Sem Escolha. escrita por nick


Capítulo 19
Capitulo 19


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, nem sei se tem desculpa pra isso.
Vamos lá mais um capitulo espero que gostem.
Bjs Nick



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Capitulo 19

Os dias se passarão e assim duas semanas, minha relação com Christian está muito boa eu acredito, ele sempre se preocupava que poderia me sinta sozinha duas ou três vezes por semana ele almoça comigo, ou mandar alguém me buscar comemos no escritório ou em algum restaurante próximo, enquanto está ocupado com o trabalho e não tem muito tempo.

Com isso fiquei mais por dentro da sua vida e como funciona seu cotidiano, tenho até o numero de sua assistente e sempre posso ligar pra ela quando não consigo falar com ele, e todos em seu escritório já estão familiarizados comigo.

Sua família continua na mesma só Kate e Elliot que tem se mostrado amigos incríveis, a duas noites saímos os quatro para jantar e foi muito divertido, eu de fato percebo como sou feliz agora.

Tenho olhado algumas faculdades também e cursos que possam me interessar, e estou muito convicta que letras e uma ótima ideia pra mim, e Christian mais do que concorda comigo, e ótimo ver ele tão interessado em meus desejos assim.

Ele ainda é estranho em alguns momentos, as vezes ele não me deixa me aproximar, corta minhas perguntas e conversas, sinto as vezes que só estamos de fato próximos e íntimos quando fazemos sexo, mais agora me sinto mais confiante de que podemos ir mais longe e ele pode me amar.

Mia e uma questão complicada pra mim, ela viajou com Grace e Elena a Londres há uma semana, alguma coisa com uma amostra de uma exposição de uns amigos de faculdade, eu vi como Christian não gostou da forma como ela entrou no assunto durante um jantar.

— Mamãe e eu vamos há Londres essa semana- Mia fala durante o jantar, nem levanto o olhar na sua direção já que ela nunca faz questão de conversar comigo, depois que Christian brigou com ela a respeito da noite do meu encontro com Elena.

Todos continuam sem comentar nada, e ela continua sua fala fingindo inocência ao termina a sentença.

— Vamos ver a amostra da exposição do Robert Junior, lembra dele Christian?

Christian olha pra ela e levanta uma sobrancelha.

— O que você quer com isso em Mia?- Fala ele e consigo sentir daqui seu desconforto.

Sua Irmã rir.

— Então Elena, Mamãe e eu vamos lá ver e aproveitar pra curtir um pouco Londres- Ao nome de Elena, eu olho pra Mia e seu olhar está preso em mim, ela ostenta um sorriso porque sabe como me atingir- Quem sabe ela não revivi seu romance com Robert, todo mundo sabe que ele era extremamente apaixonado por ela.

— Já chega- Grace fala olhando severamente pra sua filha que continua com um sorriso no rosto.

— Tá só estou falando que vamos viajar- Mia olha pra Christian quando continua- E talvez queira avisar a meu irmão que o tempo passa e não sei se a vida dele vai esperar enquanto ele brinca de casamento com e...

— Você vai para ou não?- Christian a corta – Nem pense que seus joguinhos vai me afetar garota, minha paciência com você está por um fio você tem que para de ser mimada e deixar minha vida em paz, e por favor você não tem o direito de deixar Ana desconfortável toda vez que ela vem jantar, com sua conversas idiotas e maldosas como você, porque não abre a boca e fala algo decente por pelo menos uma vez??- Christian termina sua fala batendo na mesa forte que me assusta, seu pai ficando apenas olhando todo desenrola da historia.

Mia fica seria, e como a garota idiota que é seus olhos enche de água e ela começa a chorar.

Grace pega a mão dela por cima da mesa em uma clara demonstração de conforto. Eu reviro os olhos.

— Não precisa ofender sua irmã Christian- Fala Grace

Christian balança a cabeça em negativa, acredito que pensando o mesmo que eu, que Mia nunca ira mudar, por que toda vez que ela é confrontada ela chora e sua mãe a conforta tomando suas dores desnecessariamente.

— Não precisa? Serio isso mãe?- Christian se levanta me estendendo a mão- Vamos Ana- Eu prontamente me levanto também pegando sua mão- Eu vou sair daqui e não voltarei a jantar aqui se toda vez acaba em briga por que sua filhinha não consegue fechar a boca- Christian pega seu celular de cima da mesa e o coloca no bolso – Boa noite pai- fala ele batendo no ombro do pai enquanto nos direcionamos a porta de saída, Carrick permanece em silencio olhando para seu copo de vinho na mão.

