Ruby depois de levantar e fazer sua higiene matinal foi até a cozinha para preparar o café ao passar pela sala viu que a loira estava dormindo no sofá, na mesinha em frente estava a garrafa de whisky vazia, se sentiu culpada mais uma vez por ter causado isso, talvez ela tivesse ido longe demais em ter aquela conversa com Regina.

Depois de tomar o seu café, desceu para encontrar Graham que estava no carro esperando por ela para irem juntos ao trabalho.

RL: Eu falei para ela ir embora! – falou de repente

G: Como assim você falou para ela ir embora?

RL: Isso foi o que você falou!

G: Eu nunca disse pra você fazer isso!

RL: Bom foi isso o que eu entendi!

G: Entendeu muito mal por sinal... Droga!

RL: Agora você esta bravo comigo?

G: É claro que eu estou bravo com você! Que merda foi essa Ruby!

RL: VOCÊ DISSE...

Graham não a deixou terminar

G: Para se certificar se tudo estava indo bem, não para mandar Regina embora, por Deus!

RL: Ok, agora é minha culpa?

G: Minha que não é! Onde a Regina está? Talvez eu possa falar com ela...

RL: A menos que você ache a fazenda da família dela e faça uma viagem até lá, talvez consiga falar com ela.

G: Mas que merda Ruby! – bufou

[...]

Quinze dias tinham se passado desde que Regina foi embora, Emma mal dormia caia no sofá a maior parte das vezes depois de ter um encontro com a sua velha companheira à garrafa de Whisky.

Saiu do banho, vestiu jeans uma camisa xadrez e as suas inseparáveis botas, fez seu caminho até a cozinha para tomar o seu café.

RL: Bom dia! – Ruby estava sentada a mesa já

E: Bom dia – falou sem muito entusiasmo

RL: O pão ta quentinho acabei de comprar

E: Não obrigada, apenas vou tomar o café mesmo

RL: Então vai ser toda noite isso de novo?

E: Oh Ruby, por favor... – se afastou

RL: Eu estou preocupada com você!

E: Bom, você não precisa! Ok?

RL: Ok, como seja... Isso chegou pra você – estendeu um envelope para a loira

E: O que é isso?

RL: Eu não sei.

Emma pegou o envelope rasgando-o tirando alguns papeis de dentro, pondo atenção no que estava escrito em cada linha daqueles documentos.

E: ISSO SÓ PODE SER BRINCADEIRA!!!! – leu o que estava ali e jogou os papeis com raiva

RL: O que é isso? – Ruby recolheu e leu os documentos – Divorcio?

Emma tinha as duas mãos no rosto e tentava controlar a sua respiração.

RL: O que ela... Por quê? Isso é loucura, não é?

E: Aparentemente não... Merda! – começou andar de um lado para o outro – Ela só pode estar brincando comigo!

RL: O que você vai fazer? – Emma olhou para ela sem responder, andou até ela pegando os papeis a jaqueta que estava no sofá e as chaves saindo sem dizer uma palavra – Emma? Onde você está indo?

A porta bateu, Ruby procurou pelo celular, assim que o encontrou ligando pra Graham.

[...]

Emma tentava controlar as lagrimas enquanto dirigia o seu fusca pela manha chuvosa de Boston.
Atravessou de um extremo a outro até chegar ao Hospital, deixando o carro no estacionamento, pegou o envelope e entrou no local.

Pediu para localizarem Kathryn que não demorou muito em aparecer e guiá-la para uma sala para que pudessem conversar, vendo que Emma não estava bem.

K: Emma o que aconteceu? Você está bem?

E: Onde ela está?

K: O que?

E: Regina, onde ela está?

K: Emma eu não posso...

E: EU PRECISO FALAR COM ELA! – gritou irritada passando a mão nos cabelos – Ela me enviou isso!

Kath pegou o envelope abrindo e revisando

K: Eu sinto muito

E: Onde ela está Kathryn? Eu sei que você sabe, preciso que você me diga!

K: Eu não posso! Sinto muito, muito mesmo! Eu não acho que ela queira conversar mais sobre isso!

E: Mas eu preciso perguntar a ela...

K: Eu acho que ela já deu à resposta Emma – mostrou a assinatura de Regina ali – A resposta está bem aqui... A resposta diz que ela não quer mais falar disso, que ela não quer mais ver você, que ela ta te deixando livre pra você poder viver a sua vida! Eu sei que é difícil e você não quer ver isso agora, mas...

Emma limpou as lagrimas, arrancou os papeis das mãos de Kathryn e saiu da sala de descanso sem dizer nada.

Correu até o estacionamento pegando o seu carro e saindo o mais rápido possível. Só tinha mais uma chance, só tinha mais uma pessoa, e ela iria tentar, dirigiu até a biblioteca.  A chuva estava agora calma, estacionou em frente, mas ainda estava fechada, tinha chegado cedo demais.

