Capitulo 1.

Há muito tempo a mulher não tinha valor nenhum na sociedade, elas não trabalhavam, não estudavam eram feitas unicamente para o casamento e para a procriação, isso há séculos atrás. Mais em pleno século vinte e um eu ainda me deparo com essa realidade, eu sou uma dessas mulheres feitas para ser dona de casa, criada somente pra isso, uma perfeita dona de casa.

Eu tenho apenas 18 anos, nasci e cresci no meio da máfia, na verdade eu sou somente a filha do meu pai, eu não tive escolha a não ser viver aqui. Meu pai Ray Steele é um dos principais homens da máfia, ele é o braço direito do chefão “Sr” Taylor ao qual eu só vir somente uma vez. Sempre fui mantida distante dos negócios do meu pai, sempre fui mantida distante de tudo educada em casa e monitorada vinte quatro horas por dia.

Moramos em Seattle aonde meu pai tem uma grande rede de supermercado; acredito que é o uns dos meios dele lava dinheiro da máfia, a casa fica um pouco distante do centro da cidade, o vizinho mais próximo fica a 5 km da casa, ela é grande cercada por arvores e com uma única estrada de acesso.

Toda minha vida foi somente meu pai e eu, minha mãe conseguiu ir embora quando eu tinha apenas dois anos, descobri isso ao sete anos quando perguntei ao meu pai porque ele a tinha deixado ir, ele me disse que ela o ajudou quando ele precisou muito e em troca ele prometeu que faria qualquer coisa pra ela, e ela pediu para que a deixasse ir, e como um homem de palavra ele cumpriu sua promessa e nunca mais soube dela, lembro que perguntei por que ele não deixou que eu fosse com ela suas palavras resoam em mim até hoje.

— Porque ela não pediu Anastacia, ela nem ao menos se despediu de você.

Depois desse dia eu nunca mais perguntei por ela, eu assume que só tinha meu pai, mesmo que ele nunca tenha dito que me ama. Ele não era brigava comigo ou mim maltratava, ele era totalmente indiferente a mim. Eu vivo nessa casa enorme cercada por vários funcionários que evitam conversa comigo mais do que o extremo necessário; o que acredito ser umas dos requisitos de contratação do meu pai; eu tenho de tudo ele nunca me deixou falta nada, e na verdade eu já me acostumei com minha vida.

Agora eu to meu quarto assistindo um filme e lendo um livro ao mesmo tempo, uma mania que desenvolvi assiste dando pausa, e lendo um capitulo por vez. Der repente á uma batida na porta do meu quarto.

Toc, toc.

—Anastacia você tá ai?- É o meu pai, levanto rápido, é muito raro ele subi aqui pra fala comigo.

Abro a porta e o analiso meio sem jeito, eu sou muito tímida mais na frente do meu pai eu não sei como me porta de forma alguma, eu sinto um grande mal estar ao está com ele.

— Oi pai- sussurro.

Eu me afasto da porta para que ele possa entra mais ele somente me olha de cima a abaixo, ele me encara cerca de um minuto, acho que ele nunca me olhou por tanto tempo assim em toda minha vida. Começo a fica apreensiva, será que fiz algo de errado? Mas eu nem saio daqui.

Droga, eu to pirando.

— Estou te esperando em meia hora no meu escritório, não atrase.

E assim ele sai me deixando ainda mais apreensiva a ultima vez que ele me chamou ao escritório foi quando descobriram alguns panfletos de algumas faculdades que eu estava interessada, ele não gostou muito e foi bem direto comigo ao fala que nunca faria uma faculdade, nas palavras dele eu nunca estaria no lugar aonde eu me perderia em meio às drogas e sexo. Muito hipócrita já que ele ganha tanto dinheiro com isso.

Fecho a porta do quarto dou um suspiro e decido que ainda tenho tempo pro banho rápido, caminho pro banheiro já tirando minha calça de moletom  e a blusa de manga comprida que usava, ligo o chuveiro e prendo o cabelo em um coque em cima da cabeça, não tenho tempo pra lava o cabelo, e meu pai odeia quando eu estou com o cabelo molhado, segundo ele é muito deselegante.

Opto por usar um vestido preto liso, coloco um salto também preto e deixo meus cabelos caírem soltos pelos meus ombros e costa, me viro para o espelho e vejo como estou meu pai insiste que sempre ande arrumada em casa, eu sou uma garota bonita uma altura mediana, muito pálida já que raramente ando no sol, um longo cabelo loiro natural, olhos verdes muitos sensíveis e uma boca pequena mais com lábios bastante grossos o que a faz parecer um botão. Passo um batom claro nos lábios e me apresso para encontra meu pai.

Dou dois toques na porta e entro, fico surpresa ao encontra mais dois homens alem do meu pai.

Será que eu vim muito rápido? Nossa meu pai vai fica furioso se eu atrapalha sua reunião, já estou a ponto se fecha a porta e volta depois quando meu pai me chama.

— Entre Anastácia, estávamos esperando você- Eu dou um passo a frente apreensiva, quando analiso os outros homens presentes na sala que olham fixos pra mim.

Meu pai se levanta de detrás da mesa e caminha em minha direção, acredito que para me fazer anda mais rápido já que estou andando a passos contados. Ele chega a mim e pega no meu braço direito um pouco acima do cotovelo, confirmando minhas suspeitas e fazendo com que eu pare bem a frente dos dois homens sentados no sofá.

