Storybrooke escrita por Aquariana Doida
Notas iniciais do capítulo
Oh nem demorei dessa vez!!
E vamos para mais um capítulo!!
— Isso tudo é apenas uma fazenda ou são várias pequenas? – questionou Ed olhando pela janela do banco traseiro do taxi.
O motorista deu uma pequena risada – Anos atrás eram várias, mas hoje é tudo uma fazenda só... A Vale dos Sonhos.
— Você sabe a história dela? De como chegou a ser tão grande assim?
— Ah não saberei te dizer, não faz muito tempo que moro aqui na cidade. – respondeu o motorista.
Edward continuava olhando pela janela – É rapaz, você se deu bem, mas eu vou me dar melhor ainda. – murmurou.
— Pronto, fazenda Vale dos Sonhos. – disse o motorista ao parar o carro no estacionamento dos alunos.
Um assobio saiu de seus lábios assim que desceu do táxi – É, o rapaz se deu bem mesmo... – murmurou olhando ao redor e vendo toda a movimentação, então olhou para o motorista – Tem como esperar?
— Meu chapa, pagando a corrida, eu até viro seu motorista particular. – disse o motorista desligando o carro – Se precisar estarei aqui.
— Eu vou pagar... – disse e então levantou o olhar e ficou maravilhado com tudo que estava vendo – Eu com certeza me darei muito bem... – murmurou feliz fechando a porta, então viu Emma passando perto – Só me espere... – passou ao lado da janela do acompanhante, que estava aberta.
— Sem pressa, meu chapa. – sorriu vendo o taxímetro mudar o número, então se acomodou melhor em seu banco e pegou seu caderninho de palavras cruzadas.
— Hey loira! – chamou a primeira vez – Hey você mesma, loira. Não está me escutando? – chamou pela segunda e acelerou seus passos.
Emma andava tranquilamente quando escutou a chamando, havia visto até quando o táxi havia chegado, mas pelo tom que o homem usou para chamá-la, ela decidiu que ele teria que se esforçar um pouco mais Será que continuou fingindo que não escutei ou espero para escutar as merdas que ele irá falar?
— Hey! Estou falando com você. Sua surda! – chegou perto, e estava a ponto de segurar Emma pelo braço.
— Eu no sou surda! – disse a loira em tom firme – Eu escutei você logo no primeiro momento, mas deixei prosseguir para ver até onde ia a falta de educação... Mas acho que deveria ter me feito de surda. – respondeu olhando feio para o homem que no momento seguinte retraiu a mão Isso mesmo, nem me encoste se quiser continuar tendo essa mão! — Em que posso ajudá-lo?
— Estou procurando o meu filho. – respondeu e olhou Emma de cima e abaixo, então sorriu safadamente.
Emma fechou mais ainda a cara depois da olhada Ah pronto! mas segurou sua língua e mão Lugar errado para procurar por seu filho! — Seu filho? Ele veio fazer aulas de equitação? Passeio no Bosque? Creio que não seria aqui que você vá encontra-lo, então sugiro que siga reto por esse caminho...
— Não! Não! Você entendeu errado... – interrompeu – É surda mesmo! – esbravejou.
— Eu não entendi errado, e como já disse, não sou surda, você que não se explicou direito... – disse Emma respirando fundo Eu tenho mais coisa para fazer do que ficar aqui escutando esse tapado! — Quem é o seu filho?
— Eu estou procurando pelo meu filho, o Thomaz. O jogador do Red Sox. – respondeu o homem e olhou ao redor da fazenda – Quero falar com o dono da fazenda também. – a loira apenas o olhou, processando tudo que havia escutado – Hey! Tem alguém aí? Você escutou tudo o que eu disse? E depois diz que não é surda. – debochou.
Emma respirou fundo Era só o que faltava! — Sim, eu escutei.
— Então me leve para o dono da fazenda que quero conversar com ele, e com o meu filho. – exigiu – Porque pelo visto você é apenas uma funcionária aqui.
Um sorriso debochado surgiu nos lábios de Emma Porque essas coisas acontecem comigo? Mas vamos lá! — Claro, por aqui, por favor. – começou a caminhar na direção do escritório Será que ele está de palhaçada? Ele pelo menos se informou da história do Tom? Ou da fazenda? Acho que pelo tom dele e falta de conhecimento, creio que não Emma! Também estou achando isso mente!
— Até que enfim entendeu alguma coisa. – resmungou o homem seguindo Emma Só penso realmente em quem irá entender perfeitamente e não será você, seu songo mongo!
— Regina? – Emma chamou entrando no escritório Sei que minha morena irá entender, pois eu raramente a chamo pelo nome inteiro! — Regina? – chamou mais uma vez, até finalmente escutar barulho da sala adjacente E lá vem ela!
A advogada que estava na sala de arquivo procurando um contrato apenas estranhou o tom de sua esposa Emma me chamando pelo nome inteiro, só pode ser problema! resolveu ver o que estava acontecendo – Já volto. – disse ao seu filho que a estava ajudando a procurar por um contrato em específico. Tom apenas assentiu com a cabeça e continuou sua tarefa.
