Naruto - A História Reescrita: escrita por Yori Sora


Capítulo 6
Capítulo V - O Terror:




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~Idade: Doze Anos – Primeira Saga:~

 

Os olhos do rapaz estavam arregalados e, seu corpo, trêmulo. Ele não conseguia, digo, era incapaz, de dizer qualquer frase coerente. Ele mal conseguia respirar, suas mãos não paravam de tremular e, aos poucos, ele sentia sua vista embaçar. Naruto estava experimentando um horror inexplicável! Incapaz de ouvir qualquer coisa, de pensar em qualquer assunto. Ele apenas gritava, no meio de uma arena; lá, haviam ninjas mascarados em volta, prontos para ataca-lo com todo o vigor.

 

— Hinata... – ele dizia, baixinho. Sua voz estava psicótica, como se ele estivesse tentando manter a calma para falar com uma criança. A sonoridade, porém, era claramente doentia, devido ao medo do rapaz. – Está tudo bem, Hinata... – ele soltou uma pequena risada. – Não precisa fingir que não me ouve, Hinata... – ele continuava, até que uma lágrima invariavelmente escorre de seu olho direito. – Hinata? Você... pode me ouvir, Hinata? – ele continuava.

 

Ele tentava chacoalhar o corpo da perolada, que não reagia. O loiro sentia a sua mente partida em pedaços e, nada pôde fazer, além de gritar.

 

Uma onda de energia vermelha o envolvia, fazendo um ruído que parecia um rugido infernal, a canção das bestas: ele queria destruir tudo que havia pela frente. Entretanto, um pensamento insistia em estar em sua mente, na verdade, um único nome:

 

”Hinata...”.

 

“Hinata...”.

 

“Hinata!!!”.

 

Mais um último grito:

 

— HINATA!!!

 

Ele acordou, ofegante. Seu corpo suava tanto, que parecia que ele havia tomado um banho de roupa. Foi tudo... um sonho? Ele se sentia um pouco aliviado, mas aquela sensação, aquele desespero, eram tão reais!

 

Ele debilmente olha para o lado, notando que seu braço era segurado, como se ele estivesse sendo chacoalhado aquele tempo inteiro. Uma garota, que ele conhecia mais que qualquer coisa, o olhava, chorando.

 

— Ainda bem... – seus olhos perolados pareciam aliviados. – Que você acordou!

 

Naruto arregalou os olhos. Foi tudo mesmo um tenebroso sonho. Ele salta da cama, caindo em cima dela e a abraçando, os dois caíram no chão, mas Naruto tomou todo o cuidado do mundo para ela não se machucar na queda.

 

Ele podia sentir o cheiro adocicado de seu cabelo, a maciez de suas bochechas. Ele a apertava forte e Hinata, apenas, colocou a mão nos cabelos loiros de seu amado, os afagando. Ainda era de manhã, e Hinata já se sentia totalmente desperta.

 

— Está tudo bem, Naruto-kun – ela dizia. – Não sei o que você viu, mas foi só um sonho, certo? – ela dizia, em tom maternal.

 

Naruto afastou o rosto de Hinata, a encarando nos olhos – o coração da moça se descompassava, ao ver aquele par de safiras, que sempre demonstravam como ela era única para ele, como ele a queria, como ele desejava sentir o seu perfumado cheiro de lírio, afagar seus cabelos e sentir sua pele. Ele queria permanecer para sempre, naquela posição, com Hinata.

 

Depois do choque inicial, ela sorriu. Ele também não sabia, nunca poderia imaginar, como ela o queria ao seu lado! Ou, talvez, imaginasse, eles tinham o mesmo coração. Não fazia muito tempo que Hinata entendera o que era, inclusive, desejo; eles eram apenas dois adolescentes, mas Hinata acreditava que o amor  que sentia por Naruto também incluía a vontade de tocá-lo, de ser tocada, acariciada, beijada,

 

Uzumaki Naruto era o lugar para onde ela sempre iria retornar, o corpo dele era o único que ela aceitaria como parte do seu.

 

— Naruto-kun... – ela dizia, entre lágrimas. Naruto arregalou os olhos. – Eu nunca quero estar longe de você, não importa quanto tempo passe. Um dia, teremos a mesma carne – Naruto apenas a olhava. Ela se levantou, se sentando e o tocando na face. – Você não precisa chorar por mim, eu sempre serei Uzumaki Hinata, eu sempre vou te amar e estar com você.

 

Naruto sorri.

