Letters to the Sender escrita por Anne Hazelnut


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Inicio


Notas iniciais do capítulo

Boa noitee! Primeiro capitulo! Estou super ansiosa, eu espero que vcs gostem... Escrevi com muito carinho... Comentem gente pleaseee... Mas chega de falar e vamos ler!
"Eu precisava da música senão poderia enlouquecer com meus proprios pensamentos." - Desconhecido.



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Pi. Pi.Pi.Pi.Pi.Pi. Pi. Merda de despertador. Ainda estava deitada na cama, com meu pijama de bolinhas que ganhei semana passada, mais de longe é o meu favorito. Olhei de relance para o meu relógio encima do criado-mudo. Sete horas. Hora de levantar. Me obriguei morrendo de preguiça.“Mais um dia Deus” Abri a porta do meu banheiro parecendo um zumbi e o espelho me provocava “é ta na hora de parecer gente” e forcei um sorriso. As 7:24 Finnick ia passar aqui, então era melhor me apressar. Finnick era uma figura, lembro de uma vez que saímos escondidos dos pais dele, e fomos num restaurante mexicano. O que há de errado nisso? Ele foi vestido de mulher. Bom, é super legal ter um amigo com essa opção sexual, mas ele ainda ao quis sair do armário para a família dele, isso e o que ele diz.

Sai de meus devaneios e  já estava com o cabelo arrumado, e vestido uma calça jeans gasta e uma camiseta preta que ganhei de uma promoção. Peguei minha mochila, e o ipod e os fones de ouvido e os coloco ouvindo Guns N’Roses. Desci as escadas pulando de dois em dois e o Erico já estava tomando café com a nova namorada oxigenada, a voz dela parece de baranga barata. A ignorei completamente

— Bom dia Poppy, cadê a mãe e o pai? – Perguntei pegando uma maçã, e dizendo o apelido dele que ele tanto odeia. Perguntei sobre meus pais embora saiba que já foram trabalhar. Sempre assim. Acho que nem se lembram mais do meu nome. Quase nunca os vejo e eles não tem ideia de como é ruim a ausência dos pais.

—Hey não me chame assim, Bartolina – Respondeu fazendo uma careta e falando o apelido que eu odeio. Bartolina... Que culpa tenho eu se eu não conseguia falar Patolino?

— Bartolina? É bem a sua cara de otária e nerd. – A ‘sei lá o nome dela com voz nojenta’ falou -  Você, queridinha,  é totalmente oposto do seu irmão. – Ela falou comendo torrada com geleia de uva – É verdade! Não fica chateada comigo neném. Olha você é feia, chata, sem amigos legais tirando o Finn... – O maxilar de Érico ficou tenso. – O quê? Eu não gosto mesmo dela e não escondo.

— Erico, ignora... Tá tudo bem, eu to bem.... Não me importo... – Eu disse tentando aliviar a tensão e acalma-lo. Mas já era tarde ele estava ficando bem puto.

— Então eu acho que você não me conhece completamente bem, porque eu sou totalmente igual a minha irmã, quase o irmão gêmeo dela e se você não gosta dela, não gosta de mim também sua vaca – Ele disse bravo. Arregalei os olhos enquanto mordia uma torrada seca.

— Érico calma... Você sabe que todo mundo pensa isso da Evangelinne – Ela disse como se fosse normal uma pessoa ir na sua casa, comer da sua torrada e falar que você é feia... Pelo menos ela não me chamou de gorda.

— Kristt esta é minha casa e não vou deixar você falar dela desse jeito, então sai. Tira a bunda da cadeira, vai, vai – ele falava serio.

— ACABOU – ela gritou e saiu bufando e rebolando. Uau.

— Se quebrar vai ter que concertar – Devolveu.

— Érico...

— Não – Ele começou - Mesmo você sendo chata pra caramba Bartty, sou seu irmão legal e sempre vou te defender – ele disse fazendo cara de irmão mais velho.

— Não era isso que eu ia falar. Desde quando somos quase gêmeos? Somo três anos de diferença... Meu Deus do Céu Érico como você é burro! – Reclamei e ele jogou uma rosquinha em mim. Finnick buzinou em frente de casa.

— Ei, seu amigo estranho chegou...Ele me da... Medo...!  - Ele sussurrou e eu sorri. Por mais que meu irmão fosse chato e superprotetor e superciumento, eu o amava demais e não me sentia sozinha quando ele estava por perto. Só ele podia compensar a falta que meus pais faziam

—Na lista telefônica tem número de clinica de psiquiatra – Disse dando um beijinho na bochecha dele. Ele me deu um tapa.

      Entrei correndo no carro de Finnick, e a primeira coisa que notei são as unhas dele. São incrivelmente perfeitas o tempo todo! Nem dá pra competir. Finnick é incrível.

