O dia seguinte, em casa estava com um clima da perda, fique pensando na mãe do Pablo, queria saber com ela esta agora, mas eu acho melhor ficar temporariamente no meu canto.

Eu olhei para caixa que a mãe do Pablo tinha me entregado, ainda não tive coragem de abrir para ver o que tem dentro.

Bruno não parava de perguntar para mim o que tinha dentro daquela caixa, então fui obrigado a contar para ele como foi que eu conheci Pablo, e sobre a vez que eu tinha ficado com ele.

Bruno não acreditou nem um pouco, no que eu estava falando, então eu mostrei para ele, as mensagens que ele havia me mandado uns dias atrás.

— Gabriel.

Bruno passou a mão em meu rosto.

— Me desculpe nunca ter contato para você.

— Tudo bem Gabriel.

Beijamo-nos.

Deitamos na cama, e eu olhava para ele, nós sabíamos o que queríamos naquele momento, passei a mão no rosto dele e beijei o pescoço dele.

Bruno estava sem camiseta, fui lentamente beijando o seu peito, fui descendo de encontro para o seu pau, comecei a chupar-lo.

Eu sabia o que ele estava querendo, peguei uma camisinha que estava em cima da cômoda, coloquei no pau dele e sentei no pau dele, senti um pouco de dor, mas lentamente fui me acostumando, Bruno pediu para eu ficar de quatro, fique na posição e fui sentindo o seu saco bater na minha bunda, eu gemia de prazer, não agüentei muito e gozei, logo gozou em cima de mim, pude sentir o seu esperma quentinho escorrer pela minha bunda.

A chuva ainda continua ninguém em casa queria falar, sentei na sala e liguei a televisão e fique vendo o noticia, Bruno estava em nosso quarto terminando de arrumar algumas coisas, os pais de Bruno estava na cozinha.

Os meus pensamentos estão a mil por horas, eu não sei o que fazer para tentar esquecer, queria uma vez na minha vida parar de pensar, mas eu ainda estou tentando me recuperar de algumas coisas, primeiro sou expulso de caso, meu pai nunca mais quer falar comigo e agora a morte de Pablo.

Terminei o almoço e subi para o meu quarto, e deite um pouco na cama e fique pensando, por que a vida é assim? Será que se descobríssemos uma forma de voltar a tempo, conseguiríamos fazer as coisas diferentes? As coisas estão acontecendo muito rápido, tenho medo do que pode acontecer.

Faltavam dois dias para a formatura, era difícil de acreditar, que depois de uma longa jornada, finalmente uma parte dessa longa jornada chegaria ao fim, eu não conseguia acreditar, queria ter o poder de ver o futuro para saber o que esta me aguardando.

A minha sala de aula esta muito agitada, todos estavam discutindo sobre a formatura, eu como sempre estava sentado no meu canto, Bruno estava sentado ao meu lado lendo algumas anotações.

— Gabriel, como sempre você esta sossegado.

— Beatriz, você como sempre também não esta ligando para nada.

— Eu tenho muitas coisas para tentar resolver do que ficar desesperada, pensando na formatura, eu sei que é um dia importante, mas eu to preocupada o que eu vou fazer daqui para frente.

— Vou vai tentar conseguir a bolsa de estudo?

— Eu andei vendo isto, meu pais meio que não estão gostando da idéia de eu ter que sair de casa, mas é uma coisa que eu quero.

— Eu sei que você vai conseguir você é muito esforçada.

— Você deveria decidir o que você vai fazer também, sei que se você tenta conseguiria a bolsa tranquilamente.

— Quem sabe mais pra frente.

— E você Bruno o que você vai fazer depois da formatura?

— Eu tenho que cuidar de certa pessoa que não sabe o que fazer.

Ele olhou para mim com ar sarcástico, eu mostrei a língua para ele e peguei as anotações dele e fingi que esta lendo o que estava escrito.

— Você sabe como ele é cabeça dura. Apesar de que você sabe que dentro de alguns meses nós vamos mudar para um apartamento só nosso.

— Hum. Safadinho vocês eh,

— Isso vai ser bom para gente, Bruno recebeu uma proposta de emprego em outra cidade, eu consegui convencer ele de aceita e na escola onde eu trabalho tem uma filial lá e eles falaram que vão me transferir para lá.

— Isso é bom, fico feliz com por vocês, mas Gabriel, você consegui resolver aquele problema?

— Eu não tive coragem de falar com os meus pais, você sabe desde aquele dia, eles não falam comigo.

— A sua mãe perguntou para mim outro dia como você estava, mas ela ainda esta confusa pelo que aconteceu e fora que seu pai proibiu ela de falar com você.

— Eu não posso fazer nada sobre isto.

— Gabriel, você não vai desistir. Você precisa mostrar para os seus pais que você é feliz como você é. Veja os pais eles me aceitaram de boa, veja a confusão que estamos metidos e meus pais ainda continua me apoiando, mesmo sabendo que o meu namorado esta morando na minha casa. Sei que um dia seus pais iriam entender.

— Eu espero que sim.

— Gabriel, se você quiser posso ajudar você se encontrar com a sua mãe.

 Fique pensando um pouco se deveria não, mas fique um pouco com medo do que meu pai poderia fazer se descobri que eu estaria encontrando minha mãe, ainda me lembro daquele dia em que eu finalmente tive coragem de contar para ele o que eu realmente sou ainda sinto os pesos das minhas palavras aqueles dia.

Levantei da minha carteira e devolvi as anotações para Bruno.

