Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 116
Capítulo 116 - Novos Integrantes da Família


Notas iniciais do capítulo

Ae povo lindo do meu coração! Cheguei com mais um capítulo!!

Obrigada a todos que comentaram, ao pessoal que favoritou, e claro o pessoal que acompanha dentro e fora da moita!!

Nem vou me estender muito aqui!!

Boa leitura e divirtam-se!



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— Ai que saudades daqui. – exclamou Emma descendo da pick-up vermelha assim que estacionou no gramado a frente da casa. Inspirou fundo fechando os olhos apreciando o momento Muitas saudades mesmo!

— Sim, devo admitir que estava com saudades daqui também. – disse Regina descendo do lado do motorista. Ela tinha um sorriso no rosto Quem diria que Regina teria saudades da fazenda? Não é mente? Mas com disse, agora aqui é a minha casa!

Logo em seguida parou a pick-up preta, e dela descaram Cora, George. Uma vez que Eugenia e Giuseppe ficaram na casa do marceneiro e John havia voltado com Glinda. O pai de Kathryn disse que voltaria para a fazenda no começo da noite – Chegamos! Para sem sincero, estou cada vez mais velho para viagens longas assim. – brincou George se esticando para aliviar as dores pelo corpo por ficar muito tempo na mesma posição.

— Sejam bem-vindos de volta! – disse David que estava indo para tratar dos cachorros – Achei que vocês viriam ou mais tarde, ou mesmo amanhã cedo. – comentou cumprimentando todo mundo.

Emma sorriu ajudando Júlia a descer e depois tirar Thomaz da cadeirinha e o ajudando a descer também – Até pensamos em vir mais tarde, mas acabamos decidindo vir logo depois do café da manhã. – explicou Todo mundo estava com saudades daqui! — E as crianças já perderam uma semana de aula para voltarmos amanhã cedo.

— Entendo. – falou David – Eu estava vindo cuidar dos cachorros. – explicou.

— Pela hora imaginei mesmo. – disse andando na direção da casa, com David ao seu lado. As crianças já haviam corrido para a porta e estavam esperando ansiosamente para ser aberta e encontrar os cachorros que já estavam a espera deles do outro lado Elas também estavam com saudades dos cachorros também! — Como está indo a nova professora? – quis saber.

— Ela está indo bem, os alunos estão gostando dela. – respondeu David.

— Mary? O bebê? – quis saber Regina que estava ao lado deles, mas até então não havia aberto a boca.

O loiro sorriu feliz – Eles estão bem. Só os meus sogros e meus pais que estão nos deixando loucos. – brincou rindo.

— É a felicidade do primeiro neto. – comentou Regina rindo – Logo isso passa! – completou Ou não! Mente! Mas é Regina!

— Lola! – exclamou Emma feliz assim que abriu a porta e aquele bando de cachorro foi recepcioná-los. As crianças felizes abraçavam os cachorros menores. A cachorra mãe foi na direção da loira, que havia se sentado no chão para recebê-la – Saudade de você, garota. – disse enquanto recebia lambidas felizes e fazia carinho na pelagem do animal.

— Você não irá me dar beijos? – disse Regina olhando para a cachorra que imediatamente foi em sua direção e com mais cuidado festejou a chegada da morena.

— Não vou reclamar. – brincou Emma ao ver a cachorra abandoná-lo sem pensar muito. Então os aguçados ouvidos da cachorra escutaram algo e feito um tiro voltou para dentro da casa.

Emma apenas estranhou a atitude da cachorra que parou no meio da sala e latiu, indicando que a seguisse O que será que aconteceu? A loira foi atrás da cachorra que continuou adentrando na casa, indo na direção da cozinha. Regina, David, George e Cora acabaram os seguindo – Que foi Lola? – perguntou Emma ao ver a cachorra parada e arranhando a porta do fundo da cozinha.

— Estranho, porque de manhã ela não estava assim. – comentou David pelo comportamento da cachorra.

— Acho que ela escutou algo. – disse Emma escutando algo atrás da porta, enquanto Lola arranhava a porta insistentemente Espero que não seja nada perigoso! — Calma garota, que eu abrirei a porta. – assim que abriu a porta os olhos da loira se arregalaram – Por meu chapéu! – exclamou surpresa, Lola imediatamente começou a cheirar o que tinha ali E você já está amando, não Lola?

— O que é? – Regina quis saber assim que surgiu de trás de sua esposa e viu o que era – Por meus sapatos e os botões de Bah. – disse surpresa também.

— Juro que de manhã não tinha nada disso. – disse David surpreso também.

— Mas que tanto vocês estão surpresos? – quis saber Cora esperando por uma bomba Será uma criança abandonada na porta da cozinha?

Emma se abaixou e pegou a grande caixa que estava no chão e a levou para dentro Emma de certo modo isso é perigoso, pois você corre o perigo de apaixonar perdidamente! Nisso tenho que concordar mente! — A surpresa é por causa disso aqui. – respondeu colocando a caixa sobre a mesa. Lola pulando em cima de Emma, então colocou suas patas da frente sobre a mesa e continuou cheirando a caixa Só um pouco de calma que você irá conhecê-los, garota!

— Mas que fofuras. – disse Cora ao ver o conteúdo dentro da caixa, abrindo um sorriso.

A loira pegou um que estava dentro da caixa e examinou – Fêmea. – antes de colocar de volta, a cachorra imediatamente cheirou o pequeno animal nas mãos de Emma e o lambeu amorosamente. Pegou o segundo, Lola não perdeu tempo e o cheirou para lambê-lo em seguida – Fêmea também. – colocou de volta e pegou o terceiro – Hey, pequeno cadê a sua patinha? – quis saber ao ver que a pata dianteira esquerda era normal e a direita tinha uma pequena extensão, mas que não passava de pequeno pedaço, então examinou – Macho... Talvez por isso que te deixaram, não? Por não ter as quatro patas completas. – Sinceramente não entendo como as pessoas tem coragem para abandoná-los? Ainda que elas abandonaram aqui na porta e os que são abandonados por aí? Nem quero pensar nisso que já me entristece! comentou já caindo de amores por ele. Lola cheirou novamente e o lambeu com carinho, o colocou de volta dentro da caixa.

— Pelo visto Lola já adotou todos. – comentou George rindo.

— Isso sim é uma mãe verdadeira. Não faz distinção dos filhos. – disse Emma fazendo carinho na cabeça de Lola, que feliz se encostou a perna da loira assim que se sentou no chão – Não é Lola? – falou para a cachorra que latiu em resposta Isso mesmo, boa garota!

No momento seguinte as crianças entraram com os quatro cachorros atrás – O que tem na caixa? – perguntou Henry curioso, já subindo na cadeira para ver dentro da caixa. Seus dois irmãos fazendo o mesmo.

— Cachorrinhos! – exclamou Thomaz feliz. Júlia vendo os animais dentro da caixa e depois encarou sua mãe curiosa, mas já caindo de amores pelos três.

A loira sorriu – Sim, cachorrinhos. – confirmou olhando para dentro da caixa.

— Vamos ficar com eles também? – quis saber Henry já caindo de amores por todos também, olhando para suas mães.

Emma imediatamente olhou para sua esposa – Podemos? – pediu feito uma criança Eu quero ficar com eles! Quero muito!

A advogada olhou surpresa para sua esposa depois do pedido, então olhou para a caixa Ah Regina olha para eles e me diz que terá coragem de se desfazer deles? Sabia que o abrigo de animais estava cheio, e muito provavelmente o cachorrinho deficiente não teria chance nenhuma. Soltou um suspiro, pois já tinha caído de amores pelos cachorrinhos Não mente, eu não terei coragem de desfazer de nenhum deles! — Só vamos ter o cuidado de não deixar a população de cachorros ultrapassar a de cavalos aqui na fazenda, certo? – respondeu por fim.

— Oba! Mais cachorrinhos. – comemorou Thomaz, juntamente com seus irmãos e sua mãe loira. Regina acabou ganhando um beijo na bochecha de sua esposa.

