Lost escrita por Gabs


Capítulo 7
VII


Notas iniciais do capítulo

Ok, estou de volta! Saiu mais cedo do que eu esperava (mesmo q eu tenha dito pra ThaaaB que iria sair sábado, sorry) siohfjaodi, felizmente. Espero que gostem e que comentem ♥



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Depois de um pesadelo assustador e bizarro onde eu tenho meu sangue drenado por dezenas de vampiros como um peru na ceia de natal. Acordei num pulo, assustada, suada e desesperada.

—Saiam de cima de mim! –gritei assim que me sentei na cama, mal tinha acordado.

—Não estou em cima de você. –ouvi Max murmurar e cocei os olhos tentando enxergá-lo melhor. –Que tipo de coisas você fez com ela pra que ela esteja dizendo isso, Thomas?

—Cale a boca antes que eu te chute para fora. –ouvi Thomas responder do outro lado do cômodo, minha visão estava um pouco turva e não consegui ficar sentada por muito tempo, deitei na cama praticamente forçada pela dor em meu ombro.

—Parece que ela está sentindo dor. –a voz de Max se aproximava, senti-o tocar meu ombro e grunhi. –Ombro. –comunicou a Thomas.

Fechei os olhos com força tentando recuperar minha visão, funcionou. Assim que observei ao redor, Max estava sentado na cama ao meu lado enquanto Thomas vinha em nossa direção com um recipiente nas mãos, me recolhi.

—O que vai fazer? –perguntei com apenas um fio de voz, estava rouca como se tivesse passado a noite toda gritando, era agoniante.

—Tirar sua dor. –ele estava sério e logo pegou um pano de dentro do recipiente e o torceu, vindo com ele até mim. –É só água quente. –ele murmurou quando percebeu que eu não queria que ele encostasse em mim.

—Dormiu bem? –Max perguntou enquanto Thomas colocava aquele pano em mim, o que aliviou e muito minha dor, era como se eu sentisse uma grande pressão sobre o músculo.

—Não, tive pesadelos com vampiros. –respondi sentindo Thomas apertar o pano em meu machucado, não soube dizer se ele fazia de propósito ou não.

—Nem imagino o porquê. –Max ironizou olhando diretamente para Thomas que o encarou como se fosse matá-lo. –Bem, você perdeu suas aulas de hoje e suas amigas e aquele garoto estão preocupados.

—Minhas aulas de hoje? Que horas são? –perguntei surpresa, não imaginava que fosse dormir tanto assim.

Se bem que Thomas deve ter dado um jeito de me fazer dormir tanto quanto ele queria.

—Agora são seis horas da tarde, Kate. –Max olhou o relógio em seu pulso e se virou para mim. –É relaxante não é? Sempre que me machuco e Thomas me ajuda me sinto renovado no dia seguinte. Tommy é um curandeiro de mão cheia. –Max sorria, parecia gostar muito do amigo, gostaria de poder sentir essa gratidão toda, mas eu sabia que Thomas não estava fazendo menos do que deveria depois de ter me mordido e deixado aquela marca horrenda e dolorida.

—Melhor ele ser mesmo. –ralhei de tanta raiva, o que ele tinha feito era demais pra mim.

—Eu posso tirar sua dor, mas a marca terá de sair sozinha. –ele murmurou perto de meu ouvido enquanto colocava o pano de volta no recipiente e o voltava ao meu ombro depois de torcê-lo.

—Como assim? Quanto tempo isso vai demorar?

—Depende, você não tem habilidades muito boas de regeneração e ainda é como uma humana, praticamente. Talvez um mês ou menos, se for sortuda.

Puta merda eu queria matá-lo. Com direito a facas e uma morte lenta e dolorosa, como ele pôde fazer isso comigo?

—E como o gênio sugere que eu esconda isso?

—Ela tem razão, precisam esconder isso. Se perceberem que você a mordeu ou pior, se a diretora perceber que você a mordeu, ela te mata. –Max concordou nos dando seu discurso mais otimista.

—O que acontece se os outros virem? –questionei-o, já me imaginei sendo o centro das zoações, que inferno seria.

—Hmm, vampiros costumam enxergar a mordida, quando não é para matar ou se alimentar, como algo muito íntimo. Então... –ele parecia envergonhado, não sabia como finalizar e acabou só olhando para Thomas esperando uma resposta, o loiro não parecia querer falar sobre aquilo.

—Então eles não podem ver. –Thomas finalizou sem de fato, me dar uma resposta. Mas acho que naquele momento, pelo que Max dissera, eu não queria saber.

