Emma seguiu o caminho que Henry lhe mostrou, entrando no logo e sofisticado estábulo, olhou pelo corredor e viu Regina conversando com um homem da sua estatura, cabelos pretos e barba por fazer, Regina estava sorrindo de verdade com aquele homem, o sangue da loira ferveu, tomou ar e coragem e foi se juntar a eles parou uns passos antes, até ela entrar no campo de visão do desconhecido, já que ele estava de frente para ela e Regina estava de costas.

— Regina eu acho que alguém quer falar com você – apontou para a loira.

Regina girou o corpo de forma majestosa, seus cabelos que agora estavam um pouco mais cumpridos fizeram um movimento deslumbrante, Regina que antes estava sorrindo agora olhava seria para ela.

E: Oi... Não vai me apresentar o seu amigo?

A: Oi – foi o moreno que a iniciativa primeiro – Eu sou Arthur King o veterinário.

Regina apenas ficou olhando para ela sem expressar nada.

E: Eu sou Emma Swan... A esposa.

A: Oh prazer em conhecê-la – sorriu

E: O mesmo digo... – sorriu fraco

A: Então Regina eu te ligo depois pra gente ver aquele assunto da égua grávida ok?

R: Ok, sim nos falamos depois, obrigada Arthur!

Arthur acenou para Emma em despedida que retribuiu.

Regina olhou com cara de poucos amigos para Emma.

R: O que você está fazendo aqui? Como diabos você entrou aqui?

E: Então esse é o seu novo namorado ou algo assim?

R: O que?

E: Você parecia bem feliz com ele, algo que já não acontece mais quando você esta comigo, não é!

R: Swan você está confundindo tudo! – riu fraco – O que você quer aqui?

E: O que eu quero aqui?

R: Sim!

E: Claro, porque não tem nada errado acontecendo!

R: O que você quer dizer com isso?

E: Ah qual é Regina! – gesticulou com as mãos – O que está acontecendo?

R: Nada! Não está acontecendo nada! Eu tomei uma decisão, eu assinei o divorcio e mandei pra você fazer o mesmo você nem deveria estar aqui!

E: Mas eu estou aqui agora!

R: POR QUÊ?

E: Porque eu cometi esse erro uma vez em não vir atrás de você! Eu não faria isso de novo!

R: Você não deveria ter...

E: Claro! Porque você já deu a resposta! – mostrou a assinatura no papel – Essa é a sua resposta, certo? A assinatura é a resposta. Você não quer me ver mais, não quer falar mais comigo, está me deixando livre para viver a minha vida, essa é a sua resposta... Mas advinha! Eu não acredito nisso! Eu não quero isso! E eu não quero estar livre para viver a minha vida, eu quero viver a minha vida com você! Então me diga o que aconteceu?

R: Emma...

E: Nos estávamos bem ou caminhando para isso. Ao menos eu achei! Sim nós discutimos e discordamos, mas... – balançou a cabeça levemente sorrindo – Eu achei que íamos tentar de novo, eu realmente achei!

R: Eu não posso te prender mais, eu sou uma bagunça agora a Regina que você conheceu ela não existe mais eu estou diferente, a vida me mudou e não foi para melhor, eu não quero dar isso a você agora... Eu choro do nada, eu tenho ataques de pânico, eu tenho pesadelos, meu humor esta mais instável do que costumava estar – riu fraco – Eu não sou mais boa o suficiente para você! Você merece um recomeço, pagina nova, totalmente em branco, para poder reescrever a sua historia!

E: Eu não quero! Eu quero você! – deu um passo a frente – Você era minha melhor amiga Regina! Minha pessoa favorita no mundo todo! Eu te amo!

R: Eu também te amo – sussurrou olhando para o chão tentando esconder as lagrima, um sorriso doce nasceu nos lábios da loira.

E: Então amor... – levantou a face da morena até seus olhos se encontrarem – Porque não tentamos de novo?

R: Eu não tenho certeza se vale à pena lutar por nós.

E: Nós somos algo que vale a pena lutar e eu vou lutar!

R: Eu estou cansada

E: Mas eu não estou!

R: Emma eu não posso mais fazer isso com você!

Emma passou a mão nos pela cabeça bagunçando o seu cabelo loiro, olhou para o lado não podendo mais controlar as lagrimas.

Regina estava morrendo por estar fazendo aquilo, mas as palavras de Ruby não abandonavam sua cabeça.

E: Eu quero você! – falou olhando para a morena com os olhos banhados em lagrimas e a voz quebrada pelo choro.

