato o segurando pelos ombros com força, mas o médico gemeu sentindo seu ombro esquerdo doer e o acertou nas costelas, finalmente conseguindo se afastar.

            ― Mas o que pensa que está fazendo?! ― gritou sentindo seu rosto esquentar de raiva ― Não pode sair me beijando quando bem entende!

            ― Desculpe ― Lawrence pediu com sinceridade fazendo uma careta ― Precisava provar uma teoria.

            John ergueu as mãos e abriu a boca com indignação. Isso era sério? Além de ser fisicamente semelhante a Sherlock, Lawrence ainda possuía as mesmas manias envolvendo teorias? Nenhum bom senso, nenhum problema em ultrapassar os limites comuns e os limites alheios!

            ― Você já esteve com um homem antes ― Lawrence concluiu massageando as costelas ― Não demonstrou nojo, apenas não gostou de quem realizou o ato.

            ― O quê? ― John fechou os olhos e respirou fundo antes de continuar ― Você... você também é como ele? Como Sherlock?

            ― Não, sou apenas um psicólogo. Eu presto atenção nas reações das pessoas e tento descobrir seus problemas, é como trabalho. Emoções humanas, não deduções.

            O médico esfregou o rosto e respirou fundo mais uma vez. Só podia ser alguma brincadeira. Cinco minutos antes estava com medo do que iria encontrar com Moriarty, então surgiu um estranho parecido com seu amigo e logo depois esse mesmo estranho o beijava para provar uma teoria estúpida. Sim, fosse qual fosse, aquela teoria estúpida.

            ― Você o ama.

            Olhou-o confuso. Ainda estava ofegante e provavelmente o vermelho do seu rosto ainda permanecia, não pela raiva, mas pelo constrangimento.

            ― O quê?

            ― Você ama Sherlock Holmes ― Lawrence repetiu se sentando em um dos bancos.

            ― Não... hum, acho que amor é uma palavra muito forte ― John devolveu incerto.

            ― Porra é uma palavra muito forte, amor está mais para um sentimento amedrontador ― Lawrence sorriu, compreensivo ― Mas esqueça, agora que sei que você é confiável... preciso da sua ajuda.

            John riu com descrença e sentou ao lado dele. Toda aquela cena era apenas para pedir sua ajuda e ter conclusões que poderiam ser observadas de longe. Lawrence, definitivamente, era um idiota.

            ― Ajuda com o quê? ― perguntou ainda sem acreditar no que tinha acontecido.

            ― Eu e meu irmão, Roy, começamos a trabalhar para Moriarty há dois anos, quando ele me encontrou em um bar em Lyon ― Lawrence começou neutro ― Obviamente a semelhança com o Holmes chamou sua atenção, mas diferente do que pensei, Moriarty não se aproveitou disso e até onde vi, não vai. Parece que ele só precisa... ter alguém assim... por perto, é bem estranho, mas ele paga muito bem, então não reclamo quando ele fica me olhando com um daqueles olhares de psicopata.

            ― O que você e seu irmão fazem? ― John se interessou.

            ― Eu sou muito bom a tecnologia e meu irmão é excelente com as armas. Tudo o que Moriarty estava procurando.

            ― E ele confia muito em vocês?

            ― Não tanto em Roy, mas eu fiquei responsável pela segurança da maior parte dos dados dele.

            ― E por que está me contando tudo isso? ― John perguntou desconfiado.

            ― Como Moriarty está um pouco... obcecado em você e Sherlock, passamos meses estudando papeis sobre vocês, tudo o que conseguiram reunir ― Lawrence deu de ombros ― Acabamos descobrindo alguns crimes bem hediondos de Moriarty e meu irmão quis pular fora. Agora a vida dele está em risco, assim como a do marido e da filha.

            Lawrence fitou as próprias mãos e John voltou a observá-lo, tentando parecer neutro diante da menção de um marido e uma filha. Um finco se formou entre suas sobrancelhas e aumentou levemente enquanto absorvia as palavras do outro, tentando entender onde, exatamente, poderia ajudar e como isso seria motivo suficiente para explicar o fato de estar conversando normalmente para alguém que deveria estar trabalhando para Moriarty e não o traindo naquela primeira conversa.

            ― Não entendo... ― desistiu ainda confuso ― Quer que eu ajude seu irmão? É isso?

            ― Exatamente ― Lawrence afirmou como se fosse obvio.

            ― Mas como eu faria isso? Vocês trabalham para Moriarty, por que você não o ajuda?

            ― Eu tenho planos maiores e não quero colocar tudo a perder, nem meu irmão permitiu isso. Roy não quer minha ajuda, mas não posso deixar que a família dele morra porque ele não quis ajudar o vilão. Serio o fim dele e ele é tudo o que me resta.

            John lamentou a tristeza que agora escurecia os olhos azuis do psicólogo e lamentou ainda mais seu azar. O que era pior: enfrentar Moriarty diretamente ou ter que lidar com a possibilidade de ajudar os irmãos traidores antes? Por que simplesmente não surgia alguém que o deixasse com raiva? Precisava colocar suas frustrações em alguém.

            ― Eu compreendo o que sente... er... Lawrence ― disse sincero, realmente entendia o medo expressado ― Mas ainda não sei como eu poderia ajudar.

            Lawrence ergueu os olhos e o fitou com clara determinação.

            ― Queremos que engane Moriarty e talvez, com a sua ajuda, conseguiremos acabar com ele.

            John estreitou os olhos, hesitante. Se existia algum nível máximo de confusão, era o seu naquele momento.

            ― Enganar Moriarty? Como... como eu poderia fazer isso?

            ― Traindo-o, claro.

            ― Traindo?

            Como resposta Lawrence lhe lançou um olhar incerto e em seguida riu suavemente, compreendendo a confusão do loiro.

            ― Por que acha que ele te chamou? Por que acha que está aqui? Você vai trabalhar para Jim Moriarty e se eu tiver sorte, vai traí-lo.

            John piscou, uma, duas, três vezes até conseguir recuperar sua habilidade de se mover e respirar novamente.

            ― O que foi que você disse?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "It's just a trick" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.