Amor, esperança, estrelas e outras coisas mais escrita por Gabriela


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724771/chapter/6

Chegaram em Storybrooke e já estava findando o dia, Jane havia dirigido por quatro horas, e só pararam para um café e irem ao banheiro. A cidade era pequena e fria. Maine, com certeza, não era a cidade em que Jane pretendia passar sua velhice, ao olhar para a cidade, ela concluiu rapidamente que ali poderia ser bom para passar algum tempo, mas para morar, definitivamente: não! "Bem vinda a pacata cidade de Storybrooke, Dra. Isles" Maura apenas riu e balançou a cabeça negativamente.

"Vamos ao Grannys, acho que é lá aonde a prefeita está nos esperando" A cidade era pequena e tinha apenas uma avenida principal, achar o restaurante não seria muito difícil. Em dez minutos o sino do restaurante apitava dizendo que chegara novos clientes. Todos, sem exceção, olharam para a porta. Jane encarou todos ali, não eram tão caipiras quanto ela imaginara, a morena voltou sua atenção para a mulher de cabelos negros, curtos, que vinha ao seu encontro.

"Você deve ser Jane Rizzoli, e você Maura Isles, certo?" as mulheres concordaram "Eu sou Regina Mills, a prefeita da cidade. A xerife Swan, como sempre, está atrasada. Mas não há muito o que apresentar a vocês, acho que deu para notar"

"O prazer é nosso, Regina"

"Venha, vamos nos sentar"

As três mulheres dirigiram até a mesa, Jane e Maura sentaram-se lado a lado, enquanto a prefeita de frente para ambas. Não sabiam o que falar, não era muito do feitio de Regina ser cordial com visitantes, mas aquelas duas à sua frente lhe despertara confiança, segundo o que soube do governador de Boston, ambas eram pessoas públicas e importantes na cidade grande.

"O governador me disse o motivo da estadia de vocês aqui, espero que vocês estejam bem"

"Não é sempre que isso acontece, eu preferia estar em Boston e tentar terminar com essa história toda. Mas o ao que parece o governador preza pelo seus funcionários estaduais"

A morena sorriu em cordialidade, elas conversavam trivialidades, as três já tinham feito seus pedidos e quando estava ao final, o sino da porta tocou novamente, anunciando um novo cliente. Era Henry.

"Hey, mãe"

"Olá, filho. Essas são as novas moradoras de Storybrooke. Jane e Maura. Garotas, este é o meu filho Henry Mills"

Henry sentou-se ao lado de sua mãe, e feita as apresentações, ele e Jane entraram em um mundo paralelo de games e jogos de baseball

"Não me diz que você torce para o RedSox, garoto?"

"Mas é claro. Minha mãe está prometendo me levar ao jogo deles desde quando eu tinha dez anos, e eu já estou com dezesseis"

"Claro. Até parece que eu deixarei você ir com a srta. Swan"

"Mas se a srta Swan é a xerife, significa que ele ainda estaria seguro com ela, certo?" Perguntou Maura.

"Você deixaria Jane fazer uma viagem de quatro horas com seu filho dentro de um fusca velho, Maura?" Quis saber a prefeita.

Jane olhou para a loira, com certeza ela deixaria, caso a loira tivesse um filho. Maura pressionou os lábios os deixando em uma linha fina, pensando na pergunta feita e rapidamente colocou todos os prós e contras na mesa.

"Não. Desculpe, Jane"

"Ah, qual é, Maura. Eu sou a lei"

"Minha mãe também, e nem por isso minha mãe deixa"

"É o que?!" Indagou Jane sem entender porque o menino disse a palavra mãe duas vezes.

"Minha mãe biológica é a Emma, a xerife. Mas quem me adotou quando eu era bebê foi minha mãe aqui" Beijou o rosto da prefeita e sorriu para as meninas.

"Longa história"

Antes que pudessem falar novamente, a atenção de todos foram voltadas para a porta, aonde Emma entrava com uma carranca enorme no rosto. Encaminhou-se direto para a mesa aonde estava seu filho a última pessoa que ela queria ver em sua frente.

"Está atrasada, senhorita Swan"

"Ah, não me diga, prefeita? Será que é porque eu tive que fazer um maldito relatório de uma cidade que nada acontece?" Emma parou de falar quando ouviu a risadinha das mulheres a sua frente. "Perdão?"

"Essas são as novas moradoras, àquelas que eu lhe disse hoje pela manhã, Swan. Jane e Maura"

 Emma franziu o cenho tentando se lembrar, e como em um estalo de memória, ela sorriu e estendeu a mão para cada uma das mulheres à frente.

"Perdão pelo atraso, mas tem uma prefeita muito chata nessa cidade. Ela ama relatórios de casos como tirou o gato de cima da árvore? Faça um relatório"

Regina revirou os olhos ignorando a provocação e continuaram conversando noite a dentro.