Tentou pensar, tentou se acalmar, colocar as idéias em ordem, estava difícil, sua cabeça estava a mil. Alguma coisa tinha acontecido, não que elas tivessem 100% bem, mas elas tinham jogado as verdades uma na cara da outra, aquilo tinha sido um alivio de certa forma, para ela, parecia ter sido para Regina também.

Aquele dia quando ela saiu de casa ela tinha certeza de que Regina iria esperar por ela, que ela não iria a nenhum lugar, e chegar a casa e não encontrá-la a deixou totalmente confusa.

Olhou para o lado e viu Belle descendo do carro, respirou fundo colocando a mão na porta para abrir, Belle cruzou de calçada, Emma saiu do carro.

Concentrada procurando as chaves na bolsa nem percebeu que Emma estava ali até a loira chamar o seu nome.

E: Belle! – tinha as mãos no bolso do jeans

B: Emma! Oi!

E: Eu preciso falar com você

B: Ok vamos entrar e conversamos – Belle abriu a porta logo ela e Emma entraram – Então o que aconteceu?

E: Eu preciso que você me diga onde a Regina está!

B: Kathryn me ligou... Eu sinto muito!

E: Tanto faz – revirou os olhos – Olha eu sei que talvez a Kathryn tenha falado pra você não me ajudar nisso, mas eu realmente preciso, você é minha ultima carta! E eu entendo se você não puder falar, porque eu sei que a gente mal se conhece e você é amiga da Regina na verdade e...

Enquanto Emma disparava as palavras Belle estava escrevendo alguma coisa em um papel

B: Tome! – estendeu o papel

E: O que? O que é isso?

B: O endereço da Regina

E: Serio? – ergueu as sobrancelhas e sorriu tristemente

B: Sim, eu acredito nisso! Kathryn talvez não, mas eu sim! Eu acredito que o amor de vocês é mais forte que tudo isso e que provavelmente Regina estava bêbada quando assinou os papeis do divorcio. – sorriu – Eu sei que você é definitivamente a única pessoa que pode trazer Regina Mills de volta! Então faça isso! Traga a minha amiga de volta, você pode fazer isso Swan?

E: Prometo dar o melhor de mim para que isso aconteça! Obrigada! Mesmo! – abraçou Belle.

Saiu da biblioteca com o celular nas mãos, precisava ligar para o chefe para pedir o dia de folga, inventou que não estava se sentindo bem, entrou no carro, abriu o papel vendo ali o endereço que Belle tinha escrito “Maine 108 Mifflin Street” assentiu confiante para si mesmo, colocando a chave no carro, ligando e saindo em direção ao seu mais novo destino.

Ela precisava fazer isso, ela precisava tentar mais uma vez.

Quatro horas de viagem até Maine, foi o tempo que levou para Emma chegar lá.

Achou facilmente a Fazenda Mills com ajuda de umas pessoas que ela parou para pedir informação, a fazenda era enorme, claro que era! Porque ela estava espantada!

Chegou ao portão, um homem grande vestido de preto veio até ela.

— Em que posso ajudá-la senhorita?

E: Eu preciso falar com Regina Mills – o homem olhou com estranheza para ela – Eu sou uma amiga.

— Desculpe, mas eu tenho ordens da própria Regina Mills para não deixar ninguém entrar – Emma semicerrou os olhos – Ninguém que procure por ela...

E: Acredite, ela vai ficar brava com você se não me deixar entrar! Na verdade ela pediu que eu viesse até aqui... Negócios sabe? – blefou

— Desculpe  mas a Senhora Regina não me informou nada, não posso deixá-la entrar!

E: VOCÊ ESTÁ COMETENDO UM GRANDE ERRO CARA!!!

— A senhorita pode, por favor, se retirar?

E: NÃO! EU NÃO POSSO, PORQUE EU PRECISO FALAR COM A REGINA!

— Eu vou pedir para que mantenha a voz baixa

E: POR QUÊ?

“O que diabos está acontecendo aqui Pedro?” – uma voz calma se aproximou

— Eu sinto muito senhor Henry, eu vou cuidar disso! É apenas uma...

H: Emma? – parou no portão olhando para o outro lado

E: Senhor Henry! Ah graças a Deus!

H: Abra o portão Pedro!

— Senhor eu tenho ordens da sua filha para não deixar ninguém entrar!

H: Oh não seja bobo rapaz! Abra o maldito portão eu estou mandando!

O homem contrariado e com medo de no segundo seguinte ser demitido por Regina abriu o portão mesmo assim. Emma foi ao encontro do homem mais velho abraçando-o.

H: Oh querida que bom que você está aqui!

E: Onde eu posso encontrar ela?

H: Ela esta nos estábulos, venha vou lhe mostrar o caminho.