Just The Destiny escrita por Giii_Poynter


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

HEEEY! Bom, aqui estou eu com o último capítulo de Just The Destiny. Meu Deus, só de dizer isso meu coração se aperta e da vontade de chorar. Foi uma longa jornada (-Q) com essa fic. É a melhor e a maior fic que eu já fiz até agora e a que recebeu mais reviews também. Uma hora tem que acabar, né? Acho que eu tenho de me conformar com isso.
Bem... Aqui está o último capítulo. Ele está enorme, admito. Mas acho que está bem legal. Espero que vocês gostem.



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- Oi meu amor. – Ele disse.

Meu coração disparou.

Acho que eu não fui a única a perceber isso, pois o barulho da máquina de batimentos cardíacos enlouqueceu.

Zack começou a rir de mim.

- Senhor, ela tem que ficar calma! – A médica reclamou com ele.

- Calma, Jenny. Vai dar tudo certo. Depois a gente conversa. – Ele falou.

Eu sabia que a nossa conversa não iria ser muito boa, mas eu queria terminar logo aquele parto para poder beijar o meu namorado.

Ele apertou a minha mão e, finalmente, eu tive forças para dar a luz ao primeiro bebê.

- É o menino! Bonito e saudável. – A médica disse, me entregando meu filho. – Então, qual vai ser o nome?

- Dean. – Eu disse e sorri para Zack. Seus olhos brilhavam e os vi encherem de lágrimas.

Eu achava justo homenagear Supernatural, pois foi essa série que deu início a isso tudo. Se não fosse por ela, eu e Zack não teríamos nos conhecido.

- Olá, Dean. – Zack falou com o bebê em meu colo.

- Ele não chorou nem uma vez. É um menino forte. – A médica elogiou.

Entreguei Dean á enfermeira e logo, mais uma contração veio.

- Afe, ninguém merece! AAAAAA – Gritei mais uma vez. Senti Zack apertar ainda mais a minha mão.

- E aqui está a nossa menina. – A médica a ergueu. Ela chorava um pouco, mas logo que veio para meus braços, parou. – Qual vai ser o nome dela?

Olhei para Zack, para ele poder escolher.

- Lisa. – Ele disse.

Sorri para ele.

Lisa, em Supernatural, foi a única mulher que Dean amou.

Eu esperava que a relação entre meus filhos fosse de paz, pelo amor de Deus. Não estou pronta para lidar com briga entre irmãos ainda, percebo como Emily sofre.

Enquanto uma enfermeira levou Dean e Lisa para fora da sala de parto, meus olhos a acompanhavam.

A médica percebeu minha preocupação.

- Está tudo bem. Ela só vai arrumá-los para eles irem pro berçário. – Ela explicou.

Respirei fundo, agora que tudo estava acabado, eu estava aliviada.

Zack tirou a máscara e, com um sorriso, me beijou.

Meu Deus, como eu sentia falta daqueles lábios!

Ele pôs as mãos no meu rosto e acariciou minha bochecha.

Depois, acompanhou Andressa e Marcela até o berçário.

Eu já havia tomado um banho, estava vestida e descansando no quarto.

Então, a porta do meu quarto se abriu e Zack apareceu. Vestia um tênis All Star verde-escuro, uma calça jeans e uma blusa marrom.

Ele veio na minha direção com as mãos nos bolsos.

- Eu estava no berçário. Agora que eles estão limpinhos, estão lindos. – Ele deu um sorriso.

- Zack, eu... – Desviei meu olhar.

- Jenny, a única coisa que eu preciso saber é porque você não me contou isso. Preocupada com o meu futuro? Sério?

- Eu só achei que ser pai de família não era a vida que você queria pra você. E nem eu...

- Jenny, pelo amor de Deus! A minha vida é ficar ao seu lado, será que você não entende? E se isso inclui filhos, melhor ainda! Sou eu que tenho que decidir como vai ser a minha vida, você não acha? – Ele levantava as mãos, indignado.

- É que o seu sonho sempre foi ser médico, cuidar das pessoas e eu... Não queria estragar isso, eu só queria que você fosse feliz. – Eu finalmente consegui olhar nos olhos dele.

- Jenny, você agiu como se ficar grávida fosse qualquer coisa boba, mas não! Não é! É uma coisa importante para mim, ok? Eu sempre sonhei com uma família e você está me dando isso. Tem como eu ficar mais feliz? – Ele pegou minha mão.

Eu sorri.

- Aliás, - Ele continuou. – Eu sou o pai deles. Faço parte disso também.

