Dia da Batalha

—Chegou o grande dia. - Regina suspirou enquanto olhava pra filha pelo espelho, onde Spencer se encarava.

—Será que estou realmente pronta?- Questionou enquanto ajeitava a jaqueta azul.

—Quem te deu essa jaqueta?- A prefeita levantou uma das sobrancelhas.

—A Emma.

—Tinha que ser. – A mulher revirou os olhos e Spencer riu.

—Ela disse que era como uma armadura, que iria me proteger.

—Eu sei que você consegue, eu acredito em você.

—Ainda existe esperança quando alguém acreditar. – Emma apareceu sorrindo na porta do quarto.

—Deus, você está parecendo sua mãe, querida. –Regina resmungou.

—Eu nunca chegarei aos pés de Mary Margaret. – As três riram. – O que achou da jaqueta que dei pra ela?

—Até que ficou boa.

—Você precisa aprender a elogiar, Regina. – Emma revirou os olhos rindo.

—Ah vai, mãe. Ficou ótima, aliás, a Emma é como um pai pra mim. – Spencer disse sarcasticamente e olhou para a loira.

—E ela é como uma filha que eu nunca tive, vem cá, Spencer!- A salvadora passou o braço pelo pescoço da garota e deu um cascudo nela, fazendo as duas rirem. – Eu vou arrancar o coração dos seus namorados já vou logo avisando. – A soltou.

—Não, não e não. Esse é o meu trabalho. - Regina deu um leve tapa no braço de Emma.

—Eu vou descer, vocês vem?- Spencer disse indo em direção à porta.

—Já vamos. – Swan respondeu.

—Ok.- A garota se retirou.

—Escuta, Regina, eu ouvi errado ou você me chamou de querida?- A loira tinha um sorriso bobo nos lábios. – Pensei que ainda estava brava comigo por não ter reconhecido que não era você.

—Estava, mas isso não importa mais, o importante é que estamos juntas e basicamente você não me traiu, não dá pra você me trair comigo mesma... Ou dá?-  A morena fez uma careta.

—Eu adoro quando você faz essas caretas. – Emma sorri mais ainda e a puxa pela cintura, colando seus lábios nos delas. Mesmo sendo contra sua vontade, Regina se afasta, terminando o beijo.

—Temos que ir, Mr. Swan, daqui a pouco dará meio dia, o horário combinado para a luta. – Ela explica.

—Ok, então,  vamos. – A loira segura a mão da morena e as duas descem.

No andar de baixo, Spencer conversava com Veronica.

—Vou ficar bem, eu prometo. – A garota não tinha tanta certeza assim, mas tinha que tranquilizar sua mãe. – Quando isso acabar, voltaremos para Rosewood. Juntas.

—E ai você vai retomar seus estudos, mocinha. – A mulher brincou. – Eu te amo tanto, tenho medo de algo acontecer com minha garotinha. –Acariciou o rosto da filha.

—Eu também te amo. – Ela abraçou a mãe e depois foi até Hanna e Henry. – Hanna, quero dizer que você sempre foi uma amiga incrível, sempre esteve lá quando precisei e eu sempre saberei que poderei contar contigo. Você é como uma irmã pra mim.

—Para, Spencer, se não eu vou borrar o rímel. – A loira brincou fazendo a amiga rir, as duas se abraçaram e logo Spencer se direcionou ao irmão.

—Henry, passamos pouco tempo juntos, mas essas últimas semanas foram incríveis, e é ótimo saber que tenho um irmão mais velho, aliás, você tem quantos anos?   

—32, mas isso não vem ao caso. – Os dois riram. – Eu também adorei tem conhecer, irmãzinha, acabe logo com minha tia pra andarmos juntos a cavalo novamente.

—Sua tia?- Ela franziu as sobrancelhas.

—Longa história, conto quanto você terminar a luta.

—Ok...

—Então, vamos, pessoal?- Regina questionou entrando na sala com Emma.

—Sim, Leila e o resto do pessoal já estão lá. – Hanna explicou.

Com um leve gesto das mãos de Regina, eles se teletransportaram para  frente do Granny’s.

—Finalmente! Achei que iria amarelar, Hastings. – Sophie riu.

—Cale a boca, Projeto de Dark One. – Spencer retrucou e a outra garota ficou séria.

—Vamos começar isso logo. – Ela fez com que uma espada aparecesse em sua mão. Sophie vestia uma camiseta de manga comprida preta, calça legging azul escuro e botas, e claro não poderia faltar a longa capa de cor negra. A Hastings sacou sua espada, todos estavam observando em volta. – Suas últimas palavras?

—Vai pro inferno. –Sorriu de lado e as duas começaram uma luta frenética de espadas.

Spencer foi derrubada por Sophie, a garota de capuz iria atingi-la com a espada, mas ela rolou para o lado e se levantou rapidamente. A filha do Dark One estava preste a tentar outro ataque, mas Spencer segurou a lâmina  da espada, a fazendo derreter.

—Ops. – A Hastings sorriu cinicamente.

—Tudo bem, eu cansei de armas mesmo, vamos partir para a magia. – Com um movimento com a mão esquerda, Sophie lançou a adversária longe. Spencer se levantou com dificuldade, jurava que tinha fraturado uma costela.

—Será que ela está bem?- Veronica sussurrou para Regina.

—Ela aguenta. – A rainha respondeu.

—Vamos, Spencer, acabe com ela. – Evil Queen torcia para a filha escondida, afastada do grupo dos heróis.

—Você consegue, Spencer!- Leila e Robin gritavam da ”plateia”. Gold e Belle assistiam tudo calados, ela estava morrendo de medo de sua filha acabar matando a outra garota.

—É o seu fim, Spencer Hastings. –Sophie lançou sua magia contra ela novamente.

—Um dia será, mas esse dia não é hoje! – Ela lançou sua magia de fogo contra a garota, e a magia das duas, então, se encontraram, colidindo-se. E ficou assim por alguns segundos, uma hora Sophie estava em vantagem, e na outra Spencer quem levava a melhor. Chegou a um ponto, que a magia era tanta, que causou uma grande explosão.

  Todos que assistiam a luta se protegeram de alguma maneira, Emma abraçou Regina e Henry, querendo os proteger. Quando a poeira abaixou e o clarão sumiu, as duas garotas, tanto a filha do Dark One quanto a filha de Regina, haviam sumido. Tudo que restou foi os sinais de destruição da luta delas.

—Não! Não pode ser...- Regina estava incrédula.

—Spencer! – Hanna gritou e desabou no choro, Henry a abraçou, tentando consolá-la.

—As duas... se foram?- A pergunta de Leila soava mais como uma afirmação.

—Não!- Regina caiu ajoelhada, lágrimas rolavam pelo seu rosto.

—Calma, Regina, elas podem estar vivas ainda. – Emma se abaixou ao lado da amada e a abraçou.

—Rumple...A nossa filha...ela...- Belle tinha os olhos marejados, Gold apenas a abraçou , também estava incrédulo. Como poderia ter deixado sua garotinha ter feito aquela besteira?

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—Ei, acorde!- A garota abriu os olhos lentamente e tentou se levantar, mas sentiu dor e desistiu.

—Sophie?- Spencer olhou em volta. – O-onde estamos?

—Em Storybrooke que não é. – Sophie ajudou a garota a se levantar. – Mas eu chuto que estamos na...- Fez um pausa dramática.

—Aonde?- A Hastings insistiu e a outra riu.

—Bem-vinda à Floresta Encantada, Spencer!