— Emma? – perguntou assim que saiu da sala, deixando a porta aberta, mas não era o suficiente para ver Tom lá dentro – O que aconteceu?
— Tem um senhor procurando pelo dono da fazenda... – deu ênfase na palavra dono
— Senhor uma ova, não sou tão velho assim... – esbravejou o homem novamente. Tom escutou o tom usado pelo suposto visitante e esqueceu completamente do contrato que estava procurando, calmamente se aproximou da porta, apenas esperando caso o homem resolva fazer algo não apropriado com suas mães.
Regina fechou o semblante já entrando no modo advogada Ah problema a vista!— Em que posso ajudá-lo?
— Pode me chamar o dono da fazenda. – respondeu ríspido – Quero falar com ele.
Apenas uma sobrancelha foi erguida – Eu sou a dona da fazenda.
O homem apenas soltou um suspiro frustrado – Ah tudo que eu precisava, conversar com uma mulher.
— E qual é o problema eu ser a dona da fazenda? – questionou usando seu tom de tribunais Mais um machista aparecendo na minha frente! — Você praticamente invade a minha propriedade e fica fazendo demandas...
— Vamos direto ao assunto... – o homem interrompeu – Chega desse blá-blá-blá... Me chamo Edward, e sou o pai de Thomaz.
Aquela informação quase fez Regina soltar uma gargalhada, mas segurou e manteve sua expressão facial Só pode ser brincadeira, não? E de muito mal gosto!— Então você alega ser o pai do Thomaz e exige falar com o ”dono” da fazenda. – fez uma leve pausa e continuou quando percebeu que o homem ia falar novamente Não estou com tempo para isso! — Quieto que agora sou eu quem estou falando! – impôs – Você tem a mínima noção onde e com quem está conversando?
— Sim, tenho... Estou conversando com uma mulher chata e que só está me enrolando. – respondeu Edward – Onde está meu filho. Passei no Fenway e me disseram que ele estava aqui, então quero falar com ele. – seu tom era totalmente ríspido.
— Melhor você ficar calmo, ou... – começou Emma séria Pois estou com uma vontade louca de dar alguns socos!
— Ou o que? – questionou o homem.
— Eu vou te chutar para fora dessa fazenda. – respondeu Tom saindo da sala de arquivo, sua expressão tão mais séria que as de suas mães.
Imediatamente os olhos do homem ficaram afetuosos – Tom, meu filho. – abriu um sorriso.
— Oi “papai”... – debochou – Conseguiu achar os cigarros que saiu para comprar a mais de vinte anos? – debochou mais ainda.
O homem sorriu amarelo – Passado Tom, meu filho. Passado. – tentou dar um passo na direção do rapaz.
— Não!
— Não o que? – questionou Ed dando um passo na direção de Tom.
Tom andou na direção de suas mães – Não se aproxime. Não me chame de Tom e eu não sou seu filho.
— Ah que besteira, filho... – disse Edward.
— Já disse para não me chamar assim, que não sou seu filho. – disse bravo. Viu Emma colocar o celular no bolso.
— Tudo bem, se você não é meu filho, quem são seus pais? – quis saber o homem.
— É pelo visto ele não tem noção com quem ele está falando. – agora foi a vez de Regina debochar Típico de idiotas como ele! — Faz o seguinte, volte pelo caminho que você veio e esqueça do nosso filho.
— Nosso? – questionou o homem – Não sabia que tinha um filho com você.
— Não! Meu e dela. – disse Regina apontando para Emma É nosso filho! — Ah e só para esclarecer, ela também dona da fazenda. Então para seu “azar”, se quiser conversar, será agora não apenas com uma, mas com duas mulheres.
— Ah era só o que me faltava, duas sapatonas. – soltou uma respiração brava – Tom, espero que você não distúrbios mentais como essas duas.
— Feche a boca antes que eu resolva fazer por mim mesmo. – disse Tom avançando inesperadamente para cima do homem – Elas são as minhas mães e você não é nada meu... – fungou bravo – Espero que você pegue seu caminho de volta e esqueça que um dia apareceu aqui. Assim como você fez quando saiu de casa para comprar cigarros.
Edward se espantou e deu um pequeno passo para trás – Para que tanto rancor?
— Rancor? É raiva! – cuspiu as palavras – É raiva por pessoas como você, covardes, que simplesmente abandonam suas famílias em uma noite qualquer e agora surge como se nada aconteceu.
— Olha Tom...
— Eu disse que você não tem direito de me chamar assim. – falou irado – Volte para o buraco que você saiu e esqueça que eu ou a Jú existimos, assim como você fez durante esses vintes anos.
— Ah a pirralha ainda está com você?
— Não chame a minha irmã assim, e antes que você pense em falar alguma coisa horrenda sobre a minha mãe biológica, melhor pensar antes. – ameaçou Tom.
— Aliás, o que você ainda está fazendo aqui? – questionou Emma Ai que vontade de colocar esse cara para fora!— Já não foi dito para pegar seu caminho de volta?
— Olha aqui...
