Boy Love Boy escrita por Ikary3000


Capítulo 19
19º Capítulo - O Passado de Bruno Parte 4




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Eu queria correr, mas eu não conseguia, eu queria fazer ele parar, mas já era tarde, eu sentia o peso do que era se sentir assim.

A correria do dia me deixava louco, principalmente nos dias em que eu não conseguia ver o Guilherme, o curso de informática e inglês, tomava boa parte das minhas tardes, mas mesmo assim eu não importava, eu chegava correndo em casa para encontrar o para na frente da minha casa com a sua bicicleta.

— Oi Bruno, hoje você demorou muito?

— Tive prova no curso de inglês, acabei saindo mais tarde do curso.

— Mas fico feliz de poder ver você.

— Os seus pais ainda não liberam você do castigo por causa daquele dia em que você dormiu em casa.

— Para ser sincero não, eu ainda estou de castigo, mas hoje eu consegui sair de casa por que eu falei para minha mãe que eu iria estudar na sua casa, mas ela disse que sete horas eu tenho que estar dentro de casa.

Primeira regra sobre Guilherme, ele nunca obedece aos pais deles, ele é o garoto rebelde da família dele, pelo pouco que eu soube dele, eu soube que ele estava envolvido com droga, que os pais dele tentaram tirar ele do vicio dele, mas desde quando ele me conheceu Guilherme tem se controlado bastante e raramente ele tem uma recaída.

Os pais deles estranharam a atitude do filho, eles vieram uma tarde conversar comigo se eu sabia de alguma coisa, mas eu não podia falar para eles sobre a nossa relação, eu sei como os pais dele são em relação a homossexuais, se os pais deles soubessem da nossa relação, eles mandariam o filho para mais uma sessão de psicólogo para tentar descobrir o que o filho deles tem.

— Já se passou dois meses desde aquele dia e mesmo assim estou de castigo. Acho que minha mãe pensa que esta no ano de mil e novecentos e bolinhas.

— Pelo menos tem um lado bom, você não vai pode sair por ai aprontando aquelas suas maluquices.

— Até você esta do lado dos meus pais. Bruno pensa bem, você iria adorar ficar trancado em seu quarto olhando só para as paredes?

— E por isso que eu lhe estou emprestando algumas das minhas revistas e livros para você pode se distrair enquanto você estiver em seu cativeiro.

— Você poderia conversar com ele e tentar fazer os mudar de idéia?

— Eu não vou fazer nada.

— Bruno.

Guilherme pulou da minha cama e foi correndo para onde eu estava e em derrubou no chão, ele segurou os meus braços e prendeu no chão num modo que eu não conseguia me levantar.

— Você esta agressivo, o que aconteceu?

— E  que um certo garoto esta precisando apanhar hoje.

— Nossa que maldade, será que certo ser agressivo poderia me soltar?

— Eu não vou soltar você.

Tentei me soltar, mas em termo de força Guilherme era mais forte que eu.

— Me solta Guilherme.

— Não.

— Me solta.

— Não.

— Quando eu me solta você vai se arrepender.

— Nossa eu não sabia que você é bom de ameaçar.

— Eu sou muito mais que isto, eu sou perigoso.

— Eu adoro perigo.

— Mas será que você tem coragem de enfrentar tudo o que vier estar ao meu lado.

Guilherme me beijou, eu me sentia nas nuvens todas as vezes que ele me beijava me fazia esquecer-se de tudo e de todos, eu queria ficar daquele jeito para sempre.

Eu sentia dor, queria o fazer parar, mas ele estava dominado pelas emoções, eu sentia a sua raiva, ele estava descontando tudo. Tentava gritar, mas nada saia quanto mais eu lutava mais ele me machucava.

Dois anos depois...

Era um dia chuvoso, eu olhava para a janela do meu quarto, eu queria pode sair, mas com aquele tempo os meus pais jamais me deixaram sair, então tive que ficar de boa, lendo os meus emails.

Na verdade eu queria ver o Guilherme, mas ele estava na casa dele agora. Talvez assistindo televisão ou deve estar dormindo, do jeito que ele é preguiçoso, eu não duvidaria,  eu nem sei como ele passou de serie com aqueles notas ruim, tinha acontecendo muitos coisas.

Continue lendo os meus emails, quando eu achei um email meio estranho, não, abri para ver o que era eu não conhecia o endereço, achei muito estranho comecei a ler, fique um pouco apavorado com o que eu estava lendo, olhei nos anexos tinha foto minha e do Guilherme em alguns dos nossos encontros.

Sai do meu email e fique pensando em que poderia estar fazendo isto?

Mais um dia corrido na escola, como sempre os mesmos professores, mas a minha felicidade sempre acaba quando eu vejo o professor Jeferson, ele tinha visto, eu e o Guilherme nos beijamos à dois anos atrás e desde daquele dia ele meio que veio me atormentando, o pior de tudo e que eu não posso conversar com ninguém sobre isto, principalmente que se isto viesse a tona, os pais do Guilherme iria nos separar e a ultima coisa que eu quero e ficar longe dele.

— Bom dia, Bruno. Você esta com aquela cara de assustado?

— Eu estou bem, só estou um pouco cansado.

O professor Jeferson passou perto de mim, ele olhou com aquele olhar malicioso para mim e disse um Bom dia meio sem graça e foi embora para sala dos professores.

— Ele não é lindo?

— Eu não acho.

— Se pudesse eu queria poder ficar com professor Jeferson, ele é bonito, inteligente e muito carinhoso.

Ele pode ser tudo isto, mas eu sei como ele é. Ele se parece com tudo isto, mas na verdade é um lobo na pele de cordeiro.

— Guilherme não veio hoje? Geralmente você são amigos inseparáveis?

— Eu não sei, ele nem ligou para mim.

Olhei no celular e fique querendo saber o que tinha acontecido, mas eu já sei como ele é.

Pode apostar que ele deve ter dormido mais tarde e esquece que tinha aula no dia seguinte, e as coisas mais irritantes nele e quando eu falo para ele ir para escola, faz aquela cara de bobo alegre de quem não esta ligando para nada que a gente conversar, a única que ele queria era saber de aprontar as coisas dele.

— Seu amigo é sempre assim Bruno.

— Willian, o que você faz aqui? Pensei que você fosse estudar num colégio particular?

— Consegui convencer a minha mãe me deixar estudar nesse colégio, ano que vem vou para casa da minha avó, e vou estudar no exterior.

— Bom para você.

— Vai ser um pouco difícil me acostumar com a idéia, mas tenho que seguir em frente.

— Sabias palavras.

— Mas como está indo a sua relação com o garoto selvagem?

— Garoto selvagem? Você esta falando do Guilherme, estamos levando de boa, mas hoje eu não sei o que aconteceu que ele não veio na escola.

Nesse meio tempo o professor Jeferson entrou na sala de aula, Willian olhou com aquele olhar frio que ele sempre olhar todas as vezes que ele vê o professor.

O professor olhou na nossa direção, Willian sentou no seu lugar, eu não entendo o que aconteceu entre os dois, mas de algum modo consigo entender o que ele esta sente.


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