Damon e Elena - Casamento de Mentirinha escrita por Emma Salvatore


Capítulo 27
Emoção indescritível


Notas iniciais do capítulo

Oiii, gente!!!
Como prometido, mais um cap!!!
Esse é um dos meus preferidos! Amei escrevê-lo!!!
Espero q gostem!!!



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Depois de três meses sem nenhum sinal de melhora, Elena fez um progresso na sessão de fisioterapia de hoje. Ela mexeu os dedos do pé esquerdo.       

Na hora que isso aconteceu, eu fiquei extremamente animado e o fisioterapeuta, Tom, também, mas não Elena. Ela não achou que fosse algo muito importante.       

— Eu só mexi um milímetro os dedos dos pés. Isso não vai me ajudar a voltar a andar – ela resmungou em resposta à nossa animação.        

— Mas é claro que vai, Elena! – Tom a contrapôs. – Em passos pequenos, nós chegamos aonde queremos. Isso é só o começo. Estou muito feliz pela sua conquista!        

— Conquista vai ser quando eu conseguir sair dessa cadeira de rodas! – Elena exclamou com rispidez. – Mexer os dedos não é conquista nenhuma!        

— Elena...        

— Tudo bem, Tom. Eu cuido disso – falei, dispensando-o. Sabia que do estado que ela estava, ia ficar soltando farpas no coitado.        

— Nos vemos amanhã então? – ele perguntou olhando para mim com receio.        

— Claro! Mesmo horário! – confirmei.

Tom saiu e eu olhei para Elena com expressão cansada.

— Elena...

— Se você for me dizer que mexer os dedos foi uma vitória, nem comece! – ela avisou, extremamente mal humorada.

— Mas você sabe...

— Eu quero voltar a andar, Damon! – ela explodiu. – E a única coisa que eu conseguir até agora foi esses dedos mexerem! Faz três meses que eu estou presa nessa estúpida cadeira de rodas! Você, Caroline, Stefan, Bonnie, todos vocês vem me dizendo que eu vou melhorar, que eu vou sair dessa, mas até agora NADA! Eu não posso botar meus pés no chão, para todo lugar que eu vou, eu dependo de alguém, você tem ideia de como isso é ruim?! Aposto que não! Será que você faz a mínima ideia de como é sair de casa e ver as pessoas te olhando como se fosse um anormal?! Com certeza, não! Eu não estou aguentando mais isso! Eu não estou aguentando!

Elena finalmente tinha botado para fora tudo que estava sentindo. Via sua respiração subir e descer pesadamente. Ela estava sofrendo. Mais até do que todos nós imaginávamos.

Ajoelhei-me ao seu lado e abracei-a. Ela não retribuiu de primeira, mas não a soltei. Há meses não temos um contato físico como esse, eu estava respeitando o espaço dela. Mas ela precisava de um ombro amigo agora.

Lentamente, Elena pôs seus braços ao redor de meu pescoço e enterrou sua cabeça em meu ombro. Suas lágrimas não demoraram a descer.

— Não aguento mais, Damon! Não aguento mais! – soluçou.

— Confie em mim, isso não é para sempre. Você vai voltar a andar – prometi com o coração apertado. Não gostava de ver Elena sofrendo. – Te garanto.

Ela não respondeu. Suas lágrimas se tornaram mais fortes.

*

— Damon! Damon! – Elena gritou.

Corri mais rápido que pude até o seu quarto, muito preocupado. O que será que tinha acontecido?

— Elena! Elena, você está bem? – perguntei, exasperado, ao entrar no quarto.

— Acho que senti alguma coisa em meus pés – ela falou numa mistura de excitação e nervosismo.

Massageei seus pés e ela gritou.

— Eu senti! Eu senti isso! – ela exclamou e algumas lágrimas começaram a se formar seus olhos. – Faz de novo, por favor!

Obedeci-a e ela gritou novamente. Um grito de alegria. O primeiro em meses.

— Damon, eu estou sentindo meus pés! Eu estou sentindo os meus pés! Oh, meu Deus! – Elena não conseguia conter a emoção. – Eu estou sentindo-os! Oh, meu Deus! Eu estou sentindo os meus pés!

— Elena, isso é... – não tinha palavras para descrever. Finalmente Elena estava alegre, tinha alguma esperança. E eu estava tão feliz quanto ela. – Incrível! Maravilhoso! Estupendo! Oh, meu Deus, Elena! Será que você consegue mexê-los?

Elena olhou para os pés e, com esforço, e, quase imperceptivelmente, conseguiu mover o pé esquerdo.

— Oh, meu Deus, Damon! Oh, meu Deus! – Elena gritou, mais emocionada do que nunca. – Eu vou voltar a andar!

Eu a abracei com emoção e alegria e ela retribuiu da mesma forma.