— Não se preocupe que tomaremos o cuidado para não deixar isso acontecer. – sorriu Emma e voltou sua atenção par adentro da caixa.

David riu – Bom, já que vocês estão em casa, eu vou voltar para a minha. Deixei Mary sozinha e ela deve estar ficando louca com a mãe e a sogra. – comentou brincalhão.

— Pode deixar que agora tomaremos conta de tudo. – respondeu George.

— Obrigada David. – agradeceu Emma – Essa semana, passaremos para visitar Mary e o bebê, tudo bem?

O loiro assentiu com a cabeça – Claro. – concordou – Estaremos esperando. – acenou se despedindo e saiu pela porta do fundo que estava aberta ainda.

Emma olhou para todos os cachorros – Bom, vamos tratar de vocês agora. – fez uma pausa Porque aposto que o quarto de vocês deva estar todo bagunçado! — Que depois vamos descarregar as pick-ups.

— Posso ajudar? – pediu Júlia – Deixa eu ajudar a tratar dos cachorros?  

— Eu também quero. – Tom se juntou.

— Posso também? – Henry não quis ficar de fora.

Emma sorriu – Eu vou adorar a ajuda de vocês, já que agora temos mais cachorros para cuidar.

— Oba! – as três crianças comemoraram.

— Eu vou me deitar um pouco. – comentou Regina depois de tomar um copo de água Afinal a noite passada quase não dormir e essa viagem de volta fora cansativa! Sem falar que a gravidez também ajuda a te deixar mais cansada! Sim, tem isso também!

— Vá minha filha, que eu cuido do almoço junto com George. Não querido? – disse a morena mais velha olhando para o namorado. O pai de Emma apenas assentiu com a cabeça, com um singelo sorriso nos lábios.

— Está tudo bem, morena? – perguntou a loira preocupada Porque se não tiver te levo agora para o hospital!

— Sim meu anjo, apenas cansada da viagem. – sorriu piscando e depositou um beijo na bochecha de sua esposa e se encaminhou na direção das escadas – Qualquer coisa, estarei no quarto. – disse e sumiu depois da porta.

Emma assentiu Ela deva estar cansada da noite passada Emma! Muito provavelmente, afinal não dormimos muito! olhou para os filhos – Vamos que temos muita coisa para fazer antes de vocês irem brincar. – falou pegando a caixa de cima da mesa e caminhando para o quarto que agora era dos cachorros. As crianças juntamente com todos os cachorros foram atrás da loira.

Cora sorriu juntamente com George – Bom, querida, por onde vamos começar? – quis saber.

— Vamos fazer algo leve agora, pois o café da manhã na casa de Ângela foi bem reforçado. – riu ao se lembrar de tanta comida que tinha a mesa – Então no jantar podemos fazer algo mais apropriado.

— Concordo. – disse George já amarrando o avental ao redor de sua cintura.

—SQ-

A primeira coisa que Emma fez assim que entrou na sala foi tirar os quatro animais da caixa e deixá-los no chão para se familiarizarem com o ambiente e com o restante da família. Allison e Eva foram as mais receptivas e já estavam brincando com os três recém-chegados, enquanto Luna e Ortiz ainda um pouco tímidos não interagia muito, já Lola deitada apenas via tudo. Emma juntamente com as crianças limparam a sala dos cachorros, assim como lavaram as vasilhas de água e comida. As vasilhas piores a loira separou para jogar fora. A mesma coisa foi feita com as cobertas e as almofadas. Ela avisou que iria na pick-up buscar as coisas que compraram e pediu para as crianças ficarem ali de olhos em todos.

Quando a loira voltou escutou apenas risadas do corredor e quando entrou na sala viu Henry e Thomaz deitados no chão com os cachorros por cima, uns os lambiam enquanto outros mordiam o moletom que usavam e tentavam arrastá-los. Júlia sentada ao lado de Lola, fazendo carinho na cabeça da cachorra, apenas ria dos irmãos e dos cachorros.

— Cheguei. – disse a loira rindo, mas as crianças e cachorrada não pararam a brincadeira. Emma colocou as novas caminhas no chão, as arrumando uma ao lado da outra – Ainda bem que compramos mais caminhas. – disse para si ao terminar de arrumar. Levantou-se e informou que iria na pick-up outra vez e minutos depois quando voltou viu que algumas caminhas já estavam ocupadas pelos filhotes, enquanto Lola nem se moveu de seu lugar ao lado de Júlia Mas essa Lola é muito sem vergonha, adora um carinho!

— Vocês não viam a hora de estrear as camas novas, não? – brincou ela fazendo carinho nos cachorros. Ela sorriu ao ver o filhotinho que mesmo sem uma pata andava, com certa dificuldade, até chegar e cheirar as camas e se deitar em uma delas junto as duas cachorrinhas que estavam junto a ele dentro da caixa. Então arrumou as novas vasilhas junto as que sobraram. Colocou água limpa e fresca, assim como ração. Mal havia terminado de colocar a ração, os filhotes maiores foram todos comer – Vocês parecem comigo e com meus filhos, todos saquinhos sem fundo. – riu. Em uma vasilha mais rasa colocou um pouco de leite para os filhotes menores, que também não perderam tempo e foram se fartar da bebida branca – Ah sabia que vocês estavam com fome. – disse agachada e fazendo carinhos nos animais, Lola se aproximou e recebeu carinho também então foi para a vasilha maior comer ração Preciso pegar as últimas coisas deles! — Vou na pick-up pegar as últimas coisas e já volto. – anunciou. Júlia apenas assentiu e sorriu vendo os animais comendo. Tom acabou deitando de barriga para cima e Henry de barriga para baixo, mas com a cabeça apoiada em suas mãos. Os três vendo os animais comerem.

Emma voltou carregada com os animais de pelúcia e a sacola com as coleiras, guias e as plaquinhas para gravar os nomes, juntamente com mais algumas sacolas de brinquedos – Agora acabaram as coisas dos cachorros. – disse colocando as pelúcias no chão e no instante seguinte os cachorros foram cheirar. Lola foi a primeira a pegar um para si. Abocanhou para si o guaxinim. Ortiz já saiu sacudindo o jacaré. Eva mais comedida arrastou o burro, enquanto Allison pegou o macaco. O filhote macho se encantou pela vaquinha e as duas fêmeas acabaram pegando a mesma pelúcia e depois de uma briga sacolejante a cachorrinha que tinha apenas o focinho branco ganhou e saiu toda orgulhosa com o porquinho na boca. A outra que tinha uma faixa branca dividindo o rosto se conformou e procurou por outra pelúcia e achou um cavalinho. A loira juntamente com os filhos, pois ela havia se sentando no chão com eles, apenas riam da cena, seus olhares amorosos Sabia que eles iriam adorar as pelúcias!

— E os outros brinquedos? – quis saber Tom olhando eles brincarem com suas pelúcias.

— Outra hora damos. – respondeu Emma se inclinando para trás e apoiando em seus braços – Agora eles estão com as pelúcias. – disse ainda olhando para a felicidade dos animais. Eles não perceberam George a porta tirando foto deles e saindo sem fazer barulho.

— E as nossas bicicletas? – quis saber Henry olhando para sua mãe Até que demoraram em perguntarem das bicicletas!

— Pode ficar para depois do almoço? – quis saber – Assim a mamãe de vocês pode se juntar a nós.

— É! – disse Tom se arrastando e colocando a cabeça sobre a perna de Emma Acho que Tom está aprendendo com Lola em ser sem vergonha! Ficaram ali mais algum tempo vendo os filhotes brincando com as pelúcias e ora entre si ora com as crianças novamente até Cora vir chamá-los para almoçarem.

