Eu falei rapidamente no celular, mas as minhas forças já estavam acabando, eu precisava ficar acordado, mas os meus olhos queriam se fechar, eu nunca pensei que um dia eu encontraria o meu fim assim.

Não sei se erra real ou sonho de repente eu vi uma luz parecia que ela me chamava, eu senti algo em mim que me fazia sentir bem, eu queria seguir aquela luz, mas não tinha coragem.

— Você esta bem Gabriel?

— Eu estou ótimo, sou estou um pouco dolorido. Onde eu estou?

— Você esta no hospital.

— Faz quanto tempo estou aqui?

— Dois dias. Você deu um susto quando ligou para mim, ainda bem que encontramos você a tempo, mais um pouco não sei o que aconteceria com você.

Eu estava distraindo olhando para a janela quando eu ouvi uma voz familiar, olhei para vem quem era e tive uma surpresa.

— Mãe?

Ela olhou para mim e eu não consegui acreditar.

— O que você esta fazendo aqui?

— Desculpa Gabriel, mas eu precisei ligar para sua mãe.

— Não tem problema Steve, você poderia deixar a gente um pouco à só?

— Sem problema Gabriel, eu vou estar lá fora se vocês precisarem.

Steve saiu.

— Gabriel, quando ligaram em casa eu fique muito preocupada com você, vim o mais rápido que pude.

— O pai não deve ter gostado disso. Aquele dia ele me expulsou de casa e você não fez nada porque você acha que eu preciso da sua compaixão agora.

— Gabriel não é assim que funcionam as coisas, eu sei que tem sido complicado para você, mas foi um choque para mim, Não esperava aqui.

— Eu não posso fazer nada se sou assim, eu não fingir ser outra pessoa para fazer os outros felizes.

— Desculpe meu filho, eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto.

Minha mãe me abraçava fortemente e que ela nem percebeu os meus gemidos de dor.

— Mãe, tudo bem. Mas você esta me machucando.

— Desculpe Gabriel, eu me empolguei de mais.

— Mas e o pai?

— Seu pai não sabe que eu estou aqui, falei para ele que vim numa casa de uma amiga.

— Se ele descobrir, eu não sei o que ele é capaz de fazer.

Minha mãe olhou para mim com um ar de confiança, eu sabia dos riscos que ela estaria passando se meu pai descobrisse que ela veio me ver.

— Fique calmo Gabriel, foi minha decisão de vir aqui, ele não pode fazer nada. Mas Gabriel por que você não volta para casa? Eu preferia que você estivesse na casa daquele seu amigo.

— Bruno, ele era o meu namorado.

— Por que você não volta? Fora que tenho uma surpresa para você, seu primo Rodrigo esta de volta.

Quando ela falou o nome do Rodrigo, lembrei o motivo pelo qual eu tinha ido embora, Rodrigo tinha falado muitas coisas que de alguma forma me atormentaram e fizeram que a relação que tinha com Bruno fosse abalada um pouco.

— Mãe me prometa uma coisa, não fale para o Rodrigo onde eu estou, vai ser melhor assim.

Minha mãe ficou me olhando sem saber o que estava acontecendo, mas eu não podia dizer às coisas que estão acontecendo foi por causa do que aconteceu entre eu e Rodrigo, seria um choque para ela, mas quando ela estivesse pronta eu contaria tudo o que esta acontecendo.

— Mas por que meu filho?

— Mãe, eu não posso lhe contar agora, por favor confie em mim e não pergunte ao Rodrigo.

— Gabriel, meu filho.

— Mãe por favor confie em mim, eu sei que aconteceu muitas coisas, mas se um dia você me amou realmente faça esse favor por mim.

Minha mãe ficou parada pensando, fique com medo da resposta dela e já na minha cabeça já estava pensando em ir embora para outro lugar.

— Tudo bem Gabriel, eu vou fazer suas vontades.

Minha mãe me abraçou fortemente e eu pude sentir o quanto eu estava muito machucado por causa da minha idiotice.

Duas longas semanas se passaram e estava de volta ao meu apartamento, me sentia feliz em estar ali, eu já estava cansado de ficar naquela cama de hospital, mas pelo menos eu aprendi a minha lição.

Aquele não era o caminho certo, fiz aquilo pensando que talvez fosse bom para mim, e agora que eu percebo o quanto eu realmente gosto de Bruno, mas ainda não estou pronto para voltar, ainda preciso crescer como pessoa.

Olhei as minhas correspondências e encontrei uma carta muito interessante, abri e comecei ler, sai correndo de casa e fui ao endereço que estava na carta.

Peguei o ônibus e fui para o centro da cidade, procurei pelo endereço que estava na carta, andei por um longo tempo, mas como eu não conheço muito bem a cidade, acabei um pouco me perdendo, e quando achei que a esperança já tinha acabado, olhei numa placa e não conseguia acreditar o que estava escrito nela.

Olhei bem para ver se não era um sonho, mas eu estava bem acordado para saber que aqui era real, sai correndo procurando o numero da casa e depois de alguns minutos finalmente encontrei a casa.

Bati palmo uma duas vezes e esperei alguém sai.

Não demorou muito saiu uma garota de cabelos ruivos.

— O que você quer?

— Boa tarde, o meu nome é Gabriel, eu queria saber se a Fernanda se encontra?

A garota olhou com um jeito estranho para mim, eu não sei o que ela pensou de mim, talvez ela achasse que eu fosse talvez o namorado dela.

— A Fernanda esta ocupada no momento.

— É só dizer para ela que o Gabriel que esta ela iria conversar comigo.

A garota pensou alguns minutos e disse meio que cochichando que iria ver com ela, demorou alguns segundo ela voltou.

Demorou alguns segundo, outra garota veio me atender, eu não poderia esquecer aquele lindo cabelos loiros, aqueles olhos azuis que sempre deixaram muito marmanjo querendo namorar com ela.

— Quanto tempo Gabriel?

— Fernanda, eu que digo.

Ela me abraçou fortemente, eu senti os meus ferimentos doer um pouco.

— Faz tempo mesmo, ultima vez que eu vi você, foi na formatura da oitava serie. Eu fique surpreso quando recebi sua carta.

— Eu estou feliz de ver você.

— Gabriel, deixa eu apresentar a minha namorada, essa é a Karen.

— Muito prazer.

— Mas por que você não entra, eu vou preparar um café para nós.

Acompanhei-as até a sala, chegando lá sentei e fique olhando para os moveis da sala e Karen olhava para mim com aquele famoso olhar de quem não tinha gostado nem um pouco.

— Vocês sãos amigos, mas já faz quanto tempo?

— Faz tempo que somos amigos, nós nos conhecemos desde nove anos.

— Ah que legal. Você namora?

— Mais ou menos, eu estou enrolado com certa pessoa.

— Ah, isso é complicado.

Eu não sei por que, mas acho que eu estou passando por um interrogatório, será que eu cometi algum crime.

— Voltei, eu trouxe café e alguns bolachinhas para acompanhar.

Servi-me do café e olhei para a Karen, que parecia que iria me matar.

— Você esta namorando Gabriel, lembro que você gostava do seu primo Rodrigo.

— Eu estava namorando outro garoto, o nome dele é Bruno.

— Mas você não gostava de Rodrigo.

Eu contei para elas a minha historia, desde quando conheci Bruno ate no momento em que Rodrigo apareceu.

— Que pena Gabriel, eu espero que vocês se acertem.

— Obrigada Fernanda.