— Eu vou voltar a andar! Eu vou voltar a andar! – ela comemorou com felicidade escancarada. – Preciso avisar a todos! Damon, ligue para Stefan! Vou ligar para Caroline e Bonnie! Ligue até mesmo para Zach! Eu vou voltar a andar!

Eu ri com o seu entusiasmo e fiz o que ela pediu. Contei a Stefan ao mesmo tempo em que ela contava com animação a Bonnie. Sem que ela percebesse, liguei para Miranda e informei a novidade.

Como previsto, todos ficaram muitíssimos felizes. Mas nada superava a felicidade que estava no rosto de Elena.

Pela primeira vez em três meses, ela estava verdadeiramente feliz e esperançosa. E eu estava mais do que emocionado por causa disso.

*

— Você tem certeza de que isso é uma boa ideia? – Elena perguntou com leve insegurança, observando a esteira que Tom trouxera hoje. – Não sei se já estou pronta.

— Vamos apenas começar, Elena – Tom garantiu, com confiança. – Já tem um mês que você recuperou os movimentos das pernas. Acho que está na hora de te colocar em pé.

— Não recuperei totalmente— Elena lembrou.

— Não se preocupe, Elena. Você tem as barras para se apoiar e Damon e eu estaremos ao seu lado – Tom garantiu.

Elena olhou para mim com a pergunta clara em seus olhos.

— Acho que você está mais do que pronta, Elena – afirmei com um sorriso encorajador.

Isso pareceu dar-lhe força. Ela assentiu.

— Tudo bem. Vamos fazer isso.

Tom abriu um largo sorriso e aproximou-se para tirá-la da cadeira de rodas, mas foi impedido.

— Quero que Damon faça isso. Quero que ele me coloque de pé naquela esteira – Elena falou, olhando intensamente para mim. Ela confiava em mim.

Tom afastou-se e eu me aproximei. Tirei-a da cadeira de rodas e, com extremo cuidado, coloquei-a na esteira. Quando seus pés tocaram o piso, ela desequilibrou-se e agarrou-se em mim como se sua vida dependesse disso.

— Está tudo bem, Elena – garanti, segurando-a com firmeza.

— Não me deixe cair – ela pediu com desespero.

— Nunca.

— Elena, segure-se nas barras – Tom instruiu. – Damon pode ficar ao seu lado, mas você precisa largá-lo.

— Mas eu...

— Vou colocar suas mãos nas barras, mas eu não sairei do seu lado – falei em voz baixa.

— Damon, por favor!

— Você precisa largar Damon para que consigamos prosseguir o exercício – o fisioterapeuta insistiu. – Você ficará bem, Elena.

— Não se preocupe. Estarei bem ao seu lado – assegurei-a.

Ela assentiu e, lentamente, foi tirando suas mãos ao redor do meu pescoço. Ela agarrou-se às barras com firmeza e, com esforço, conseguiu se manter em pé. Ela olhou para mim com lágrimas nos olhos.

— Eu estou em pé. Eu estou em pé! – ela sussurrou, bastante emocionada.

— E o que acha de treinar alguns passos agora? – Tom perguntou, aproximando-se.

— Não... Não sei se consigo – Elena murmurou.

— Claro que consegue! Vamos lá, Elena! Só basta acreditar um pouquinho mais em si mesma! – Tom exclamou.

— Você consegue, Elena! – encorajei-a.

Ela olhou para mim e vi que acreditava em minhas palavras.

— Isso vai requerer um pouco de esforço da sua parte – Tom avisou. – Tente mover a perna esquerda, Elena. E logo depois, a direita. Vamos lá!

Elena respirou fundo e concentrou-se. Lentamente e quase que imperceptível, ela moveu a perna esquerda para frente.

— Oh, meu Deus! – ela exclamou, absolutamente maravilhada. – Oh, meu Deus!

— O outro pé agora, Elena – Tom encorajou.

A perna direita praticamente deslizou para frente e Elena deu um suspiro de emoção.

— Damon! Damon, eu consegui! – ela gritou. – Eu consegui!

— Sabia que você conseguiria! Sempre soube! – gritei de volta com bastante entusiasmo.

— Meus parabéns, Elena! – Tom congratulou. – Acho que foi um ótimo trabalho hoje. Vamos retomar amanhã.

— Não! – protestei.

— Damon? – Elena olhou para mim, confusa.

Saí de seu lado e fiquei à sua frente, na ponta da esteira.

— Dois passos não são suficientes. Você consegue ir mais longe, Elena. Vem, estou te esperando aqui.

— Damon, não acho que seja uma boa ideia – Tom sussurrou em meu ouvido. – Ela apenas começou hoje...

— Sei que Elena é capaz, Tom – cortei-o. – Venha, Elena. Estou te esperando aqui.

— Damon...

— Você consegue, Elena. Sei que consegue.