—SQ-

— Olá meninas! – cumprimentou Ezequiel assim que viu Kathryn e Ruby paradas ali – Eu nem vou segurá-las na conversa hoje, pois sei que vocês têm um assunto muito importante para tratar no momento. Úrsula está na sala dela. – disse abrindo o portão e piscando para as duas mulheres. Ruby e Kathryn sorriram assentindo com a cabeça – E a propósito, a Meggie irá adorar a pelúcia. – comentou apontando para a pelúcia nos braços de Ruby, para depois fechar o portão atrás delas.

Sem dizerem nada as duas mulheres caminharam na direção da sala da agente social – Entre! – pediu assim que escutou batidas a porta entreaberta.

— Bom dia! – disse Ruby entrando depois de Kathryn.

— Olá garotas. – cumprimentou de volta, deixando o que fazia de lado para dar total atenção as duas mulheres sentadas a sua frente – Então? – perguntou segurando a expectativa.

— Úrsula, queremos saber o que é preciso para entrar com o pedido de adoção de Meghan? – Kathryn foi direta, tomando sua postura de advogada.

A agente procurou em sua gaveta por alguns papéis – Preciso de todos esses documentos... – disse entregando uma folha para a loira – Vocês tem certeza disso? – questionou olhando atentamente para as duas mulheres.

— Total! – respondeu Ruby – Ontem a noite Katy e eu tivemos uma conversa séria sobre isso, e vimos que Meghan já faz parte da nossa família. – fez uma pausa para tomar fôlego – E por isso queremos entrar com o pedido de adoção dela.

Úrsula assentia com a cabeça enquanto escutou tudo, soltou um longo suspiro – Mas vocês sabem que precisam contar a Meghan sobre a gravidez de Ruby, não?

— Ela já sabe. – respondeu a veterinária fazendo Úrsula olhar surpresa – Ontem quando estávamos jogando vídeo game ela sem querer acabou sentando sobre a minha barriga e eu contei que está grávida e por isso ela não podia sentar ali.

— E ela? – quis saber.

— Ela pediu desculpas e acabamos conversando sobre o quanto ela quer irmãos e uma família, e esse assunto puxou o assunto do acidente, consequentemente conversamos sobre isso também. – respondeu Ruby apertando a pelúcia contra seu colo.

— Sei que conversamos ontem, mas por causa da correria não foi uma conversa mais detalhada... – começou Úrsula – Eu gostaria de saber o que aconteceu para Meghan ficar triste daquele jeito.

Ruby soltou uma longa respiração – Ela perguntou se hoje nós voltaríamos, então eu disse que não poderia, pois voltaríamos para a fazenda. – fez uma breve pausa – Então ela se levantou se despediu e saiu correndo.

— Entendi. – comentou a mulher mais velha depois de analisar as palavras de Ruby – Então creio que ela não faz ideia que estão aqui hoje? – perguntou.

Kathryn negou com a cabeça – Não.

— Na realidade nem nós fazíamos a ideia de que estaríamos hoje aqui também. – confessou Ruby olhando para a pelúcia– Mas ontem Ems acabou conversando comigo e me liberou do meu trabalho até resolver toda essa questão. – sorriu amorosamente.

— E você? – olhou para Kathryn.

— Eu conversei hoje cedo com a Rê enquanto tomávamos café e ela disse que irá sair de férias e me aconselhou a tirar alguns dias de folga para resolver toda essa situação, e que o escritório irá sobreviver sem nós duas lá por alguns dias. – respondeu a loira olhando fixamente para Úrsula. 

Úrsula riu – Posso deduzir que essa pelúcia seja para Meghan? – quis saber.

Ruby assentiu – Sim. Acho que agora que os ânimos estão calmos e a poeira abaixou, podemos conversar com mais calma com a Meggie.

— Também acho isso. – concordou Úrsula.

— E a questão Júlia e Thomaz? – quis saber Kathryn – Quando você acha que seria um bom momento para contarmos a ela?

Úrsula ficou pensativa por um momento – Sinceramente não faço a mínima ideia, mas acho que no momento não seria o ideal ainda.

— Vamos passo a passo. – sugeriu Ruby – Primeiro conversamos com ela, então entramos com os papéis da adoção, e quando tudo estiver certo para a adotarmos conversamos sobre isso com Meggie.

— Essa é uma boa solução. – concordou Úrsula. As duas mulheres assentiram com a cabeça acordando que fariam isso, iriam resolver a situação passo a passo. A agente olhou o relógio na parede de sua sala – O horário do café da manhã acabou, as crianças estão no pátio nesse momento. – deu a deixa de que o assunto estava encerrado no momento e que elas estavam liberadas para irem conversar com a menina. As duas mulheres sorriram e se levantaram saindo da sala – Espero que tudo ocorra bem entre vocês. – desejou assim que se viu sozinha na sala.

Ruby e Kathryn estavam andando pelo corredor e viu mais casais entre as crianças e deduziram que domingo geralmente era dia que tinha mais visitas para tentarem a adoção. O coração das duas mulheres parou momentaneamente quando chegaram ao pátio e viram um casal tentando conversar com Meghan. Ficaram observando por alguns segundos e perceberam que o casal até tentou alguma interação, mas a menina não respondia e muito menos se mexia da sua posição. A mesma que Ruby viu Meghan pela primeira vez, a menina estava sentada no canto, abraçada aos seus joelhos, enquanto seus olhos fixos em seus tênis com seu dedo passando por cima da pata que tinha ali desenhado.

O casal cansou de ser ignorado e saíram dali deixando a menina sozinha novamente. Sem perceberem Kathryn e Ruby soltaram uma respiração de alívio que nem sabiam que estavam segurando – Já sei. – disse Ruby dando a volta e puxando sua esposa consigo.

Meghan continuava olhando para a patinha em seu tênis, com sua cabeça apoiada em seu braço, enquanto ao dedo continuava contornando o desenho. Lentamente Ruby colocou o cachorrinho ao lado dela como se fosse ele que fizesse os movimentos.

— Oi garotinha linda. – Ruby falou mudando o tom de sua voz, como se fosse do cachorro – Eu estou precisando de ajuda. Você poderia me ajudar?

A menina parou o que estava fazendo e olhou para o lado e viu aquela pelúcia de cachorro e seus olhos brilharam em surpresa – Ajuda para quê? – ela respondeu decidindo entrar na brincadeira.

— Eu estou procurando uma menina, mas eu ainda não a conheço. – disse o cachorrinho.

— Como ela é? – perguntou Júlia agora não acreditando que estava dando continuidade naquilo.

A pelúcia deitou no chão – Eu não sei como ela é, apenas sei o seu nome. – respondeu em tom de derrota – Eu fui comprado de presente para ela. Mas acho que ela não irá gostar de mim. – falou tristemente.

— Quem não gostaria de você? – disse Meghan olhando para a pelúcia – Você é lindo. Eu gostaria de ter uma pelúcia como você. – seus olhos brilharam emocionados – Qual o nome da menina? Você ainda não me disse. – perguntou e timidamente estendeu sua mão para tocar no cachorrinho. A pelúcia se inclinou na direção da menina assim que ela o tocou.

— O nome dela é Meghan, mas também a chamam de Meggie. – respondeu. Foi então que Meghan olhou para trás e viu as duas mulheres ali. Seus olhos se arregalaram surpresos para em seguida ficarem confusos.

— Vocês não falaram que hoje não poderiam vir? – perguntou ainda confusa.

— Nós também achamos que não... – disse Ruby olhando para a menina – Mas depois que levei um puxão de orelha da minha amiga. – sorriu timidamente – Estamos aqui.

Os olhos de Meghan se arregalaram novamente – Ela fez isso?

Ruby soltou uma risada – Não de verdade, ela apenas me deu uma bronca. – explicou. Soltou um suspiro longo – Meggie sobre ontem a tarde... – imediatamente seus olhos lacrimejaram – Eu sei que não foi a melhor forma de terminarmos... Eu queria pedir desculpas se de alguma forma acabei te magoando, mas não foi por querer. – fez uma pausa – A conversa com Emma me fez abrir os olhos para algumas coisas que estavam a minha frente e eu não estava vendo. – começou. A menina apenas olhava para as duas mulheres e sua mão instintivamente foi para o cachorrinho.

