Meu melhor erro escrita por Lisa


Capítulo 10
Capítulo 10




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723973/chapter/10

 

O dia não aliviou e se seguiu demorando.

A cada instante eu olhava para o relógio só para constatar que só tinha passado 3 minutos.

3 míseros minutos!

Desde a minha última olhada e isso me deixava cada vez mais ansioso, mas também quando deu a hora eu fui pontual e cheguei lá primeiro que ela o que foi bom pois deu tempo de dar uma conversada com maitre e pegar uma mesa que ficasse longe o suficiente pra ouvir a conversa, mas perto o suficiente para observar.

— Ela chegou.- Rhodes diz.
— Só queria dizer que isso é ridículo!
— E por que você veio então?
— Você convidou, lembra? Além do mais você está pagando e comida boa e de graça é o sonho de toda grávida.
— Então não reclame.
— Ainda não acredito que vocês estão namorando.
— Não namoraria comigo, Amélia?
— Meu Deus, isso é tão esquisito!- Rhodes comenta e nós o ignoramos.
— Não mesmo.
— Deixa eu adivinhar eu não sou um cara namorável apenas transável.
— Ela te disse isso, foi? Tem certeza que estão namorando?
— Tenho, venci pelo cansaço. Vocês acham que eu só o quê, um cachorro no cio?
— Você quer mesmo que eu responda, Tony?
— O cara chegou.- quando virei o rosto para olhar era um homem vestido como algum oficial das forças armadas, mas era um idoso!
— É isso? O cara que o Happy fez tanto alarde é o pai dela?
— Esse não é o pai dela, mas eu acho que conheço ele de algum lugar.
— O amigo conhece o pai, mas o namorado não conhece o sogro que belo namoro!- eu a ignoro e passo a observar eles trocam abraços e se sentam um de frente pro outro, riem bastante enquanto conversam, mas chega um momento em que os risos somem e Pepper põe a mão sobre a dele.
— Já chega, eu vou lá!- ignorando os apelos de Rhodes eu me dirijo a mesa, viro a cadeira para que o apoio das costas se torne o apoio do meu peito e me sento.- Srta. Potts, o que faz aqui?
— O que uma pessoa que não trabalha em um restaurante faz em um, Sr. Stark?- suas palavras até saem em um tom calmo, mas posso ver umas labaredas em seus olhos.- Mas o que o senhor faz aqui? Não é do seu feitio vir a um restaurante jantar sozinho.
— Não estou só vim com Rhodes, a Amélia e o Rhodes não nascido para um jantar de comemoração pelo casamento e o bebê.- digo e aponto com o queixo para mesa onde os dois estão e agradeço mentalmente por eles estarem distraídos olhando o cardápio em vez de estar olhando fixo para cá.- E o senhor, representante do governo, veio aqui tentar convencê-la a me convencer em dar a vocês as minhas armaduras? Por favor, pare, eu já estou de saco cheio de dizer que não e vocês de ouvirem o meu não então se organizar direitinho todo mundo sai ganhando.