Já estava perto das onze horas da noite quando o carro SUV Preto, que estava com as mulheres, estacionaram na rua Mufflin. Jane percebeu que as casas ali eram mais requintadas, não que ela tivesse conhecido a cidade toda.

"Parabéns, vocês irão morar na rua mais rica de toda a cidade" disse Emma.

"Uh, estou me sentindo da realeza agora. Mas Maura já é habituada a morar em ruas ricas, mas pra mim será uma aventura e tanto."

Regina e Maura reviraram os olhos ao mesmo tempo, e como se estivessem planejado, saíram arrastando as mulheres para cantos opostos.

"O que há, Maur?"

"O que há o que?! Está tarde. Jane. Eu quero descansar, vamos levar nossas coisas pra dentro."

Enquanto Regina levava Emma pelo braço para o outro lado com uma loira retrucando.

"Regina, me solta!"

"Acho que já está na hora da senhorita ir para casa"

"A loira é bem bonita, né?"

"Desculpe?!"

"A Maura. Bonita ela"

"Ah, você achou?"

"Você não?"

"Me poupe, srta Swan. Agora, tchau. Henry está te esperando no carro. Já está tarde."

"Ele tem 16 anos, Regina"

"E não deixou de ser meu filho. Tchau, Emma!"

Antes de Emma ir embora, ela se despediu das outras duas mulheres, e entrou em seu fusca saindo em seguida. Regina ajudou com o restante das malas e logo se despediu da detetive e da médica. Dentro da casa, cada uma seguiu para o banho. Maura estava se preparando para deitar quando ouviu batidas na porta. 

"Entre"

Jane entrou assim que foi permitida sua entrada, Maura estava de costas, abaixada, terminando de passar creme em suas pernas. Jane emudeceu. Acompanhou todos os movimentos da loira, e parecia que a cena estava no modo slow. A camisola preta e curta da loira não ajudava muito, pois Jane via toda a parte de trás da perna da loira, a morena não sabia o que fazer, mas estava hipnotizada com aquela cena. Quando a loira se levantou por completo, antes que virasse, Jane rapidamente se recuperou. Em contrapartida, o pijama de Jane não fazia jus ao que a loira vestia. Ela estava com calça de moletom, meias, e uma blusa velha do RedSox.

"Oi, Jane"

"Hey, Maur."

"Com sono?"

"Apenas cansada, mas sem sono, e você? Liguei pra minha mãe. Avisei que chegamos bem."

"Cansada também. E como estão as coisas por lá?"

"Não tem como sabermos muito." sentou-se na cama da loira e encostou-se na cabeceira, como fazia em Boston "Não acho que os rapazes irão nos informar de alguma coisa."

"Teste mesmo é tentar manter você aqui, sem querer se intrometer no caso" A loira deitou-se ao lado da morena.

"Você não quer saber como anda?"

"Tenho minhas preocupações, mas sei que Suzy da conta do recado. E ela só irá me procurar caso haja algo muito complicado"

"Eles deviam fazer o mesmo comigo. Me procurar quando algo estiver complicado."

"Acho que não estamos nessas condições, Jay. Sabe que isso será último recurso não é mesmo?"

"Sim." Virou o rosto para olhar a loira. "O que está achando da cidade?"

"Até então, nada a declarar. Mas gostei de conhecer Regina e Emma, as autoridades da cidade"

Riram.

"Elas se parecem com a gente, só que em outra versão"

"Como assim?"

"Você seria a Regina só que morena, e eu seria a Emma só que loira. Elas são os nossos opostos em sentido de aparência, mas não no jeito"

"Quer dizer que eu sou tão mandona quanto Regina?"

"Sim." Jane sentiu um tapa em seu braço "Qual é Maura, se nós dividíssemos uma criança ou adolescente, você nunca deixaria eu viajar com ele em um carro sem airbag ou freios ABS."

"Realmente, não mesmo."

"Viu? Aposto que ela controla até as besteiras que o garoto come"

"Você, com certeza. seria uma mãe estilo Emma. Só come porcarias e daria o mesmo para o filho que dividíssemos"

"De fome ele não morreria"

"Mas morreria de gordura trans. Gordura saturada. Você sabia que a maioria dos adolescentes estão obesos por causa dessas comidas nada saudáveis, Jane?"

"Não é o caso do garoto e nem da mãe loira que ele tem."

"Quer dizer que você reparou em Emma?"

"Ela é bonita"

"Me poupe! Vamos dormir, porque o seu mal é sono, detetive Rizzoli. Boa noite"

Maura desligo o abajur ao seu lado e virou para o lado oposto da morena, Jane fez a mesma coisa, e deitou-se direito. A temperatura caira, conforma a noite ia passando, nem uma das duas mulheres saberiam dizer se foi por causa do frio ou outra coisa, mas no meio da madrugada, Maura aconchegou-se no corpo de Jane, e esta prontamente a acolheu em seus braços, aquecendo ambas um grau a mais. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor, esperança, estrelas e outras coisas mais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.