Os olhos de Meghan se encheram de lágrimas – É agora que vocês me falam que foi divertido esses dias e que não virão mais me visitar? – deixou uma lágrima descer por seu rosto.

— Não minha querida, muito pelo contrário. – foi Kathryn quem se adiantou na resposta limpando a lágrima que havia descido pelo rosto da menina. Meghan apenas olhou para as duas mulheres em questionamento.

— A conversa com Emma, me fez perceber o quanto você se tornou importante para nós duas. – começou Ruby limpando seus olhos úmidos – Então conversando com Katy, nós percebemos o quanto você já faz parte da nossa família. – fez uma pausa e seus olhos voltaram a se encherem de lágrimas ao ver Meghan fechar os olhos fortemente e grossas lágrimas descerem deles – Eu sei que é muito recente, mas é o que eu estou sentindo... É o que Katy está sentindo... – respirou fundo para conter a emoção – E espero que seja o que você esteja sentindo também... – parou e esperou Meghan abrir os olhos, o que não demorou muito e a menina encarou as duas mulheres novamente – Eu quero saber se você quer fazer parte da nossa família também. – fez uma pausa para acalmar as emoções – Meghan, você quer fazer parte da nossa família? - perguntou mais claramente.

No segundo seguinte a menina se jogou contra o corpo de Ruby e Katy e deixou o choro sair sem empecilho. As duas mulheres envolveram a menina em seus abraços, confortando-a. Elas também estavam com os olhos úmidos, Ruby tinha algumas lágrimas descendo por suas bochechas.

— Então minha querida? – perguntou Kathryn, depois de alguns minutos em silêncio, que era quebrado apenas pelo choro, quando a menina levantou o rosto e o limpou com suas pequenas mãos – Você quer fazer parte da nossa família.

— Sei que a nossa família não é perfeita, pelo contrário é cheia de defeitos... – disse Ruby fazendo carinho nos cabelos castanhos da menina – É imensa. Cada doido a sua maneira, mas que eu tenho certeza de que você irá amar cada um deles. – fez uma pausa – Você aceita ser a nossa família?

— Vocês querem me adotar, é isso? – perguntou Meghan resumindo.

— Sim, é isso. – respondeu Kathryn olhando carinhosamente para a menina – Você nos dá a honra de ser a nossa filha?

— O bebê que você está esperando será o meu irmão ou minha irmã também? – quis saber olhando para Ruby.

— Sim. – respondeu a veterinária – Além de ganhar, pelo menos, mais cinco primos, já que Regina está grávida também e contando a Violet. Além de... – começou a contar os avós – Seis avós. – os olhos da menina se abriram surpresos – E um monte de tios e tias, esses eu nem vou contar, pois vou passar a tarde aqui e ainda vou perder as contas. – brincou fazendo a menina olhar mais surpresa ainda – O que foi?

— Esse monte de avós e tios sem fim. – respondeu surpresa ainda.

Kathryn e Ruby riram – É o seguinte... – foi a loira quem começou – Tem Eugenia, que é avó de Ruby... – começou a contagem – Que namora o Péppe. Então tem o meu pai, que namora a Glinda. – fez uma pausa para a menina acompanhar – Mas tem a tia Cora e o tio George. – o cenho da menina franziu mais confuso agora.

— George é o pai de Emma, minha amiga, e Cora é a mãe de Regina, amiga de Katy... – explicou Ruby – Esses seis, você pode ter certeza que irão te considerar como uma neta.

Então a feição da menina se alegrou com a possibilidade de ter avós, mas no segundo seguinte se entristeceu – Mas eles não vão me querer como neta, porque eu não tenho o sangue deles. – disse em um fio de voz.

— Meggie, eu tenho certeza que todos já te amam sem nem te conhecerem... – falou Kathryn passando a mão pelo rosto da menina e a fazendo olhá-la – E sabe por que? – perguntou e a menina apenas negou com a cabeça – Nossa família é ligada pelo amor e não apenas por sangue. – disse sorrindo amorosamente – Ruby e Emma são irmãs, mas não tem o mesmo sangue. Regina e eu somos irmãs e também não temos o mesmo sangue.

— Tio George adotou Emma quando criança... – Ruby continuou – Eu não sei se você sabe, mas Emma veio desse mesmo orfanato. – fez uma pausa e os olhos na menina se arregalaram surpresos – Sim, Emma veio. Ela e Regina adotaram dois dos três filhos que tem. E Emma adotou também o filho biológico de Regina.

— Violet é filha de Elsa, ela também foi adotada, e é nossa sobrinha. – acrescentou Kathryn – Meu pai adotou como netos os filhos de Regina e Emma, assim como a Violet e o TJ.

— Minha avó adotou todas as crianças como netos dela também... – disse Ruby – Ainda tem a família Rizzoli que mora aqui em Boston, que também faz parte da nossa família. Somos todos ligados pelo amor, minha pequena, então se você não tem o sangue deles isso não importará nem um pouco para eles. – sorriu amorosamente quando Meghan abriu um pequeno sorriso – Pois como disse nossa família é unida pelo amor.

— Você nos deixará te chamar de filha? – perguntou Kathryn ansiosa por uma resposta.

A menina olhou para as duas mulheres a sua frente – Sim... – murmurou juntamente com um aceno de cabeça – É o que mais quero. – disse deixando as lágrimas descerem por seu rosto novamente. Ruby e Kathryn abraçaram a menina mais uma vez e assim permaneceram por alguns minutos – E esse cachorro de pelúcia, é para a Meghan mesmo? – perguntou olhando apaixonada para a pelúcia.

— Eu sou, mas como disse, eu acho que ela não gostou de mim. – Ruby segurou a pelúcia como se estivesse olhando para a menina, e fazendo a voz como se fosse do cachorro novamente.

— Por que você diz isso? – perguntou a menina entrando na brincadeira mais uma vez, mas agora com um imenso sorriso.

— É que ela até agora não me deu um abraço. – disse o cachorro olhando para o chão. Meghan riu infantilmente e pegou a pelúcia das mãos de Ruby e a abraçou fortemente.

— É meu mesmo? – perguntou Meghan para ter certeza, olhando para as duas mulheres.

Imensos sorrisos surgiram nos lábios das duas mulheres – Compramos pensando em você, Meggie. Ele é todo seu. – confirmou a veterinária. Imediatamente Meghan abraçou mais forte ainda a pelúcia, deitando sua cabeça e fechando os olhos, estava feliz.

— Tudo fica bem quando termina bem. – comentou Ezequiel parando ao lado de Úrsula, que estava em um canto do pátio apenas olhando o trio.

— Sim. Tudo fica bem quando acaba bem. – repetiu a mulher – Obrigada! – agradeceu ao amigo, que a olhou confuso – Por ter comentado com Emma ontem.

Ezequiel abriu um sorriso – Não precisa agradecer, sei que não devemos interferir, mas essas duas precisavam de um empurrãozinho. – piscou, fazendo Úrsula sorrir – Bom, irei voltar para o meu posto... – brincou e olhou para a agente social – Tem mais alguma coisa que queira falar?

Úrsula abriu mais ainda o sorriso – Elas irão entrar com o pedido de adoção de Meggie.

 - Ah que notícia maravilhosa. – comentou mais para si – Realmente tudo fica melhor quando tudo acaba muito bem. – disse e caminhou para seu lugar ao portão. Úrsula ficou ali mais alguns segundos e depois foi para sua sala.

— Vocês vão mesmo me adotarem? – perguntou Meghan finalmente abrindo os olhos e ver que tudo aquilo não era sonho.

— Sim, vamos. – confirmou Kathryn tirando uma mecha de cabelo do rosto da menina e a colocando atrás da orelha.

— Já conversamos com Úrsula e amanhã traremos os papéis para darmos entrada no pedido de adoção. – completou Ruby sorrindo abertamente para a menina.