— Com licença dona Emma, dona Regina... – um segurança pareceu na porta – Algum problema aqui? – questionou e mais dois seguranças da fazenda apareceram atrás do primeiro.
— Nenhum. – respondeu Edward.
Emma olhou incrédulo para o homem Na sua cabeça oca! — Sim temos, Nick, por favor acompanhe esse senhor até o táxi no estacionamento e escolte o carro até a saída da fazenda. E você tem ordens expressas para o expulsar da propriedade caso ele resolva entrar sem permissão.
— O que? – questionou Edward abismado – Como assim? Estão me colocando para fora?
— De forma gentil, mas se quiser podemos colocá-lo de forma não gentil, e creio que nosso filho irá adorar a segunda opção. – Emma disse o olhando, colocando ênfase no pronome possessivo.
— Senhor? – chamou Nick educadamente.
Edward ainda estava abismado, mas viu que não adiantaria confrontar agora – Tudo bem, eu vou, mas isso não ficará assim... – já estava do lado de fora – Vocês não sabem com quem estão falando, eu tenho os meus direitos de pai.
Regina, acompanhada de Tom e Emma foram para a porta – Pelo contrário, você é que não sabe com quem está falando, e posso te garantir que você não tem direito nenhum de pai, principalmente depois que resolveu abandonar sua família naquela noite.
— Isso não vai ficar assim. Vocês não perdem por esperar. – ameaçou Edward quase perto do táxi.
— Nem vou dormir a noite. – debochou Regina rindo Nunca que vou perder minhas preciosas noites de sono por causa de você!! — Ficarei esperando por notícias suas, sentada e tomando uma taça de vinho tinto levemente gelada.
Edward entrou no carro – Malditas! – resmungou.
— Vamos embora? – perguntou o motorista.
— Sim, de volta para o hotel. – respondeu bravo e furiosamente esmurrou o encosto do banco do passageiro a sua frente – Malditas!
— Ei, calma meu chapa, se não a corrida será muito mais cara do já está sendo. – falou o dono do táxi já no meio do caminho e achou estranho ao ver as duas motos o acompanhando até a saída.
— Malditas sapatonas, elas vão me pagar por tudo, ah se vão, e meu filho me dará uma boa vida a qual eu mereço. – resmungou olhando para a fazenda.
Regina soltou um suspiro assim que viu o carro indo na direção da saída Era tudo que precisávamos! — Mas o que foi isso? – questionou ainda surpresa.
— De que buraco imundo aquele homem saiu? – questionou Emma pegando água para todo mundo Porque ele só pode ter saído do buraco!
— Eu achei que ele nem estava vivo. – murmurou Tom, um pouco culpado pelo que havia acabado de dizer.
Emma olhou para seu filho Eu também! — Não se preocupe, não é culpa sua e não se sinta culpado de nada, nem pelo que acabou de dizer. – entregou um copo de água para seu filho – Morena? – entregou um copo de água para sua esposa Vamos esclarecer algumas dúvidas! — Alguma chance de voltarmos a escutar dele?
— Todas. – Regina respirou fundo e tomou um gole Grandes chances aliás! — Conheço tipos assim, ele viu que Tom tem uma boa vida e vai querer a “parte” dele, a qual ele acha que tem direito. Por isso que saiu de onde estava escondido.
— Ele conseguirá alguma coisa? – quis saber Tom olhando para suas mães.
— Nenhuma, mas o deixe tentar. – Regina sorriu maleficamente Pois será a minha hora da diversão! — Vou me divertir e muito acabando com ele que se arrependerá de ter saído do buraco que estava escondido. – olhou para o filho Melhor deixar tudo as claras! — Ele não irá desistir tão fácil de se aproximar de você, Tom, então tome cuidado para que ele não faça nada contra você.
— Pode deixar que eu tomarei todo cuidado, e se precisar, em último caso peço ajuda da tia Jane. – respondeu jogando o copo de plástico no lixo.
— Bem pensado. – disse Emma soltando um suspiro Porque coisas assim sempre acontecem nessa família? Vamos viver na tranquilidade! — E nós achando que teríamos um pouco de calmaria.
Regina sorriu para sua esposa Nunca teremos calmaria por muito tempo! — Vez e outra é bom um agito. Mas agora precisamos voltar ao trabalho.
— Loirão! Regis! Tomzinho! Sério? – questionou Ruby ao entrar na sala.
— Sério o que Rubs? – brincou Emma, sabendo do que sua amiga estava falando Não vamos dar de mão beijada a informação!
— Que o pai biológico de Tom e Jú apareceu? – questionou incrédula.
Emma solto um suspiro Aff que isso de pai biológico não soou bem! — Tudo leva a crer que sim.
— E o que ele queria?
— O que todos querem Ruby, dinheiro e vida boa. – respondeu Regina soltando um suspiro Tipos repugnantes! — Você vem me ajudar ainda Tom? – perguntou ao filho, que assentiu apenas com um aceno de cabeça – Se me dão licença, eu preciso achar um contrato. – saiu depois que Emma e Ruby assentiram com a cabeça.
— Loirão, e agora, o que vocês farão? – questionou Ruby ao se sentar a cadeira em frente a mesa que Emma se sentou.
