Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 10
Capítulo 10 - Conhecendo Emma Swan


Notas iniciais do capítulo

Voltei meu povo com mais um capítulo! o/



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— Mamãe! Mamãe! – gritou Henry e saiu correndo assim que viu sua mãe ao lado do carro o esperando.

— Meu príncipe! – ela disse se abaixando para pegá-lo no colo – Como foi o seu dia?

— Nossa, mamãe, a gente fez tanta coisa legal hoje... – ele respondeu empolgado – Fizemos um monte de desenhos, depois brincamos com as massinhas. Aí comemos e então a senhorita Page contou uma história super legal, e então brincamos bastantes com um monte de brinquedos que formam casinhas, eu montei nossa fazenda com muitos cavalos e agora a pouco a gente tomou o lanche da tarde. – terminou com um enorme sorriso.

— História? Sobre o que era a história? – perguntou curiosa.

— Ah sobre uma cachorrinha e um cachorrinho... – fez uma pausa tentando se lembrar do nome – A dama e o vaga-lume.

— A dama e o vagabundo. – corrigiu Zelena ao se aproximar com um imenso sorriso.

— Então vejo que seu dia foi bem agitado. – disse Regina sorrindo também e o colocando no chão – E espero que o rapazinho tenha se comportado e obedecido a professora.

— Não teve criança mais comportada que ele. – respondeu Zelena – E muito educado também.

— Muito bom. – disse Regina então se virou para a professora – Ocorreu tudo bem?

— Sim, não aconteceu nada de diferente do que acontece em um dia inicial de aula. – respondeu a ruiva sorrindo ainda.

— Nos vemos amanhã. – disse a morena – Vamos tomar um sorvete?

— Sim! – comemorou aguardando ansioso que sua mãe abrisse a porta do carro para ele entrar.

— Diga tchau para sua professora.

— Tchau senhorita Page. – disse ele abanando a mão junto – Até amanhã.

— Tchau pequeno Henry. Até amanhã.

— Até amanhã. – disse Regina assim que acomodou Henry na cadeira elevada e entrou no carro, partindo para a única lanchonete da cidade.

— Mamãe? – chamou ele olhando para sua mãe através do espelho retrovisor do carro.

— Sim? – ela olhou brevemente para ele então voltou sua atenção para a rua.

— Eu posso ter um cachorro? – pediu ele.

— Henry, meu filho... Nós já conversamos sobre isso. – respondeu ela.

— Sim, já... – disse ele cabisbaixo – Mas eu também conversei com Emma e ela me explicou porque eu não podia ter um cachorro lá na nossa outra casa, mas que eu podia ter um lá na fazenda.

Regina ergueu uma sobrancelha – É? O que foi que ela te explicou sobre isso?

— Que os cachorros são como os cavalos... – ele começou – Que eles começam pequenos como nós, mas que vão crescendo... E quando eles estão grandões, eles precisam de muito espaço, como também precisam de gente para tomar contar e ser respirável...

— Responsável... – corrigiu a mulher sorrindo amavelmente.

— Isso, responsável... – continuou ele – Lá na nossa outra casa, nós não tínhamos muito espaço e por isso você não me deixava ter um cachorro, mas agora que a gente mora lá na fazenda, lá tem muito espaço, e eu sou um rapaz muito respon-sável... – teve dificuldade em pronunciar, mas saiu sem a ajuda se sua mãe – Ela também disse que precisa de alguém para levar o cachorro para passear, isso eu posso fazer... – abriu um sorriso imenso – Alguém para dar banho, isso eu também posso fazer, pois ela também disse que ficar sujo não faz bem para a saúde do cachorro, e se ele ficar doente, lá na fazenda tem médico de animal, não tem?

— Sim, temos veterinários. – respondeu Regina espantada com a desenvoltura de seu filho em explicar os motivos para se ter ou não um cachorro.

— Então se ele ficar dodói, esse médico pode fazer ele ficar bom... – explicou novamente – E também darei comida para ele.

— Ela te disse isso tudo? – perguntou a morena abismada com a explicação da loira.

— Sim, só que ela disse com cavalos e falou que é igual com cachorro. – respondeu ele na sua inocência – Então eu posso ter um cachorro lá na fazenda?

— Eu posso pensar sobre? – pediu ela.

— Ah, mas mãe, eu te expliquei tudinho sobre o cachorro... – disse ele tristonho.