— Não estou aqui representando o governo e nem estou interessado em suas armaduras, Sr. Stark, pra falar a verdade eu sempre fui contra essa tentativa de tentar tê-las acredito que estar nas mãos de um louco é melhor do que estar nas mãos de vários.
— Vovô!- uma menininha de cabelos ruivos e muito parecida com a Pepper surgiu sei lá de onde e o abraçou apertado.
— Este é o meu sogro, Tony, o almirante Gleen Cooper.
— Está acontecendo alguma coisa aqui?- a voz é do garoto e foi inevitável meus olhos não o buscar. Cara de gente séria igual a da mãe, usando a clássica jaqueta de quem é integrante de time do colégio, cabelos bagunçados, resquícios de barba, acompanhado de uma moça loira de cabelos cacheados e muito bonita provavelmente é a namorada, é a primeira vez que olho pra ele agora sabendo quem é.- Você vai ficar me encarando?- ele pergunta sem muita simpatia e só então percebo que eu estava olhando para ele igual um idiota.
— Ham... não. Srta. Potts, amanhã antes de ir trabalhar você poderia passar lá em casa? Preciso acertar umas coisas da empresa com você.- ela assentiu.- Foi um prazer, almirante, faça a sua ideia sobre as armaduras estar nas mãos de um louco ser melhor que na mão de vários ser ouvida pelos seus amigos já não aguento mais o enchimento de saco.- ele sorriu.- Tenham um bom jantar.- trocamos cumprimentos e eu voltei pra minha mesa.
— E então, Sherlock, em que as suas descobertas o levaram?
— Ele é o pai do Chris, almirante alguma coisa Cooper.
— Gleen Cooper, sabia que eu o conhecia de algum lugar. Mas e aí, Tony, sossegou seu coração?
— Não, ainda não descobri quem é o outro cara.- ele revirou os olhos.
— Nunca pensei que veria Tony Stark com ciúmes e namorando uma mulher que tem dois filhos, já é padrasto hein Tony pra ser pai é um pulo.
— Eu já sou.
— Pepper tá grávida? Nossa, vocês são rápidos! Quantos meses?
— 192 meses.- respondo após uma conta rápida.- Convertendo para anos 16.
— O rapaz é teu filho?!- eu assinto e ela olha pra Danny que na nossa visão está de perfil.- Acho que o óbvio nunca é tão óbvio até a gente perceber. Você tem contato com ele ou o deixou de mão?
— Descobri sobre ele há um mês ou dois, por aí, não tive tempo de ser o péssimo pai que sei que seria. Foi melhor assim a Pepper fez um excelente trabalho eu provavelmente iria estragar esse menino de alguma forma.
— E agora, Tony? Você está namorando com a mãe dele não vai ter como fugir como você pretendia fazer.
— É realmente, mas só vou pensar nisso quando a hora chegar por agora eu só quero comer. Vocês já pediram? Nesse pediram está incluso o meu pedido só pra constar.
— Já pedimos.
— Ótimo!- bato uma palma em comemoração e fico a espera da minha refeição.