Repentinamente os olhos da menina se alargaram e ela levantou a cabeça – Eu vou poder brincar com a Luna? – quis saber cheia de expectativa.

Ruby soltou uma risada – Não só vai poder brincar com Luna, mas com toda a cachorrada que tem na fazenda. – comentou – Além de conhecer os cavalos.

— Nossa! Eu esqueci dos cavalos. – comentou Meghan então apertou mais forte a pelúcia – Eu acho os cavalos bonitos, mas eu gosto mesmo é de cachorros. – sorriu – O que vamos fazer hoje? Jogar vídeo game ou ficar na biblioteca? – quis saber.

Os olhos de Kathryn se arregalaram – Eu já volto! – anunciou ao se levantar e saiu em disparada para a sala de Úrsula.

— O que deu nela? – perguntou Meghan confusa.

— Sabe que eu não sei. – respondeu Ruby também estranhando o comportamento de sua esposa. Elas acabaram ficando ali conversando sobre o cachorro de pelúcia até finalmente Kathryn aparecer.

— Vamos? – disse a loira assim que se aproximou delas, com um imenso sorriso nos lábios.

— Para a sala de tv ou a biblioteca? – perguntou Meghan olhando para a loira enquanto seus braços estavam em volta da pelúcia de cachorro.

Agora o sorriso de Kathryn se tornou travesso – Nem um e nem outro.

— Então para onde, minha loira? – quis saber Ruby tão confusa quanto Meghan.

— Nós vamos passear pela cidade. – respondeu olhando para Meghan que abriu os olhos surpresa.

— Sério? – questionou a menina.

— Muito sério. – confirmou Kathryn – Acabei de falar com Úrsula e ela autorizou a sua saída para passear conosco. – fez uma pausa – Você quer passear conosco?

Em um pulo a menina estava de pé – Quero! Claro que quero! Eu já volto! – disse correndo na direção do quarto que dividia com mais crianças – Eu vou me trocar. – explicou alto o suficiente para elas escutarem enquanto a menina corria para o quarto.

Ruby sorriu para Kathryn – Como você conseguiu fazer Úrsula deixar Meghan sair conosco? – quis saber quando se viram sozinhas.

— Usei todo o meu potencial de advogada. – brincou rindo e Ruby apenas arregalou os olhos surpresa – Estou brincando... Eu conversei e usei o argumento de que vamos adotá-la, além de usar Regina e Emma como exemplo quando elas fizeram a mesma coisa com Tom e Jú.

— Entendi. – comentou Ruby, então sorriu amplamente – Obrigada! – agradeceu depositando um beijo na bochecha da esposa.

— Não precisa agradecer. – falou Kathryn – Afinal estamos levando a nossa filha para passear conosco.

— Estou pronta. – disse Meghan voltando rapidamente e devidamente trocada – Posso levar o Nanuki?

— Quem? – perguntou Kathryn distraída ao ver a menina usando um conjunto de moletom, onde a calça era de um tom vermelho, e a blusa de frio cinza com bordados marrons dos olhos e focinho do cachorro, e detalhes para duas orelhas costuradas perto dos ombros, e nos seus pés o tênis com as patinhas desenhadas.

— O Nanuki! – respondeu erguendo a pelúcia que ganhou delas – Eu coloquei o nome dele de Nanuki. – sorriu.

— Não só pode, como deve levá-lo. – concordou Ruby sorrindo – Vamos? – ofereceu sua mão para a menina que segurou no segundo seguinte, enquanto o outro braço segurava fortemente a pelúcia contra o corpo. Kathryn apenas pousou sua mão atrás entre os ombros da menina e assim as três caminharam para o portão do prédio.

— Seu Ezequiel! – chamou Meghan animada.

O homem saiu de seu lugar com um imenso sorriso no rosto ao escutar a animação na voz da menina – Sim, meu anjo. – respondeu e seus olhos se arregalaram para a pelúcia – Mas que cachorro lindo, é seu? – se agachou para ver melhor.

— Sim. É meu. – respondeu estendendo a pelúcia para o homem – Eu ganhei de Ruby e Katy. Ele chama Nanuki.

— Bonito nome, assim como ele é muito bonito também. – comentou o homem fazendo um carinho na pelúcia.

— Adivinha? – Meghan perguntou em tom de expectativa.

Ezequiel a olhou por alguns segundos – Ah desisto que eu não vou acertar mesmo. – respondeu ao se levantar, mas mantendo o olhar na menina e o sorriso no rosto. Meghan soltou um riso infantil.

— Eu vou passear com Ruby e Katy pela cidade. – respondeu com um imenso sorriso nos lábios.

— Que delícia, Meggie. – disse Ezequiel surpreso, mas ao mesmo tempo feliz – Então aproveite bem o passeio.

— E sabe o que mais? – ela continuou depois de assentir com um aceno de cabeça.

— Eu nem vou arriscar, porque também não vou acerta dessa vez. – respondeu brincalhão.

— Eu vou fazer parte da família delas. – respondeu feliz – Eu vou ser adotada por elas. Não é bom?

Ezequiel abriu um imenso e iluminado sorriso – Isso é maravilhoso, Meggie, e eu não tenho dúvidas de que você será muito feliz com elas. – olhou imensamente agradecido para as duas mulheres que apenas retribuíram com um sorriso nos lábios – Agora vá passear.

— Sim. – Meghan respondeu empolgada e inesperadamente abraçou o homem. Ezequiel ficou surpreso inicialmente, mas depois retribuiu o abraço – Vamos? – olhou para as duas mulheres depois que se soltou do abraço, estendendo a sua mão para Ruby novamente.

— Só se for agora. – brincou Ruby segurando a mão estendida – Até mais tarde seu Ezequiel. – se despediu a veterinária, e tanto Kathryn quanto Meghan deram um aceno com mão.

— Ah meu anjo, você realmente será muito feliz com elas, e nem imagina o reencontro maravilhoso que terá. – comentou ele feliz assim que viu as três perto do carro da loira – Que bom seria se tivéssemos mais pessoas maravilhosas como essas na vida dessas crianças. – falou e foi se sentar em seu lugar.

— Para onde? – quis saber Kathryn ao volante, uma vez que todas estavam devidamente instaladas dentro do carro.

— Vamos no Aquário? – sugeriu Meghan – Dizem que é muito legal lá.

— Então está decidido. – confirmou Ruby olhando para a menina sentada no banco de trás do carro.

— Aquário de Boston, aqui vamos nós. – disse Kathryn pegando o caminho que levava para o local.

— Oba! – Meghan comemorou. Ruby e Kathryn apenas se olharam conversando silenciosamente para abrirem um sorriso por fim.

—SQ-

— Podemos montar as bicicletas agora? – pediu Júlia. Ela e os adultos estavam sentados na varanda aproveitando que o tempo não estava muito frio ainda, e vendo os cachorros brincarem entre si juntamente com os dois meninos.

— Claro. – concordou Emma ao se levantar. Eles haviam descarregado as coisas das pick-ups, e as caixas com as bicicletas estavam encostadas na varanda. As roupas nos quartos e os veículos guardados no galpão – Eu vou pegar a caixa de ferramentas que tem no galpão e já volto.

— Eu vou junto. – se prontificou Júlia acompanhando a mãe. Lola que estava deitada ao pé da loira também se levantou e começou a caminhar ao lado da loira É bom ir se acostumando que amanhã eu volto para o trabalho e você virá comigo novamente! O cachorrinho recém-chegado viu a loira caminhando e correu, com certa dificuldade atrás dela. Emma escutou um latido e quando olhou para trás viu o pequeno cachorrinho indo atrás dela Você também? Vem que eu te espero!

— Hey, você também quer ir junto? – perguntou parando para esperar o pequeno animal chegar – Vem que estamos te esperando. – a loira acabou se agachando para esperar o animal, que meio cambaleante se juntou a elas – Vamos? – disse ao se levantar recomeçando a caminhar, mas um pouco mais devagar para que o cachorrinho pudesse acompanhá-las sem muito problema Preciso achar uma solução para você, meu rapazinho, para lhe ajudar a caminhar!