— Só me dê um tempinho para pensar direito, pois sua explicação está muito correta. – comentou ela tentando animar o filho – Só deixa a mamãe resolver primeiro todos os problemas que prometo pensar com carinho sobre você ter um cachorro, tudo bem?

— Tudo! – respondeu desanimado – Mas pense com muito, mas muito carinho.

— Bom, chegamos. – anunciou Regina parando na frente da lanchonete – Quem vai querer um sorvete?

— Eu! – disse o menino voltando a se animar novamente com a ideia de tomar um sorvete.

— Calma Henry, não precisa correr. – disse Regina assim que abriu a porta e soltou o cinto de segurança da cadeirinha, o garoto saiu em disparada – Você pode trombar com alguém.

— Eu estou vendo para onde estou indo mamãe. – respondeu ele sem olhar para trás. Regina trancou o carro e seguiu seu filho. Quando entrou viu seu filho conversando animadamente com Emma que estava sentada no banquinho do balcão.

— Vejo que você fez muita coisa hoje na escola. – foi o que Regina ouviu assim que se aproximou e ela deduziu que Henry estava contando sobre a escola.

— Senhorita Swan. – cumprimentou quando a loira finalmente levantou os olhos para encontrar com os castanhos.

— Senhorita Mills. – ela cumprimentou de volta – Henry estava me contando como foi o dia dele na escola.

— Sim, e foi muito legal. – concordou com um sorriso aberto – Vocês duas conversaram? – veio a inesperada pergunta.

Tanto Emma quanto Regina arregalaram os olhos surpresas – Sim, nós conversamos. – respondeu por fim a morena.

— E vocês brigaram de novo?

— Não garoto, dessa vez conversamos mesmo. – foi a vez da loira responder, que desceu do banquinho e se abaixou para ficar na altura dele – E sabe o que mais? – ele balançou a cabeça em não – Sua mãe deixou a gente fazer um novo passeio pela fazenda.

— Sério mãe? – perguntou olhando para sua mãe que concordou com a cabeça – Obrigado. – agradeceu e abraçou a morena pela cintura.

— Não precisa agradecer, meu príncipe. – ela disse passando a mão pelo curto cabelo do menino em um carinho amável.

— Emma a gente vai tomar sorvete, você quer tomar junto? – perguntou esperançoso para ter um pouco mais da companhia da loira.

— Eu adoraria, mas eu ainda tenho muitas coisas para fazer lá na fazenda e não poderei ficar, quem sabe outra hora. Tudo bem?

— Promete?

Emma riu – Se sua mãe deixar, eu prometo. – disse olhando para Regina que recebeu o olhar pidão do filho.

— Irei pensar sobre isso. – respondeu ela e o menino soltou um suspiro triste.

— Hei, ela não disse que não poderemos. – animou Emma.

— Tudo bem... – então ele colocou as mãos ao redor da boca como se fosse contar um segredo – Eu vou falando com ela até ela deixar.

— Está bem... Então eu vou esperar. – disse Emma baixo, mas o suficiente para Regina ouvir, e acabou tirando um sorriso da morena.

— Por falar em contar as coisas, senhorita Swan... – começou Regina – Henry me contou uma coisa muito interessante agora a pouco a caminho daqui.

— É? – ela disse franzindo a testa pensando no que ele poderia ter contado a morena Hum sobre a harmoniosa bunda não pode ser, não falei nem com Rubs sobre isso... Sobre aquele decote censurável também não pode ser, mas isso a Ruby sabe... O que seria?

— Ele me falou que vocês conversaram sobre cavalos e cachorros. – esclareceu Regina e Emma fez cara de surpresa AH era isso! UFA!

— Senhorita Mills, desculpe sobre isso, a gente só conversou quando ele disse que não entendia que não podia ter um cachorro quando vocês moravam em Boston... – tentou se explicar Emma, passando a mão pela nuca em um sinal visível de nervosismo – Eu tentei explicar alguns motivos de não poder ter um cachorro...

— Senhorita Swan... – interrompeu a loira que desatou a falar – Está tudo bem... – então Emma soltou o ar que estava segurando – Você usou de bons argumentos... Os quais ele usou contra mim... – riu.

— Tal mãe, tal filho... Está no sangue de vocês serem advogados. – brincou a loira

— Que minha mãe não te ouça. – zombou Regina – Por ela eu teria feito arquitetura, mas ela já está colocando ideias sobre arquitetura na cabeça de Henry... Enfim, eu agradeço por sua ajuda em explicar ao Henry os motivos de se poder ou não ter um cachorro.