Ficamos em silêncio por um tempo.

- Sabe, - Ele falou. – O que me deixa triste é que eu não acompanhei a sua gravidez. Eu que devia ter ido à ultrassonografia com você, Eu que devia ter te levado ao shopping e Eu que devia ter atendido aos seus desejos de grávida.

- E-Eu... Eu sinto muito, Zack. Mesmo.

- Tudo bem. Só chega de segredos, por favor. Agora eu quero aproveitar tudo isso e dar atenção á minha família.

- Mas e o seu futuro?

- Dane-se o futuro. Temos que nos preocupar com o presente. E o presente é maravilhoso. – Ele sorriu e me beijou.

- Olá papai e mamãe! – A enfermeira entrou no quarto com Dean e Lisa. – Acho que seus filhos estão com fome.

Ela deixou eles lá e saiu do quarto. Zack me ajudou a botar Dean e Lisa no meu colo.

- Eles são tão lindos... – Comentei.

- A Lisa é ruiva que nem você. – Ele passou a mão em seus poucos fios alaranjados.

- E o Dean tem seu cabelo loiro. – Sorri para Zack. Olhei para meus filhos e eles nos encaravam com aqueles lindos olhos.

- Que irônico. O Dean tem seus olhos azuis claros e a Lisa tem meus olhos verdes – Zack disse e eu ri.

- Nós somos uma família agora, Zack. Uma família.

Dois meses depois...

- Anda, Jenny! Nós estamos atrasados! – Zack gritou na porta do meu quarto.

- Vai na frente que eu vou depois com Dean e Lisa. Eles ainda não estão prontos. – Falei, vestindo Dean.

- Por que você não me deixa te ajudar?

- Porque é surpresa!

- Ok, ok. E você vai com quem? – Ele perguntou.

- Com o Collin e a Andressa.

- Ta bom então. Eu vou com o Matt e a Marcela. A gente se encontra lá.- Ele falou e ouvi seus passos se afastando.

- Você ta muito lindo, meu amor. – Conversei com Dean. – E você, Lisa, está parecendo um anjinho.

- Você sabe que eles não te entendem, né? – Andressa apareceu no meu quarto, me assustando.

- Que susto, criatura! – Falei, botando a mão no peito. – Como você entrou aqui?

- Eu sou a dona da casa, tenho a chave. – Ela sorriu. – Mas então, você já está pronta?

- Hmm, não... Só mais isso e... Isso. – Falei, enquanto penteava o cabelo de Lisa. - Pronto!

- Ain que coisa fofa esses bebês da titia! – Ela disse beijando a cabeça de cada um e me ajudando a colocá-los no carrinho duplo que nós compramos. Ele era lindo, parecia que tinha 2 carrinhos grudados um do lado do outro. E o melhor era que um era rosa e o outro azul. Perfeito para eles.

Chegamos no baile à fantasia que, por sinal, nós mesmos havíamos produzido.

Olhei para todos na pista de dança e nas mesas que havíamos colocado na doceria de Charlotte.

Coloquei minha máscara prata que combinava com meu vestido e fui caminhando em direção à mesa dos meus amigos.

Eu vestia um vestido roxo escuro tomara-que-caia com bordados em prata e uma sandália com tiras pratas. Eu faria uma entrada espetacular, como nos filmes, se não fosse pelos carrinhos de bebê.

Parei em um canto e procurei meus amigos. Foi quando senti alguém me puxar pelo braço e, quando percebi, eu beijava alguém.

Mas, não fiquei muito tempo sem saber quem eu estava beijando. Quando o beijo se aprofundou e nossas línguas se tocaram, um choque percorreu pelo meu corpo. E isso só acontece com uma pessoa.

- Zack. – Suspirei com os olhos fechados enquanto apoiava minha testa na sua.

- Você está linda. – Ele disse.

- Como me reconheceu?

- Simples. Você é a única ruiva da festa. E, também, eu reconheceria a sua beleza em qualquer lugar.

- Você também está lindo. – Falei, admirando seu smoking.

Ele sorriu para mim.

- Cadê os meus gêmeos preferidos? – Ele virou o carrinho para ele. – Eu não acredito nisso. Você fantasiou os nossos filhos?

- Zack, isso é um baile à fantasia. Ninguém aqui pode entrar sem fantasia, máscara, etc. Você queria o que? Que eles fossem barrados na porta do baile?

- Jenny, eles são só bebês.

- E daí?

