Bom acho certo começar está bela história me apresentando, chamo-me Jeon Jung-Kook ou somente Kookie. Como posso me definir? Sou completamente tímido e se pudesse me esconderia no primeiro buraco, principalmente quando estou perto de garotas. Tenho somente 17 anos e estou indo para o meu primeiro dia de aula no novo colégio.
 

Ai vocês se perguntam: Novo colégio? Por quê? Graças ao trabalho de meus pais, são cozinheiros, tive que me mudar para outro país (EUA) deixando minha alegre vida de dormir e estudar na Coréia do Sul ( sim eu só fazia isso o dia todo).
 

A parte mais triste de toda esta historia, foi deixar meus melhores amigos para trás (N/A: nem preciso dizer quem são kk). Começar do zero uma nova vida no pais em que secretamente sempre sonhei viver não chegou como um presente, e sim, como uma bomba daquelas de nível nuclear. Pode parecer dramático da minha parte, mas vamos aos pontos:

Sou extremamente tímido;

Não sei fazer novas amizades;

Já disse que sou tímido e é só isso mesmo!

É seguro afirmar, já foi comprovado cientificamente, que pessoas tímidas só se ferram na vida! Serio! Não estou brincando! Se contasse cada uma das desgraças pelas quais passei vocês entenderiam meu ponto de vista, desde cair na frente da escola toda até ficar constrangido para falar simplesmente “oi, tudo bem?” para a menina da qual tinha uma queda, pessoas extrovertidas não tem este tipo de problema sabe.. Gostaria de ser assim, mas nem todo mundo nasce com a bunda virada para a lua.

— Garoto vai se atrasar no primeiro dia de aula! – mamãe modo Rochelle on.

Droga! Fiquei aqui olhando para o espelho com cara de merda, ou me apresentando intérprete como quiser, e me esqueci completamente da aula! Preciso correr porque chegar atrasado ao primeiro dia não é opção.

Nunca desci uma escada tão rápido em toda minha vida!  Achei que quebraria uma perna, mas estou bem.

Passei na cozinha somente para pegar uma fruta e sai correndo como um doente para o ponto de ônibus mais próximo.
 

Durante o caminho de ida vi como as coisas eram diferentes da Coréia, vamos aos fatos:

Fato 1 - Não vejo muitas pessoas usando uniforme escolar, na verdade não tem ninguém assim. No meu antigo colégio não passaria nem do portão sem o uniforme.

Fato 2 – Tem muitos adolescentes que mais parecem adulto aqui, me sinto meio infantil perto desses caras. Não é como se tivesse corpo de criança, mas tenho o rosto de uma, antigamente isso era normal só que aqui não é meu antigo país.

Fato 3 – Todos parecem tão entrosados e eu aqui o isolado sem amigos.
 

Apesar de todo meu “Drama Juvenil” como diria minha doce mãe, os Estados Unidos é com certeza único e peculiar, talvez ache isso por não está tão acostumado, não vou dizer que todas as pessoas são um poço de gentileza, mas pelo menos é visivelmente um lugar agradável de estar. Gosto de saber que tenho tudo bem perto da minha casa e o que fica um pouco mais distante ainda tem acesso fácil para se conseguir.
 

Nunca achei que sentiria tão nervoso como estou neste momento! Parece até que estou levando uma garota para sair, não que eu conseguisse conversar com uma é claro, minhas pernas tremem muito, estou suando como se corresse em um sol de 40 graus, me sinto cada vez mais inquieto e para melhorar sinto que minha bexiga vai explodir a qualquer momento. Este realmente está sendo o melhor dia de todos!
 

Quando estava pensando que minha vida não podiam melhorar, vejo uma garota entrando no ônibus gritando como se fosse a coisa mais normal do mundo, e junto dela vem mais três que parecem não ter todos os parafusos no lugar.

— Já disse para parar! Respeita Nicole! – Falou uma das garotas, essa era baixinha e negra tinha o cabelo bem cacheado, também era a que falava mais alto das quatro meninas.

— Não sou tuas negas para você chegar é falar assim comigo! Respeito quem me respeita! – Essa era outra garota baixinha, a única diferença era que ela não tinha uma cor muito definida, parecia meio amarelada (N/A: cor de peido). Admito que tentei não reparar, mas a bunda daquela garota era anormalmente grande.

— Cara da para vocês pararem de brigar! Não é novidade que ninguém atura vocês! – Falou uma mulata incrivelmente mais alta do que as outras e aparentemente mais velha também. Tinha cabelos cacheados e usava óculos, é a diferença de altura desta comparada às duas anteriores chegava a ser engraçado. Sem contar que o senso de autoridade dela era grande, sabe aquelas pessoas que te botam moral só com o olhar? Com certeza essa garota se encaixa neste requisito. De certa forma a personalidade dela me lembra um pouco a Erza de Fairy Tail, e as outras duas seriam o Gray e Natsu, pois ela só disse essas duas frases e lançou um olhar mortalmente fatal que foi o suficiente para que ambas ficassem quietas.

— Sim! – estou falando, devo me lembrar de nunca entrar em conflito com essa garota!

— Genteeeeee! Presta atenção em mim! – gritou a quarta que até aquele fatídico momento nem se que tinha se pronunciado.

— Que é Camila?! – falaram às três ao mesmo tempo como se já esperassem algo completamente idiota e sem sentido vindo da tal Camila.

— As pessoas se mutilam.. – disse fazendo uma pausa dramática e tendo a reação triste mais teatral que já vi em toda minha vida. Confesso que mesmo sem entender o que estava acontecendo entre às três que pareciam processar o que a quarta integrante comentou, tive uma súbita vontade de rir! Somente rir sem nenhum motivo aparente! Parece que o mesmo aconteceu com o pequeno grupo de garotas, que mesmo sem querer acabaram caindo na gargalhada logo em seguida. As risadas delas eram tão contagiantes que um grupo de pessoas começou a acompanhá-las naquele momento que parecia ser tão intimo e ao mesmo tempo tão acessível, como se já estivessem acostumados a ver o quarteto passando por momentos como este.

— Meninas preciso que passem logo, têm mais pessoas querendo entrar. – disse o motorista olhando sorridente para aquele grupo tão peculiar.
 

— Pode deixar tio! No problem. – Logo após falar a frase Nicole deu uma piscadela totalmente exagerada para o senhor, que só fez rir e passou junto das amigas para o fim do ônibus.

— Porque você partiu oh magrelinho! – Camila parecia ser a mais problemática das meninas, apesar de se vestir como uma roqueira com roupas pretas e ter um ar de delinquente aparentava ser tão ingênua quanto às outras.
 

Naquela época eu não imaginava, o quanto este quarteto mudaria minha vida, na verdade, não imaginava o quanto Camila mudaria minha vida.

— Vamos ao Burger King depois das aulas? – perguntou a negra baixinha.

— Sim – responderam todas em uníssonos.

— Mas a Nicole paga, pois, ela é a rica aqui! – Falou segurando a risada.

— Respeita Julie! Respeita! – dessa vez não contive a risada, que pareceu atrair automaticamente o olhar da tal Camila que me deu um sorriso gentil em troca. Talvez, esse ano não seja tão ruim assim..