Henry sorriu feliz e voltou a colocar as mãos ao redor da boca – Hoje eu falei sobre tudo que você me disse, e eu falei que sou res-respon-responsável, isso, responsável e quase consegui convencê-la a me dar um cachorro.

Emma ergueu as sobrancelhas surpresa – Sério? – confidenciou em tom de segredo.

— Ahã! – disse ele acenando juntamente com a cabeça enfatizando seu feito, Regina sorria com as peripécias dos dois – Mas oh... – voltou a colocar as mãos ao redor da boca – Eu vou continuar falando com ela, uma hora ela deixa eu ter um cachorro.

— É isso aí, garoto... – incentivou Emma, então recebeu um olhar mortífero de Regina – Não se pode perder as esperanças. – acrescentou então piscou para o menino.  – Bom, aproveitem o sorvete, pois eu preciso voltar para a fazenda. Até mais. – disse pagando o que havia comido e saiu.

— Tchau Emma.

— Até senhorita Swan. – disse Regina e se virou para o filho – Vamos nos sentar?

— Sim!

No canto do balcão as duas atendentes conversavam em tom de segredo – Não eram essas duas que estavam quase iniciando uma guerra aqui na porta semana passada?

— As mesmas! – respondeu a outra.

— E agora estão de amizadezinha? – questionou a mais velha.

— É o que parece! – respondeu dando de ombros – Quem não vai gostar muito é Lily.

— Que eu saiba, a loira deixou bem claro que não quer nada com ela.

— Mas nós conhecemos Lily e do que ela é capaz quando o assunto se trata de Emma.

— Sim... – respondeu a mulher mais velha – Bom, isso não é problema nosso, e vamos trabalhar que ainda temos muito chão até fecharmos.

—SQ-

— Hei Rubs! – chamou a loira entrando no consultório.

— Aqui no estoque Emma. – veio a resposta abafada da outra sala – Só um minuto que já estou saindo... Pronto. – disse depois de uns minutos, trancando a porta e colocando a prancheta com a planilha do estoque em cima da mesa.

— Vamos tomar uma cerveja? – convidou assim que se levantou – Mas lá em casa... Aproveito para te contar sobre a conversa que tive com Regina.

— Por que não vamos ao pub?

— Não estou a fim de encontrar a Lily de novo, já basta ontem. – respondeu a loira – Vamos lá para casa!

— Com certeza você irá encontrar aquela curva de rio lá mesmo... – debochou e Emma só a olhou. Ruby levantou as mãos ao alto como dizendo que não disse nada demais - Só espero que a cerveja esteja gelada. – brincou a morena por fim.

— E quando foi que a cerveja em casa esteve quente, hein? – retrucou de volta e elas sorriram caminhando para a casa da loira depois que Ruby trancou todo o consultório.

— Toma sua boca de matraca. – disse Emma entregando uma latinha para Ruby – Está estupidamente gelada. – sentou-se ao lado da amiga no banco na pequena varanda da casa. Naquele momento tinha uma leva brisa amenizando a temperatura.

— Então como foi? – perguntou Ruby assim que cada uma deu um gole grande em suas cervejas.

Emma soltou um longo suspiro e então amarrou o cabelo em um coque frouxo, ela havia deixado seu chapéu de lado naquele momento e também estava sem a camisa xadrez, apenas com a regata preta – Para variar ainda tivemos alguns atritos iniciais, mas no fim meio que a conseguimos engatar uma conversa civilizada. – respondeu ao esticar a perna e colocar o pé sobre um apoio a frente.

— Então vocês se pegaram? – brincou a morena imitando a loira, mas ela colocou as pernas cruzadas no apoio, ela também estava se seu inseparável chapéu, que estava no chão ao seu lado, e a camisa xadrez estava amarrada na cintura, a deixando com uma regata vermelha – Porque só assim eu vejo vocês duas conversando civilizadamente. – gargalhou – Se bem que acho que a dona onça deva ser uma fera na cama. – gargalhou mais ainda.

— Eita Ruby que você só está pensando nisso ultimamente, acho que você está precisando aquietar esse fogo. – respondeu Emma marotamente.

— Sabe que você tem razão? – respondeu Ruby depois de uns segundos em silêncio se recompondo – Faz tempo que não queimo umas calorias assim, acho que preciso resolver isso. – então gargalhou novamente com a cara da loira, que segundos depois também estava gargalhando - Não, mas agora falando sério... Vocês conseguiram resolver todos os problemas?