Levo um susto quando percebo que um dos homens é.

Sr. Taylor.

— Senhores, apresento minha filha Anastacia Stelle, Anastacia esses são Taylor e o seu filho James, eles vieram hoje unicamente pra vê-la.

— Muito prazer- Aceno para os dois com a cabeça não ousando estender a mão, confesso que estou muito assustada, meu pai olhar pra mim quando tremo um pouco ao seu lado.

O que eles querem comigo? Eu não gosto disso, uma das coisas que me confortam em minha vida é o fato que eu não fico próximo dessas pessoas.

— Ela é mesmo muito bonita, Ryan, ela se tornou uma mulher espetacular.

Sr. Taylor me oferece um pequeno sorriso mais não tenho como retribuir, ele é o que mais me põe medo, mesmo estando sentado sei que ele é um homem alto, acredito que esteja na faixa dos cinquenta anos, mais sua postura é de um homem em plena forma, nossos olhares se encontram e eu desfio rapidamente seu olhar é muito frio, expressam uma dureza é como se ele não tivesse alma.

Nossa aonde me mente está indo.

Meu pai salta meu braço e caminha para uma mesa ao nosso lado esquerdo onde está uma mesa com bebidas, ele separa três copos coloca gelo neles e derrama dois tipos de bebidas diferentes nos mesmos.

Pela primeira vez na minha vida eu queria continua do lado do meu pai.

Eu estou tão tensa que dou um pequeno salto quando sinto uma mão no meu ombro.

É James.

Nem vi que tinha se levantado, ele para bem atrás de mim e eu paraliso na mesma hora. Sua mão escorrega por sobre meu ombro e puxa meu cabelo jogando-o todo meu cabelo no meu ombro esquerdo. Ele aproxima o rosto do meu pescoço mais sem toca e inspira muito forte, como se quisesse me sugar inteira.

— Você é mesmo muito linda, eu deveria tê-la visitado muito antes- sussurra no meu ouvido. 

Eu literalmente paro de respira, será que eles me torceram aqui pra isso, me analisar e intimidar.

James solta uma risadinha, que eu o detesto na hora, e caminha ao meu redor parando bem na minha frente. Estendendo a mão ele alisar minha bochecha  eu continuo olhando pra baixo.

—Não se anime muito filho, ela não pode ser sua.

Seu pai fala com ele como se eu não estivesse aqui, minha bochecha e orelhas esquentam rapidamente, tanto de raiva como de vergonha.

James coloca a mão debaixo do meu queixo e faz como que eu olhe diretamente pra ele, respiro fundo e olho pra ele. James é um homem bonito de vinte e poucos anos, o cabelo cortado como o do seu pai, seus olhos são de um castanho tão claro que parece ouro. Seu rosto é limpo como se ele tivesse acabado de fazer a barba. Diferente do meu pai e do seu ele não esta de terno ao contrario ele está vestido como os motoqueiros de filme de ação, calças jeans folgadas uma blusa branca e uma jaqueta preta de couro.

Acho que devo ter ficado tempo demais analisando porque quando volto ao seu rosto ele estampa um sorriso que me dar repulsa na mesma hora, eu definitivamente o odeio.

— Aquele idiota não merece uma gostosura como você, eu sim saberia aproveita-la inteirinha.

Que idiota? Do que esse homem tá falando?

Viro o rosto para meu pai mais não me oferece nada, estende o copo para James e se senta no sofá ao lado de Taylor.

James me solta e pisca pra mim antes de se volta para seu pai.

Eu permaneço no mesmo lugar, não acho que se eu tenta me mover agora será uma boa ideia.

— Então é isso ela casa com ele- Fala o Sr Taylor, eu espero profundamente que eles não estejam falando de mim, mais eu sei que estão.

Na máfia as mulheres são criadas pra casa com quem o pai escolher, ou seja por um favor ou posição eles são quem escolhe, nós somente aceitamos e oramos para que não seja tão ruim.

Eu tinha esperança para que meu pai não fizesse negócios comigo, que ele me esquecesse de mim aqui nessa casa, onde eu passaria o resto da minha vida lendo meus livros e assistindo meus filmes.

Mais não, eu terei que me casar.

—Quem?- Eu pergunto der repente surpreendendo a mim mesma.

Será que eu quero mesmo saber?

— Nossa ela tá interessada, não se anime muito gata ele não é grande coisa- James sussurra do meu lado, eu não olho pra ele minha atenção está unicamente com meu pai.

— Você vai se casa com um dos filhos do Sr Grey  acreditamos que o mais novo. E já avisando Anastacia isso é muito importante para a organização.

— Eu acredito que ela é uma boa escolha, obediente e muito bonita, eles vão se perder quando colocarem os olhos nela.

Sr Taylor fala ao meu pai, que olha pra mim e pela primeira vez tinha um certo orgulho em seu olhar.

— Sim ela é.

Eu não discordei ou concordei eu sabia que eles não estavam me perguntando nada eles estavam me comunicando de uma decisão que eles tomaram sobre mim que mudaria minha vida pra sempre.

Minha opinião não era necessária.

Eu sai da sala depois do meu pai me dispensar, caminhei calmamente até o meu quarto, me joguei na cama e chorei, eu não tinha escolha.