— Sua irmã pode ser imatura, mais ela se preocupa com você, e você sabe muito bem que ela está assim por que sabe que você está infe...- Grace para olhando pra mim.

Infeliz, eu completo sua frase na minha cabeça.

Christian para e se vira pra sua mãe.

— Acho que ela não faz isso por mim faz por ela mesma- Mia levanta a cabeça indignada olhando pro irmão mais Christian continua- Ela faz isso pela raiva que sente de Ana e não por mim, por que se fosse eu o alvo de sua preocupação a postura dela seria diferente- Christian olha pra sua irmã e balança a cabeça depois olha pra sua mãe – E estou olhando apartamentos pra mim mudar daqui, então nem vem reclamar quando eu mal aparecer pro aqui, nenhum de vocês estão de fato preocupados comigo.

Grace olha pro filho preocupada com o peso de sua palavra, que eu de fato não concordo, Grace sempre quer saber como ele está e sua fala da infelicidade dele me afeta por que toda mãe sabe quando o filho está feliz não é?

  Depois disso Christian e eu não jantamos mais lá, mas acho que o fato delas estarem viajando e o principal motivo disso, não acredito que ele se afastaria assim de sua família, já que todos parecem bastante ligados uns aos outros.

Eu estou indo almoçar agora com meu pai, perguntei Christian se ele viria comigo mais sua resposta foi um “não, de jeito nenhum”, e depois inventou uma desculpa de que estaria ocupado com algo com Elliot.

Um motorista me leva no apartamento do meu pai e Elis, eles disseram que seria melhor e mais cômodo, e Elis disse que estava me devendo um almoço em comemoração ao meu casamento, o que eu não entendi muito.

Eu bato na porta, mesmo que ainda tenha a chave do tempo que passava aqui sem motivos a coloquei dentro da bolsa. Elis abre toda sorridente.

— AH Ana- Ela me abraça forte comigo ainda no corredor- Que felicidade vê-la- Ela se afasta olhando pra mim, como se quisesse ver que eu estava bem- Entre garota, seu pai está ansioso pra ver você.

— Sério? – Eu pergunto não disfarçando minha surpresa.

Caminho pra dentro do apartamento com Elis a um passo atrás de mim, a primeira pessoa que vejo sentado na sala com um copo de bebida na mão não é meu pai, e sim Taylor.

Eu vacilo um pouco olhando pra trás pra Elis que não me olha de volta ela apressa o passo pra cozinha murmurando sobre queima algo.

Eu caminho e me sento no sofá em frente ao chefe do meu pai.

— Senhor- Comprimento assim que me sento olhando pro cima do seu ombro, não tendo coragem de enfrentá-lo.

— Oi criança- Ele fala e sua voz me causa um calafrio ruim na espinha, eu nem ouso pensa do que ele me chamou.

Nesse momento meu pai, entra na sala carregando uma garrafa de bebida que eu sei ser do seu extenso e caro acervo. Ele me ver assim que entra na sala, seu olhar como sempre não demonstrar nenhum sentimento de saudade ou falta, como ele finge quando estamos em publico.

Ele caminha para o bar se servindo da bebida, depois ele se vira pra mim, ele nem me serve nada ou oferece.

— Como vai Ana?- Ele pergunta mais sei que ele não está interessado de fato, e a partir de como tudo está se dando sei que   minha vinda aqui tem intenções que estão me preocupando.

— Estou bem pai- Falo vendo ele se senta ao meu lado, e isso me assusta mais ainda, ele nunca sentaria ao meu lado se não fosse pra me intimidar e me avaliar melhor quando quer impor uma ordem.

— Seu casamento vai bem?- Ele pergunta se inclinando pra trás no sofá fingindo uma situação de conforto, seu olhar fixo no meu, desvio  o que me leva a bate o olhar com o homem do outro lado da sala.

Eu olho pra minha mão em meu colo, enquanto brinco com a barra do vestido.

— Vai bem também- Eu respiro fundo antes de continuar – Christian e eu estamos nos dando vez cadê melhor, ele até vinha hoje mais acabou ocupado com algo no trabalho.

Eu minto essa ultima sentença já que Christian nunca teve a intenção de vim aqui, e olha que ele nem sabe que Taylor ia está aqui. Pensando nisso talvez Christian não fosse gosta disso... Mas podia ser pior se James estivesse aqui.