— Alguns eu acho... – respondeu a loira depois de outro gole em sua cerveja – Conversamos sobre a fazenda, e pedi que ela me ajudasse nos contratos, assim como o pai fazia... Ela aceitou. – outro gole de cerveja - Mas sobre a nossa maior briga, ela até tentou entrar no assunto, mas eu disse que ainda era muito recente e que precisava de mais tempo, e ela acabou concordando... – fez uma pausa e o olhar da loira estava perdido no horizonte vendo o céu de lilás se tornar um azulado – Acabamos concordando em deixar nossas diferenças de lado pelo bem da fazenda e passamos o resto da manhã falando sobre a fazenda. A expansão de terra e as construções que faremos.

— Bom, pelo menos vocês estão começando, meio que torto, mas estão começando de algum jeito. – comentou Ruby depois de mais um gole em sua cerveja, então amarrar seu cabelo em um coque frouxo.

— Depois da reunião de sexta, eu irei levá-la para conhecer a fazenda. – disse Emma e Ruby a olhou maliciosamente – Nem comece sua loba tarada!

Ruby estourou em uma gargalhada – Mas eu nem disse nada. – se defendeu depois de parar de rir.

— Nem precisava. – gargalhou a loira – Só esse seu olhar depravado já diz tudo.

— Eu não vejo a hora de finalmente conhecê-la... – comentou Ruby – Juro! Quero saber ela é tudo isso que você falou mesmo! – riram.

Ficaram alguns minutos em silêncio aproveitando a companhia uma da outra enquanto o resto do dia se esvaia e a noite começava a despontar no horizonte. Emma fora novamente para dentro buscar mais duas cervejas.

— E o garotinho? – perguntou Ruby abrindo sua latinha.

— O que tem? – respondeu Emma confusa depois de dar um gole generoso em sua bebida gelada.

— Como eu posso dizer... – começou Ruby – Parece que vocês se conhecem a muito tempo.

— Ah ele é uma graça. – disse Emma abrindo um sorriso sincero – Acho que nos tornaremos grandes amigos.

— Eu creio que vocês já são grandes amigos!

— Tudo está se encaminhando para isso! – disse a loira feliz – Ele tem um brilho no olhar quando vê os cavalos que isso me lembra muito a mim quando criança...

— Ai Loirão, até hoje você tem esse brilho no olhar quando vê os cavalos. – interrompeu Ruby sorrindo – Você quando vai dançar com os cavalos mais arredios você parece uma criança que ganhou presente na noite de natal.

— Talvez seja isso que me aproximou do Henry... – comentou a loira – Mas não é só isso, talvez também seja o jeito dele, é tão fácil de se aproximar e ser amiga dele.

— Eu te entendo, o pouquinho que fiquei ao lado dele, eu fiquei encantada com ele. – comentou Ruby.

— Estava na lanchonete, quando ele e a mãe entraram... – comentou Emma – Ele estava me contando sobre como havia sido o primeiro dia de escola... Então ele nos perguntou se havíamos conversado ou se brigamos.

— Que garoto danado! – exclamou Ruby surpresa – Preciso ficar amiga dele, pois tenho que ter umas conversas com ele.

— Hey!

Ruby ergueu as mãos em forma de redenção – Prometo que não é anda contra a saúde física e mental do menino, não se preocupe... Apenas preciso trocar umas ideias com ele. – riu.

— Falei que havíamos conversado e que Regina havia concordado de darmos outro passeio pela fazenda. – comentou Emma.

— Sério? Dona onça deixou você passear novamente com o menino? – pergunto Ruby incrédula.

— Sim... – respondeu Emma dando um gole em sua cerveja como se aquilo não fosse nada demais, mas por dentro ela estava feliz que passearia novamente com o menino – Então ela me contou que ele usou os argumentos que falei para ele sobre poder ter ou não um cachorro.

Os olhos de Ruby se arregalaram novamente surpresos – E ela?

— Brinquei que serem advogados estava no sangue... – disse Emma sorrindo com a memória – Achei que ela tinha ficado brava, mas ela me agradeceu por ajudar a explicar ao garoto os motivos que eles não podiam ter um cachorro em Boston.

— Para tudo! – exclamou a morena – A dona onça te agradeceu? Como diria minha avó por meus botões, é o fim do mundo... Corram que o mundo está acabando.