— Chegamos! – anunciou Júlia acompanhada de sua mãe, Lola e o Rapaz. Emma havia decidido em chamá-lo assim.

— Minha loira. – chamou Regina ainda sentada em seu lugar. Emma apenas a olhou enquanto colocava a caixa de ferramentas no chão – Mais tarde você vai comigo ver o Bonitão? Estou com saudades dele.

— Claro que vou, assim aproveito e dou uma olhada nele e em todos os cavalos também. – concordou Emma já pegando a primeira caixa de bicicleta e a abrindo.

— Quer ajuda? – ofereceu George pouco ansioso para ajudar a montar as bicicletas.

— Claro. – ela respondeu sorrindo – Vamos ver de quem é essa bicicleta aqui. – terminou de abrir e viu que era a de Júlia. – Acho que é a sua Jú.

— É! – a menina concordou feliz, sentada ao lado da mãe morena, e o Rapaz em seu colo, enquanto Lola se encostou a perna de Regina e ali ficou.

Meia hora depois a bicicleta de Júlia estava pronta. Então Emma e George pegaram a outra caixa e assim que abriram viram que era a bicicleta de Henry. Meia hora depois estava pronta também, e por fim eles montaram a bicicleta de Thomaz.

Os meninos quando viram que a bicicleta de Júlia estava pronta acabaram se sentando perto da mãe morena, e os cachorros foram todos se deitarem junto a eles, esperando pelas bicicletas.

— Pronto! – disse Emma trazendo a última bicicleta com o pneu cheio Prontas para serem usadas! — Todas as bicicletas montadas. Quem sabe ou será o primeiro a andar? – nenhuma das três crianças se pronunciou, apesar da grande animação Eita! Acho que serei a primeira! Com certeza Emma! — Tudo bem, então eu vou primeiro. – disse e montou na bicicleta de Júlia e começou a andar ali no gramado mesmo Nossa quanto tempo que não ando de bicicleta? Ah muito tempo Emma! — Então? Agora alguém irá andar? – perguntou ao parar na frente da escada junto as outras bicicletas.

— Eu! – disse Júlia descendo as escadas. Emma desceu da bicicleta e deixou a menina montar. Depois de um medo inicial a menina sorriu quando começou a andar. Mesmo ela sendo maior, a bicicleta estava com rodinhas para facilitar no aprendizado inicial. Em seguida Henry montou na sua e começou a pedalar e andar ali na frente. Thomaz não perdeu tempo estava na sua bicicleta imitando os irmãos. Emma sorriu, explicou como fazia para seus filhos, ficou ali por alguns minutos ajudando-os até vê-los conseguindo sozinhos, depois subiu a escada para se sentar ao lado de sua esposa.

— Meu pai sofreu para me fazer a aprender a andar de bicicleta. – comentou Regina sorrindo para a felicidade dos filhos brincando nas bicicletas Pensando agora deu até saudades daqueles tempos e principalmente dele! Emma sorriu e olhou para sua esposa para continuar – Não sei porque, mas eu acabei associando a bicicleta ao cavalo e foi demorado o meu aprendizado. Demorou, mas eu aprendi a andar de bicicleta.

— Já eu fiquei maluco com essa menina aqui. – disse George rindo, e fazendo Emma ficar vermelha – Emma pegou emprestada a bicicleta do vizinho e sem saber andar e nada saiu pela fazenda...

— Ué, e qual o problema disso? – perguntou Cora não entendendo o motivo para o namorado ter ficado maluco.

Emma soltou um longo suspiro, enquanto George ria – É que o vizinho não sabia que eu havia pegado emprestada a bicicleta, então meu pai achou que algum ladrão entrou na fazenda para roubar a bicicleta e me levou junto. – respondeu Aquele dia foi agitado! — Então já quase no final do dia, eu apareci toda ralada e com os joelhos sangrando, devido as minhas muitas quedas, pois a bicicleta não tinha rodinha e era grande para o meu tamanho.

— Não preciso falar que fiquei bravo, deixando Emma de castigo por dois dias longe dos cavalos e principalmente da bicicleta do vizinho. – comentou George rindo – Mas por fim, Ingrid e eu compramos uma bicicleta para Emma que praticamente dormia em cima dela e ia para todo lugar na fazenda com a magrela.

— Bons tempos. – comentou Emma sorrindo Saudades do tempo de criança! Saudades da dona Ingrid também! — E muitos tombos também. – riu – Vamos lá ver o Bonitão? – quis saber mudando de assunto.

— Claro. – sorriu e se levantou. Lola imediatamente se levantou para acompanhar a loira que já estava de pé também.

— Crianças, nós vamos ao estábulo, vocês querem ir juntos? – perguntou Emma ao descer a escada acompanhada de Regina, Lola e o Rapaz Eles já estão se aquecendo para amanhã!

— Nós vamos! – disse Júlia parando a bicicleta perto das mães. Ela por ser maior, havia aprendido a andar mais rápido e já tinha um domínio maior. Já Henry e Thomaz ainda estavam “apanhando” das bicicletas. Sem muita pressa eles começaram a caminhar na direção dos estábulos. O resto da cachorrada assim que viram a mãe se afastando acabaram se levantando e indo atrás.

— Cena digna de uma foto. – comentou Cora se aconchegando melhor no abraço de George, vendo parte de sua família andando junta.

— Com certeza, meu anjo. – confirmou ele dando um beijo nos cabelos da mulher – Confesso que não vejo a hora do nosso outro neto ou neta nascer para se juntar a eles.

— Eu também. – confessou Cora – Assim como não vejo a hora do bebê de Ruby nascer. – fez uma pausa – Essa fazenda ficará cheia de crianças e tenho que confessar que vou adorar.

— Todos os avós vão adorar. – riu junto com sua namorada – Afinal o que avós mais querem são netos, e quanto mais, melhor.

—SQ-

As crianças estavam indo a frente, enquanto Emma e Regina estavam mais atrás, suas mãos entrelaçadas, sorrisos imensos nos lábios. Elas estavam rodeadas por todos os cachorros. A loira viu o Rapaz com muita dificuldade para acompanhar e acabou o pegando no colo. Ele a lambeu em agradecimento. Assim que chegaram ao estábulo, as crianças desceram das bicicletas e correram para dentro do local. Os cachorros aproveitaram para saírem correndo também atrás deles.

— Cuidado. – pediu Emma ao entrar no estábulo depois de todos, então colocou o cachorrinho no chão que logo estava junto a sua mais nova mãe. Sem pressa Emma entrou na primeira baia para inspecionar os cavalos.

Regina sorriu diante daquela cena, o que antes era medo agora virou paixão. Caminhou até a parte que guardavam ração, legumes e frutas. Pegou alguns pedaços de legumes e frutas e foi para a baia de seu cavalo – Hey, Bonitão? – chamou assim que se aproximou. O cavalo imediatamente colocou a cabeça para fora cheirando sua dona e soltando um relincho ou outro em felicidade – Saudades de você também. – disse acariciando o focinho do animal, assim como seu pescoço e crina – Desculpa por ter ficado tanto tempo ausente, mas foi preciso. – ia conversando com ele e entregando os pedaços de comida – Mas agora que estou de férias prometo ser mais presente. – ia dizendo e fazendo carinho enquanto entregava a comida.

Henry foi até seu pônei e também começou a tratá-lo como Regina estava fazendo com seu cavalo. Júlia e Thomaz estavam junto ao irmão. Emma sorriu – Hey, Bonitão. – disse abrindo a porta da baia, depois de ter inspecionado todas as outras baias e cavalos, e juntamente com Regina e Lola, entraram no recinto do cavalo. Ele se aproximou de Regina colocando a cabeça por cima do ombro da morena, que sorriu e o abraçou fortemente. Logo em seguida ele começou a cheirá-la até finalmente chegar ao ventre da mulher.

