American money escrita por jinjoo


Capítulo 1
0.1




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Eu estava virando meu terceiro copo de whisky quando meu pai aparece do meu lado com um sorriso satisfeito no rosto:

⸺Peter até que enfim te achei! -seu sorriso é radiante, provavelmente por causa dos aliados que está conseguindo hoje- Quero te apresentar uma pessoa, vem comigo.

⸺Mas…

⸺Vem logo!

Sigo ele em meio às várias pessoas que estavam ali no enorme salão de festas da minha casa, quem olhasse de fora jamais suspeitaria que todos ali faziam parte da elite de criminosos dos Estados Unidos. Pareciam pessoas normais em uma festa de gala normal, mas por baixo dos smokings ou da saia do vestido com certeza tinham algumas armas e muito dinheiro.

Meu pai me guia até o outro lado do salão e percebo que estamos indo na direção de uma garota muito bonita, ajeito minha gravata borboleta e meu cabelo antes de pararmos na frente dela.

⸺Voltei -a garota sorri e me olha, seus olhos verdes me hipnotizam- Peter essa é Julie Millaray, provavelmente a assaltante mais nova e mais talentosa que temos aqui-meu pai dá uma risadinha, encantado pela menina e dessa vez eu entendo ele- Julie, esse é Peter Marin, meu filho mais velho, herdeiro de todo o império que eu construí -ele sorri orgulhoso.

Pego delicadamente a mão pequena e suave dela e a beijo.

⸺Prazer Srta. Millaray.

⸺O prazer é todo meu -ela sorri.

⸺Filho, faça companhia para ela, Julie não conhece quase ninguém aqui.

⸺Pode deixar.

Meu pai acena com a cabeça antes de ir embora, ela me olha de cima a baixo.

⸺Quando falavam de Peter Marin eu imaginava um homem velho e careca.

Dou um sorriso meio tímido.

⸺É bom eu não ser velho ou careca?

⸺É ótimo -ela morde o lábio inferior e se aproxima um pouco mais.

⸺Você não é a garota que assaltou aquele banco cheio sozinha?

⸺Eu mesma -ela sorri orgulhosa- e você é o dono do tráfico americano?

⸺Filho do dono -sorrio de lábios fechados, não gosto desse título- quer dançar?

⸺Por que não? -estendo minha mão e ela a segura aproximando nossos corpos- Eu gosto do seu perfume.

Coloco a outra mão na sua cintura e ela apoia no meu ombro, começamos a nos mover lentamente ao ritmo da valsa.

⸺O seu perfume é muito bom também.

⸺Eu sei.

Por um minuto ela fica em silêncio observando o salão e eu aproveito para olhar pra ela. O vestido preto e clichê que todas as mulheres pareciam usar não parecia tão monótono nela, sua cintura parecia se encaixar perfeitamente na minha mão. Seu rosto branco estava com as bochechas vermelhas, talvez pela bebida forte que tomou ou o salão abafado em que estávamos. Ela estava linda.

⸺Por que está me olhando? -ela me encara e eu levo um susto, desde quando ela sabe que estou olhando ela?!- Gosta do que vê? -ela tem um sorriso travesso nos lábios.

⸺Gosto bastante -dou uma risadinha- você é linda.

⸺Obrigada.

Dançamos mais algumas músicas, nossos corpos grudados cada vez mais, então ela morde o lábio inferior ao encarar minha boca e não hesito em me aproximar para arriscar um beijo, mas ela se afasta.

⸺Não podemos fazer isso aqui.

⸺Mas…

⸺Me encontre daqui quinze minutos no hall.

Antes que eu possa fazer qualquer coisa ela se solta de mim e sai rapidamente do salão de festas, fico olhando em volta sem entender nada. Nos quinze minutos vou beber mais um pouco, vou ao banheiro e fujo antes que meu pai resolva me procurar pra alguma coisa. Chego no hall e ela está olhando os quadros que minha mãe pintou quando era viva, me aproximo por trás.

⸺Oi.