— Foi melhor ele não ter vindo- Fala Taylor do  sofá. Com isso eu tenho certeza de que minha vinda aqui tem uma intenção por trás, não consigo evitar ter um pouco de raiva de Elis a responsável por me trazer aqui, mais não posso esperar menos já que ela sempre faz tudo por meu pai.

 Eu fico em silencio esperando que eles falem alguma coisa, Taylor muda de posição no sofá se apoiando o copo que segurava na mesa de centro.

— Quero saber de você Anastácia se você sabe a quem deve lealdade- Fala Taylor.

Automaticamente lembro-me da ligação do meu pai, que deixou claro que minha família é aqui.

Eu não sei o que responder mais pra evitar que as coisas piore aqui e como eu não tenho ninguém aqui pra me defender minha resposta é essa.

— Minha lealdade está onde meu pai está- Falo baixo olhando pra meu pai que olha pra seu chefe com o que penso ser uma pitada de orgulho.

— Eu falei pra você, sei como criar uma filha- Fala meu pai, e eu não posso discordar mais dele, ele é um pai que mim impõem medo, sendo esse um dos principais motivos de está falando de lealdade com ele.

Sempre foi assim fiz tudo o que ele mandava sendo a fila obediente e cautelosa mais o medo era a principal razão, medo de sua ações e medo também de perde-lo, pois por mais ruim que ele fosse, ou por mais falta de amor e carinho ele demonstrasse, ele sempre foi a única pessoa que eu tive de fato ao longo da minha vida.

Mais agora tenho Christian, e o pensamento de fazer algum mal a ele me causa mais espanto do que o medo que sinto do meu pai.

Será que então minha lealdade está com meu marido?

Mais ainda não posso de fato trair meu pai, porque sendo sincera talvez ele ainda seja a única pessoa que eu tenha na vida.

Sei que Christian morreria por sua família, e talvez até por Elena, mais não sei se ele sacrificaria alguma coisa por mim, e essa incerteza me pesa.

— Tem certeza disso?- Pergunta Taylor e em seu olhar ele parece perceber que não falei tudo que penso - Mulheres são sentimentais, e podem se confundir com algo que elas chamam de amor- Falar Taylor olhando de mim para o meu pai- E em nome disso podem trair até o seu próprio pai.

Eu fico em silêncio, não sabendo o que dizer depois disso.

Meu pai fica tenso olhando pra mim como se esperando uma resposta, meu silêncio não o agrada.

Meu pai da uma tossida como se limpando a garganta antes de puxar meu braço a fim de que olhasse pra ele.

— Você ama esse garoto- Pergunta meu pai.

Eu olho pra ele. O que espera que responda?

— Eu disse a gente está se dando bem?- Falo tentando não aprofundar minha reposta.

Meu pai não engole essa e continua.

— Não foi isso que perguntei. Se apaixonou por ele?

O fato de que ele não fala o nome de Christian não me passa despercebido, meu pai odeia falar o nome dos inimigos dele.

Mais se Christian é um inimigo por que me casaram com ele buscando aliança?

— Eu gosto dele pai- Falo torcendo pra que ele entenda meu lado aqui, e que perceba que o fato de amar meu marido não significar trair meu pai.

Meu pai solta meu braço com raiva.

— Devia ter entendido que você se apaixonaria assim que abrisse as pernas- Fala meu pai se levantando.

Um calafrio me atinge com suas palavras.

— Ele a corresponde?- Taylor pergunta me assustando.

— Eu....Eu....- Minha língua demora pra formular uma frase – Ele... é ..ele...- Por fim desisto – Eu não sei.

Sussurro a ultima frase.

Olho pra baixo e escuto a risada do meu pai.

— Isso que dizer que não, ele não a ama- Fala Taylor, sem apresentar um mínimo de compaixão a minha situação- Mulheres sempre sabem quando são amadas.

Elena disse que Christian ama. Isso passa na minha cabeça rapidamente.

Meu se servi de mais bebida e rindo começa a caminha atrás do sofá onde estou sentada, minha costa ficam tensas.

— Ele ama aquela outra garota- Fala meu pai- Todos sabem disso, esqueci o nome dela, aquela vagabunda que ligou pra James- Fala meu pai na tentativa de explicar quem é Elena para seu chefe.

