The Family of Darkness escrita por Caroline


Capítulo 5
Apaixonada por um deles




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Bati na porta do quarto de Kanato, mas ele não respondeu nada então apenas entrei. Ele estava conversando com Teddy enquanto se olhava no espelho.

—Você está precisando de alguma coisa? ­—Perguntei fechando a porta.

—Por que está aqui? —Ele perguntou irritado.

—Eu posso brincar com você? —Perguntei.

—Brincar comigo?! —Ele ficou surpreso.

—Eu adoro brincar de boneca, eu sempre brincava com a minha meia irmã Keiko. —Menti, ela sempre arrancava a cabeça das minhas bonecas e era um saco.

—Já que você gosta tanto de bonecas o que acha de se tornar uma das minhas bonecas preferidas, assim eu e o Teddy poderíamos brincar com você sempre. —Me assustei.

Senti o meu rosto ficar mais pálido que o rosto de um fantasma.

—Tão fofa. —Ele sorriu com a minha reação.

—Sabe eu não preciso virar uma boneca para sempre brincar com você, eu posso fazer isso como uma amiga. —Respondi batendo na tecla certa.

—Amiga?!

—Você sabe o que isso quer dizer? —Me aproximei dele.

—Sei, amizades são fraquezas nós vampiros não precisamos disso! —Me distanciei mais que depressa.

—Um amigo é alguém que te protege e te ajuda, não é algo ruim Kanato. —Fiz cara de choro.

—Você tem muitos amigos Aiko? —Ele pareceu se interessar.

—Na verdade não, você seria o meu primeiro amigo. —Ele sorriu aprovando a ideia, era um sorriso sádico, mas vindo dele era melhor que a gargalhada.

—Tudo bem eu também nunca tive um amigo além do Teddy é claro. Eu posso ser o seu primeiro amigo, porém nunca tente me usar para sua defesa dos meus irmãos.

—Tudo bem. —Menti.

—Fica com essa boneca. —Ele me entregou uma boneca do tamanho de uma criança de cinco anos, na verdade parecia mesmo uma criança de cinco anos e pensar nisso estava me deixando amedrontada.

—Você está se questionando se essa boneca já foi uma criança humana certo?

—Não. —Menti novamente.

—Não minta para mim! —Ele mudou seu humor para agressivo dessa vez.

—K-kanato. —Fiz minha melhor expressão de choro e ele pareceu se comover. —Me desculpa.

—Tudo bem, não precisa chorar por isso era só admitir que estava com medo.

Assim que eu terminei de brincar com ele fui para a cozinha comer algo. Ayato pareceu estar a minha espera. Assim que eu me aproximei ele abriu a geladeira como se tivesse adivinhado que eu estava faminta.

—Como você sabia?

—Das seis garotas que vivem nesta casa você é a que mais aparece na cozinha para comer.

—Ayato não é delicado dizer isso para uma dama como eu sabia? —Não esperei uma resposta dele e apenas peguei tudo o que tinha na geladeira enquanto ele me olhava. —O que foi? —Perguntei com a boca cheia.

—Não é delicado falar com a boca cheia sabia? Não são modos de uma dama. —O matei com o olhar.

—Ver você comer tanto está me deixando faminto também.

—Aaaaaah, desse jeito eu vou morrer seca. Se você tá com tanta fome assim, come isso aqui. —Peguei uma banana e coloquei na mão de Ayato.

—Mas?!  Por acaso você é burra? Como ousa me entregar uma banana pelo seu delicioso sangue, ao menos faça uma oferta no mesmo nível. Eu quero comer takoyaki.

—Você por acaso acha que eu sei fazer isso? Antes vocês todos estavam me achando com cara de comida e agora de cozinheira! —Reclamei.

—Você está reclamando....

—Não, vou fazer isso daí agora mesmo e eu realmente espero que vampiros tenham intoxicação alimentar.

—Se estiver ruim eu vou beber o seu sangue e você não vai poder reclamar depois.

—Se você quer o meu sangue pega logo e me deixa em paz, quero comer como se fosse a minha última refeição.

Ele se aproximou de mim e colocou as suas mãos sobre os meus ombros, de repente ele ficou sério me encarando isso estava me deixando desconfortável, eu não podia dizer que ele não era bonito, já que aqueles seis irmãos pareciam à reencarnação de deuses gregos.

—Existe a possibilidade de você se apaixonar por um de nós? —Ele não desviou o olhar dos meus olhos nem por um segundo e sua voz não dizia que aquela pergunta era brincadeira.

—Por que vocês estão tão interessados em mim de repente Ayato?

—Não faça perguntas, apenas responda a minha.