— Uau Finn, que perfeição de unhas! –  Comparei as minhas unhas dele com as dele.

— Há! Eu sei, chamo esse estilo de Lady Gaga bafonica –  Ele disse mexendo no cabelo impecável.

— Eu pareço um lixo perto de você – digo rindo e ele me olha serio – É sério. Aqueles lixos cheios de moscas em sacos pretos.

— Lynndinalva, você é linda, você so não gosta de se arrumar, você pode ser muito mais linda se quiser.

— É Evangelinne! – Reclamei – E eu não sei me arrumar...Não tenho paciência e sei lá...

—É eu sei, mais um dia você muda eu tenho fé - Sorri sem graça e fechei os olhos tentando encontrar paz. O restante do caminho foi em silencio, era dez minutos  até a escola e fui pensando em coisas da minha vida. Era meio que um livro em branco sem coisas medonhas ou diferentes. Todo dia paginas iguais. Rotina é um saco mas mudar...

— AIMEUDEUSDOCÉU! – Finn freiou bruscamente e eu bati a cabeça no porta luvas do carro dele. Caramba.

— O que? O que? O que? – Perguntei assustada olhando para ele e procurando alguma coisa super hiper mega incrível pela reação dele. – Finn? Finn? Finnick?!– Dei um tapa na cara dele e ele acordou de seu devaneio sei lá o que, invocação do mal ou tanto faz...

— Ai, ai vagabunda! – Ele reclamou.

— Até que enfim! O que deu em você? – Perguntei preocupada e ele voltou com aquela cara de porco assado que me estressou.

— Olhe Lynn –Ele disse com voz suave e meiga – Me diz se não é a visão do paraíso...

— Nossa, é um belo carro – Falei dando de ombros ao olhar a caminhonete estacionada ao lado da vaga dele.

— Não é isso anta! – Ele disse virando a minha cabeça em direção ao estacionamento e ai que eu o vi. E realmente... UAU. Ele era alto, de olhos azuis e cabelo loiro, e pele branca e tinha uma caminhonete prata linda que estava estacionada ao lado da vaga de Finnick, ele estava encostado no carro dele. Acho que era meio bad boy. Calça preta, jaqueta de couro, cabelo bagunçado. Vou te falar qual é o tipo dele. Otário. Deve namorar a mais gostosa da escola. Não sabe fazer nada da vida, e não é inteligente. Mas devo admitir que era um lindo pedaço de carne.

— Senhô da gloria, nossa senhora do bom gosto, quem é esse pedaço de pecado? – o Finn disse se abanando. Nem prestei atenção, algo nesse cara me chamava a atenção. Não sei o que mas tinha alguma coisa estranha e não era a beleza que era muita por sinal. – Lynn? Ei? Evangelinne? Eeeeei?! – Senti um estalo no meu braço

— O que foi vadia? – Disse eu me libertando do transe

— Para! – Ele deu uma risada elétrica – Só o Bruno me chama assim... – Eu ri em seguida -  Tira os olhos porque ele é meu – Ele disse já me dando ordem.

— Finn você acabou de falar do Bruno e já ta de olho em outro? Esse ai... Só quer... Bunda  – Disse de uma vez.

—Ah! – Ele disse como se sentisse uma facada no peito – Que decepção! Tinha imaginado varias fantasias interessantes...

— Finnick que nojo!

— Vem... Vamos ver se ele gosta da fruta

— Você é a vergonha da raça humana – Eu disse e ele sorriu bem escandaloso. Ele estacionou, ao lado do da caminhonete prata e desceu rapidamente. Abri a porta e sai andando de cabeça baixa, estava ventando frio. Droga Eva! Por que eu não vesti um casaco?  Ventou mais forte e meus papeis e partituras voaram. Demônio! Me virei para pegar meus preciosos papeis e o gato estava bem ali atrás. Credo em cruz!

 - Ah, com licença, tenho que pegar meus papeis – disse tensa com a voz num sussurro e ficando levemente vermelha. Meu Deus do Céu! Ele era incrivelmente mais gato de perto. Meio que em 3D!Engoli em seco.

—Hum, oi... Aqui estão seus papeis... – O quê? Como assim? ! Como uma pessoa pode pegar tão rápido papeis que voaram super rápido? Merda. Acabei de chamar o demônio e ele veio! Demônio muito bonito por sinal. Pisquei algumas vezes assustada e também por que meus olhos estavam congelando de frio.Ele aguardava ansioso a minha resposta ou o meu obrigado.

— Eita! Ah... É... Hum, muito... obrigada. Nossa. Uau você é bem.... Rápido né? – Conversar com alguém bonito é muito mais difícil do que pensei. Fiquei olhando dentro os olhos dele e tinha algo errado. Eu não sei explicar... Eva que coisa mais clichê! Mas eu não sabia o que dizer... Ao mesmo tempo que dava medo, seus olhos azuis acalmavam.  Ficamos um tempo nos olhando. Ele me olhava com a mesma intensidade que eu o olhava.