⸺Você me assustou! -ela sorri- Desculpa sair daquele jeito, mas tem pessoas nesse salão que não podem ver certas coisas.

Merda. Será que ela namora? Fodeu.

⸺Quem não pode ver? Você namora? Se for isso me desculpe mas…

⸺Não é isso. Sério. Agora fica quietinho vai.

Ela sorri e ergue o rosto antes de roçar os lábios aos meus, sorrio antes de aprofundarmos o beijo e espalmo as minhas mãos em sua cintura, apertando levemente sua pele. Julie me puxa mais pra perto com uma força que seu corpo pequeno não parecia capaz de exercer, pressiono meu quadril no dela, que ofega antes de separar nossas bocas.

⸺Vamos subir.

Ela confirma com a cabeça, seguro sua mão e a guio até meu quarto, que continua trancado e do jeito que eu deixei. Mal termino de trancar a porta de novo ela me encurrala na porta e me beija, dessa vez com muito mais desejo e intensidade, carrego ela pra minha cama e por um bom tempo o mundo lá fora parece não existir.

Abro os olhos e encontro Julie sentada na poltrona que tem no canto segurando uma das minhas arma e usando só a calcinha branca de renda, olho pela janela e ainda está escuro lá fora.

⸺Oh, você acordou. -ela balança a pistola de um lado pro outro- Gostei dela, parece ser eficiente.

⸺Cuidado, está carregada.

⸺Prevenido. -ela sorri mostrando a covinha- Preciso de uma saída discreta daqui.

⸺Já vai embora?

⸺Já, não deveria nem ter ficado.

⸺Foi ruim? -me sento na cama passando a mão no meu cabelo que insiste em cair no rosto.

⸺Não! -ela me olha indignada- Foi maravilhoso, sério. Mas não posso ser vista com você.

⸺Entendo. Eu vou ver se tem alguém no corredor, depois te escolto até a saída pra ninguém te ver.

Visto meu smoking meio de qualquer jeito já que não pretendo voltar pra festa que ainda está acontecendo lá embaixo. O corredor e o caminho até o hall estão completamente vazios, volto lá e Julie já está completamente vestida, só o cabelo que agora está solto, e agora as pequenas ondulações castanhas caem pelos ombros.

⸺Vamos?

⸺Vamos.

Seguro sua mão e vamos assim até a enorme porta de entrada que dava pro jardim.

⸺Quer que eu te acompanhe até o carro?

⸺Não obrigada. -ela sorri de lábios fechados- Obrigada pela noite Peter, foi incrível.

⸺Eu que agradeço. Por favor não comente sobre isso com ninguém, e agradeça seu pai pelo ótimo baile.

⸺Pode deixar.

Vou dar um selinho nela mas ela é mais rápida e beija minha bochecha, acena antes de dar meia volta e caminhar até o estacionamento. Fico uns cinco minutos parado na porta tentando absorver a transa maravilhosa, a garota maravilhosa e a noite maravilhosa. Mas então uma voz me desperta do transe:

⸺Filho! Até que enfim achei você!.

Olho assustado para ele, seu sorriso é estranho mas quando vê meu estado fecha a cara.

⸺O que aconteceu? Cadê sua gravata? Que cabelo é esse?

⸺Eu… Não estava me sentindo bem e fui deitar, acordei agora.

⸺Eu realmente penso que seja essa a verdade. Se você estava com alguma vagabunda no quarto eu…

⸺Ei pai, deu né? Eu só estava com mal estar, quem dera estar com alguém no quarto mesmo. -ele não diz nada- Boa noite.

Subo as escadas correndo pra ninguém me ver, entro no quarto e sorrio quando vejo que Julie esqueceu o celular.

 


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Notas finais do capítulo

Oi gente, espero que tenham gostado!

Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=SxN1HPXjLmw

Aos interessados essa história também está sendo postada no wattpad: https://www.wattpad.com/story/97770632-american-money

As atualizações vão ocorrer nos finais de semana, obrigada por ter lido!

Até a próxima,
Duda B.



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