— Eu acho que no momento nada... – respondeu a loira soltando um suspiro – Pelo que entendi, Regina irá esperar ele dar o primeiro passo, por assim dizer.
— E Tom com tudo isso? – quis saber.
Emma olhou para a porta que sua esposa e filho entraram Não sei, para ser sincera! — Acho que o meu problema não será o Tom, e sim a Jú, quando souber do que aconteceu. Ele era bebê de colo, então não tem tantas lembranças daquela época até chegar ao orfanato... – fez uma pausa Em contrapartida! — Já Jú era maior e lembra bastante coisa, e apesar de ter resolvido tudo na terapia, com o ressurgimento de homem, pode ser que seja um gatilho para todo aquele sentimento vir a tona novamente. – outra pausa pensando – Ou talvez não desencadeie nada. A qual eu estou torcendo e muito para que aconteça.
— Mas se não acontecer? – questionou Ruby um pouco preocupada com a sobrinha.
— Ela terá a família ao seu lado para tudo que vier, sempre. – respondeu Emma, então o telefone do ramal interno – Emma?... Ok, estou indo. – desligou – Imprevisto no Bosque, preciso ir. – explicou, salvou o que estava fazendo no computador e se levantou.
— Eu preciso fazer uma visita para alguns cavalos doentes, então te acompanho até o estábulo. – disse Ruby ao se levantar também.
Emma se aproximou da porta da sala de arquivo – Morena, eu preciso ir até o Bosque, surgiu um imprevisto... Tudo bem deixar os dois aqui?
Regina sorriu para a esposa – Claro, pode ir sem problema. – respondeu.
— Até daqui a pouco. – se despediram, então Regina solhou para seu filho, que tinha o pensamento perdido – Tom? – chamou e colocou a mão no braço do rapaz Mesmo que ele não se lembre, ainda há coisas não resolvidas!
O rapaz sacudiu a cabeça de um lado a outro – Oi mamãe... – a olhou.
— Você está bem com tudo o que aconteceu? – quis saber Já não basta lidar com a perda do avô, agora esse imbecil aparecendo!
— Sim! – foi tudo que respondeu e então começou a procurar o contrato.
A advogada soltou um suspiro, então colocou suas mãos sobre as do filho Sei que está tudo confuso! — Tom, olhe para mim, por favor. – pediu amorosamente. Tom soltou um suspiro e fez o que sua mãe pediu Por mais adulto que esteja, ainda é aquele meu menino travesso que adorava correr nessa fazenda e comer bolo de chocolate!— Me diga tudo que está sentindo nesse momento, pois sei que alguma coisa está sentindo.
Alguns segundos se passaram e apenas o silêncio – Ah mamãe, eu não sei exatamente o que estou sentindo... Foi o que a mãe disse, sim, eu sei que você estava ouvindo a conversa dela com a tia Ruby... – fez uma pausa – Eu não lembro muita coisa daquela época, apenas do orfanato... Já a Jú, ela tem bastante lembranças e sentimentos daquela época.
— Mas nesse momento, estou perguntando ao meu filho Thomaz, o que ele está sentindo com o ressurgimento desse homem. – falou Regina olhando fixamente nos olhos do filho Exatamente agora eu quero saber apenas de você!
— Acho que é um pouco de medo, frustração, tristeza... – respondeu depois de pensar melhor – Acho que é isso... Medo de tudo que conheço mudar drasticamente.
Uma mão morena subiu até o rosto do filho Só vou prometer uma coisa!— A única coisa que te garanto é que nada irá mudar, você e Júlia continuarão sendo nossos filhos, mesmo esse homem alegando mundos e fundos. A justiça está a nosso favor. – fez uma pausa Mas tem um pequeno porém! — Mas claro que se você quiser ter contato com ele, conhecê-lo, tanto eu quanto sua mãe não poderemos fazer nada, afinal perante a justiça você já é maior de idade e dono de seus atos. – explicou, mas sua expressão era de preocupação Por mais que me doa, eu não me oporei se você quiser! — Mas também entenderíamos caso queira.
Tom sorriu acalmando sua mãe – Assim como você, mamãe, a certeza que eu tenho é que não quero nenhum contato com esse homem, ou nada que posso vir dele. – disse.
Regina abriu um sorriso Um pequeno alívio! — Fico feliz em ouvir isso. – então tirou suas mãos de seu filho – Vamos fazer uma pausa? – questionou.
— Mas e o contrato que estávamos procurando? – perguntou confuso.
Uma pasta foi erguida – Está aqui. Vamos?
— Só se for agora. – respondeu e indicou para que sua mãe fosse a frente. Ela aceitou a oferta e saiu da sala primeiro, seguida de seu filho. Deixou a pasta sobre sua mesa e aceitando o braço oferecido por seu filho os dois caminharam em direção a casa principal, depois de fechar a porta do escritório.
—SQ-
— São setenta e sete dólares. – disse o taxista ao parar o carro na porta da pensão em que Edward estava.
— Tudo isso? – questionou incrédulo olhando o taxímetro – Mas porque tudo isso?
