Meu coração escolheu você escrita por Amor Pitombrina


Capítulo 26
Capítulo 26 ♥


Notas iniciais do capítulo

"Sorte a minha que os nossos mundos se encontraram, sorte minha que um dia você chegou, sorriu e me aceitou assim como sou, com milhares de imperfeições e defeitos, você me quis do mesmo jeito. Obrigado por ficar mesmo tendo a opção de ir, obrigado por ser casa e abrigo, por ser o motivo do meu sorriso."



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♥Vigésimo sexto Capítulo♥

 

Felipe

Não podia acreditar no que estava acontecendo, não acredito que a Shirlei não se lembrava de mim e sim daquele idiota do Adonis, isso não podia estar acontecendo, não queria acreditar.

Dr. Paulo veio e me explicou o que estava acontecendo, que era normal depois de uma pancada forte na cabeça, falou que essa perda de memória seria temporária, mas que a memória da Shirlei poderia voltar logo como também demorar um tempo. Mas nada do que ele disser vai me fazer desistir da Shirlei nem que pra isso eu tenha que reconquista-la e eu farei isso nem que seja a ultima coisa que eu faça na minha vida, não posso perdê-la, ela é a mulher da minha vida, não sei viver sem ela.

Fiquei o dia todo no hospital, mas não tive coragem de ir lá ver a Shirlei, não iria aguentar olhar pra ela e não abraça-la, beija-la ou ouvi-la falar que não se lembra de mim, seria demais, não vou suportar isso.

Dona Francesca e Tancinha saíram do quarto para irem pra casa.

— Como ela está Dona Francesca? – precisava saber dela.

— Está bem meu filho. – não senti firmeza na voz dela.

— Pode me dizer a verdade, tenho que ser forte. – precisava saber da verdade.

— Bom meu filho, ela não se recorda de muita coisa, ela não se lembra de você, desculpa ter que te dizer assim. – ouvir isso foi demais para mim e lágrimas saíram pelos meus olhos.

— Não pode ser. – estava chorando feito uma criança ajoelhada ao chão.

— Calma meu filho, ela vai se lembrar de você, só ter paciência. – precisava acreditar naquilo.

— Acho que não tenho mais nada pra fazer aqui, queria muito ver ela, mas ela não vai se lembrar de mim e isso será demais para mim. – nem percebi, mas estava abraçado com Dona Francesca.

— Isso meu filho, vá pra casa descansar, amanhã será um novo dia e tenha fé que tudo dará certo.

Fui pra casa, precisa tomar um banho que tirasse toda aquela dor de mim, estava me sentindo despedaçado, e saber que isso tudo é culpa da Jessica, espero nunca mais ver ela na minha frente não sei do que sou capaz de fazer com ela.

Chego em casa e vou direto pro banheiro, ligo o chuveiro, tiro minhas roupas e deixo aquela água quente cair sobre meu corpo, uma sensação de vazio toma conta de mim e sou tomado pelas lágrimas, vou escorregando encostado na parede e quando me vejo estou sentado no chão do banheiro com a cabeça encostada na parede e chorando igual uma criança quando perde um brinquedo que gosta muito, não que comparo Shirlei com um brinquedo, mas pra mim ela é tudo na minha vida, durante esses meses que estamos juntos nunca me senti tão feliz, tão realizado, tão completo. Ela me preenche, preencheu o vazio que existia em mim, ela é meu porto seguro, minha luz.

Fico por um longo tempo ali, daquele mesmo jeito, só me dou por mim quando meus dedos estão todos enrugados e sentindo muito frio, termino o banho e vou me deitar, queria acordar amanhã e ser tudo mentira, queria estar dentro de um pesadelo e acordar com minha princesa ao meu lado.

Tenho a pior noite da minha vida, mal dormi a noite e a hora que fechava os olhos a visão da minha vida sem Shirlei aparecia. Preciso fazer alguma coisa pra mudar isso. Estou com muito medo dela querer terminar comigo.

 

 

Shirlei

Passar a noite em um hospital é a pior coisa do mundo, mas tomara que hoje tenho alta e vou pra casa. Durante a noite tive vários sonhos e em todos, aquele rapaz estava presente, ele sempre aparecia pra mim me chamando de amor. Como era estranho saber que você tem um namorado e não se lembrar dela, não posso continuar com ele, primeiro preciso me lembrar dele.

Uma enfermeira entra e me entrega uma encomenda.

— Pra você, deixaram lá na recepção. – ela disse.

— Obrigada!. – e ela se retirou do quarto.