- Ok, ok. Pelo menos você não botou uma fantasia gay no meu menino.– Ele falou, pegando nosso filho no colo.

Dean vestia uma fantasia de Batman com capa, máscara e tudo. Lisa vestia uma fantasia de Sininho com asas e um pouco de purpurina.

- Hey! – Marcela disse, quando chegamos na mesa.

Logo Andressa e Collin também chegaram, abraçados.

Mais tarde...

- Ai gente, ele é tão gato. – Marcela comentou, enquanto babava no DJ.

- Aham. A gente contratou o melhor DJ de todos os tempos. – Eu falei, enquanto o olhava de cima abaixo.

- Caham. – Zack e Matt pigarrearam ao mesmo tempo.

- Estamos interrompendo o flerte de vocês? – Matt perguntou.

- Afe, deixem de ser ciumentos. Não podemos admirar? – Perguntei.

- Admirar? Vocês estão quase babando aí! – Zack falou.

- E, também, eu duvido que ele ficaria com alguma de vocês. – Matt disse.

- Mas que insulto! – Marcela reclamou. – Aposto que se não estivéssemos com vocês ele já teria vindo falar com a gente.

- Aposta? Beleza, então. – Zack disse, se levantando com Matt logo atrás.

- Aonde vocês vão? – Perguntei.

- Perguntar o que ele acha de vocês. – Zack respondeu.

- Deixa de ser idiota, Zack. Ele já viu que estamos com vocês, vai negar que se interessou pela gente pra não arranjar confusão. – Marcela disse.

- Não se nós fingirmos que somos seus amigos gays. – Matt sorriu.

- Mas ele já deve ter visto eu e Zack nos beijando. – Falei.

- Com toda essa gente em volta ele iria reparar logo na gente? Claro que não. – Zack disse, indo até a mesa do DJ.

Bufei, irritada.

Zack PDV

- Ok, rebola, relaxa o corpo e solta a mão. – Matt disse enquanto íamos até a mesa do DJ.

- Cara, isso vai acabar com a nossa reputação. – Eu disse. - Não vou fazer isso.

- Vai sim. – Matt retrucou.

- Não vou.

- Vai sim.

- Não vou.

- Vai sim. – Ele me empurrou e logo fiquei na frente do DJ com ele me encarando.

- Ah, oi querido. – Afinei um pouco a voz e fiz uma careta quando ele não viu. – Nós queríamos perguntar uma coisinha simples.

- É para as nossas amigas. Aquelas ali, ó. – Matt apontou para Jenny e Marcela que fingiam conversar, parecendo despreocupadas. – A gente queria saber se você ficaria com elas.

Levantei a sobrancelha esperando pela resposta.

- Elas são bonitinhas, mas eu não ficaria com elas. Eu estava esperando por uma pessoa que me entenda, sabe...? E agora, eu finalmente encontrei. – Ele passava a mão nas nossas e eu logo tirei a minha dali. – E vejo que sou um homem de sorte, porque eu encontrei dois!

- Er... – Matt tentou dizer, mas foi interrompido pelo DJ.

- Vocês são lindos, sabia? – Ele passou a mão pelo braço de Matt.

- Acho melhor a gente ir agora... – Matt disse, nervoso, perdendo totalmente a postura de gay.

Saímos correndo em direção a nossa mesa.

- Jenny, me beija agora! – Gritei para minha namorada que fez logo o que eu pedi.

- Mas o que houve gente? – Marcela perguntou, enquanto Matt a enchia de beijos.

- Ele é gay! – Gritei.

- E tava dando em cima da gente! – Matt gritou, apavorado.

As meninas se entreolharam e começaram a gargalhar.

- Muito engraçado, hein. – Falei com sarcasmo.

- Bem feito! – Marcela disse, ainda rindo.

De repente, começou a tocar uma música que fez eu e Matt arregalarmos os olhos. (n/a: Ouça aqui: http://www.youtube.com/watch?v=ZBR2G-iI3-I&feature=related)

O DJ piscou para a gente e balançou o indicador, nos chamando. Isso fez as meninas terem outra crise de risos.

Arregalei ainda mais os olhos quando ele veio até nós.

- Oi meus queridos, vamos dançar? Eu sei que essa música significa muito para a gente. – Ele disse, passando a mão pelo meu peito.

- Olha só... Nós somos machos. Muito machos. – Matt tentou explicar. – Essas são as nossas namoradas, ok? A gente só estava fingindo.

- Não adianta mais esconder, meus amores. Tente mostrar a todos quem vocês realmente são. – Ele sorriu.