Emma ria das palhaçadas da amiga – Também não é para tanto, Rubs...

— É para tudo... Loirão, só vocês que não enxergam a família que vocês formam. – disse Ruby olhando para a loira.

— Af não fale besteiras.

— Quero só ver o dia que vocês estiverem se pegando, o que você irá falar em sua defesa. – comentou Ruby tomando mais um gole da cerveja.

Emma também tomou um gole – Não irei falar nada, porque não iremos nos pegar...

— Não prometa o que você não poderá cumprir. – avisou a morena de mechas vermelhas – Mas estou até vendo a cena já, você com cara de culpada e falando assim para mim: Ruby, minha amiga e irmã, você tinha razão em tudo. Eu estava apenas negando o inevitável. – gargalhou por fim

— Como você é descarada e muito humilde. – brincou Emma rindo junto com a amiga.

— Boa noite meninas. – cumprimentou George chegando com a comida do jantar deles.

— Boa noite pai. – respondeu Emma assim que se recuperou das risadas.

— Boa noite tio. – cumprimentou de volta Ruby se recuperando também.

— Sabem que o aconteceu hoje? – ele perguntou em tom de mistério, e as duas mulheres negaram com a cabeça – Eu reencontrei a Regina...

— Sério? – disse Ruby curiosa já – Você nem sabe a conversa que estávamos tendo aqui tio.

— Reencontrou? Como assim? – questionou Emma confusa – Não liga para a Ruby, pai.

— Eu a conheci a quando era criança. – ele respondeu normalmente – Depois você me conta Rubs.

— Com certeza, tio... – respondeu a morena malandramente – Precisamos trocar algumas figurinhas.

— E por que eu não? – perguntou novamente a loira – E que história é essa de trocar figurinhas?

— Porque as poucas vezes que ela veio para a fazenda, sempre coincidiram que você estava fora, ou fazendo algum curso ou qualquer outra coisa. – respondeu ele sorrindo travessamente – Então depois combinamos Rubs.

— E o que você achou dela tio? – indagou Ruby mais curiosa ainda – Assim, da pessoa dela, claro. – piscou travessa para o tio.

— Que ela se tornou uma mulher muito bonita. – soltou travessamente e riu quando os olhos de Emma se arregalaram surpresa – O que posso dizer filha? É a verdade, vai me dizer que não notou isso? Ela é uma mulher muito bonita para passar desapercebida até pela pessoa mais desatenta na face da terra.

— É... Bem... – começou a loira sem saber o que responder, pois ela havia notado isso desde o primeiro dia que brigaram pela vaga para estacionar e não queria ser tão aberta assim para seu pai.

— Notou sim. – respondeu Ruby por ela, rindo descaradamente da cara da amiga.

— Emma, o que é bonito é para ser olhado. – brincou ele quando viu que sua filha havia ficado vermelha como um pimentão.

— Ai que eu preciso conhecer logo essa mulher... – brincou Ruby rindo mais ainda da loira.

— Bom, eu vou levar essa comida para dentro... – começou o homem mudando de assunto – Ruby, sua vó daqui a pouco está chegando para vocês jantarem... E Emma, assim que você quiser nós jantaremos.

— Obrigada tio. – agradeceu a morena quase terminando a sua cerveja, mas fez um sinal com o dedo indicador, girando e falando sem pronunciar nenhum som depois e George concordou com a cabeça.

— Só deixa eu terminar a cerveja que a gente já janta, pode ser pai? – pediu que estava olhando para o homem.

— Claro, meu anjo. – comentou o homem já na porta – Então aproveitarei para tomar um banho enquanto isso. Até mais meninas.

— Tchau. – falou Ruby e terminou sua cerveja e jogando a latinha juntamente com a outra vazia dentro do lixo – Bom, vou nessa Loirão. Amanhã conversamos mais. Obrigada pela cerveja, a próxima é por minha conta. – deu um beijo no topo da cabeça da amiga.

— Tudo bem... Boa noite Rubs e até amanhã. – falou Emma e depois que Ruby foi embora ela continuou mais alguns minutos ali para terminar sua cerveja e continuar pensando em tudo que havia acabado de acontecer. Terminada a cerveja, ela também jogou a latinha junto com as outras três e entrou em sua casa para poder jantar com seu pai.

—SQ-

 - Nossa, até que enfim se lembrou de que tem uma amiga muito importante. – veio a resposta de Kathryn – Praticamente sua irmã.

