A negação de Ladybug escrita por claradasideias


Capítulo 2
Problema


Notas iniciais do capítulo

Oi, obrigada pelas visualizações e... por favor, comentem. E desculpa Drids. (ela sabe do que estou falando) Agora roda o cap:



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Eu estava em casa fazendo o dever de física. Eu odiava física e, além de não entender nada, só pensava no Adrien. Isso não ajudava na minha concentração. Nem um pouco. 

De repente, comecei a ouvir sons suspeitos e fui ver o que era. Um akumatizado. Nunca agradeci ao Hawkmoth por esse processo rotineiro, mas naquele dia ser Ladybug talvez me animasse um pouco. Nunca estive tão errada... 

O akumatizado era um senhor que estava com raiva de uns moleques que estragaram a fonte do parque em que ele com tanto cuidado fazia manutenção. Parecia que o poder dele era controlar a água. 

Logo Chat Noir apareceu. Eu imaginei que ele já tinha superado-me e até jogaria na cara o que eu tinha jogado fora. Talvez até me mostrasse a "gata" que ele tinha usado para me substituir. Ele parece o tipo de cara que não iria ficar muito tempo com uma, de qualquer modo. Mas estava enganada. Sua cara estava tão triste quanto a de Adrien. A máscara preta que o garoto usava escondia um pouco, mas não era difícil perceber. 

Ele ficou sério a batalha toda, nada de cantadas, nada de piadas, nada de se vangloriar. Eu fiquei atoa esperando a piada de gatos e água. Ele não disse nada, não sorriu. Só falava comigo quando extremamente necessário, e quando fazia, não me chamava nem de My Lady, nem de Bugboo, nem de Joaninha, nem sequer de Ladybug. Só de você. Eu não sabia se era raiva ou tristeza em sua voz. 

Depois que purifiquei o akuma e joguei o talismã para o alto, fui fazer nosso toque com ele. 

—Ze... - ele já tinha ido há muito tempo 

No dia seguinte... 

Hawkmoth não mandou akumatizados de manhã dessa vez. Se isso quis dizer que cheguei na hora? Não. Em minha defesa, não consegui dormir porque estava pensando em Adrien. E também no Chat Noir, ele me assustou ontem. 

Dessa vez Chloé não me atrapalhou a entrar de fininho e a operação foi um sucesso. Assim que me sentei, percebi que Adrien estava atrasado. Eu fiquei ansiosa esperando-o, Alya tentava me encorajar a falar com ele. Isso tudo foi em vão porque ele não foi à aula, o que só me preocupou mais. Seja lá o que aconteceu, foi grave. Eu precisava falar com ele. 

Depois da aula... 

—Alya, eu vou na casa do Adrien. 

—De onde veio essa coragem toda amiga? 

—Ele está sofrendo, não posso ficar aqui sem fazer nada. O Nino sabe o que foi? 

—Não, Adrien praticamente se recusou a falar com ele ontem. 

—Então eu vou. 

—É isso aí, força. 

Eu fui até a casa do Adrien, qualquer hesitação ou gagueira que tinha simplesmente sumiram. O bem-estar dele era mais importante e eu não podia me dar o luxo de ficar nervosa. Deixei isso para quando ele melhorasse, ou pelo menos esperava ter deixado. 

Eu estava totalmente enganada. Não vou conseguir! E se o Adrien estiver pior do que eu pensei? O que eu vou dizer para ele se por acaso o pai dele tiver morrido?! Não. Você consegue Marinette. 

Eu apertei a campainha. Alguém, (graças a autora não foi o Adrien) atendeu. 

—Quem é você e o que você quer aqui? 

—Eu... é... sou da turma do Adrien... vim trazer... é... o... dever...? 

—Ele não estuda mais naquele colégio. Suma daqui. 

—Não. Vou dizer então o real motivo de estar aqui. Estou preocupada com ele, sou amiga dele. Talvez anime-se ao me ver... ele está tão mal assim? 

A porta se abriu imediatamente e uma mulher, cujo o rosto estampava preocupação apareceu correndo desesperada. 

—Desculpe a falta de educação, sou Nathalie. Você deve ser a Marinette, é razoavelmente famosa por aqui. 

Eu teria sorrido em qualquer outra ocasião, não importava se era o Adrien ou o Gabriel Agreste quem falava de mim, eu já ficava feliz. Mas Adrien estava mal, tudo que eu conseguia sentir era tristeza pelo meu amado. 

—Ele está muito mal, eu me preocupo com ele. Depois de tanto tempo convivendo com o garoto é impossível não o amar. - ela continuou 

—Sim, como não o amar se ele é tão perfeito? - ela me olhou estranho, mas fingiu que não ouviu 

—Vá lá e realize algum milagre, por favor. 

Ela abriu a porta do quarto dele. Eu estranhei, nem havia percebido que já tínhamos chegado. Nathalie preferiu ficar do lado de fora, talvez achasse que isso ajudasse, mas eu não via diferença. Empurrei a porta e adentrei no quarto. 

Adrien estava magro demais, tipo, alguém pode emagrecer tanto em dois dias?! Eu sei que ele é modelo, mas... A coisa estava feia, havia um médico no quarto tentando fazer ele falar sobre uma tal de Ela. 

Adrien só virava o rosto e ficava quieto. Sinceramente, eu não queria ver o rosto dele, a cara triste que ele provavelmente estava fazendo ia acabar com qualquer alívio que eu tive ao vê-lo relativamente bem. 

—O que ele tem? 

—Tristeza profunda. 

—Depressão? 

—Quase isso. Não é igual. Pode ser pior, ou pode ser quase nada. Nesse caso é pior. Ele tem chances de... 

—Por favor não diga... - eu comecei a chorar, não! Adrien não pode cometer suicídio. 

O médico saiu também, pensando melhor, ele devia ser psicólogo. 

—Vou deixá-los a sós. Espero que o salve. 

Assim que ele saiu, Adrien se virou para ver quem chegava. Eu sorri tímida, ou tentei sorrir, acho que fiz o contrário de sorrir. Só de vê-lo já me abalei. 

—Marinette, responda-me uma coisa. Por favor, seja sincera. - ele estava fraco mal saía voz - Você... você liga para mim, né? 

—Ai, Adrien, é claro que sim. Por quê? - perguntei preocupada 

—Meu pai não liga para mim, Ela não liga para mim. Fiquei com medo de outros, você, não ligarem também. 

—Ela? Quem é Ela? 

Por um milésimo de segundo ele quase sorriu. Só de ver esse pequeno momento já alegrei-me por dentro. 

—Meu pai não liga para mim. Ele me deixa preso aqui, sem poder ver ninguém. Mas Ela, Ela eu podia ver. Todo dia. Era de longe a parte mais feliz do meu dia. Mas... eu me apaixonei por Ela, e Ela... 

Ele não continuou a frase, só virou a cara e calou-se. Não pude arrancar mais nada dele. Entendi como um sinal para ir. 

Fui mais triste do que vim, Adrien estava numa situação preocupante e gosta de outra garota. O que poderia deixar-me mais infeliz? Seja lá quem for Ela, eu odeio-a. Além de ter feito Adrien se apaixonar por si, deixou-o assim... 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, comentem o que acharam, desculpa qualquer erro e até mais.



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