A mestiça escrita por Mila 12


Capítulo 14
Um estranho conhecido


Notas iniciais do capítulo

22.02.2017



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Naruto

Bati na porta da sala de Sakura e não ouvi resposta, entrei e a vi dormindo com vários papéis, cadernos e um mapa espalhados. Vi novos pontos no mapa, mas não sabia o porquê, eles eram roxos e não tinha nenhuma legenda ou anotação.

Suspirei e peguei Sakura no colo, ela deveria estar cansada. Comecei a caminhar em direção a casa de Sakura. Sakura estava com um coque frouxo com vários fios na testa e em seu rosto. Coloquei a em sua cama e notei uma pequena lua em seu pulso esquerdo, aquilo era a marca que simbolizava que agora ela controlava seu lado bruxo e seu lado vampiro.

Sakura

Acordei e olhei em volta, estava em meu quarto. Tomei um banho e fui para a cozinha peguei uma maça e ia saindo.

— Não está esquecendo nada?

Olhei para Daisuke que estava sentado tomando seu café da manhã.

— Sabe das regras, não tente desafia-las sabe o que acontece.

Assenti e peguei um copo e enchi de sangue, respirei fundo e engoli tudo de uma vez, aquilo desceu raspando pela minha garganta.

— Não é tão ruim assim – ele falou.

— Você já se acostumou – falei.

— Você deveria ter se acostumado já – ele falou.

—Sabe que até o cheiro me enjoa – falei passando a mão na boca para limpá-la.

Sasuke entrou e olhou minha mão e depois o copo. Deixei o copo na pia e encarei Daisuke.

— Houve alguma atualização? – perguntei.

— Seis no vilarejo da cachoeira – assenti.

— Bom já vou, não me espere – falei saindo.

— Deveria descansar um pouco – Naruto falou descendo as escadas.

Ele se aproximou de mim que já pegava algumas flechas as colocando na aljava.

— O que eram aqueles pontos roxos no mapa? – ele perguntou.

— Consegui fazer o antídoto – falei.

— Isso é incrível! – ele me abraçou – Como pretende distribuir para todos?

— Estou calculando isso e se me der licença quero acabar com isso o mais cedo possível.

Sai e fui direto para a sala onde passei horas, sentada fazendo cálculos e rotas para entregar o antídoto a todos... Ouvi a porta se abrir e encarei Gaara que entrou com uma bandeja que colocou na mesa.

— Ichiro falou que você não saiu daqui desde que entrou. Achei que estaria com fome.

— Obrigada – comecei a comer.

Ele começou a rever meus cálculos e rotas e jogou o corpo para traz suspirando.

— Não sei como aguenta fazer isso dias sem parar – ele falou.

Ri e voltei a olhar o mapa.

— Não sentiu nada diferente, não é? – perguntei.

— Eu já teria lhe contado – ele falou,

Revirei os olhos e peguei a caneta começando a escrever.

— Isso não funcionara em você, não é? – ele perguntou depois de alguns minutos.

— Sabe que não, Gaara – falei sem encara-lo.

— Continuava exposta a marca – ele pensou alto.

— O sangue por hora está diminuindo as chances – falei.

— E quando não funcionar mais?- ele perguntou.

Comecei a folhear o caderno e parei ao achar uma foto onde eu estava no colo de Madara com um sorriso e um pequeno um urso que eu abraçava.

— Madara não me machucaria – falei.

— As pessoas mudam – ele falou.

— Madara sempre esteve me protegendo e me ensinando tudo que sei, ele não poderia ter esquecido tudo que jurou a minha mãe – falei.

—Certo, vou parar de te incomodar e deixar você terminar – ele falou levantando-se e pegando a bandeja.

— Chame Hideki, por favor – falei e ele assentiu antes de sair.

Depois de alguns minutos eu escutei a porta se abrir e Hideki parar a minha frente.

— Quantos guerreiros estão em um bom estado físico? – perguntei.

— Doze Guerreiros – ele falou.

— Preciso que os separe em duplas para levar o antídoto para os vilarejos – falei.

Ele assentiu saindo. Peguei seis mochilas e coloquei os frascos dentro delas. Sai da sala e fui à academia. Parei a frente de doze guerreiros enfileirados um ao lado do outro. Distribui as bolsas e encarei a todos.

— Entreguem a bolsa em segurança até o destino, tomem muito cuidado isso mudara o rumo da guerra- falei.

Sai e fui ao local onde estavam as pessoas com as marcas, estavam desacordados. Apliquei em todos e me sentei novamente naquela sala... Joguei meu peso para trás me encostando as almofadas finalmente tinha acabado de colocar o antídoto em bobas de gás.

— Sabe que o único jeito de me parar é vindo até mim, não sabe cerejeira?

Abri os olhos e vi Madara a minha frente, sentado na mesa, agora vazia. Tentei pegar uma faca ao meu lado, mas ele me segurou pelos pulsos jogando seu peso sobre meu corpo. Fechei os olhos ao ver um indicio de vermelho em seus olhos.

— Não vai nem olhar em meu rosto? – ele sussurrou.

— O que esta fazendo aqui sozinho? – perguntei.

— Apenas vim lhe ver cerejeira – ele falou.

— Não me chame assim – falei.

— Gostava quando era criança – ele falou.

 Tentei me soltar.

— Calma, só estávamos conversando – ele riu.

Ouvi a porta se abrir.

— Sakura!

Abri os olhos ao reconhecer a voz de Daisuke. Meu olhar se encontrou ao de Madara e ele logo desapareceu.