- Eu sou homem! É isso que eu sou! – Falei. – E eu acho que já mostrei isso a todo mundo! Porque esses gêmeos aqui são meus filhos!

- Querido, muitos de nós só se descobrem depois da relação sexual. Não foi bom para você, é? Agora você pode ver o que é bom de verdade. – Ele mordeu o lábio me olhando de cima a baixo. – Vem, vamos dançar queridos.

- Eu realmente acho que vocês deviam dançar com ele. Vocês t~em que se soltar um pouco, sabe? – Collin falou do nada, se segurando para não rir.

- Também acho. – O DJ disse e olhou Collin de cima abaixo, parando em sua mão junta com a de Andressa. – Ah, que pena. Se você fosse um de nós poderíamos formar pares.

- Hey! – Chamei o DJ e mostrei minha mão junta com a de Jenny.

- Querido, não adianta esconder quem você é. Eu já saquei tudo. – Ele disse.

Lancei um olhar para Jenny como um pedido de socorro.

Ela logo parou de rir e explicou toda a história ao DJ.

- Ah... Entendi. – Ele ficou triste. – Bom, vocês têm sorte, meninas.

- É, temos. – Elas disseram.

- Acho melhor vocês tomarem conta deles. Porque se um deles escapar... É todo meu. – Ele piscou para a gente e foi embora.

- QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS? – Matt gritou para elas que riam.

- Vocês são muito dramáticos. Deixem isso pra lá e admitam que foi divertido. – Jenny disse.

- Ah, claro. – Ironizei. – Tentar convencer uma bicha louca de que você não é gay é muito divertido.

De repente começou a tocar The Only Exception do Paramore.

Eu olhei para Jenny e ela sorriu.

Era a nossa música. A primeira música que nós havíamos dançado quando nem namorávamos ainda.

Estendi a mão para ela que aceitou na hora.

Colei meu corpo ao seu e ela pôs a cabeça no meu ombro.

- Sabe o que eu estou adorando?

- O que? – Ela perguntou.

- A minha vida. Acho que eu nunca fui tão feliz. – Respondi.

Ela tirou a cabeça do meu ombro e sorriu para mim.

Eu lhe dei um longo e gostoso beijo, mas, no meio dele, fomos interrompidos.

- Jenny! – Andressa gritou. – Você tem que me ajudar. A Lisa não para de chorar. Ela não quer dormir, ao contrário do Dean.

- Afe, ela me ama, né? – Jenny reclamou, indo até nossa filha.

Depois da festa, fomos para a minha casa e Jenny pediu para ver seus episódios preferidos de Supernatural.

- Qual você quer ver primeiro? – Perguntei, analisando meus boxes.

- O primeiro da quarta temporada. – Ela sorriu.

- Quer chorar?

- Aham. Aí depois eu vou rir com o oitavo da quinta temporada.

- Ok... Você que sabe. – Falei, colocando o DVD.

- Tudo pronto?

- Bebês? – Perguntei.

- Certo. – Ela apertou eles no meio de nós na cama.

- Pipoca?

- Certo.

- Cobertor?

- Certo.

- Então está tudo pronto.

Começamos a ver o episódio e uns minutos depois...

Ela chorava.

– Ai meu Deus, eu sempre choro nesse episódio.

Eu a encarei.

- Cara, o Dean voltou!

- Garanto que seu filho sempre esteve perto de você. – Brinque.

- Há há há. – Ela ironizou.

- Ai meu Deus, agora é a parte mais emocionante. Dean e Sam se reencontrando. Ai, socorro. – Ela disse, apertando Lisa.

- Você tem que agradecer por não estar do lado da sua mãe. – Falei com meu filho.

Depois que o episódio acabou, fomos ver o oitavo da quinta temporada.

Aí era só risadas.

Era mil vezes melhor ver um sorriso do que lágrimas naquele rosto perfeito.    

Jenny PDV

Eu estava em casa conversando com Marcela enquanto ela me ajudava a dar banho nos gêmeos.

- E então... Novidades? – Perguntei, enquanto enxugava Lisa.

- Nada de mais. Eu chamei o Matt pra vir aqui, ok? Ele esqueceu o celular comigo.

- Ah, tudo bem. Aí ele pode nos ajudar. – Falei.

- Acho que dar banho em bebês não é muito a praia dele, hein. – Ela disse e nós começamos a rir.

- Opa, ta vibrando. – Ela falou e eu tive um ataque de risos. Ela tirou o celular de Matt do bolso e olhou para a tela.