— Quanto drama. – riu Regina – Como tem passado Katy?

— Apesar da minha amiga e praticamente irmã não se lembrar da minha existência, eu estou bem. – mais um pouco de drama por parte da loira – E com você a mais nova rainha da fazenda de cavalos? - um longo suspiro fora ouvido – Tão ruim assim? Já sei deva ser a moda country que você ainda não é adepta.

— E nem vou ser. – riu do comentário da loira - Não, apenas cansativos esses pouquíssimos dias. – veio a resposta da morena.

— A equipe que contratei já chegou?

— Sim... – respondeu Regina – Mas agora não sei se fora uma boa ideia, Katy...

— Por quê?

— Andei conversando com alguns funcionários da fazenda, fora que conversei com a própria senhorita Swan... – começou a morena, para ser logo interrompida.

— Você conversou com Swan? Vocês estão inteiras? Precisaram chamar a polícia? – brincou Kathryn – E como você não me conta um bafo desses?

— Essa é uma das razões que estou te ligando, e se você não me interrompesse saberia logo... – retrucou Regina na brincadeira.

— Tudo bem, então me conte tudo. – pediu – Ficarei aqui quietinha para escutar. – riu.

— Desde que cheguei aqui tivemos brigas atrás de brigas... – começou – Por impulso e raiva pedi para você contratar a equipe de administração... – fez uma pausa soltando uma longa respiração – Nesse meio entretempo conversei com Eugenia e comecei a perceber que talvez não fora uma ideia tão brilhante assim... Então quando conseguimos conversar com calma e ela me apresentar algumas coisas da fazenda eu percebi que realmente isso não havia sido a ideia mais brilhante do mundo, mas não tinha mais como voltar a trás.

— Tudo bem... – disse a loira – Agora me conte com mais calma o que vocês conversaram.

— Na realidade só conversamos porque prometi ao meu filho que conversaria com a senhorita Swan... – respondeu Regina e continuou antes que Kathryn perguntasse – Ela levou o Henry para conhecer um pouco da fazenda, mas o fez em cima de um cavalo e quando eu fiquei sabendo entrei em pânico e acabamos brigamos na frente do Henry e como um pedido de desculpas eu prometi que conversaria com ela.

— Gente que esse meu afilhado é danado... – riu - Entendi... – veio o comentário do outro lado da linha – Agora vocês se resolveram em definitivo?

— Resolvemos colocar as nossas diferenças de lado pelo bem da fazenda... Assim como também irei ajudá-la na questão dos contratos da fazenda, pois isso quem fazia era meu pai.

— Muito bem, vejo que ela tem juízo nessa parte. – brincou Kathryn – E sobre a briga feia que vocês tiveram antes?

— Ainda não conversamos sobre... – respondeu a morena – Ela preferiu adiar essa conversa e eu concordei. Sexta agora terei um reunião e conversarei com os funcionários que estão em cargos de comando e também conhecerei um pouco da fazenda. – explicou – Bom, chega de falar sobre mim e vamos falar de você e do escritório.

— O escritório vai bem... – começou a loira a passar o relatório – Robin terá uma última audiência amanhã e tudo está a favor dele.

— Que bom, que ele continue assim. – falou a morena – Aliás, eu preciso ligar para ele, desde o dia em que cheguei não falei mais com ele... Foi muita correria.

— Muita correria e uma certa loira... – brincou Kathryn então voltou a ficar séria – Regina, estou com alguns impasses com uma papelada, pois preciso da sua assinatura, quando você vem para Boston?

— No momento não tenho previsão, por que não faz o seguinte, vem para cá esse fim de semana, assim você conhece a fazenda e me traz essa papelada que eu preciso assinar... – sugeriu Regina – E também mato a saudades que estou de você, minha amiga.

— Perfeito! – concordou a loira – Esse fim de semana estarei aí... Assim te vejo e vejo também meu afilhado que estou morta de saudades. E finalmente conheço essa mulher que te tira do sério e que pelo visto meu afilhado é vidrado pelo que você me mandou nas mensagens.

— Perfeito, vamos conversando e combinando tudo certinho para sua vinda. – disse Regina – Até mais Katy!

— Até Rê, manda beijos para o Henry. – se despediu a loira.