— Nos vemos em breve, cerejeira.

Daisuke me abraçou e olhou várias vezes para mim.

— O que ele queria? – ele perguntou.

— Não sei – falei.

Ele olhou para a janela e várias explosões começaram. Levantamos rápido e logo começamos a correr.

— Hideki ajeite sua equipe e o antídoto está aqui – entreguei uma bolsa para ele que saiu correndo.

Olhei atentamente ao redor e sai correndo ao ver um vulto com cabelos brancos e duas cabeças. Pulava de arvore em arvore, peguei uma flecha e mirei o segundo corpo, que estava virado para mim, começou a atirar armas. Eles desceram ao chão e eu fiz o mesmo ficando no centro dos quatro vampiros.

Meus olhos estavam mais escuros desde a hora que sai da central de pesquisas. Enquanto lutava via os ataques em câmera lenta e logo os quatro estavam no chão, desacordados. Retirei minha katana de um deles e olhei as arvores.

— Saia logo – falei.

Um garoto com cabelos brancos e olhos verdes saiu de trás de uma arvore. Fiquei com a katana estendida na frente do corpo enquanto o via descer da arvore e parar alguns metros longe.

— Cresceu bastante, cerejeira – ele falou.

— Quem é você? – perguntei.

— Desculpe esqueci que você não se lembra – ele falou se aproximando devagar.

— Se afaste! – avisei.

— Não precisa ter medo.

Senti um impacto em uma arvore. Ele estava segurando meus pulsos, estava próximo de mim enquanto jogava seu peso sobre meu corpo. Encarei seus olhos, ele era familiar. Fechei os olhos com força e balancei a cabeça. Abri os olhos e ele apenas me encarava. Ele suspirou e me soltou se virando de costas.

— Não posso exigir que você se lembre – ele sussurrou.

Peguei uma faca e tentei acerta-lo, ele me jogou no chão com seu corpo sobre o meu.

— Não me faça lutar com você – ele falou.

— O que você quer? – perguntei.

— Meu pai me mandou fazer algo – ele respondeu olhando para meu pulso – Cheguei um pouco tarde.

Ele desceu uma das mãos até meu ombro esquerdo, ainda segurando minhas mãos com a outra.

— Pode doer um pouco – ele avisou.

Algo perfurou o centro da marca e eu segurei os gritos de dor. Ele encarava meus olhos parecia que iria ler meu pensamento. Minha respiração ficou acelerada e vi no reflexo dos olhos dele, que meus olhos voltavam à cor normal.

— O que você fez? – perguntei.

Ele não respondeu apenas colocou um dedo em uma veia em meu pescoço. Ele sorriu discretamente, beijou minha testa e desapareceu. Assim que senti minhas mãos livres tentei acerta-lo, mas ele já havia ido. Sentei e ouvi passos apressados em minha direção.

— Eles recuaram - ouvi Naruto dizer.

Levantei e alguns guerreiros levavam os quatro vampiros. Olhei Naruto que assentiu. Fui para casa e subi para meu quarto. Parei a frente da porta de meu quarto ao ouvir passos nas escadas. Vi Sasuke passar por mim e colocar a mão na maçaneta da porta de seu quarto.

— Seu irmão esteve aqui – falei sem encara-lo.

Ele não respondeu apenas me encarou.

— Itachi teve a mesma reação que você – falei e ri – Acabei jogando a verdade na cara dele, o machuquei – abaixei a cabeça.

— Por que está me falando isso? - ele perguntou.

— Porque acho que você também merece a verdade – falei e entrei no meu quarto.

Sentei na cama, ele fez o mesmo e me encarou. Respirei fundo.

— Meu lado vampiro desde que a guerra começou a tentar incansavelmente assumir o controle, a marca começou a facilitar isso, já deve saber que um dia desses eu perdi o controle e quase matei Naruto e Daisuke – ele assentiu.

— Mas aonde quer chegar com isso? - ele perguntou.

— Eu estava morrendo aos poucos, toda vez que eu tinha que deixar a metade vampiro tomar o controle os riscos aumentavam. Só queria que você entendesse que não importava eu fazer ou não, eu morreria na próxima vez que a parte vampiro tomasse o controle. Resolvi ao menos tentar o treinamento para poder ser útil, já que não faria diferença alguma o treinamento dar certo ou errado – falei.

Ele me abraçou forte. Acabei por dormir.

Entrei em um quarto com paredes brancas e algumas flores de cerejeira como detalhe. Olhei para o centro do quarto e vi Madara, um garoto de cabelos brancos e olhos verdes e uma garotinha com os cabelos longos acastanhados com as pontas rosadas e olhos verdes. Os três brincavam num tapete. A garota acabou dormindo e Madara a colocou na cama e o garoto saiu junto a ele do quarto. Os acompanhei e eles entraram no quarto à frente esse com as paredes azuis e detalhes de ossos de dinossauros. O garoto deitou e Madara deu um beijo em sua testa e saiu do quarto.

...

A garotinha entrou correndo no quarto do garoto que tinha vários livros a sua volta.

— Sakura, eu não posso brincar hoje – ele falou.

A garotinha assentiu e foi para seu quarto onde começou a brincar sozinha, alguns minutos depois Madara entra no quarto dela.

— Onde está Kimimaro? – perguntou.

— Estudando – ela falou baixo.

Madara suspirou.

— Você sabe como é importante ele estudar, não sabe? – ele falou sentando ao lado dela.

— Eu sei – ela respondeu – Você pode brincar comigo?

— Sempre que quiser – ele falou sorrindo começando a brincar.

...


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