— Gabriel, aonde você vai?

— Eu vou ao banheiro.

— Espere vou com você.

Beatriz olhava com aquele olhar de que sabia que aconteceu alguma coisa, sai na frente de Bruno e só escutei o que eles estavam falando.

— O que aconteceu?

— Gabriel ainda esta meio que traumatizado o que aconteceu aquele dia, meio que tentar falar sobre os pais deles, ele fica assim. Gabriel espere.

Bruno veio atrás de mim, eu não fui para o banheiro, fui em direção a quadra e encostei-me num canto.

— É? Não fique assim Gabriel.

— Eu estou bem.

— Você não esta a fim de ver sua mãe? Eu sei que ela ficaria feliz em ver você.

— Eu queria ver ela, mas tenho medo do que meu pai possa fazer, ele meio que autoritário quando se trata dessa coisa, naquele dia os olhos dele esta cheio de ódio, imagine o que ele pode fazer com a minha mãe.

— Gabriel, já não esta na hora de enfrentar o seu pai, eu sei que é difícil para você, sei que você vai achar uma solução.

— O que eu posso fazer contra o meu pai? Tenho medo do que ele pode fazer, sabe tem hora que eu acho que era melhor eu ter ficado naquele maldito orfanato, ou melhor, eu ter morrido naquele acidente de carro que tirou os meus pais de mim.

Bruno olhou assustado para mim, ele me segurou pelo colarinho e me deu um soco na cara.

— Para de ser idiota Gabriel, você vai desistir agora, só por que aconteceu alguma coisa, eu sei que é difícil, acorda pra vida.

Abracei Bruno e comecei a chorar parecia uma criança em seus braços, talvez seja aquilo que eu estava precisando de um pouco de atitude de alguém.

O dia da formatura, a noite como sempre estava agitado, o salão de festa que escola tinha alugado estava cheio de familiares e amigos dos formandos, olhei para o meio da multidão e fique pensando no meu pais, eu adoraria que ele estivesse aqui, mas talvez se eu tivesse tido um pouco de coragem naquele hora.

— Gabriel, por que não vamos lá à sua casa levar o convite da formatura para sua mãe, ela vai ficar super feliz por poder ver você.

— Eu não sei se tenho coragem de fazer isto.

Eu nunca pensei alguma coisa que eu teria medo de fazer, apesar de que Bruno ao meu lado me sinto segurou de fazer qualquer coisa, mas lembro daquele noite quando meu pai me deu um soco na minha cara, a dor pode ter passado, a cicatrizes do corpo pode ter sumido, mas as cicatrizes que eu carrego em meu coração ainda estão viva.

Eu levantei do meu lugar e fui em direção a palco, fique lembrando o discurso que eu escrevi, durante essas ultimas semanas, eu sentia um pouco de medo, olhei na direção de Bruno e pude sentir aquele olhar confiante que ele sempre passou mostrou para mim.

Senti um calor brotar em meu coração e lentamente aquele calor fui me enchendo de coragem.

“ -Quando éramos crianças, quando ainda não tinha um sonho, todos nos queria ser alguma coisas quando crescer, muitos queriam ser algo impossível, ser um super herói de uma historia de quadrinho que salva o mundo, ser princesa em contos de fadas que encontram lindo príncipes em cavalos brancos  ou pode viajar para estrela em uma pequena espaço nave e pode conhecer diverso lugares nunca visto.

Mas tudo isto são sonho, sonhos são a prova de que estamos vivos, são eles que fazem nos crescer, mas chega numa fase da vida que vemos que nem tudo e possível e o mundo que nos esperava lá fora existem diversas etapas para pode chegar onde nos estamos agora.

Há três anos quando chegamos nessa escola, nos éramos como pequeno filhotes de passarinho, que precisava de ajuda da mãe para pode sobreviver e a medida que o tempo foi passando fomos apreendendo e desenvolvendo asas para um dia pode voar.

E finalmente esse dia chegou, agora chegou a hora de ver o que realmente vale, se estamos prontos para abrir a nossas asas e voarmos, por que uma etapa da nossa vida acabou de terminar, mas uma nova porta acaba de ser abrir, muito desistiram nesse caminho, mas nos somos a prova de que ainda estamos tentando viver, que estamos tentar fazer que o sonho de quando éramos crianças se torne realidade, pode ser que vocês não iram ter super poderes ou ser princesa de um lindo reino, mas nos somos pessoas capazes de fazer o impossível se tornar realidade,  por que durante todos esse tempo nossos sonhos mudaram, hoje vocês pode querer ser advogados, médicos, doutores, professores, engenheiros e técnicos, mas isso vai depende da vontade de cada um, por que um sonho não pode acabar agora, nos temos que seguir em frente ate no dia em que você possa falar, eu finalmente conseguir fazer o que era impossível se torna realidade.

Parabéns todos os formandos, que todos agora saiam dos nossos ninhos e abram suas asas e descubram o novo mundo que esta nos esperando. ”

Terminei o discurso e escutei as palmas de todos, olhei para a multidão e fique surpreso quando eu vi alguém que me olhava vidrado, fique pensando por um estante que lembrava alguém conhecido, mas seria impossível, voltei para meu lugar e fique pensando em que poderia ser?

Voltei para o meu lugar e guardei a diretora falar algumas coisas, logo depois todos fomos para a festa, menos eu, fique esperando do outro lado da rua.

— Já faz muito tempo desde que eu vi seu rosto pela última vezes, você mudou muito Gabriel.