— Não foi nada demais... Cairam no meu pé... – Ele disse baixo. Sua voz era maravilhosa.

— Sinto muito... – Disse ainda o olhando. Não conseguia desviar...

— Desculpe atrapalhar o casal romântico mas... Alguém não esta feliz. – Finn disse gesticulando

— Ah! – Me afastei um pouco. – Eu... Eu já estava indo – Eu disse me virando e puxando Finn comigo. Podia ter acabado por ai né?  Um bando de garotas estúpidas estavam vindo em nossa direção. A super popular America liderava as meninas. A America era popular e irritante não existia ninguém nesta merda de cidade que não conhecia ela. Droga.

— Merda não tem como fugir Finnick? – Perguntei me sentindo encurralada.

— Pior que não.

— Eu sabia que o gato namorava alguma gostosa. Ninguem menos que a America! – Reclamei.

— Travis! – ela disse brava e irritada. Eu nem percebi que ainda estava tão próxima dele. Era bem cheiroso. – Não dá nem um dia nesta escola e você já está dando encima dessa “coisa sem estilo”? Não estou falando de você Finn – Finnick é amigo de todo mundo, dá até nojo dessas amizades dele. Bando de corvos.

— Oi America... – Ele disse se afastando e me olhando  desdém – Eu só estava ajudando. Eu tenho olhos só pra você – Ele deu um beijinho nela, e Finn revirou os olhos. Eu observava tudo com curiosidade. Faltou só a pipoca.

— É claro que tem. E você não me trocaria por essa... sei lá o que... – Ela disse agarrando o pescoço dele. Acho que vou vomitar.

—America eu já expliquei a situação. Você não precisa ofendê-la... – Olha só... Primeiro me olha com desdém e agora sente pena. Ele é pior do que eu pensava. Gatinho mal, muito mal.

— Eu não preciso que ninguém me defenda – Eu disse ríspida. – Eu tenho boca se você não percebeu. Ouvidos também. – Ele me olhou tentando compreender. Ai que otario.

—Uh a vaca resolveu dar coice!– America provocou gesticulando com a boca.

— Você que ta parecendo vaca falando desse jeito – o Finn já estava irritado.

— Ta vendo Trav, você a ajuda  e ela te trata desse jeito. Acho que a sua  beleza não funcionou com essa feia estranha.– Disse fazendo cara de cachorro molhado.

— America! Quer fazer o favor de calar a porra da boca?! – ele berrou irritado passando a mão pelo cabelo. Ui que sexy.

— Ei... Calma. Tá tudo bem – Eu disse tocando em seu braço.– Estou acostumada com pessoas que não gostam de mim. Está tudo bem... Travis não é? – Sua expressão se suavizou e ele assentiu.  – Está tudo bem, obrigada por recolher meus papeis. – Agradeci. Eu não queria confusão. America olhava tudo irritada.

— De nada Flor - Ele disse com ternura e eu evitei olha-lo nos olhos mais era impossível.

— Vamos Finn – Eu disse saindo evitando olhar pra trás. Hans já me esperava na porta e observava a confusão de longe. O Hans era meu melhor amigo. Nos conhecemos desde que entendo por gente.Ele me aceita do jeito que eu sou e meu primeiro beijo foi com ele, mas nunca namoramos. Ele é a melhor pessoa do mundo e ele trabalha comigo no jornal. Eu tenho um emprego no jornal da escola no quadro “pergunte a Annie”. Eu dou conselhos pra escola inteira mas ninguém sabe. Só o Hans. Ele me ajuda a escolher as cartas, edita os erros ortográficos e manda para o pessoal da edição. Eu conheço todo mundo da escola pelo seus medos, e a Annie está aqui pra ajudar e aconselhar. Mas isso é uma coisa entre mim e Hans.

— Bom dia Bartty – Ele disse me beijando na testa e afastando minha franja castanha dos olhos, eu não me importava se ele me chamava de Bartty, soava bonito do jeito com ele falava - Quem é aquele que estava com você?

— Ninguém, não importa – Respondi dando de ombros. Olhando pra onde Travis estava e senti seus olhos me observar. Me penetrava.

— Como é que é?! – disse Finn sempre escandaloso, eu não queria falar com o Hans sobre Travis. Na verdade não tinha mesmo importância. Era só um cara que me ajudou com os papeis. Só isso.  – você quase o engoliu com os olhos e diz que não foi nada? Só pode estar brincando Lynndinalva. – Tinha que ser o Finn e sua boca grande.

— Vadia! – Resmuguei. Ele piscou.


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Notas finais do capítulo

Bom.... Comentem! Please! Recomendem! Please!



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