The Family of Darkness escrita por Caroline


Capítulo 1
Mansão Sakamaki




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Eu ainda tinha pesadelos da última vez que tentei me matar, a água começou a entrar em meus pulmões e eu não conseguia respirar, mas naquele momento eu quis sobreviver com todas as minhas forças.

Meu nome é Aiko Ootsuka, eu acabei de completar 16 anos, o que mais posso falar sobre mim? Já faz um ano que eu fui enviada para o internato Madashi Ykeda, meu pai sempre viaja a trabalho desde a morte da minha mãe, então minha madrasta fez o possível para me manter longe dele, como ele não fez nada para impedir mesmo depois que voltou de uma de suas viagens supus que ele também não me quisesse por perto por eu lembrar a minha mãe.

Estava observando as outras garotas, olhando de longe elas parecia patéticas demais, olhando de perto eu conseguia ter certeza disso. Minhas malas estavam prontas há quase uma década, enquanto aquelas idiotas mal tinham começado a arrumar a delas, eu quis dizer que era burrice tentar colocar todas as coisas dentro da mala, já que ficaríamos apenas 3 dias com os irmãos Sakamaki, mas preferi não me meter e me retirei do quarto.

—Srta.Ootsuka. —Ouvi alguém me chamar.

—Aconteceu alguma coisa professor Takamani? —Perguntei preocupada.

—Tome cuidado nesta viagem. Não posso lhe dizer o que está prestes a acontecer, mas se cuida e não confie em ninguém! —Ele se distanciou.

—Tem certeza que está tudo bem? —Perguntei.

—Tenho. —Ele me deixou sozinha.

A porta se abriu acertando as minhas costas e me fazendo quase cair.

—Cuidado Hana, ah, é só a idiota da Ootsuka outra vez. —Disse Emi.

—Vou lhe mostrar quem é a idiota aqui. —Disse me preparando para a briga.

Ouvi um apito bem alto.

—Nem pensem nisso! —A diretora do internato se pronunciou. —Vocês cinco partirão agora mesmo, e lembrem-se da importância que esta viagem tem sobre o nosso internado. O motorista está esperando por vocês.

Peguei as minhas malas e as coloquei no carro. Procurei o professor Takamani com os olhos, mas ele não estava presente para se despedir de mim. Entrei no carro e permaneci em silêncio durante toda a viagem. Após 3 horas de viagem nós finalmente chegamos à mansão. Descemos do carro e cada uma pegou a sua própria mala, peguei a minha tranquilamente, enquanto aquelas estúpidas pareciam estar tendo dificuldades. Entramos no portão e o motorista desapareceu em uma das ruas da cidade.

—Olha que mansão bonita, digna de uma princesa como eu. —Disse Yumi.

—Verdade, é uma pena que seja por apenas alguns dias. Seria muito legal se a gente morasse aqui. —Disse Hana.

—Aquele internato não é grande coisa. —Disse Mari.

—E aí, que tal vocês quatro calarem a boca. —Disse irritada enquanto batia na porta.

—Quem você pensa que é... —A porta se abriu.

Entramos na casa, parecia silenciosa demais, a porta se fechou.

—...Tem alguém aí? —Perguntou Mari.

—Quem são vocês? —Uma garota baixinha, loira, olhos castanhos avermelhados e dona de um sorriso meigo apareceu na sala.

—Somos do internato Madashi Ykeda. —Eu disse.

Seis garotos desceram as escadas. Eles nos olharam assustados, parecia que eles não estavam cientes da nossa chegada.

—Outras noivas? —O garoto de óculos perguntou.

—Noivas?! —Hana estava tão confusa quanto eu.

—Não somos noivas de ninguém, somos estudantes do internato Madashi Ykeda, estamos aqui em uma excursão, a diretora nos pediu para vir. Meu nome é Mari Hirano, estas são minhas amigas Hana Matsuo, Emi Nomura e Yumi Noguchi.

—Meu nome é Aiko Ootsuka. —Me apresentei.

—Ootsuka?! —O garoto de chapéu pareceu surpreso, mas logo sorriu maliciosamente.

—Eu sou Reiji Sakamaki, o segundo mais velho. Ele é o Shu, o mais velho. Ayato , o terceiro mais velho. Laito, o quarto mais velho. Kanato, o segundo mais novo. E Subaru, o mais novo. —O garoto de óculos fez as apresentações.

—É um imenso prazer conhece-los. —Disse Hana.

—Agora vamos para a parte em que vocês se assustam. Somos vampiros. —Laito sorriu.

—Isso é algum tipo de piada? —Perguntei.

—Isso parece piada pra você. —As presas sobressaíram.

As garotas gritaram e correram assustadas. Fiquei imóvel encarando todos eles.

—Tolinhas vocês nunca fugirão da gente. —Disse Ayato.

—Você não vai fugir como as outras? —Perguntou Laito dando um passo na minha direção.

—Não me compare a elas. E não se aproxime de mim. —Laito sorriu e se aproximou ainda mais de mim.

O derrubei no chão com uma rasteira, comecei a socar a cara dele, minha mão ficou completamente suja de sangue e o rosto dele ficou machucado, mas mesmo assim ele sorriu, estava debochando de mim. Me afastei assustada, e o encarei com raiva.

—Ayato, se a cachorrinha te pertence então Aiko pertencerá somente a mim.

—O quê?! Vocês falam de seres humanos como se fossem objetos, que tipo de monstros vocês são?

 —Somos vampiros, já disse. —Ele limpou o sangue e eu pude ver que seu rosto estava completamente curado.

Ele me jogou conta a parede segurando os meus braços.

—Agora você pertence somente a mim. —Ele sussurrou em meu ouvido.

Senti sua língua em meu pescoço e logo em seguida senti suas presas furarem o meu pescoço, mas eu não senti dor alguma. Depois que a minha mãe morreu eu adquiri o hábito de me cortar e tentar táticas como a dor física para curar a dor mental.

Tentei empurrá-lo e fazê-lo me soltar de todas as formas possíveis, mas acabei desistindo já que era completamente inútil.

Percebi que as outras já tinham sido pegas e os outros irmãos também estavam sugando o sangue delas, como parasitas.

—Seu sangue. Com certeza é o melhor que eu já provei. —Ele me soltou e eu mal conseguia ficar em pé.

Os outros irmãos me cercaram, eu não sentia medo de nenhum deles, muito pelo contrário eu sentia raiva e ódio por estar naquele lugar apenas para satisfazer aqueles vampiros idiotas. Agora o que o professor Takamani tinha dito fazia todo o sentido, o internato nos entregou em uma bandeja para aqueles monstros. Minha consciência foi ficando cada vez mais distante e tudo escureceu completamente, foi como se a morte estivesse finalmente me abraçando calmamente.


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