Isso é humilhante, mais Ray Steele não se importa comigo.

— Você não serve nem pra domar um cara- Ele para na minha frente- O que espera que ele vai te dar?

Não respondo sua pergunta, nem acho que ele queira resposta, ele balança a cabeça e continua se abaixando e aproximando seu rosto do meu.

— Você sabia que seu sogro está tentando nos trair e matar? E quando eles fizerem isso acha que vão fazer o que com você?- Meu se levanta e caminha sentando em uma poltrona no lado direito da sala.

Então eles estão em uma guerra silenciosa e isso, e meu casamento com Christian só serviu como máscara pra tudo isso.

A pergunta do meu pai é valida, pois se eles vencerem a aliança que meu casamento representa não significará nada e eles poderão me devolver ao meu pai.

— Talvez Christian não me devolva- Solto em voz alta sem de fato perceber.

Dessa Vez não só meu pai rir mais Taylor também.

— Você não percebe garota?- Meu pai pergunta sem nem um pingo de paciência na voz.

— Eles não a devolverão- Fala Taylor, eu o olho em questionamento- Eles não a devolverão porque não terá pra onde devolve-la, seu pai estará morto.

A realidade me bate.

— Talvez eles a deixe na rua sem ter pra onde ir- Fala meu pai- Ou talvez a entreguem para a diversão dos guardas que irão se divertir e matá-la logo depois.

Uma lagrima cai do meu olho e eu a seco rapidamente.

— Fiquei sabendo que sua Sogra viajou com a amante de seu marido- Fala Taylor, e sua resposta me leva a crer que ele sabe muito bem quem é Elena – Porque acha que ela é tão apegada a garota? E porque ela planeja que você seja temporária.

Taylor se levanta e senta ao meu lado, meu corpo da um salto quando sua mão toca meu joelho.

— Queremos proteger você- Ele fala- Pra isso precisa nos ajudar- Ele me encara um pouco antes de continuar- Seu marido irá se encontrar com um homem e segundo as informações que temos será na próxima semana. Quero que você fique atenta e descubra o dia pra mim, só isso do resto eu cuido.

Eu balanço minha cabeça negativamente e sua mão aperta minha perna com força me avisando.

— Eu não sei de seus compromissos- Eu falo o que não deixa de ser verdade.

— Sabemos que você almoçam juntos quase todos os dias, ele deve ir ao encontro durante o dia e provavelmente não irá almoçar com você nesse dia, e tenho certeza que você também pode descobrir uma outra forma de conseguir resposta, não é?

Seu olhar e sua mão na minha perna é uma ameaça que eu sei que ele é capaz de cumpri-la.

Com isso eu aceno minha cabeça confirmando. Sua mão sai da minha perna e ele se levanta.

 - Boa garota, quando souber a resposta ligue para seu pai- Ele ajeita o terno e continua – E espero que essa conversa fique aqui, não quero ter problema com você também, e digo que o fato de seu pai ser meu braço de direito não me impediria de nada.

— Eu não vou falar com ninguém- Sussurro.

— O almoço está pronto- Elis entra na sala anunciando mais seu sorriso morre quando ela olha pra mim, seu olhar me diz que ela sabe de tudo o que meu pai tinha pra fala comigo.

— Estamos saindo – Diz meu pai, eu não olho pra eles quando saem, estou paralisada só quando sinto a mão de Elis no meu ombro.

— Ana você ta bem- Elis me pergunta mais foge da resposta quando continua divagando- Acho que devemos almoçar logo, eu fiz muita comida mais seu pai teve que sair, fiz aquele marcarão que você adora, e ainda tenho uma pequena surpresa de sobremesa...

Ela continua falando e eu não escuto mais nada quero de fato sair dali ir pra casa dormir a ponto de esquecer tudo que ouvir aqui.

Eu levanto e vou caminhando pra porta não me preocupando em agrada Elis e ficar pra almoçar, a ultima coisa que eu quero é comer agora.

— Onde vai Ana?- Pergunta Elis.

— Me desculpa não posso agora- Falo pra ela sem nem olhar pra trás- Preciso pensar um pouco.

 - Você não está pensando em conta a Christian está?- Ela pergunta e a eu vejo que sua unia preocupação é o meu pai.

Mesmo assim me abro um pouco talvez como mulher ela me entenda.

— Se eu descobri o que sobre o encontro de Christian o que vão fazer com ele?- Eu pergunto e no final da frase já estou chorando.