— Sim, Bonitão, estou grávida e logo teremos mais uma criança. – disse fazendo carinho no pescoço do animal. Inesperadamente Bonitão passou sua cabeça pela barriga de Regina que sorriu amorosamente para o animal. Lola latiu e o cavalo desceu mais sua cabeça e os dois ficaram se cheirando.

— Acho que eles também estavam com saudades. – comentou Emma sorrindo para a cena, então viu o Rapaz se aproximando dela – Vem cá. – o pegou no colo novamente – Rapaz, esse é Bonitão. – aproximou do animal maior – Bonitão, esse é o Rapaz, mais novo filho de Lola. – o cavalo o cheiro e Lola soltou um latido. No segundo seguinte os restante da família canina apareceu e foram apresentados Para quem achou que ia ter apenas um cachorro e agora está com tudo isso! É aproveitar! Com certeza!

— Precisamos dar nomes para essas duas mocinhas. – comentou Regina enquanto sua mão fazia carinho no focinho do cavalo.

— No momento certo acharemos os nomes que combinem. – disse Emma dando uma piscada para sua esposa e saiu da baia indo até a baia do pônei do filho.

Eles passaram o resto da tarde ali cuidando dos cavalos, enquanto os cachorros faziam bagunça, então com tudo fechado fizeram o caminho de volta. As crianças nas bicicletas, enquanto Rapaz no colo de Emma, e os outros em volta das duas mulheres. Regina apenas sorriam diante de tudo aquilo Nunca que eu iria sonhar, na mais remota ideia, de um dia estar casada, com muitos filhos, morando em uma fazenda, tendo muitos cachorros e o principal, não querendo nada de diferente disso! É Regina a vida, as vezes nos apresenta momentos que nunca sonhamos! Verdade mente!

Uma vez na casa, Emma indicou onde as crianças deveram deixar as bicicletas. Depois que as guardaram Regina falou que era hora do banho, enquanto Emma foi cuidar dos cachorros, ali ela aproveitou para medir o Rapaz, além de tirar fotos Acho que pedirei uma pequena ajuda para Ruby, aproveitando que ela está em Boston!

Com todas as crianças de banho tomado e prontas para irem dormir. John chegou no começo da noite como havia dito. Eles jantaram calmamente enquanto conversavam. As crianças contando animadas que haviam andado de bicicleta e cuidado dos cavalos. O pai de Kathryn ficou surpreso com o aumento do número dos cachorros em tão pouco tempo. Depois de terminado o jantar as crianças foram para a sala de tv assistir um pouco de tv antes de finalmente irem para a cama. Ali na mesa ficaram os adultos conversando mais um pouco. Emma anunciou que iria atrás de uma empresa de câmeras de segurança para proteger melhor a fazenda e ainda aproveitaria para conversar com Aurora sobre o projeto do escritório externo. Claro que o assunto Ruby, Kathryn e Meghan saiu na conversa também, e John contou como estava muito animado para conhecer a menina, mas entendia que isso seria com o tempo.

— Acho que vou ver as crianças e dizer que já está na hora de dormir. – comentou Regina se levantando – E também vou aproveitar para me recolher, pois estou cansada. Boa noite! – se despediu dos mais velhos.

— Eu vou junto morena. – disse Emma também se despedindo. Assim que chegaram a sala de tv viram Thomaz e Henry capotados dormindo e Júlia brigando contra o sono. As duas mulheres sorriram, Emma pegou Tom e o levou para a cama, depois voltou para pegar Henry e Júlia se deu por vencida e acompanhou sua mãe morena escada acima. Boa noite foi dito e cada um em seu devido quarto, para descansarem e se prepararem para a semana que começaria no dia seguinte mais uma vez.

—SQ-

— Chegamos. – anunciou Kathryn abrindo a porta do apartamento e deixando Ruby entrar seguida de Meghan, que estava um pouco confusa – O que foi? – perguntou assim que fechou a porta.

— Não é que eu esteja reclamando, não é isso... – olhou ao redor – Mas eu não deveria estar no orfanato agora? – perguntou.

Kathryn sorriu – Deveria, mas como eu disse conversei com Úrsula e ela não só autorizou sua saída, assim como deixou você dormir aqui conosco hoje. – respondeu.

— Sério? – perguntou incrédula.

— Mais que sério. – confirmou Kathryn e Ruby sorriu amplamente. A tarde delas havia sido maravilhosa. Haviam ido ao aquário de Boston, depois foram comer, então Kathryn não se aguentou e elas foram ao shopping comprar roupas para a menina e agora estavam no apartamento da loira para encerrar o dia – Vamos tomar banho para jantarmos e depois cama.

— Você quer ajuda ou sabe tomar banho sozinha? – questionou Ruby olhando para a menina.

Os olhos da menina brilharam na possibilidade de ser dada banho novamente – Vocês me ajudam a tomar banho? – perguntou em resposta olhando cheia de expectativa para as duas mulheres. No orfanato as crianças até cinco anos eram ajudadas a tomar banho e depois elas tinham que tomar sozinhas.

— Então vamos. – falou Ruby estendendo a mão na direção da menina, enquanto Kathryn foi em direção das sacolas que estavam ali na mesa e procurou por calcinha. Elas assim que saíram do Aquário, elas passaram no shopping para comprar roupas para a menina – Você quer camisola ou pijama? – perguntou enquanto olhava dentro das sacolas procurando pelo chinelo da menina.

— Pijama... Aquele tem uns cachorrinhos na blusa. – pediu sorrindo segurando a mão de Ruby. A loira concordou com a cabeça, pegou tudo que precisava e segurou a outra mão da menina que fora oferecida – Vamos! – de mãos dadas as três mulheres foram para o banheiro. Ruby ajudou a menina a se despir, enquanto Kathryn abriu o chuveiro e verificou a temperatura da água – Você gosta de água quente, morna ou fria? – quis saber.

— Morna. – respondeu a menina vendo mais detalhadamente o banheiro.

— Está no ponto a água, pode entrar. – falou Kathryn abrindo toda a porta do box. Sem dizer nada a menina entrou – Vamos lavar a cabeça também, então pode molhar os cabelos. – falou Ruby e Meghan acenou brevemente segundos antes de colocar sua cabeça debaixo da água que caía do chuveiro.

Inconscientemente a menina soltou um suspiro ao sentir aquela deliciosa água morna cair sobre seu pequeno corpo. As duas mulheres sorriram, então Kathryn olhou para os xampus – Qual você quer? – perguntou e olhou o rótulo – O de erva-doce? – abriu para a menina sentir o cheiro – Ou o de ameixa? – abriu o segundo pote para a menina sentir o cheiro – E temos esse de morango, que Violet acabou esquecendo aqui. – abriu o pote para Meghan cheirar mais uma vez – Qual você irá querer usar?

— Esse de erva-doce. – respondeu escolhendo o xampu – O cheiro dele é gostoso. – completou, a loira concordou e se abaixou para ficar na altura da menina – Quem é Violet? – perguntou curiosa.

Kathryn sorriu, colocou um pouco em sua mão, deixando o pote no chão – Feche os olhos para não cair sabão neles. - carinhosamente colocou sua mão com o xampu nos cabelos da menina, e sem pressa começou a ensaboar as madeixas castanhas – Violet é a filha de Elsa, uma amiga nossa. – respondeu, mesmo já tendo falado sobre isso. O sorriso de Kathryn sem nunca deixar seus lábios, principalmente quando vez ou outra a menina soltava um suspiro de contentamento – Não se preocupe, que logo você irá conhecê-la, assim como os filhos de Regina. – fez uma pausa – Pronto! Vá para debaixo da água para enxaguar o xampu do cabelo. – Meghan obedeceu e Kathryn ajudou a tirar todo o sabão dos cabelos – Muito bem, pode abrir os olhos... – procurou pelo condicionador – Agora vamos passar um creme para poder pentear mais fácil depois e deixar os cabelos macios. – disse ao colocar um pouco em sua mão. A menina apenas olhou e sorriu concordando com um breve aceno de cabeça – Só que não pode lavá-lo em seguida, então enquanto o creme fica no cabelo nós vamos te lavando, tudo bem?