O motorista se virou para trás – Ué, você pediu para esperar.
— Achei que ia desligar o taxímetro.
— Meu chapa, não desliguei porque ainda estava na sua corrida, então paga. – falou o motorista.
Ainda incrédulo Edward tirou o dinheiro da carteira – Cinquenta... Sessenta... Setenta e cinco, seis e sete. – contou o dinheiro – Aqui, mas saiba que isso é roubo. – abriu a porta do carro.
— Então me prenda. – respondeu de volta o motorista, e mal esperou a porta se fechar e saiu rapidamente.
Edward ainda olhou incrédulo para o táxi, que naquele segundo já estava longe. Deu um soco no ar e entrou no local, e caminhou na direção de seu quarto. Mal havia entrado e começou a jogar tudo que via pela frente no chão – Aquelas malditas! Isso não ficará assim! Eu terei o meu filho e toda a vida boa que ele vai me dar. – respirou fundo depois de ver a bagunça no quarto, foi até o frigobar e pegou um latinha de cerveja, abriu e tomou um grande gole – Mas eu vou arrumar um jeito, ah se vou. – tomou mais um gole de cerveja – Ainda mais agora que ele está montado na grana, não posso perder essa oportunidade. – sentou na poltrona e colocou o pé sobre a mesinha de centro – Mas primeiro, preciso ficar calmo para pensar melhor... – tomou mais um gole de sua cerveja. Em silêncio ficou pensando no que poderia fazer – Bom, eu terei que arrumar um advogado... – murmurou tomando o último gole da cerveja, e jogou a latinha pelo quarto assim que ficou vazia, se levantou e pegou outra, voltando para seu lugar – E preciso arrumar um jeito de me aproximar do Tom... Da Júlia não quero aproximação, aquela pirralha vai me dar mais trabalho, vou focar no Tom mesmo, sem falar que ele é o famoso. – murmurou e tomou mais um gole de sua cerveja – Vamos pensar... Vamos pensar... – resmungou e foi tomando sua cerveja.
—SQ-
— Alguém avisou a Jú? – questionou Tom, na cozinha havia sobrado apenas ele e suas mães, depois do jantar. Os outros foram para a sala de estudos fazerem todos seus deveres de casa para o dia seguinte na escola.
— Ainda não. – respondeu Regina tomando um gole de café Mas precisamos! Não que ele vá agora procurá-la, porém é bom alertá-la!
— Vamos avisar neste momento. – Emma tirou o celular do bolso e discou o numero da filha e aguardou deixando a ligação no viva-voz.
— Tia? – veio a voz de Meghan.
— Oi Meggie, tudo bom? – respondeu Emma sorrindo – Jú está?
— Tudo sim, ela está no banho...— veio a voz da veterinária — Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu. – respondeu Regina se inserindo na conversa Será dura a conversa!— E estamos um pouco apreensivos de como Jú irá reagir.
— Estou ficando com medo...— disse Meghan apreensiva.
— Calma Meggie, não precisa ficar com medo. – foi a vez de Tom entrar na conversa.
— Ow! Então pelo visto o negócio é sério, se até o Tom está na conversa.— Meggie disse apreensiva – O que aconteceu?
— O nosso adorável papai ressurgiu das profundezas do lodo. – respondeu Tom.
— Você está brincando?— Meghan perguntou incrédula.
—SQ-
— Jú? Seu celular está tocando... – disse Meghan olhando o celular sobre a mesinha da frente.
— Quem é? – veio pergunta do banheiro.
— A tia Emma. – Meghan ergueu os olhos para ver o visor.
— Atende para mim, por favor. – veio o pedido de dentro do banheiro ainda.
Júlia havia acabado de entrar na sala – Quem está brincando? – quis saber, estava enxugando o cabelo com uma toalha.
Meghan ergueu a cabeça – Ah calma que vou colocar no viva e você precisa escutar isso. – colocou no viva-voz – Jú está aqui.
A médica olhou confusa – O que está acontecendo?
—SQ-
— Ah Jú, tudo bom? – perguntou Tom sorrindo ao escutar a voz da irmã.
— Oi Tom, mamães?— perguntou sabendo que suas mães estavam escutando.
— Oi Jú! – as duas mulheres disseram ao mesmo tempo – É não temos uma noticia boa para te contar.
Tom olhou para suas mães – Jú, nosso pai do ano reapareceu... Veio aqui na fazenda hoje a tarde. – explicou – Ou pelo menos, ele diz que nosso pai.
—SQ-
— O que? – disse Júlia incrédula se levantando do sofá que havia sentado – Como assim ele reapareceu? Esse pulha não estava morto? Ou pelo poderia estar... – murmurou, deixando a toalha sobre a poltrona.
— Também achei que estava...— disse Tom — Mas enfim, só sei que ele apareceu aqui na fazenda...
— Você está na fazenda? – Júlia perguntou confusa – Porque?
— Ah eu não estava conseguindo me concentrar nos treinos, então meu técnico me deu duas semanas para me recompor. Resolvi vir para a fazenda, em vez de ficar em Boston.— respondeu Tom — Bom, mas voltando ao assunto da ligação... Um homem, que se diz nosso estimado papai apareceu aqui na fazenda hoje a tarde, deu um show de horrores e o colocamos para correr.
