Eu acordei muito tarde no dia seguinte. Mas como era sábado, não tive problemas quanto a horários. Meus problemas foram outros. Eu tinha que dar um jeito de voltar a ser Ladybug, e rápido.

Quando eu acordei, vi George e Tikki conversando. Eles seguravam juntos um pedaço de papel que liam com a maior atenção.

—Tikki! Como conseguiu escapar da Chloé?

—Na verdade eu acordei aqui. De acordo com isso seu último desejo foi anulado e o terceiro foi cancelado.

—Marinette, lembra que eu falei que havia 3 regras mas que eu não conseguia lembrar da terceira? Você não pode matar ninguém. Essa é a terceira regra. E você matou. - disse George

—Mas quem eu matei? - perguntei

—Ladybug e Chat Noir. - respondeu George

—Você está de brincadeira! - eu disse

—Infeizmente não Marinette. - disse Tikki - Como você tinha feito sem querer, eles deixaram você continuar com o primeiro desejo.

—Espera! Isso quer dizer que o Chat Noir é aquele mal caráter?

—Sim. - falou George

—E deixa eu adivinhar? Isso quer dizer que a realidade será essa para sempre?

—Não, há um jeito. - disse Tikki

—Mas como?

—Existe uma lenda que diz que se alguém controla o miraculous da joaninha e o do gato preto, terá o poder absoluto. Isso pode fazer com que tudo volte ao normal.

—Mas Tikki, isso é impossível! Como eu vou pegar o anel do Chat Noir?

—Tikki, ela tem razão. Lembra da última vez que houve uma briga entre uma Ladybug e um Chat Noir? Nem todos os outros portadores juntos conseguiram amenizar o estrago.

—Sim, você está certo. Mas como faremos então? - perguntou Tikki

—Por que não podemos transferir o gênio para outra pessoa? - sugeri

—E dar três desejos a ela? - perguntou George

—Isso! Poderíamos pedir para ela pedir que tudo voltasse ao normal. - disse eu

—Mas e os outros dois desejos? E o estrago deles? - perguntou Tikki

—Poderíamos convencer essa pessoa a só pedir o que queremos... - disse George —Mas como? 

—Eu já sei! Espere aqui. - e Tikki sumiu

Eu e George ficamos nos encarando enquanto esperávamos ela. Quando ela apareceu, estava junto de um kwami preto.

—Esse é o...

—Kwami do Chat Noir? Isso mesmo. - Tikki completou minha frase

—Olá, sou Plagg.

Tikki sorriu.

—Você se lembra de como era antes também? - perguntei

—Nós, kwamis, somos criaturas mágicas. Geniozinhos não podem fazer o que bem entenderem conosco. - ele respondeu - Mas vamos ao que importa...

—Você tem razão temos que... - comecei

—...onde está queijo aqui? - o kwami concluiu

—Lá em baixo... - suspirei

Quando ele voltou com quase todo o queijo que tinha no estoque, nós começamos.

—Como vocês conseguiram fugir daquele Chat Noir?

—Não foi difícil. Considerando que não liga muito para o Plagg, aposto que ainda nem deu falta.

—Verdade. Prefiro mil vezes o Adri... outro. Ele pode reclamar que eu só ligo para queijo, mas era gente boa. - suspirou

—Então, a minha ideia é a seguinte. Temos que convencer o outro a pedir para que tudo volte ao normal. - disse George - É esse o plano?

—Exato.

—Mas e os outros desejos, e se ele fizer um estrago tão grande quanto eu fiz?

—Ele não fará. - disse Plagg

—Está dizendo que Chat Noir é mais inteligente que eu?

—Sinceramente, ele é menos confuso. Mas esse não é o caso. Ele está acostumado a ser carente. Não pediria muita coisa. Ainda mais porque é rico.

—Então tá, mas como fazemos isso.

—Assim - Plagg respondeu e sumiu com o gênio.

Plagg e o gênio foram voando até a casa de Adrien. Ele estava no quarto, encarando a parede.

—O que vocês são? - ele perguntou assustado

—Eu sou Plagg.

—E eu sou George.

—E o que estão fazendo aqui?!

—Você tem direito a saber de um grande segredo - disse Plagg.

—Grande segredo?! - Adrien e George estranharam

Plagg olhou para George como se dissesse: "Fica quieto."

—Isso, uma bruxa condenou você a ficar separado de sua namorada. Ela esqueceu de você e você dela. E... eu sou o pai da garota. A bruxa me transformou nisso porque eu era um mago e podia desfazer o feitiço. Nessa forma, não consigo fazer magia. Eu achei esse mago, e ele pode fazer tudo voltar ao normal. É só você pedir.

—E por que eu devo acreditar em você? - perguntou Adrien

—Porque... porque... - Plagg tentou

—Porque você sente falta disso - George usou seus poderes para evocar uma foto de Ladybug e Chat Noir fazendo seu toque

Adrien viu a foto. Era Ladybug e Chat Noir batendo os punhos, mas não era o Chat Noir. Era ele. Isso realmente surtiu algum efeito, ele sentiu como se tivessem arrancado uma parte dele.

—Eu acredito em você. Quero que tudo volte ao normal. - ao dizer isso, o Plagg e o George sumiram

No dia seguinte, Marinette acordou cedo. Ela queria ver tudo como antes era. Ver Adrien, Alya, Chat Noir e principalmente Chloé. Ela nunca se imaginou pensando isso, mas estava agradecida por ter conhecido Chloé.

Quando chegou, ela nem ouviu o comentário de Alya. Só foi correndo abraça-la, coisa que também fez com Adrien. Ou quase. Depois de sair do quase abraço com o Adrien toda vermelha, sem dar explicação nenhuma, foi até Chloé lhe entregou um pacote com um cartão colado.

Marinette saiu de lá rapidamente e se juntou a Alya para conversar.

Chloé olhou para o pacote sem entender. Ela achou que podia ter uma bomba lá. Mas não, quando abriu viu um croissant. No bilhete estava escrito: "Obrigada por existir. Esse croissant é para substituir aquele que eu não lhe dei quando o pai da Sabrina foi akumatizado."

Chloé sorriu ao ler aquilo, mas por via das dúvidas jogou fora o croissant, poderia estar envenenado.

Cena Bônus

Na bolsa de Marinette, um kwami e um gênio conversavam. Eles não sabiam mas eram espiados por um ser preto na bolsa de Adrien.

—Não sei porquê Tikki está falando com ele. Ele só realiza desejos, eu sou bem mais legal que isso.