Vi as emoções em seu rosto: Confusão, susto, tristeza, raiva...

- Meu Deus, o que houve? Você ta pálida! – Perguntei, preocupada.

- Eu não acredito nisso! – Ela me entregou o celular e botou as mãos no rosto, triste.

Vi que tinha uma mensagem no celular e comecei a ler.

“Hey baby! Sou eu, Ashley. Lembra de mim? Daquela noite... Só de lembrar eu já fico feliz. Bom, eu queria saber se a gente podia se encontrar de novo. Repetir a dose, sabe? Eu estou morrendo de saudades, chuchu. Beijos da sua Ash.”

Fiquei tão chocada com aquela mensagem que quase deixei Dean cair. Enrolei meu filho em uma toalha e o levei para o cercadinho junto com sua irmã.

- Hey, talvez isso seja antigo. Ou... Ela mandou para a pessoa errada. – Tentei consolar Marcela enquanto a abraçava.

- Claro que não, Jenny! Eu já devia saber... Ele sempre foi um galinha e não é comigo que ele vai mudar seu jeito de ser. – Ela disse e começou a chorar mais ainda. – Eu nunca devia ter confiado nele, Jenny. Nunca.

- Vai ficar tudo bem, ok? Fica calma. – Eu disse, entregando um copo d’água pra ela.

Então, a campainha tocou.

- É ele. – Falei, olhando no olho mágico. – Respira fundo, Marcela. Não faça nenhuma besteira.

- Ok...

Abri a porta e, antes que eu pudesse fazer algo, Marcela tacou um boneco de porcelana na direção de Matt.

Felizmente ele se abaixou e o boneco caiu do seu lado.

- Ah meu Deus! O boneco da Lisa! – Ajoelhei no chão, vendo se dava para colar os pedaços.

- Marcela! O que foi? Por que você ta irritada?

- POR QUE EU ESTOU IRRITADA? POR QUE? FILHO DA MÃE! – Ela pegou um pequeno vaso e tacou em Matt que desviou.

- AAAA! O VASO DA ANDRESSA! – Saí correndo em direção ao vaso quebrado.

- Da pra você me explicar? – Matt perguntou, atordoado.

- EXPLICAR? VOCÊ É QUE TEM DE SE EXPLICAR, ANIMAL! – Ela gritou e, quando ia jogar o vaso favorito da minha mãe, tirei o objeto de sua mão e troquei por um bonequinho de borracha do Dean.

Ela tacou o boneco na cabeça de Matt que não desviou e fez o brinquedo quicar.

- Como eu posso me explicar sem saber do que se trata? – Ele perguntou.

- Ok! Vê se isso clareia a sua mente. – Ela entregou o celular a Matt.

Matt leu a mensagem umas duas vezes e começou a pensar.

- Não lembra da “sua Ash”, chuchu? – Marcela perguntou, ironizando.

- Ahn, não...

- Ah é, eu me esqueci. Foram muitas, né? É difícil de se lembrar. – Ela falou e quando ia pegar outro objeto quebradiço, eu a segurei.

- Matt pelo amor de Deus, se explica logo! Antes que ela quebre mais alguma coisa! – Gritei.

- Ok, ok. – Matt falou. – Marcela, você tem que me escutar.

- TE ESCUTAR? – Ela gritou. – Eu não vou te escutar, imbecil! Eu nunca devia ter confiado em você! Você sempre foi um galinha e nunca vai deixar de ser!

- Marcela! – Ele a agarrou pelos ombros, fazendo-a se acalmar. – Isso foi há muito tempo atrás! Antes até de eu conhecer você! A Ashley é da Califórnia, de onde eu vim. Sim, eu era um galinha naquela época e pegava todas as garotas, mas eu mudei depois que conheci você!

- E por que depois de tanto tempo ela só te contatou agora? – Ela perguntou, um pouco mais calma.

- Eu não sei! Ela deve estar carente e encontrou o número do meu celular! As garotas de onde eu vim não conseguem passar uma noite sozinhas.

- E você quer que eu acredite nisso? – Ela cruzou os braços.

- Sim! Eu quero que você acredite na verdade, Marcela. E a verdade é que você me mudou completamente. Eu nunca pensei em te trair. Eu nunca faria algo para magoar você. Nunca! Você tem que entender que eu te amo. – Ele falou, com as mãos acariciando o rosto dela.

- É a primeira vez que você diz isso. – Ela comentou.

- Eu sei.