— E como vocês estão? – Júlia perguntou preocupada.
— Estamos todos bem.— respondeu Emma — Mas achamos que essa não será a última vez que ouviremos ou o veremos.
— Achamos que ele pode ir atrás de você também.— disse Tom — É por isso também que estamos te ligando, para você estar preparada caso esse homem apareça na sua frente.
— Ah isso eu acho muito difícil acontecer, eu não era nada além de uma pirralha inútil para ele. – disse Júlia sarcástica – Mas tudo bem, eu estarei preparada, caso ele venha me procurar.
— Jú, caso ele apareça, nos avise, por favor.— pediu Regina — No momento não iremos fazer nada, mas se ele der o primeiro passo, eu passarei por cima dele como um rolo compressor.
— E se você precisar de algo, ou quiser vir para a fazenda, estaremos aqui.— disse Emma de forma reconfortante e apoiadora.
— Eu sei mães, obrigada. – sorriu – E eu aviso, caso ele apareça na minha frente. – então um sorriso maléfico surgiu nos lábios da médica – Pena que você realmente não possa passar com um rolo compressor de verdade sobre ele. – fez uma pausa e escutou risadas vindo do outro lado da linha – Tudo bem, sei que foi bem mórbido o que eu disse... Quando puder Meggie e eu iremos para a fazenda.
— Tias... – Meghan se inseriu na conversa pela primeira vez – Vocês têm certeza de que era mesmo o pai da Jú e do Tom que apareceu na fazenda? Só estou perguntando, afinal charlatões aparecem aos montes.
— Será? – questionou Júlia olhando para sua esposa.
— Se arrumaram um charlatão, ele é bem parecido com o Tom.— respondeu Regina — Mas como disse vamos esperar ele dar o primeiro passo, não vamos nos afobar sem necessidade.
— Sim, você tem razão, mamãe. – concordou Júlia.
— Bem Jú, vamos deixar vocês duas descansarem, e já sabem.— disse Emma.
— Sim, sabemos. – as duas responderam juntas e se despediram, e Júlia desligou a ligação, soltando um longo suspiro.
Meghan se levantou e se aproximou, tirando o celular da mão de sua esposa e o colocando na mesinha, então segurou as duas mãos da médica e a olhou cuidadosamente – Como você está com tudo isso? – quis saber.
Mais um longo suspiro saiu dos lábios de Júlia – Eu não sei ainda...
— Tudo bem... Melhor não pensarmos nisso agora... – Meghan a envolveu em um abraço – Vamos deitar?
Júlia retribuiu o abraço – Melhor mesmo... Eu acho uma ótima ideia irmos deitar.
De mãos dadas, as duas mulheres caminharam na direção do quarto, e não muito tempo depois estavam deitadas, com Júlia aconchegada dentro do abraço de Meghan.
—SQ-
Edward ficou dois dias apenas acompanhando a movimentação da fazenda de longe, já que tentou entrar no dia anterior e foi barrado. Quando voltou ao final do dia sem sucesso em ver ou falar com seu filho – Ah Ed pense... – resmungou abrindo uma cerveja – Você pode procurar um advogado para te ajudar... – deu um gole em sua cerveja – É isso que vou fazer amanhã. – ligou a tv e se sentou na poltrona. Depois de algum tempo, resolveu descer até a lanchonete para comer algo. Ao entrar sentou em uma mesa ao fundo, e ficou observando a movimentação da rua – Que lugar deprimente... – resmungou e tomou um gole da sua cerveja que havia pedido.
— Ah não, você sabe que trapaceou. – comentou Benjamin sendo o primeiro a entrar na lanchonete, seguido de seus dois irmãos e Samuel.
— Trapaceei não. – retrucou Samuel rindo – Eu não tenho culpa se o juiz não viu que a bola tocou o chão e eu continuei correndo.
— Ah lá, admitiu que trapaceou. – George se juntou a conversa – E ainda nem tem vergonha.
— Acostumem-se com isso, que as vezes alguns juízes são cego ou apitam o que convém. – falou Tom sendo o último a entrar. Sentaram-se em uma mesa livre, quando a garçonete se aproximou.
— Vão querer o de sempre ou dessa vez irão querer algo diferente? – perguntou sorrindo para os rapazes. Era costume um dia na semana, logo depois do treino Samuel, George e Benjamin aparecerem ali para comerem um hambúrguer.
- Sim Margot, por favor. – pediu Samuel.
— E Você, Tom, quer um cardápio ou vai acompanhar os garotos? – perguntou anotando os pedidos.
— Eu quero apenas um milkshake de chocolate. – pediu abrindo um educado sorriso.
Ao escutar o nome familiar, Edward olhou rapidamente para onde vinha as vozes e abriu um sorriso – A oportunidade perfeita. – murmurou e se levantou – Thomaz! – disse empolgado ao começar a se aproximar da mesa – Que bom que te encontrei aqui.