Elis caminha em minha direção me lançando um sorriso de conforto.

— Calma garota eles não iram fazer nada com Christian, só querem descobri quem é o traidor da nossa família, Christian com certeza não vai nem saber que eles estiveram lá. Seu pai está tentando nos proteger precisa acreditar nisso.

Eu me viro pra sair dali, conversar com Elis é perda de tempo, mais tomara que ela esteja certa sobre o encontro.

...

Quando chego em casa tiro a roupa e entro no banheiro, querendo lava de mim tudo que ouvi hoje.

Será que Christian está tentando arrumar uma forma de acabar nosso casamento? Será que ele tentaria me matar pra poder ficar com Elena?

Ele a ama as pessoas podem fazer coisas impensáveis em nome do amor Ana, minha consciência aponta.

Queria pode questionar Christian sobre isso, mais se eu contar sobre isso Christian iria ficar com, mas duvidas sobre mim do que já tem, ele nunca mais confiaria em mim pra nada. E ainda poderia desenrolar a guerra fria, o que acabaria com a morte de Christian ou a do meu pai, de todas as formas eu estaria perdida e o que mais pesa é que no meu futuro Christian está cada vez mais incerto.

Eu vou pro quarto visto uma camiseta de Christian e me jogo na cama, mesmo que seja à tarde ainda eu só quero dormi, assim que me deito choro, mais é um choro tão alto e incontrolável que eu me assusto com meus próprios soluços.

...

— Ana, Ana acorda.

Sinto algo tocando meu pé, me mexo chutando seja lá o que for mais o toque ficar cada vez mais severo, de repente a voz de Christian entra em meus sentidos me trazendo a realidade.

Eu abro o olho e vejo que está tudo escuro, eu devo ter dormido a tarde inteira. A situação vivida hoje mais cedo me bate e eu me sinto péssima novamente.

Christian sai do pé da cama e vejo sua forma no escuro caminho em direção a porta, mais ele sai, ele faz pior acende a luz que me bate eu me encolho fechando os olhos.

— Por que você fez isso?- pergunto tentando entra debaixo das cobertas.

— O que aconteceu com você? Por que está dormindo a essa hora?- Pergunta Christian enquanto guarda alguma coisa em seu armário de cabeceira de cama.

— Eu estava com muita dor de cabeça- Isso não deixa de ser verdade.

Levanto-me da cama me espreguiçando, preciso come alguma coisa meu estomago está doendo.

Christian para em minha frente quando caminho pra porta.

— Esteve chorando?- Ele fala colocando a mão no meu queixo erguendo meu rosto para avaliar melhor.

Passo as mãos sobre o rosto, devo está horrível.

— Eu disse estava com dor de cabeça- falo

Christian vira o corpo pra que eu possa passar mais seu olhar permanece no meu rosto, a desconfiança me deixar tensa, sempre fui péssima pra mentir.

Eu dou um passo mais sou parada novamente.

— O que é isso?- A voz de Christian assume um tom mais alto do que o normal.

Eu olho pra ele em busca de resposta mais seu olhar não está em meu rosto, sigo a direção e vejo que seus olhos estão em meu braço. As marcas dos dedos do meu pai estão tomando um tom avermelhado fazendo parece pior do parece.

Eu levo a minha mão lá na tentativa de esconder o que não pode deixar de ser visto.

Christian tira minha mão das marcas e olha diretamente nos meus olhos.

— Quem fez isso com você?-

Eu penso na resposta.

— Eu não sei- Em uma tentativa mais do que falha tento mudar o que não posso- Devo ter batido em alguma coisa hoje.

O rosto de Christian assume um tom de vermelho e seus olhos queimam de raiva ele da um passo pra trás.

— Se mais uma mentira sair de sua boca, eu não sei o que posso fazer Ana?- Christian olha serio pra mim, deixando claro que não tinha espaço pra desculpas- Vou pergunta novamente e espero uma resposta honesta. Quem fez isso com você?

— Meu pai- Eu sussurro- Mas não acho que ele teve a intenção de fazer isso.

— Ele bateu em você?- Pergunta, sua preocupação parecendo reconfortante pra mim, até eu lembra que é o sentimento de posse falando mais alto.

— Não ele não me bateu, eu só falei algo que ele não gostou- Disse mais fui rápida em acrescentar- Tenho certeza que ele não queria me machucar assim.

Christian anda pelo quarto de um lado pra outro.