 

— E eu sempre vou te proteger, Hinata – ele respondia, meio sem jeito. – Eu sempre vou proteger tudo que você tem de melhor – dessa vez, ela notou a sua convicção como firme. – Eu estava assustado, o chakra da Kyuubi, ele...

 

Ela o interrompeu.

 

— Você liberou bastante chakra da raposa, mas ele não me machucou. Talvez até esse chakra entenda – ela diz.

 

O resto da manhã foi passada em silêncio – por algum motivo, seguindo o conselho de Sakura, Naruto a ajudou a fazer o café da manhã, aprendendo as bases da culinária que não fosse a de ramen.

 

Mas nenhum dos dois disse uma única palavra. Já havia se passado a semana de serviços comunitários de Naruto, aquele era a sua última semana de testes na Academia Shinobi, mas ele sequer pensava nisso: seus pensamentos estavam naquele sonho horrível, era uma arena de batalha com uma plateia dormindo e ninjas mascarados.

 

E Hinata estava...

 

Ele decidiu, por fim, afastar esses pensamentos e tentar seguir o dia normalmente, pelo menos.

 

Caminhando até a Academia, inclusive, ninguém mexia com os dois.

 

E, assim, se passaram os dias, Naruto já conseguindo esquecer-se daquele sonho, mesmo que se lembrasse dele algumas vezes durante o dia. Pra variar, Naruto tirou notas baixas nas provas de Teoria Shinobi, mas tirou algumas das melhores do ano em prática.

 

Enquanto assistia Naruto fazer um henge perfeito, Sakura bate a palma na cara, enquanto estava na mesa onde se sentava com Naruto e Hinata.

 

— Como que um dos garotos com maior potencial desse ano não sabe a diferença entre uma shuriken e uma senbon?! – Sakura pergunta, indignada. Hinata ri.

 

— O Naruto-kun só não tem paciência para provas e responde qualquer coisa – ela diz, risonha. Sakura, notando a oportunidade, decide tentar algo.

 

— Ei, Hinata... – ela diz, baixinho. Hinata bebia um pouco de água mineral por canudo. – Se você e o Naruto casarem, vão ter que se beijar, né? – a intenção era clara: ver se Hinata reagia com vergonha. Ela imaginava se Hinata iria, classicamente, cuspir a sua água mineral para não engasgar, mas ela continua tomando por um tempo, então diz.

 

— O hálito do Naruto-kun é ótimo e o meu também, aposto que vamos gostar! – ela diz, com um sorriso no rosto.

 

”Esses dois pensam como namorados, agem como namorados e se relacionam como namorados, mas ainda não se tocam que DEVIAM ser namorados?!”, Sakura pensa para si mesma, indignada. Mas a resposta de Hinata deixou algo claro: eles ainda não tinham se beijado!

 

Talvez, devesse começar por aí.

 

Então, mais vários dias se passaram: Naruto, Hinata e Sakura estavam ainda mais ligados como trio, o que incomodava várias pessoas, mas Sakura não se importava tanto assim, pois como Naruto disse naquele dia assustador: ninguém ali, além do sensei, tentou fazer algo para salvá-la, nem mesmo a Ino-porca.

 

De certa forma, os testes da Academia eram terrivelmente fáceis para alunos bons com o uso de chakra, mesmo Bunshin no Jutsu sendo o pior jutsu de Naruto, ele conseguiu fazer dois clones falsos.

 

E, simplesmente, recebeu a sua bandana de ninja de Konoha. Hinata se jogou em seus braços e lhe deu um forte beijo na bochecha:

 

— Parabéns, Naruto-kun! – ela diz, animada, enquanto Naruto ria sem graça, como uma criança.

 

“Por que não um beijo na boca?! Mesmo sendo aqui, ninguém ia estranhar se os dois tivessem algo!”, Sakura ainda estava indignada em pensamentos, mas vai parabenizar o amigo.

 

Enquanto isso, um sensei usado como avaliador, um certo homem belo, mas de longo cabelo prateado, tentava pensar estrategicamente. Hinata percebe algo estranho e olha para ele: seu olhar era frio, mas ao mesmo tempo, era o olhar de quem não hesita em matar.

 

“Esse garoto agora também é um ninja, mas essa ex Hyuuga é um problema, ela é esperta e muito perigosa”, ele pensava. “Preciso dar um jeito de afastar o garoto-raposa dela”, o plano começava a ficar difícil, mas dava para ser feito.


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