Era um buquê de orquídeas amarelas, as minhas preferidas. Só quem tem contato intimamente comigo sabe disso, quem será que me mandou?! Tem um cartão no meio.

“Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoas que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o primeiro e o ultimo pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: o AMOR. Por isso, preste atenção, não deixe as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Shirlei talvez eu esteja indo rápido demais, mas queria te dizer pra não desistir de nós, sei que vai ser difícil no começo você não se lembrar de mim, de nós, dos obstáculos que passamos juntos, das noites de amor que tivemos, desculpe falar disso, mas sinto tanta falta do seu corpo colado ao meu, das nossas declarações. No inicio não vai ser fácil, mas prometo te conquistar novamente, não quero perder a menina dos meus sonhos. Te amo. Do seu príncipe, Felipe.”

Quando terminei de ler lágrimas escorriam pelos meus olhos, não sei se era de felicidade ou de tristeza por não me lembrar dele, pelo jeito vivemos muitos momentos juntos e eu me entreguei a ele, esse pensamento me faz ficar ruborizada. Preciso me lembrar dele, sinto que temos uma ligação muito forte.

E mais um dia se passou e eu nesse hospital, o medico falou que ficaria mais um dia de observação e amanhã me daria alta. Fiquei o dia todo pensando nas palavras do cartão do Felipe, minha mãe veio me visitar e me contou tudo o que eu havia contato pra ela durante o tempo que tava com Felipe, sobre o acidente, ele ter ficado paraplégico e eu ter ficado do lado dele sempre, e que eu fui a ancora dele durante todo esse tempo, e bem lá no fundo da minha cabeça eu sentia que o amava, precisava me recordar dele.

Mais uma noite passou e eu sonhei novamente com o Felipe, ele já não saía mais da minha cabeça, será que eu estava me apaixonando por ele? Quer dizer, será que estava me lembrando dele?

E novamente a enfermeira entrou no meu quarto com uma encomenda pra mim, dessa vez era uma caixa de bombons e um urso de pelúcia com um coração com a escrita “SHIRLIPE”, e também um cartão.

            “Embora eu tenha tentado descrever tudo que sinto em uma folha de papel, nenhuma palavra foi absolutamente completa o suficiente para conseguir expressar o meu amor por você. Diante disso cheguei a conclusão de que amar é apenas sentir, é deixar as coisa fluírem com naturalidade e mesmo que eu tente colocar tudo no papel o que sinto, jamais conseguiria, pois o amor que existe em meu coração é infinito e totalmente seu. Te amo hoje e sempre vou ama-la com o meu corpo, meu coração, meu pensamento e minha alma. Eternamente te amo.

             Espero que tenha gostado das orquídeas, são suas preferidas né?! SHIRLIPE é a junção dos nossos nomes, espero que tenha gostado também. Shirlei, minha princesa, não vou desistir de você, nem que eu tenha que dar a volta no mundo pra te ter de novo comigo. Você é minha luz. Te amo. Do seu príncipe, Felipe.”

E de novo estou com lágrimas nos olhos, ele me surpreendeu novamente. Preciso conversar com ele, saber como era nossa relação, preciso sentir se posso continuar com isso, se sinto alguma coisa por ele.

Passo o dia pensando nele de novo, quando foi bem de tardezinha Dr. Paulo me liberou estava de alta. Minha mãe e Tancinha vieram me buscar.

Cheguei em casa e fui tomar banho, precisava tirar aquele cheiro de hospital. Depois do banho fui pra sala ver um pouco de TV, minutos depois a campainha toca e minha mãe vai atender.

— Filha, tem uma visita pra você. – minha mãe falou abrindo espaço para a pessoa passar.

— Olá princesa, quer dizer, Shirlei. – não me incomodei nenhum pouco com o apelido que ele me chamava.

Quando ele foi entrando pela sala as palavras daquele poema que ele em enviou veio imediatamente em meu pensamento, meu coração parou de funcionar, vi brilho em seus olhos e pude sentir que os meus estavam do mesmo jeito, meus olhos se encheram de lágrimas, minhas mãos suaram, minhas pernas bambearam e eu não conseguia falar nada.

Ele foi se aproximando cada vez mais e cada vez mais eu me sentia segura, protegida, e ele chegou bem perto.

— São pra você. – e novamente ele me surpreende com minhas flores preferidas.

— O.. Obri.. Obrigada. – droga estou gaguejando.

Ficamos por algum tempo um encarando o outro e alguma coisa me dizia que ali era meu porto seguro.  


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