—E você ainda precisa de uma resposta minha? —Não esperei uma resposta dele. —Mas é óbvio que eu nunca vou me apaixonar por um de vocês. Agora responda a minha pergunta.

—Te provarei o contrário, agora eu tô com fome. —Ele mordeu o meu pescoço.

—Ayato... —Pensei em reclamar até o dia seguinte já que ele não havia me respondido, mas desisti antes de formar uma frase completa.

Assim que ele terminou ele desapareceu e eu continuei a me alimentar. Tinha algo que estava me incomodando muito na pergunta de Ayato, tinha algo a mais acontecendo era bem visível que eles não gostavam de mim de verdade, será que eu era apenas uma diversão ou passa tempo pra eles? Não acho que este seja o caso. Subi as escadas correndo para ir descansar no meu quarto, porém vi algo que chamou minha atenção, a porta da biblioteca estava entreaberta, mas o Reiji jamais a deixaria aberta. Me aproximei para saber o que estava acontecendo. Todos eles estavam tendo uma conversa em tom mais baixo.

—Ela respondeu isso? —Laito perguntou para Ayato.

—Sim. —Ele respondeu secamente.

—Se ela não se apaixonar por um de nós pode ser um problema. —Disse Reiji.

—O que acham que aquele cara fará a nós se não conseguirmos fazer com que ela se apaixone?  —Perguntou Kanato preocupado.

—Nada de mais, ele só vai queimar o Teddy ou fazê-lo em pedacinhos. —Disse Ayato.

—Não. —Gritou Kanato assustado.

—Que barulhento! —Reclamou Shu.

—Shu você não está preocupado com a punição que receberemos se não conseguirmos? —Perguntou Ayato.

—Não há muito com o que se preocupar. —Estava na cara que Shu estava mentindo.

—Claro que não há, eu vou fazê-la se apaixonar por mim e vou levá-la a loucura. —Disse Laito confiante.

—Laito leve a sua imaginação fértil para o seu quarto. —Disse Reiji.

—Essa conversa é uma tremenda perda de tempo. —Disse Subaru prestes a socar umas das paredes da biblioteca, mas foi impedido por Reiji que estava mais assustado do que eu com a possibilidade de ver sua amada biblioteca destruída.

Confesso que me divertir ouvindo a conversa deles, mas eu estava tão abismada com tudo que eu tinha escutado que eu mal conseguia me mexer. O que eu não entendia era porque o pai dos meninos ter me mandado para cá. Eu não o conhecia então supor motivos era quase impossível.

Fui para o jardim tomar um pouco de ar puro e vi quando o carteiro colocou uma carta na caixa de correio. Corri até lá para ver do que se tratava, já que a minha curiosidade estava liga do nos 220. Era uma carta dos pais dos meninos. Olhei para os lados e vi que ninguém estava por perto, sendo assim eu poderia abrir sem ter problemas maiores e depois colocar no lugar.

Basicamente o que cada linha da carta dizia era o quanto era importante eu não sair daquela casa virgem e o quanto eles seriam punidos se não conseguissem completar uma simples tarefa de casa. Senti um grande ódio daquele cara, se pudesse eu mesma o matava por obrigar seis vampiros sádicos a fazerem o possível e o impossível para transarem comigo. Espera. Talvez eles não saibam da parte do sexo ainda, a minha vida será um inferno se eles souberem esse detalhe. Que droga!

—Aiko-chan você não estava tentando fugir novamente não é? —Laito me assustou chegando atrás de mim de repente.

Eu me virei para ele e escondi a carta em minhas mãos.

—O que você está escondendo nas mãos? —Ele perguntou curioso.

—Não estou escondendo nada. —Menti em vão já que ele tinha visto o papel em minhas mãos.

—Eu quero ver, me entregue isso. —Ele ficou sério de repente, mas eu ainda assim não entregaria.

Tentei pensar em uma desculpa, mas não consegui achar nenhuma que fosse convencê-lo e foi aí que eu tive a péssima ideia, essa com certeza foi a pior ideia que eu já tive na vida e eu com certeza queria me matar após dizer aquilo em voz alta.

—L-laito é uma carta de amor que eu fiz pra você, m-mas eu ainda não terminei. —Ele me olhou surpreso, talvez não tivesse acreditado cem por cento em minhas palavras.

Eu o beijei rápido antes que ele quisesse ler a carta por curiosidade e então fui amassando-a aos poucos em minha mão. Assim que eu entrasse na mansão a primeira coisa que eu faria era jogar aquilo na lareira e depois entrar na donzela de ferro que ficava no quarto de Ayato.


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