Boy Love Boy escrita por Ikary3000


Capítulo 7
7º Capítulo - A Hora da Verdade




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As minhas rotinas tem mudado muito desde que comecei a namorar com Bruno, fica difícil de acreditar em tudo, mas aos poucos já estava acostumando com isso, olhei no relógio e percebi que era ainda oito horas da manhã, e lembrei que deveria estar na casa do Bruno às 11 horas, bem vamos dizer que todos os domingos eu sou meio que obrigado a almoçar na casa do Bruno, foi a única coisa que os pais deles exigiram de mim, alem de muitas coisas, mas já se passou um mês, já faz um mês que Bruno e eu estamos namorando.

Lembro ate hoje como foi o almoço na casa do Bruno, os pais deles bombardearam-me de pergunta, queria saber se as minhas intenções com Bruno, que se fosse algo pra brincar com o filho dele, era para eu ficar longe do filho dele, que seu traísse o Bruno, eles me matariam, entre outras coisas, mas naquele almoço maluco, mostrei para ele que as minhas intenções são boas, que eu não queria enganar o Bruno.

Então eles me fizeram me prometer que todos os domingos era para mim, almoçar na casa dele. O pior da historia que tive que aceita, mas o único problema foi em casa, como eu diria para eles sobre isto, mas ocorreu uma coisa que parece que foi a minha salvação, a minha mãe esta desempregada consegui um emprego e ela quase nunca fica em casa no domingo, meu pai sempre ocupado não ligava se eu estava em casa para almoçar com ele.

Fui correndo para o banheiro tomar um banho e fique em pensando, que eu preciso contar para eles o que esta acontecendo, eu não quero que eles saibam por outras pessoas o que esta rolando entre Bruno e eu.

Apesar de que Bruno e eu somos muito discretos em nossa relação, na escola evitamos o máximo possível esconder o que acontece entre nós, apesar de que algumas vezes fica difícil, por que o jeito que nós olhamos um para outro já da para perceber que rola alguma coisa entre nós.

Quando Bruno vem casa a gente evita muita coisa, dentro do meu quarto de vez quando rola um beijo, mas na frente do meus pais, nós somos somente bons amigos, na casa de Bruno tudo é mais sossegado, já que os pais deles sabem da escolha do filho deles,  Bruno algumas vezes me beija na frente do pais deles,  mas eu ainda fico um pouco envergonhado, mas a mãe de Bruno sempre diz que não preciso ter vergonha, se nós dois nos amamos, por que ficar escondendo.

Beatriz já se acostumou com a idéia de ter que estudar com o meu namorado, no principio ela não gostou muito, por que eu ficava dando muito atenção para ele, mas depois ela viu que eu não mudei nada em relação a ela, que ainda continuamos bons amigos.

Antônio como sempre ainda continua falando sua idiotice, ele apesar de saber tudo que acontece entre eu e Bruno, ele gosta de fingir que nada esta acontecendo, mas ele não e o tipo de pessoa que faz julgamento errado das pessoas, apesar de que teve um dia que o peguei falando com Bruno, ele disse que se por caso ele magoar-me, ele vai matar ele, por que Gabriel é o meu melhor amigo e não gosto de ver ele triste, foi bem assim que ele disse, fique pensando o que Bruno pensou naquele momento.

Apesar de que teve algumas pessoas que não gostou de saber o tipo de relacionamento que eu estava tendo com Bruno.

Pablo desde quando descobri que eu estava namorando com Bruno, ficou chateado, mas desde aquela vez que eu fique com ele, já ficou claro que eu não queria nada com ele, se eu quisesse alguma coisa com ele, eu teria ligado e dito para ele.

Uma coisa que mudou  muito nesse tempo e que Rodrigo não escreve mais para mim, desde da sua ultima carta, ele tem estado sumido, fico pensando qual seria a reação dele quando souber que estou namorando, eu queria dizer isto para ele, apesar de que tenho medo de qual seja a reação dele em relação a isto.

Sai do banheiro e pensei uma coisa seria agora, acho que finalmente esta chegando o dia em que eu terei que contar para os meus pais o que esta acontecendo, senti um frio em minha espinha só de pensar nisso, mas acho que esta na hora de saber o que acontece.

Terminei de me arrumar e me despedi do meu pai que estava assistindo televisão, fui para a casa do Bruno, pensando em dizer para ele, que eu acho que chegou a hora.

Chegando na casa de Bruno.

Bruno veio me atender.

— Oi Gabriel.

— Oi Bruno.

Entrei na casa dele e encontrei o Seu João lendo o jornal de domingo, ele parou de ler e foi me cumprimentar.

— Bom dia meu jovem.

— Bom dia Seu João.

Bruno me puxou pela mão e fomos para a cozinha.

— Bom dia Gabriel, chegou cedo hoje.

— Bom dia Dona Marta. Eu cai da cama hoje.