A morena olhou para as horas de seu celular e viu que já estava um pouco tarde para ligar para Robin, então resolveu que amanhã o faria depois da audiência, e já aproveitava uma ligação para resolver tudo que tinha com ele. Regina deixou seu celular de lado e foi ver como estava seu filho. Assim que abriu brevemente a porta do quarto do menino o viu dormindo profundamente em sua cama. A morena abriu um sorriso ao se aproximar, acomodar melhor o edredom, depositou um beijo em sua cabeleira, apagando o abajur e encostando a porta ao sair. Voltou para seu quarto e se acomodou em sua cama, fechando os olhos e esperando o sono chegar, pois amanhã seria um novo dia.

—SQ-

Regina tinha acabado de chegar da cidade, onde havia deixado seu filho na escola. Olhou no relógio e viu as horas e pensou que Robin provavelmente a essa hora estaria no tribunal. Mais tarde ligaria para ele. Resolveu então arrumar as coisas de seu pai. Quando vazio ela iria redecorar o quarto e fazê-lo seu. Como esse pensamento ela subiu as escadas e se encaminhou para o cômodo. Ela havia decidido que doaria todas as roupas e ficaria apenas com os relógios e o chapéu.

Batidas a porta tiraram Regina de sua concentração – Pode entrar! – quase tudo já estava encaixotado, não demoraria em terminar de arrumar as coisas.

— Menina Regina, o almoço está pronto, quando quer que sirva?

— Já é hora do almoço? – perguntou espantada, a manhã havia passado voando - Só me deixe fazer uma ligação e então pode servir.

— Tudo bem. – disse a senhora já saindo do quarto.

Regina pegou seu celular e viu que tinha uma mensagem de Kathryn dizendo que estava empolgada e não vi a hora do fim de semana chegar. Ela riu, mas no fundo também não via a hora de rever sua amiga, sentia muita falta dela. Discou o número e esperou chamar.

— Oi meu amor! – veio a resposta assim que foi atendido no quarto toque – Achei que você havia se esquecido de mim.

— Oi Robin, também não é para tanto. – respondeu a morena quase revirando os olhos.

— Em que devo a honra da sua ligação? – perguntou todo carente.

— Queria saber como você está. – disse Regina sem enrolar.

— Estou bem e morrendo de saudades de você. – jogou ele charmosamente e Regina revirou os olhos novamente, pois Robin nunca fora de ficar falando abertamente o que sentia.

— Também sinto a sua falta. – respondeu a morena, não muito convicta daquilo – Então como está o seu caso? – questionou mudando de assunto.

— Ganhamos. – respondeu Robin orgulhoso.

— Fico feliz. – fez uma pausa – Kathryn está vindo aqui para a fazenda nesse fim de semana, você também virá?

— Nesse fim de semana não vai dar, amor. – respondeu Robin rapidamente – Meu pai fará uma reunião com amigos de longa data e me convidou, e não posso faltar e fazer essa desfeita para ele. – mentiu na cara dura, o pai de Robin costumava fazer essas reuniões, mas nesse fim de semana ele estaria viajando a negócios e não estaria na cidade.

— Oh, sem problema Robin... – veio a resposta com até certo tom de alívio.

— Podemos deixar para o próximo fim de semana? – perguntou o homem.

— Claro Robin sem problemas.

— Amor, agora preciso desligar, pois tenho que sair correndo para resolver um assunto. – disse Robin que olhava fixamente para Marian que estava deitada na cama completamente nua a espera dele e rindo da conversa.

— Claro. – concordou a morena – Também estou cheia de coisas para resolver aqui. Até mais.

— Até mais. Eu te amo. – disse o moreno desligando o celular, o jogou em um quanto qualquer e rapidamente se jogou na cama.

Sem dar muita importância Regina colocou o celular no bolo da calça social e desceu as escadas para almoçar, assim que chegou a sala viu que Emma estava se encaminhando para o escritório, então se lembrou da equipe e foi atrás da loira para evitar que alguma coisa mais grave acontecesse.

— Ow! – disse a loira assim que abriu a porta e viu aquele monte de gente na sala mexendo em sua papelada, suas sobrancelhas franziram em confusão – Quem são vocês? – questionou muito confusa - O que vocês estão fazendo aqui no escritório? – essa pergunta veio em tom bravo.

— Eu sou James Smith, e nós somos da empresa de administração que a senhorita Mills contratou. – respondeu o chefe da equipe sem se importar muito com o tom usado pela loira.

—Ah! – foi tudo que ela conseguiu responder Achei que ela tivesse desisto dessa Idea! Pelo visto, não! Soltou um suspiro toda chateada. Ela queria socar a cara do homem.