— Vou ter que fala com seu pai- Quando ele fala isso me apavoro se Christian disse algo pra ele, meu pai pode entender como outra coisa, e o que estava tentando evitar poderia de fato acontecer.

Eu me aproximo pegando em sua mão.

— Não precisa falar nada com ele, minha relação com meu pai já tem muitos problemas não vamos piorar, ta bom?

— Mas toda vez que você se encontra com ele, sai chorando e agora machucada também.

Eu solto um riso de leve para tentar deixar o clima mais leve.

— Ah isso não foi nada, não está nem doendo, se você não fala não ia nem perceber isso

Christian ainda me olha desconfiado, mais acho que não falara nada ao meu pai, não por agora acredito. Ele confirmar meu pensamento logo depois.

— Eu não vou ligar pra ele agora, mas você não vai mais encontrá-lo sozinha, se eu não puder ir algum segurança vai com você.

Eu balanço minha cabeça em negativa.

— E meu pai Christian- Falo isso como argumento.

Christian levanta uma sobrancelha me olhando interrogativo.

— E isso tem peso pra alguma coisa?

Eu não o respondo, ele já percebeu que meu pai não age como um.

Ele me olha esperando que eu o desafie mais cansada de tudo isso apenas escolho aceitar.

— Tá bom então.

Christian solta sua mão da minha e caminha em direção ao banheiro.

— Isso não estava aberto a discussão Anastácia- Com isso ele fecha a porta e some dentro do banheiro, eu me viro e vou pra cozinha.

...

Estou retirando uma salada fria da geladeira, quando alguém passa pela porta.

Esperava que fosse Kate ou Elliot, mais pra minha surpresa é o Sr. Grey.

Eu o olho assustada ele nunca mesmo esteve aqui durante esse tempo todo que mudei. Ele para seu olhar em mim mais não diz nada, eu rapidamente fecho a porta da geladeira e caminho pra trás do balcão da cozinha, consciente de visto apenas uma camiseta de Christian.

Mas que saco essas pessoas não sabem bate na porta antes de entrar? E sempre tem que aparecer quando estou seminua?

— Cadê o Christian?- E sua pergunta curta e direta.

Fico instantaneamente preocupada, será que aconteceu alguma coisa?

— Ele está no banho- Eu me movo um pouco- Mas posso chamá-lo.

Carrick levanta a mão balançando a cabeça.

— Não posso esperar, não precisa chamá-lo- Ele me analisa com cautela e fica em silêncio e eu não tenho nem o que dizer também.

Seu olhar me deixa um pouco apreensiva, será que ele sabe do plano do meu pai.

Eu olho ao redor buscando o que falar mais nada aparece em minha mente.

— Não precisa ficar toda tensa garota, aqui é sua casa- Ele fala o que me deixar mais tensa ainda.

Eu lhe lanço um sorriso.

— Estou bem- Eu digo e o silencio incomodo reina novamente.

Passam-se mais um cinco minutos e nada mais acontece eu fico parada olhando pra minha salada e torcendo pra que Christian apareça logo.

Depois de alguns minutos Christian aparece, mas ele não percebe seu pai logo que entra na sala.

— Estava pensando que poderíamos sair pra jantar- Christian não olha pra cima por está colocando o relógio, mais meu silêncio o faz levantar a cabeça e encontra seu pai ali.

Pelo olhar dele seu pai está ali também é inusitado.

— Pai?- Christian fala indo a geladeira e enchendo um copo de água.

— Precisamos conversar- Seu pai fala lançando um pequeno olhar em minha direção.

Christian também percebe e seu pequeno olhar em minha direção e balança a cabeça.

— Vamos no meu escritório- Christian fala colocando o copo na pia.

— E melhor ser lá em casa- Carrick fala já caminhando pra saída da casa.

Christian sai atrás dele me lançando um ultimo olhar antes de sair.

Eu fico no mesmo lugar, mesmo depois deles terem saído meu coração acelerado penando que tudo isso deve haver com o que aconteceu hoje no almoço.

Será que eles estão desconfiados de mim?

Será que pelo olhar de Carrick eles estão planejando algo que me fará mal?

Eu desisto da salada e esqueço da fome, sentando no sofá na esperança de que Christian apareça logo e me esclareça se possível o que está acontecendo, uma sensação de que algo ruim vai acontecer me angustia.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Por favor comentem e recomendem a história.
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