— Sim. – respondeu Meghan saindo mais uma vez debaixo do chuveiro. Kathryn passou o creme por toda a extensão do cabelo da menina que chegava até o meio das costas.

Ruby sorriu – Agora é a minha vez... – disse ensaboando a esponja com o sabonete líquido – Seu banho será com música hoje. – piscou para sua esposa – E quero ver você me acompanhar, tudo bem?

— Mas eu não sei qual é a música que você vai cantar. – falou olhando para Ruby com o cenho franzido.

— Não tem problema é só repetir o que eu canto, tudo bem? – a veterinária sugeriu. A menina apenas assentiu esperando começar a cantoria – Tchau preguiça... Tchau sujeira... Adeus cheirinho de suor... Oh... – Ruby começou a cantar quanto ia ensaboando Meghan, que baixinho repetia o que a morena havia dito – Lava lava lava... Lava lava lava.. Uma orelha uma orelha... Outra orelha outra orelha... – cantarolava a veterinária enquanto ensaboava o corpo da menina, tirando risadas da mesma, que ainda repeita tudo baixinho – Lava lava lava lava... Lava a testa, a bochecha... – foi ensaboando o rosto de Meghan – Lava o queixo... – passou sabão no queixo da garota – Lava a coxa... E lava até... – Ruby com cuidado pegou e puxou devagar o pé de Meghan que ria sem parar e já não acompanhava mais a música – Meu pé... Meu querido pé...  – usou o pé da menina como microfone – Que me aguenta o dia inteiro... Oh Oh... – devolveu e pegou o outro fazendo a mesma coisa, por fim fez uma leve cócegas que fez a menina soltar uma gargalhada – E o meu nariz... – passou a mão ensaboada no nariz de Meghan – Meu pescoço... Meu tórax... – ia lavando o corpo da menina que ria sem parar – O meu bumbum... – lavou também – E também o fazedor de xixi... Oh... – Ruby ia lavando a menina que continuava rindo sem parar, assim como Kathryn – La la... Laia laia la... Laia la la la... Laia la.. La la la la la...

Advogada estava apaixonada pela cena. O sorriso que tinha nos lábios era um sorriso bobo, pois assim que terminou de lavar o cabelo da garota deu espaço para sua esposa lavar a menina. Quando o banho finalmente terminou Kathryn retornou para ajudar a tirar o creme do cabelo – Vamos dar mais uma enxaguada geral... – disse pegando o chuveirinho – Pronto! – disse segundos depois fechando o registro do chuveiro. – Banho tomado. – falou ao se levantar e ir até o armário que tinha ali pegar uma toalha e a entregando para sua esposa. Ruby sorriu e indicou para que a menina saísse. Com cuidado Júlia saiu do box e ficou parada em cima do tapete e no instante seguinte ela foi envolvida pela grande e macia toalha.

Então Ruby voltou com a cantoria – Hum... Ainda não acabou não... – enrolou Meghan na toalha – Vem cá vem... Vem... Uma enxugadinha aqui... – enxugou todo o corpo – Uma coçadinha ali... – brincou que estava coçando algo – Faz a volta e põe a roupa de paxá... Ahh! – quando terminou de enxugá-la começou a vesti-la, mas não parou sua cantoria – Banho é bom... Banho é bom... Banho é muito bom... Agora acabou! – terminou a cantoria enquanto terminava de arrumar a calça do pijama – O que achou?

— Divertido. – Meghan respondeu com um imenso sorriso nos lábios.

Depois a loira envolveu uma pequena toalha nos cabelos da menina apenas para retirar o excesso de água, enquanto dava o chinelo para a menina colocar – Agora vamos secar os cabelos, já está tarde para deixá-lo secar sozinho. – disse colocando Meghan sentada sobre o vaso sanitário com a tampa fechada, ela pegou o secador na gaveta do armário das toalhas e com uma escova começou a pentear e a secar o cabelo da menina. Minutos depois Kathryn terminava de pentear os cabelos, agora secos, de Meghan – Pronto. Vamos voltar para a sala? – disse guardando o secador no lugar, pegando a roupa que a menina usou para colocar junto a roupa que seria lavada juntamente com a roupa dela e da esposa.

— Vamos! – ela concordou feliz. Juntas e de mãos dadas as três mulheres foram para a sala.

— Está com fome? – questionou Kathryn. Megahn apenas assentiu com a cabeça. Acabaram pedindo pizza para a alegria da menina. Jantaram e então a canseira do dia começou a dar sinais e viram Meghan dormindo deitada no sofá minutos depois que começou a assistir ao desenho. A loira pegou a menina no colo e a levou para o quarto que dormiria. Desejaram boa noite, depositaram a pelúcia de Nanuki que imediatamente a menina abraçou. Saíram deixando a porta entreaberta do quarto e se encaminharam para o próprio quarto.

Depois de um pouco mais de uma hora elas estavam deitadas no quarto, com sorrisos nos lábios. E assim como Meghan a canseira do dia deu sinais e em poucos segundos estavam dormindo. No meio da noite Meghan acordou assustada e no instinto procurou pelo quarto das duas mulheres e assim que o achou entrou.

— Meggie? – Ruby perguntou estranhando a menina ali – Pesadelo? – a menina negou com a cabeça – Então o que foi?

— Apenas não consigo dormir... – respondeu em tom baixo – Posso dormir aqui com vocês? Por favor. – pediu timidamente, com os braços ao redor de sua pelúcia de cachorro.

— Claro! - Ruby respondeu ao mesmo tempo tirando a coberta de cima de si. No segundo seguinte a menina escalou a cama e passou por cima da veterinária, se aconchegando entre as duas mulheres. A morena riu e voltou a se cobrir, depois se deitou novamente e se virou para a menina. Meghan soltou um suspiro de contentamento caindo em segundos no sono novamente. Ruby fez um carinho nos cabelos da menina e também se deixou levar pelo sono. Kathryn apenas observou as duas e quando percebeu que elas estavam dormindo, se deixou cair no sono novamente, mas sem tirar o sorriso do rosto.

 


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Notas finais do capítulo

Finalmente eles estão de volta a fazenda, ou quase todos, e que surpresa assim que chegaram. Mais cachorros juntando a família. Claro que toda a festa feita pelos animais. Lola se mostrando uma mãe de coração imenso e já adotando os três também.

Momento fofura familiar Swan-Mills com eles cuidando dos cachorros, depois montando e andando de bicicleta e então fazendo uma visita ao Bonitão.

Kathryn, Ruby e Meghan finalmente conversando e esclarecendo tudo. A loira usando o argumento Emma e Regina para conseguir tirar a menina do orfanato para passear com elas. Claro que a advogada não se aguentou e elas foram ao shopping comprar roupas para a menina. Então momento ternura na hora do banho e finalmente a canseira do dia as vencendo, e uma visita surpresa no meio da noite.

Não se preocupem que agora voltaremos ao dia a dia da fazenda e tudo
o que envolve a mesma, mas claro sem deixar a adoção de Meghan de fora e a reportagem especial de Sidney, que logo sai ;)

Até a próxima!

Links para quem quiser ver:

https://www.catersnews.com/stories/animals/adorable-puppy-with-three-legs-cant-find-a-home-because-no-one-wants-a-disabled-dog/ ( Rapaz só que menor)

http://www.imbramil.com.br/dicas/315/10-razoes-para-voce-adotar-um-vira-lata (#2 são os três que foram deixados a porta)

https://www.cea.com.br/conjunto-infantil-blusao-urso-em-plush-cinza---calca-em-moletom-em-algodao---sustentavel-vermelha-8946779-vermelho/p (moletom Meghan)