Agora eu sei por que Pepper gosta tanto daqui, a comida é excelente, o salmão com molho de manga é divino! Certamente fará parte da minha escolha no cardápio quando vier aqui outra vez. Estávamos todos distraídos rindo de uma história que contei sobre Rhodes quando ele me cutucou e me apontou com o queixo a mesa de Pepper, estava havendo alguma discussão Danny estava marchando para fora do restaurante e Pepper ainda ficou e falou algo para uma senhora, que eu lembro bem que não estava ali, antes de sair pegada na mão da filha sendo rapidamente seguida pelo o homem, por impulso eu me levantei e os segui também, ao passar pela mesa olhei de relance para ela que estava muito tranquila comendo, consegui alcançá-los no estacionamento e aparentemente Danny estava bem nervoso.

— Ela não é nada minha não tenho obrigação de ficar ouvindo calado.- é o pedaço que ouço quando me aproximo e Pepper me olha.
— Pepper, o que houve?
— Nada...ham... Gleen, acho que já deu nossa hora.
— Pepper...
— Tá tudo bem, esquece. Danny, aproveite que o jantar terminou mais cedo leve a Maggie para casa e procure saber o que o avô dela deseja conversar com você, sua irmã e eu iremos de táxi.- com as mãos apoiadas no quadril ele soltou o ar e estendeu uma das mãos para pegas as chaves, mas Pepper as entregou para a garota e ele revirou os olhos.
— Sem malcriações, hoje quem dirige sou eu.- ela brinca, mas ele entorta a boca e resmunga coisas que não conseguimos entender.- Vamos, chato.
— Ela mereceu ouvir o que ouviu, Danny, não tiro a sua razão.- ele afagou um dos ombros do garoto e ele apenas balançou a cabeça.- Ela conseguiu afastar os 2 únicos filhos que tínhamos e o neto...
— Sou seu neto dela não. Vamos, Maggie, não quero que fique tarde pra falar com o seu avô o dia hoje foi complicado demais pra estender a complicação até amanhã. Nos vemos em casa, tá? Tchau, vovô.- ele o abraça rapidamente e vai em direção ao carro.
— Não se preocupe eu cuido dele.- a garota fala para Pepper antes de fazer o mesmo caminho e partir.
— Não era essa a minha intenção nesse jantar, Pepper.
— Eu sei, Gleen, mas como você bem disse não era a sua intenção, mas era a dela. Vamos, Kate.
— O que você vai fazer?
— Pegar um táxi.
— Eu posso levar vocês.
— Não, eu levo.- a frase sai como um reflexo e eles me olham.- Me espere aqui só vou me despedir do Rhodes e Amélia.- digo e aperto os passos para chegar logo onde ele está.- Rhodey, me diz que você está com uma SUV e que ela é boa.
— Estou com uma SUV e ela é boa, por que? E o que aconteceu no jantar da Pepper?
— Não sei direito só sei que tem algo a ver com aquela velha da mesa, enfim, nós dois precisamos trocar de carro, eu vim com o conversível e eu fiquei de dar carona a Pepper e a filha então eu preciso da SUV, toma!- jogo as chaves do meu carro pra ele e o cartão de crédito e ele me joga as chaves dele.
— É o sexto carro do lado esquerdo, da GM cor grafite.
— Tá, valeu. Diga a Amélia que... seja cordial por mim.- não espero sua resposta e saio quando chego no estacionamento as duas estão lá ainda acompanhadas pelo pai do Chris, quando me aproximo ainda ouço ele insistir em um pedido de desculpas e ela insistindo em dizer que não há necessidade dele se desculpar mesmo assim ele ainda pede mais uma vez antes de se despedir dela e da neta e voltar para o restaurante.- Vamos?- elas assentem e eu sigo com elas até o carro em silêncio.

Não há um mísero barulho nesse carro, Pepper tá com o pensamento longe pra falar a verdade ela nem se mexe a filha dela é outra que também não diz nada, mas ao contrário da mãe ainda mexe a cabeça para observar a movimentação da rua.

— E então, mini Pepper.- falo para capturar sua atenção pelo retrovisor e consigo.- Quantos anos você tem agora, três?
— Não, Tony, eu tenho oito, e você já tem 80?
— Eu sou de 1970 faça as contas.
— 42 anos.- ela responde rapidamente e sorri pra mim da mesma forma que Pepper sorri quando me ganha em alguma coisa.- Eu sou boa em matemática.
— Estou vendo. Mas e aí você sabe o que aconteceu no restaurante?
— Meu irmão e minha mãe brigaram com a minha avó.
— E por que brigaram com a sua avó.
— Por que ela não gosta deles aquela bruxa!
— E por que ela não gosta deles?
— É uma história antiga e longa, Tony, depois eu lhe conto.- Pepper responde pela menina e depois disso todo o silêncio volta para o carro e seguimos calados até chegar na casa dela onde o clima se tornou mais agradável.

A filha dela foi a dona da atenção e distração enquanto esteve conosco na sala comendo pizza, o sorriso dela de empolgação contando alguma coisa é igual ao da mãe, seus cabelos ruivos que na minha visão é um ruivo ainda mais vivo que o da mãe entra em contraste com a serenidade que é transmitida pelo o olhar, é uma criança que sabe cativar e com certeza é uma que me cativou.

Pepper fez uma péssima escolha ao me deixar só.

Até parece que não me conhece, Srta. Potts, sou tão curioso.