— Oh senhorita Swan. – veio a voz rouca atrás dela –  Vejo que acabou de conhecer a equipe de administração.

— Vejo que você levou a sério quando falou que contrataria uma equipe. – havia certa mágoa na voz da loira e umas pitadas de raiva – Mas como eu disse, eles não irão encontrar nada errado. – alfinetou enraivecida e escondendo que estava chateada e sem dar chance da morena retrucar continuou – Será que posso usar o computador? – disse em um tom seco indo para a mesa com o aparelho.

— Claro! – respondeu Regina – Senhor Smith, essa é Emma Swan, é ela que administra a fazenda.

— Prazer. – cumprimentou o rapaz sorrindo.

— Vou usar o computador! – anunciou Emma brava se aproximando da mesa sem responder ao cumprimento do homem – Preciso fazer alguns relatórios e preencher algumas planilhas.

— Sim, claro! – concordou ele – Assim também aproveitamos para olharmos os arquivos dele.

— Não tem nada de diferente no computador com relação aos arquivos da sala, aqui eu só mantenho uma cópia, em caso de segurança. – respondeu levemente agressiva, pois aquela situação a havia afetado e muito.

— Mas quero dar uma olhada mesmo assim. – ele respondeu grosseiramente – Eu estou aqui para isso!

Emma surpresa ergueu as sobrancelhas e respirou bem fundo e contou a três para não dar uma resposta atravessada para o insolente rapaz, seu humor naquele momento não era um dos melhores – Como quiser. – respondeu seca e sentou-se a frente do computador fechando a cara e começou seu trabalho. Na realidade ela queria sair correndo dali e esmurrar o primeiro fardo de feno que encontrasse na frente, e quem sabe voltar a dançar novamente com aquele último cavalo, mas ela sabia que não poderia sair dali tão já, pois seus relatórios ficariam atrasados, e se tem uma coisa que a loira não gostava era de atrasar essa parte burocrática.

— Senhores, por favor, façam uma pausa em seu trabalho que o almoço está servido. – falou Regina ao perceber o clima tenso instalado no escritório – Assim a senhorita Swan pode fazer o serviço dela sem perturbações e vocês descansam enquanto almoçam.

— Tudo bem. – disse James – Estamos mesmo precisando de uma pausa... Vamos lá pessoal.

Assim que as pessoas iam se levantando para sair, uma das moças da equipe passou por Emma, que ergueu o olhar ao vê-la passar, e deu uma piscada para a loira, que sorriu malandramente de volta e retribuiu com uma piscada também e voltou sua atenção e cara fechada para o trabalho novamente.

Regina franziu as sobrancelhas para o que havia acabado de ver. Balançou a cabeça brevemente limpando os pensamentos Foi isso mesmo que eu vi? Aquela moça piscou para a loira abusada que retribuiu sorrindo de volta e ainda piscou também? Elas estavam flertando uma com a outra? Acho que estou vendo demais, deve ser impressão minha. Olhou de volta para Emma que estava concentrada fazendo seu serviço no computador Eu devo ter visto coisa a mais mesmo. E daí Regina, você não tem nada a ver com isso! Ela é solteira... Emma é solteira? Independe, ela faz da vida dela que ela quiser, e pelos céus, você tem um noivo. Ela soltou um suspiro fechando a porta e dando privacidade para a loira fazer o trabalho dela.

 


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Notas finais do capítulo

Henry usando os argumentos de Emma para conseguir um cachorro, menino danado esse! O melhor foi ele colocando as duas contra a parede... Pelo visto Lily tem uma “ótEma” fama na cidade... Confesso que estou gostando muita da Ruby, ela querendo trocar ideias com o Henry e o pai de Emma, foi muito bom... kathryn dando o ar da graça, calma que logo ela aparece mais e teremos diálogos entre ela e Regina huhuhu e mais um motivo para detestarmos Robin ainda mais... Emma ficando triste ao dar de cara com a equipe contratada por Regina... Bom, e não percam no próximo capítulo da “novela Troca de Farpas” promete fortes emoções, porque finalmente teremos Regina engolindo seu orgulho e conversando com a loira e a tão famigerada e esperada reunião com os outro funcionários kkkk finalmente Ruby e Regina frente a frente kkkkkk E essa ceninha final? Me falem suas opiniões huhuhu

Até a próxima! o/



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