— Isso é um milagre, Gabriel nunca acorda cedo, lembro o dia que ele dormir aqui, foi um trabalho o acorda para ir tomar café da manha.

— Não é todo mundo que acorda disposto logo cedo, eu sou daquele que acorda somente depois do meio dia.

— Mãe, nós vamos subir pro meu quarto.

— Tudo bem, quando almoço estiver pronto eu chamo vocês.

Subimos para o quarto de Bruno.

Bruno encostou-me na parede e me deu um longo beijo.

— Adoro quando você faz isto.

— Eu adoro roubar beijo seu.

— Você chama-me de louco, mas quem será que é mais louco.

— Acho que os dois.

Rimos.

— Bruno, precisamos conversar sobre um coisa.

— O que seria?

— Acho que chegou o dia, que quero falar para os meus pais sobre a minha escolha, sobre o nosso namoro. Acho que eles têm direito de saber e fora que eu não quero que alguém conte para eles.

— Legal, mas você esta realmente pronto?

— Eu sei não vai ser fácil, eu tive pensando muito disso. Já faz um mês que estamos namorando.

— Eu admiro a sua coragem, se você quiser eu posso estar lá com você.

— E uma coisa que eu acho que tenho que fazer sozinho.

— Pode ficar calmo que vai dar tudo certo.

 

Parado na frente de casa pensei muitas vezes antes de entrar, olhei na garagem e percebi que meu pai ainda esta em casa, olhei no meu celular e vi que já passava das seis ou seja minha mãe esta em casa preparando o almoço.

A cada passo que dava em direção da porta de casa, parecia uma eternidade, a cada passo uma lembrança vinha na minha cabeça, algumas lembranças me fazia sentir bem, outra me atormentava.

Lembrei de tudo o que eu estava passando, queria que ele soubesse tudo o que estava acontecendo, mas queria saber se eles aceitariam, será que eles vão aceitar de boa como os pais de Bruno?

Muitas perguntas estavam em minha cabeça, mas nenhuma eu sabia a resposta.

Contei cada passo que eu dava em direção a porta.

Cinco passos.

Primeiro passo: lembrei-me o dia em que minhas tias contaram que eu sou filho adotivo para consegui me atormentar.

Segundo passo: lembrei o dia em que eu fique com Carlos.

Terceiro passo: a primeira vez que eu conheci Rodrigo.

Quarto passo: o dia em que Rodrigo foi embora.

Quinto passo: lembrei-me que finalmente chegou a hora da verdade

Abri lentamente a porta minha casa e encontrei meu pai assistindo televisão, fechei a porta.

— Já chegou Gabriel.

Minha mãe veio em minha direção.

— Daqui pouco a janta vai estar pronta, então vai tomar o seu banho.

— Tudo bem, mãe. Mas eu preciso falar uma coisa para você e para o pai.

Meu pai parou de assistir televisão, minha mãe sentou ao lado dele e fique pensando por onde eu deveria começar.

— O que eu tenho que falar muito é sério e algo que vem acontecendo nesse comigo, eu sei que não é fácil para mim, mas eu achei melhor conta para vocês.

Eles ficaram olhando para mim.

— Não é fácil para mim, mas eu acho que vocês têm o direito de saber, mãe, pai eu sou gay.

Quando eu terminei de falar, me senti mais aliviado. Tudo que eu queria dizer foi dito. Olhei para eles esperando o que fosse acontecer, minha mãe começou a chorar e meu pai tentando acalmar lá.

Meu pai olhou para mim e disse:

— Eu não acredito nisso, eu não crie você para ser uma mulherzinha. E agora você veio dizer que gosta de ficar com homem.

Meu pai de um soco em mim que eu cai no chão.

— Eu não acredito nisso. Bem que minhas irmãs sempre disseram que tinha algo errado com você.

Meu pai deu um chute em mim.

— Pai.

— Não me chame de pai, eu não sou pai de uma aberração. Eu não tenho filho que uma bichinha.

— Pai, deixa eu explicar.

Meu pai  levantou do chão e deu soco na minha cara.

— Sai daqui, eu não quero você aqui, suma da minha casa.

— Pai, por favor deixa eu explicar.

— Você não é meu filho, você nunca foi. Pegue as suas coisas e suma daqui.

Subi correndo para o meu quarto e peguei algumas das minhas roupas e joguei dentro da mochila, peguei a foto de Rodrigo e coloquei no meio das minhas coisas, desci a escada e olhei para os meus pais que estava na sala chorando, eu queria dizer algumas coisas, mas eu estava com medo, sai da minha casa sem se despedir deles.

 Sai correndo sem direção, as pessoas olhavam para mim e queria entender o que estava acontecendo, sentia o meu corpo doer, sentia a minha alma despedaçada em milhões de pedaço, eu não sabia para onde ir, parei numa praça e sentei num banco e comecei a chorar, as lagrimas desciam do meu rosto e eu não consegui parar de chorar.

Ali fique e adormeci.


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