— Ah sério? – Tom resmungou alto suficiente – Achei que você já tinha voltado para o buraco de onde saiu.
— Que isso, meu filho. – disse Edward ao se aproximar em definitivo da mesa – Que queria um momento para conversar com você, fora daquela fazenda, que não me deixam entrar.
— Porque será que não te deixam entrar, né? – Tom usou um tom de deboche na pergunta.
— Quem é? – questionou Samuel perdido. Benjamin e George apenas observavam, e tinham a noção de quem era.
— Eu sou o pai de Tom. – respondeu Edward prontamente.
— Correção, você é apenas um doador de esperma. – disse Tom – E eu já disse para não me chamar assim, pois você não tem intimidade nenhuma comigo, e o principal, direito nenhum.
— Ah para de criar problema... – Edward soltou um suspiro – Eu sempre pensei em você...
— Quem está criando problema é você não sumindo novamente. – disse Tom olhando bravo para o homem – Olha, estou sendo sincero, eu não quero saber de você, então faça um favor a nós dois e volte para onde você estava.
— Qual o problema em um pai querer conhecer o filho?
— Todos, quando esse pai em uma noite sumiu abandonando sua família, e depois de mais vinte anos surge do buraco alegando ser o pai do ano. – Tom bufou e olhou para os irmãos e primo – Querem saber, eu vou voltar para a fazenda, perdi a vontade de ficar aqui. – se levantou, e deixou dinheiro suficiente para pagar o pedido de todos e uma generosa gorjeta para Margot.
— Tom, espera que vamos juntos. – falou Benjamin ao se levantar logo em seguida – Margot, cancela nosso pedido, por favor? – pediu olhando para a garçonete.
— Desculpe Margot. – pediu Samuel olhando para a garçonete também.
— Thomaz, por favor, peço só um minuto para conversar com você. – pediu Edward indo atrás do atleta.
— Mas eu não quero falar com você, desativou o alarme da pick-up. – retrucou Tom – E estou pedindo com educação para me deixar em paz.
— Eu só peço um minuto. – estendeu a mão para segurar o braço, mas foi impedido por George e Benjamin, parando a frente do homem.
— Cara, você não escutou? – falou Benjamin olhando feio.
— Some! – disse George cruzando os braços sobre o peito.
Edward olhou para os garotos a frente – Era só o que me faltava, pirralhos. Vocês saiam da minha frente, que o assunto não é com vocês.
— Passou a ser quando você não entendeu o que Tom pediu. – Samuel apareceu atrás dos dois primos.
— Ótimo! Mais um Power Ranger. – ironizou Edward revirando os olhos – Saiam da minha frente, seus pirralhos. – esticou os braços para empurrar os garotos.
— Se você colocar a mãos em meus irmãos, eu não me respondo por mim. – Tom ameaçou.
— Irmãos? – perguntou incrédulo, então começou a gargalhar – Não me faça rir.
George olhou para seu irmão e primo – O bocó pirou.
— Está velho gaga. – acrescentou Benjamin.
— Falou os filhos das duas sapatonas. – ironizou Edward novamente.
Edward não viu, apenas sentiu uma pancada muito forte do lado direito do rosto, e quando voltou a se endireitar, apenas viu a mão esquerda de Benjamin fechada e pronta para outro soco – Fale mais alguma coisa de nossas mães, que de onde saiu esse soco tem mais.
— Ora seu...
— Chega! – Tom exclamou bravo – Vocês três para a pick-up e sem reclamar. – pediu e então olhou para o homem – Espero que dessa vez, você escute e muito bem. Não quero conversar com você, e muito menos ficar perto de você. Então me esquece. – terminou e não deu tempo para Edward falar nada, virou as costas e foi na direção da pick-up, entrou do lado do motorista e deu partida no veículo e sumiu ao virar a esquina.
— Droga! – exclamou Edward cuspindo o sangue da boca – Ah Tom, eu não vou desistir tão fácil assim de você, minha mina de ouro. – resmungou e voltou para seu lugar dentro da lanchonete.
—SQ-
— Hey! – Emma chamou assim que apareceu na varanda e viu seu filho Tom sentado e digitando algo no celular Ah o amor!— Atrapalho?
— Hey mãe. – ele abriu um sorriso – Não, apenas digitando uma resposta para Amanda. – guardou o celular no bolso.
A loira sorriu e se sentou ao lado do filho na grande cadeira de balanço Está virando rotina sentarmos aqui para conversar!— Como ela está? – quis saber.
— Disse que está adorando o congresso, mas que está morrendo de saudade, ela volta daqui a quatro dias. – respondeu com um sorriso e olhar apaixonado.
Emma apenas observou seu filho por alguns segundos Apesar dos últimos acontecimentos, é bom vê-lo feliz e sorrindo de verdade!— Ficou muito feliz por você estar feliz... – apenas disse, e o sorriso de Tom apenas se abriu mais ainda – Época boa essa. – brincou Que eu era uma jovem apaixonada, porque agora eu sou uma velha apaixonada!
— Quem escuta até parece que você é aquelas pessoas beeeemmm velhinhas. – Tom brincou também.