Elena viu que eu realmente acreditava nela. Com um suspiro profundo, ela arrastou a perna esquerda adiante. E logo depois, a direita e a esquerda novamente, a direita, a esquerda, a direita, a esquerda... Ela estava se arrastando na esteira. Ela estava andando.

Só faltava pouco agora. Talvez uns um metro. Ela olhou para mim e eu assenti. Novamente, colocando toda a força que tinha, Elena moveu seus pés. E chegou até mim.

— Oh, meu Deus! – Elena exclamou, enquanto eu puxava seu corpo para um abraço. – Oh, meu Deus! Eu consegui! Não acredito! Eu consegui!

— Sempre soube! Sempre soube! – gritei, girando-a no ar. – Você é capaz de tudo, Elena Gilbert!

— Obrigada, Damon! Muito obrigada! – ela agradeceu, apertando-me com firmeza.

— Impressionante! – Tom exclamou, fascinado. – Elena, você está muito mais evoluída do que eu pensava.

— O que você quer dizer com isso, Tom? – Elena perguntou, desvencilhando-se de meu abraço. Seus pés tocavam o chão, mas eu ainda mantinha meus braços firmes ao seu redor.

— Não dou mais que quatro semanas para que você já possa andar normalmente – Tom respondeu com um largo sorriso.

— Você está falando sério mesmo? – Elena perguntou, totalmente animada.

— É o que eu acho, Elena. Você está muito evoluída – Tom repetiu.

— Isso é incrível! – exclamei. – Só precisamos continuar com mais exercícios assim?

— Creio que sim. Você pode também tentar andar pelo jardim com alguém te segurando. E fazer alguns exercícios com as pernas à noite também podem ajudar – ele instruiu.

— Faremos tudo isso – Elena afirmou. – Não vejo a hora de poder voltar a andar.

*

— Isso mesmo, Caroline! Eu andei! Eu andei naquela esteira! – Elena repetia a história pela terceira vez hoje.

Ela já tinha contado a Stefan e Bonnie e, aparentemente, a Loira ligara para confirmar.

— Claro que é maravilhoso! – Elena exclamou. – Estou me sentindo tão feliz, Care! E foi tudo por causa de Damon – ela deu um sorriso para mim. – Se ele não tivesse me encorajado, não teria conseguido ir tão longe.

Retribuí o seu sorriso e sentei na cama, acariciando sua perna.

— Sim, vamos comemorar! Amanhã parece ótimo! O que acha, Damon?

— Qualquer dia que você queira – respondi, sem abandonar o sorriso. Fiquei feliz em saber que ela me queria nessa comemoração.

— Sim, Damon vai. – Elena confirmou para Caroline. – Boa noite, Care. Nos falamos amanhã.

Elena desligou o telefone e colocou sua mão sobre a minha.

— Você não sabe como estou feliz hoje, Damon – ela sussurrou, olhando para mim. – E devo isso a você.

— Elena...

— Estou falando sério, Damon. Obrigada por ter me encorajado mais cedo. Se eu tive sucesso nisso, foi por sua causa.

— Foi por sua causa, Elena – contrapus. – Pelo seu esforço. Eu apenas te dei um pequeno incentivo.

 Elena deu uma risada fraca e desviou o olhar para nossas mãos.

— Acho que você já pode se livrar do seu cargo de babá 24 horas, não é? – ela falou com um meio sorriso. – Você pode viver a sua vida de novo. Ir para a boate, conhecer mulheres...

— Não quero isso, Elena – interrompi-a. – Eu gosto de cuidar de você. De zelar por você. E só vou parar quando você não precisar mais de mim, quando você já estiver andando normalmente. Aí, eu te deixarei em paz.

— Aí você sairá da minha vida? – ela perguntou, ainda sem coragem para me encarar.

— Se você quiser – respondi, engolindo em seco. Não queria sair da vida de Elena. Não queria deixá-la sair da minha. De jeito nenhum. Mas se ela quisesse... Não havia nada que eu pudesse fazer.

— Não sei bem se é isso mesmo que eu quero – ela confessou com uma risada baixa.

— Então não sairei.

Elena finalmente olhou para mim e deu um leve sorriso.

— Você... Quer... – ela parecia hesitar. – Você quer dormir aqui comigo hoje?

Não acreditei em sua pergunta. Elena estava me chamando para dormir com ela, para que tivéssemos uma aproximação maior. Depois de tanto tempo... Será que isso era sinal de que ela me perdoara? De que ainda me amava?

— Damon?

— Quero. Quero sim – respondi com um sorriso.

Eu deitei-me ao seu lado e, meio inseguro, pus o braço ao seu redor. Ela não pareceu se incomodar.

— Obrigada, Damon – ela sussurrou, já de olhos fechados. – Obrigada por ter cuidado de mim. Você não faz ideia de quanto isso foi importante para mim.


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Notas finais do capítulo

E então, gente???
Parece q Damon conseguiu se redimir, né??
Ps: a fic está entrando em sua reta final!!!



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