R: Oh Emma... – não agüentou e foi até a loira abraçado-a sentiu a loira se encolher no seu abraço – Tudo vai fica bem, ainda podemos ser amigas

E: Não – falou manhosa como uma criança com a voz abafada no ombro da morena, Regina sorriu de leve.

R: Ok, talvez não amigas, mas nós temos uma historia, nós... – não falou mais nada, apenas apertou mais forte a loira nos seus braços.

Emma separou um pouco o abraço, tentando aproximar os seus lábios dos de Regina, mas a morena desviou

R: Emma não... –sussurrou

E: Gina... – tentou buscar mais uma vez contato sem sucesso.

O tempo fechou e uma forte chuva começou a cair novamente sobre cidade.

R: Vem, vamos entrar! – Regina pegou no pulso de Emma e a conduziu até o interior da grande casa.

Sentadas no sofá uma de frente para a outra olhando o papel do divorcio na mesinha em frente, palavras não tinham sido lançadas. Emma olhava para o papel com os olhos marejados, Regina olhava para Emma observando cada movimento e expressão da detetive.

E: Você quer mesmo isso? – olhou para a morena. Regina apenas lançou um olhar triste para ela, mas não disse nada – Ok...

Pegou a caneta pousando sobre a folha e deixou sua mão ser guiada com o rastro de tinta desenhando o seu nome ali naquelas folhas. Se era isso que Regina queria de verdade, ela não iria mais insistir, ela tinha tentado, não é mesmo? Só que às vezes parece que as coisas fogem demais do controle e não tem como fazê-las voltar a ser o que eram antes.

E: Pronto! – Jogou a caneta de lado, levantando rapidamente

R: Emma – levantou também

E: O que?

R: Onde você vai?

E: Eu vou embora! – falou incomodada

R: Esta chovendo muito forte! A estrada fica perigosa com chuva, você deve estar cansada das quatro horas de viagem que já fez até aqui, não seria melhor...

E: Pare!!! – levantou a mão – Não faça isso!

R: Fazer o que?

E: Você me disse uma vez para eu não me preocupar com você, para eu parar de tomar conta de você porque isso já não era mais algo que eu deveria fazer, certo? Você disse isso! Então agora eu digo isso para você também, não precisa mais! Isso, eu e você realmente acabou agora, tudo o que vivemos você resumiu em uma assinatura, e eu...

R: Emma... Isso não muda nada do que vivemos! Entenda!

E: Não! Eu não quero mais ver você na minha frente, nem falar sobre você, nem saber nada mais da sua vida! Acabou! Você jogou algo maravilhoso no lixo, você jogou toda uma historia...

R: Nada do que vivemos vai ser excluído das nossas vidas Swan! Apenas temos outros caminhos a seguir, você tem, você merece!

E: Você esta tomando decisões por mim! Decisões que eu não quero.

R: Você pensou sobre!

E: Mas eu não faria, eu não pediria o divorcio por mais que eu tenha pensado.

R: Emma me ouve! – chegou mais perto – Eu amo você, mas às vezes só o amor não é suficiente! Isso é uma luz no fim do túnel escuro no qual nos encontramos agora!

E: Não atue como se isso fosse algo natural porque não é! Esse seu papinho de “podemos ser amigas” isso não vai funcionar comigo! Porque eu não quero ser sua amiga, eu tive uma vida com você, eu tive uma filha com você, foram anos morando juntas... Meu Deus! Eu... Eu vou embora, não faz sentido nenhum ficar falando nada do que passou agora.

R: Emma, por favor! Apenas espere a chuva passar!

Emma não respondeu, apenas desviou o olhar da morena e voltou a se sentar no sofá, olhando pela janela, Regina recolheu os papeis do divorcio e desapareceu pelo corredor.

E ali ela ficou sentada olhando a chuva e pensando na sua vida, no que teve, no que perdeu, no que não tinha mais...

H: Precisa de companhia? – a voz doce a fez olhar para trás – Ou um drink?

E:  Whisky seria ótima.

H: Podemos providenciar isso... – sorriu entrando na sala indo até o bar, não demorou para voltar com dois copos em mãos – Aqui!

E: Obrigada! Eu achei que o senhor não bebesse

H: Eu não bebo, mas eu abro exceções às vezes. Como você está Querida?

E: Para alguém que acabou de assinar os papeis do divorcio eu estou... Eu não sei como estou na verdade.

H: Querida, eu sinto muito!

E: Não faz nenhum sentido – deu um grande gole na sua bebida – Porque Deus juntaria duas pessoas, faria elas se apaixonarem, se abrir uma para a outra, fazer com que elas sentissem que isso estava destinado acontecer e depois... Separá-las?

Henry sentou do lado da loira, passando o braço pelas suas costas, beijando sua cabeça enquanto a loira chorava.