Uma gargalhada saiu da boca de Emma Como é bom vê-lo brincar! — Mas um dia serei. – riram mais um pouco e então o silêncio pairou sobre eles – Ben e Georgie me contaram o que aconteceu hoje a tarde... – disse quebrando o silêncio – Como você está?
— Bem. – respondeu – Sério dona Emma... – sorriu – Eu estou bem.
A loira observou melhor seu filho e viu que realmente ele estava bem Tudo bem, não vejo mentiras nas suas palavras! — Mas qualquer coisa estamos todos aqui para e por você.
— Eu sei, obrigado mãe. – sorriu novamente – E os monstrinhos?
— Eles estão bem também. – riu – Só ficaram tristes por perderem o hambúrguer essa tarde.
Tom soltou uma risada – Estou devendo a eles.
— E nós vamos cobrar. – George e Benjamin saíram da casa – Afinal você é atleta e tem dinheiro. – brincou.
— Ah isso não vale, nós também iremos querer. – falou Lana logo atrás, junto com Jennifer.
Tom riu – Pode deixar que pago uma rodada de hambúrguer para todos, felizes?
— Ih, você acabou de fazer um pacto com o mal, e eles vão comer todo seu dinheiro em hambúrgueres. – brincou a loira Porque eu gosto um bom dinheiro em comida para eles! — Porque esses quatro não têm estômago, tem um buraco negro no lugar.
— Conheço alguém que é assim também, que não tem um estômago e sim um buraco negro. – Regina disse rindo e se juntando a sua família, que já estavam sentados nas cadeiras Como é bom vê-los juntos! Saudades da época em que estavam todos morando aqui em casa! Que eu poderia colocá-los debaixo das minhas asas e protegê-los de quem quisesse fazer mal a eles!
Emma riu Como é bom descontrair com todos eles! — Eu nem preciso fazer exame de DNA para confirmar que todos eles são meus filhos. – brincou a loira abrindo o braço para sua esposa, que não pensou duas vezes e aceitou Seu lugar cativo! — Mas são todos lindos como a mãe morena deles. – abriu um sorriso e deu um beijo nos cabelos da advogada.
— Ah nem comecem com esse mela-mela. – brincou Jennifer, mas estava sorrindo.
— Como vocês são estraga prazeres. – brincou a loira mais velha Mas não posso negar a beleza da minha morena!
Tom riu – Mas a única coisa que concordamos é que somos todos filhos de vocês duas.
— E protegeremos vocês todos, independente da idade, sempre com unhas e dentes. – disse Regina Sempre protegeremos vocês!
A conversa continuou em tom leve, com brincadeiras, até finalmente começar a ficar tarde e todos começarem a se recolherem para dormir, já que no dia seguinte ainda era dia de escola por parte dos gêmeos e afazeres na fazenda para Emma e Regina.
—SQ-
— Que droga, esses advogados dessa cidade de merda não querem trabalhar... – resmungou andando pela rua, indo para o último endereço que tinha em sua lista – Como não querem pegar o meu caso? Tudo bando de incompetente. – finalmente achou o local – Lucas-Midas e Stuart... Espero que alguém queira trabalhar aqui... – entrou.
— Boa tarde, em que posso ajudar? – perguntou a recepcionista.
— Oi, eu estou procurando um advogado para pegar o meu caso. – respondeu Edward parando a frente a mesa.
— Senhor, poderia me contar sobre seu caso para que possa passar para a advogada? – pediu.
— Não seria mais fácil eu falar diretamente?
— É praxe do escritório...
— Não quero falar com você, quero falar diretamente com o advogado. – cortou Edward já elevando o tom de voz – Todos os outros escritórios eu falei direto com os advogados, só aqui tem essa frescura.
— Em que posso ajudá-lo? – perguntou Kathryn saindo de sua sala, assim que escutou o alvoroço.
— Quero falar com um advogado para que possa pegar o meu caso. – respondeu soberbo.
— Dona Kathryn eu tentei...
A loira apenas olhou para sua secretária – Tudo bem Verônica, eu resolvo. – abriu um pequeno sorriso – Me fale sobre seu caso, senhor. – olhou para o homem.
— Eu quero reaver o meu direito de paternidade sobre o meu filho. – disse.
Kathryn apenas o olhou – Olha preciso de mais detalhe, nome, idade...
— Ah meu filho é o Thomaz, jogar de baseball do Red Sox e quero a paternidade de volta, além de processar aquelas duas sapatonas por terem roubado meu filho.
Os olhos azuis de Kathryn se arregalaram com tamanha ousadia – Senhor...
— Edward, pode me chamar de Edward. – cortou.
— Senhor Edward, creio que você não tem noção em qual escritório entrou, e muito menos tem noção dos fatos.
— E porque? – quis saber.
— Porque você não tem direito nenhuma sobre o meu filho, e muito menos pode me processar por ter “roubado” alguém. – respondeu Regina entrando no local.
Imediatamente Edward olhou para quem estava entrando – Merda!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E o crápula do pai de Tom e Jú dando as caras e mostrando a que veio!! Só que ele não sabe com quem está se metendo!!
Até a próxima!!