Princeton-Plainsboro Teaching Hospital

House M. D.

Jogou as perna para cima da mesa, jogando a bolinha amarela na parede. Sem querer, bateu num dos quadros pendurados, que caiu, espatifando-se no chão.

Ops... pelo menos aquela não era a sua sala, e sim a de descanso dos médicos.

Ouviu a porta se abrir, e o silêncio da sala se romper com sua equipe lhe bombardeando com milhões de informações sobre o último paciente.

O médico se levantou, pegando sua bengala. Dando as instruções adequadas para se ver livre da equipe, obviamente. Caminhou... mancou pelo corredor, até o elevador, deparando-se com a Diretora do hospital. Soltou um assobio, elogiando-a. Daquele jeito todo especial que sempre fazia. Deixando claro a sua preferência pelas blusas decotas e saias apertadas.

Lisa se virou, estava ocupada. Saiu balançando o quadril, claro que ela gostava daquelas cantadas baratas. Só não dava o braço a torcer, não muito. Tá, ela dava muita bandeira, mas isso não quer dizer muita coisa.

Gregory bateu na porta do consultório de James com a ponta da bengala. Ele ouviu lá de dentro o oncologista pedir um minuto. Mas era o mesmo que dizer entre. Jurou que foi exatamente isso que ouviu.
A paciente estava um pouco nervosa, chorando com as notícias que acabara de receber sobre sua mãe doente. Não era um momento nada fácil, principalmente para Wilson, tantos anos de profissão, se emocionava muito com seus pacientes.
O médico levou a mulher até a porta, dando as últimas recomendações para o dia da cirurgia.

Ele voltou, sentando-se na sua cadeira, desabafando o que estava sentindo, porque as vezes, esquecia-se que House era um egoísta, narcisista, achava que como eram amigos, poderiam conversar sobre os problemas do trabalho. É, James só pensou que poderia.

– Estou com fome, vamos comer um hambúrguer monstruoso hoje?

– Você não ouviu nada do que eu disse? – Wilson semicerrou os olhos, assinalando uns papéis, já sabendo a resposta. – Não, hoje vou almoçar com uma pessoa.

– Sua amiga imaginária? – levantou-se do sofá que havia sentado quando entrou na sala. – Ou o fantasma da sua ex-namorada?

– Com as duas. – era melhor não contrariar. James terminou de arrumar a mesa, pegando o casaco, fazia frio la fora. Abriu a porta, sendo seguido pelo amigo. – Ta fazendo o que?

– Vou com você, talvez precise de um exorcista, ou um caça fantasma. – Gregory viu sua equipe se aproxima. – Rápido, ou teremos que fugir correndo pelas escadas.

– Seu trabalho é salvar vidas, então vá e faça. – Ouviu um resmungo. Algumas outras pessoas entraram na frente do médico, incluindo Wilson, que barrou a entrada dele. – Ops... – a porta se fechou, e a equipe alcançou House. Aquilo teria troco. E James sabia disso.