Zanzando pela sala termino parando em frente aos tantos porta retratos que lá haviam, a maioria das fotos eram com pessoas que eu sequer conhecia provavelmente eram amigos e parentes, no entanto, tinha um que eu conhecia lá estava o Chris na maioria das fotos, loiro, cabelo com corte baixo, olhos azuis escuro, rosto quadrado, em algumas fotos mais sério em outras sorridente, mas na maioria agarrado a Danny ou Pepper ou então beijando ela, no porta retrato da esquerda, por exemplo, acho que Danny não tinha mais que 3 anos, os dois estavam com coletes salva vidas e sentados em um Jet Ski, ele agarrava o garoto que sorria alegremente, no outro porta retrato estão os três sentados em um banco que tem como fundo um parque de diversões, Pepper segurando um ursinho e sorrindo, Danny no colo do Chris e ocupado demais com seu algodão doce pra se importar com pose para foto e ele beijando a cabeça dela, na fotografia ao lado estão os dois aos beijos e com as vestes de recém casados, ele com a roupa dos fuzileiros e ela com um vestido de noiva, não dava pra ver o vestido totalmente, mas só naquele pedaço eu podia constatar que ela estava linda de noiva...

— Pensei que ela ia demorar mais a dormir.- eu me viro com o porta retrato ainda em minhas mãos e Pepper olha para a fotografia e depois para mim.
— Pensei que não tivesse tido festa.
— E não era pra ter, mas minha mãe fez chantagem emocional então nós casamos no religioso e fizemos uma "festa".
— Não acredito que você casou duas vezes e não me convidou nas duas vezes, estou magoado.- ela sorri e eu coloco o porta retrato no lugar.
— Quando casei no civil foi impulso e quando casei no religioso você estava em sua tour de mulheres europeias não tinha como lhe convidar.
— Ponto pra você. Danny, parecia gostar muito dele.- digo apontando para foto do Jet Ski.
— Ele amava o pai ainda ama pra ser sincera, não se pode mudar um sentimento só por que a pessoa não está mais aqui.
— É, tem razão. Sua filha é ótima é a primeira criança que gosto parabéns pela criação.
— Muito obrigada por esse seu selo de criação Tony Stark de qualidade já estava começando a achar que tinha falhado na criação dela.- nós rimos e eu volto para perto dela.- Sei que você não tinha nenhuma obrigação de nos trazer aqui, Tony, mais uma vez obrigada.
— Namorado é pra essas coisas.- ela fez uma careta.- Que foi?
— Namorado? Você levou aquilo a sério?
— É claro que levei! Você não?
— Claro que não! Eu estava querendo que você saísse, Tony, por isso falei que namoraria com você.
— Você não disse que namoraria comigo você aceitou namorar comigo é diferente.
— Foi um mal entendido, não estamos namorando seu louco!
— Você tem razão, Pepper, você tem razão em estar temerosa eu te dei todos os motivos para isso e eu até pensei que tudo se resumia aquilo, eu achei que só aquilo bastava pra nós e eu nem sei por que eu achei isso por que eu não queria só aquilo.
— É o quê? Você tá falando de quê, Tony?!
— De nós dois. Naquele dia da Expo quando a gente tava no telhado eu tava cheio de coragem pra te dizer o que eu vinha querendo dizer há algum tempo, mas devido as surpresas que apareceram eu fui perdendo a coragem, quando nós começamos com tudo isso eu achei que tinha confundido tudo, que o melhor foi eu ter me contido por que talvez eu não quisesse tanto assim, mas a verdade é que eu quero, eu quero você Pepper, eu decidi que vou parar de fugir das coisas como eu sempre fiz, eu fiquei puto quando eu vi que realmente não iria ter mais nada entre nós e quando Happy me falou que você tava saindo com outro cara, eu não quero que você saia com outro cara por que o único cara que eu quero que você saia sou eu.- finalmente falo e como ela não toma atitude nenhuma eu tomo e a beijo, seu corpo amoleceu em meus braços e sem interromper o beijo a conduzi até o sofá e a derrubei nele.
— Mas que caralho é isso?!- alguém grita e imediatamente ela me empurra e graças ao susto eu assim como ela fico de pé em pulo dando a mim a sensação de que somos adolescentes e que fomos flagrados em momentos impróprios pelo pai dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu melhor erro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.