Eu não queria me importar, não mesmo. Mas é mais forte que eu. Tudo parece ser mais forte que eu quando se trata de você, e eu queria dizer que esse sentimento é bom, e que as coisas parecem bem quando se trata dele. Mas não seria verdade. E não acho que você vai ou não querer saber, mas eu preciso colocar pra fora. A verdade é que nem sempre me sinto bem. Você me mágoa constantemente, e sequer percebe isso. E isso me destrói. Me corroe por dentro parecendo dilacerar todo o meu ser. É horrível, e não consigo controlar a raiva que sinto de você por causa disso. A dor é mais intensa do que posso definir. O vazio é devastante. E a sensação de que sou eu a errada é maior que tudo.

Me machuca perceber que você sequer imagina o que causa, e essa é uma das maiores feridas que carrego. A máscara parece estar caindo do meu rosto e o mundo parece estar deixando o eixo, mostrando pras estes tolos o quão fraca sou ao ponto de não conseguir admitir nem mesmo as alegrias que me preenchem, em parte. E que, de algum modo, me permitem ainda estar viva. É horrível admitir, mas me acomodei à dor dilacerante que possui minha alma. E isso sim me mata cada vez mais.

É, eu te odeio. Te odeio crucialmente. Te odeio ao ponto de te amar e destruir tudo isso. Te odeio porque é você que me mantém de pé. É o porto-seguro mais incerto no qual me apoiei. A mais errada escolha e a maior burrice que já cometi. Você é tudo que eu não precisava ter (não que eu acredite que tenha), mas é a melhor desnecessidade que já conheci. É o meu melhor lado. O meu melhor nada.