Eles ficaram um minuto se encarando em silêncio e depois eu vi um sorriso brotar no rosto de Marcela enquanto ela absorvia o que ele havia dito.

Então, ela se jogou no colo dele e os dois começaram a se beijar desesperadamente.

Arregalei os olhos e comecei a tirar as crianças da sala.

- HEEEeeey. – Ouvi o tom de voz de Zack mudar de animado para confuso.

Fui para a sala e ele olhava para os pedaços de porcelana quebrados e para o casal se agarrando no sofá.

- O que aconteceu aqui?

- Longa história. – Falei.

- Ah, oi Zack! – Marcela disse enquanto ajeitava seu cabelo e suas roupas.

- Oi. Eu quero ouvir essa longa história, mas antes eu tenho que contar a minha novidade. – Ele deu um sorriso de orelha a orelha.

- Conta. – Pedi.

- Bom, eu arranjei um emprego como assistente no hospital aqui perto! Não é maravilhoso?!

- Ai meu Deus, eu não acredito! – Pulei em seu colo. – Mas... Você não teria que ter um diploma ou algo assim?

- Essa é a melhor parte! Eu consegui uma bolsa na faculdade aqui perto. Então o Dr. Drake me deixou fazer tipo um estágio enquanto eu estudo lá. – Ele deu um enorme sorriso.

- Isso é incrível! – Sorri também.

- Eu sei! – Ele pôs as mãos no meu rosto e me deu um beijo maravilhoso.

- A gente tem que comemorar isso, né? – Matt disse, feliz.

- É claro! – Dissemos em uníssono.

À noite fomos a um restaurante e comemoramos de todos os modos que você pode imaginar.

Parecia que a minha vida estava finalmente se acertando.

Três meses depois...

Com a promoção de Zack e meu novo emprego como fotógrafa, a gente conseguiu comprar nossa própria casa.

Ela era perfeita.

Tinha 2 andares, 2 quartos – sendo o nosso uma suíte – 1 banheiro, 1 cozinha americana, 1 sala de estar e 1 sala de TV.

- Eu estou tão feliz... – Comentei, enquanto pintávamos o quarto dos bebês.

Havíamos combinado de que o quarto seria metade azul e metade rosa. Aí cada um dos nossos filhos poderia ter seu próprio espaço e, assim, não teria discussão.

- Eu também. – Ele me deu um sorriso. – Agora nós somos realmente uma família. Com casa e tudo!

Nossos corpos se aproximaram e nossos lábios ficaram a centímetros de distância, então Zack passou tinta azul no meu nariz e começou a rir.

- Ah é? Não ria, pois vai ter vingança! – Falei e comecei a correr atrás dele para sujá-lo de tinta rosa.

Logo aquilo virou uma guerra de tintas e nós já estávamos sujos dos pés à cabeça.

Quando finalmente nos cansamos, caímos no chão e olhamos para o quarto quase pronto.

- Ta ficando perfeito. – Ele falou.

- Mas falta muito ainda... – Reclamei.

- Hey, podemos terminar amanhã se você quiser.

- Tudo bem para você? – Perguntei.

- Aham.

- É que eu realmente estou cansada. – Falei.

Ficamos um minuto em silêncio, abraçados.

Vendo que eu estava morrendo de sono, ele falou:

- Posso te contar uma história?

- Claro.

- Então tá… Era uma vez você e eu.

- Só isso?

- Sim…

- E não tem fim?

- É, essa é a minha parte preferida…


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Notas finais do capítulo

De acordo com os nossos personagens, essa história não tem fim. A continuação dela é você que decide...
Bem, é isso galera. Esse é o final de Just The Destiny. Me desculpem por ter demorado, mas é que é o último capítulo, certo? Ele é tipo o mais importante.
Agora, vou fazer meu discurso.
Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a vocês, meus leitores por TUDO! Vocês foram maravilhosos comigo e eu realmente não sei o que dizer. Acho que se não fosse por vocês eu não teria conseguido continuar com essa fic.
Obrigada por todas as recomendações que vocês fizeram, por todos os reviews e dicas. Acreditem, isso ajuda demais.
Quero agradecer também às minhas amigas maravilhosas: Andressa Borges, Andressa Bottin, Marcela, Nathalie e Thaís.
Vocês foram as pessoas que mais me ajudaram aqui. Não sei o que eu seria sem vocês e seus comentários e dicas. Muito obrigada mesmo. Eu fico honrada em homenagear algumas de vocês com o nome das personagens.
Bom, é isso.
E não se esqueçam: Essa história nunca vai ter um fim.