—Isso não respondeu minha primeira pergunta, como eu escondo isso? –repeti.

—Com seu cachecol. –murmurou.

—Ele faz meu pescoço coçar, não consigo ficar com ele por muito tempo. –rebati.

—Eu poderia te emprestar algo, mas duvido que usaria. –concordei com a cabeça de leve, nem tão cedo aceitaria ajuda dele novamente. –Max, poderia emprestar algum moletom pra Katherine? Sei que tem muitos com golas grandes.

—Claro, tenho muitos. Então é melhor eu ir buscar antes que me esqueça. –ele se levantou e saiu do quarto.

O silêncio incômodo imediatamente se instalou no quarto, Thomas parecia não se importar, na verdade ele mal havia me olhado nos olhos desde que acordei.

Eu me sentia traída, com raiva e decepcionada. Logo quando eu estava pensando em agradecê-lo, ele age como se tivesse o direito de fazer o que quisesse comigo quando bem entendesse.

Sentia-se no direito de me calar só porque não queria ouvir o que eu tinha a dizer. Um covarde.

—O que aconteceu depois? –perguntei ainda sem olhá-lo.

—Depois do que? –franziu as sobrancelhas um pouco e continuou a pressionar o ferimento.

—De você me morder.

—Você dormiu quase instantaneamente, como eu disse. O que acha que eu faria?

—Se alimentou de mim? –eu não havia cogitado essa possibilidade até agora, mas considerando que eu tinha um vampiro com os dentes em mim, ele poderia ter se aproveitado da situação.

—O que? Não. Que tipo de vampiro você acha que eu sou? –ele parecia realmente ofendido, até mesmo me olhou nos olhos ao dizer.

—Eu não sei, você foi bem covarde ontem a noite. –respondi com um tom de deboche, observei-o fechar os olhos e respirar fundo lentamente.

—Tenho certeza de que seu sangue deve ser delicioso, mas não Katherine, não tive a honra de prová-lo. Vou me lembrar disso da próxima vez. –ele sorriu sem mostrar os dentes, então estávamos os dois alfinetando um ao outro agora?

—Você fala como se fosse possivelmente ter uma próxima vez. Não ouse chegar perto do meu pescoço novamente. –avisei o olhando nos olhos, ele não seria tão louco a ponto de me morder de novo, não poderia. –E isso não é íntimo e não sei o que lá pra sua espécie? Parece que faz isso com frequência. Imagino quantas vezes mordeu Claire até agora... –murmurei colocando a mão no queixo como se estivesse imaginando, o que eu não faria.

A última coisa que eu faria por livre e espontânea vontade seria imaginar as intimidades de Claire e Thomas, ugh.

—Primeiro que para te morder não precisa ser apenas no pescoço, mordi seu pescoço para que doesse menos, o que não farei da próxima vez. –ele me olhou de maneira que me deu plena certeza de que me faria sofrer se tivesse a mínima chance. –E não fale sobre algo que não sabe, Katherine. A mordida já é algo íntimo de vampiros para outras espécies, entre vampiros é algo pior ainda. Seria algo como uma tentação é para os mortais.

—Como um pecado?

—Não, não somos punidos se o fizermos, mas... –ele umedeceu os lábios e se levantou com o recipiente em mãos, passei a mão no ferimento e pude sentir os dois furos em minha pele, respirei fundo, não acreditava que aquilo tinha realmente acontecido. –Você vai descobrir.

Vou?

—Aqui, achei. –Max voltou com um moletom vermelho nos braços, não tinha nada um pouco menos chamativo?

—Mas esse é meu. –Thomas comentou.

—Os meus são hmm... Rasgados atrás lembra? –ele apontou com os polegares para as próprias costas, parecia envergonhado. –As asas... –continuou explicando como se não soubéssemos ainda.

—Saquei, uma pena Katherine. Espero que não se importe. –ele foi até o banheiro com o recipiente em mãos e o descartou. –Pode colocar em cima da poltrona Max, obrigado.

—Obrigada, Max. –olhei Thomas que parecia dizer algo para Max, que parou de sorrir e ficou sério também. –Não tenho muita escolha, tenho Thomas?

—Felizmente não, vamos ver se assim faz o que eu mando.

—Chega disso, vou tomar um banho. –me levantei tentando me manter de pé sem sentir dor, não senti. Fiz que ia entrar no banheiro e vi Thomas vindo atrás de mim, parei de andar.

—O que? Vai querer me seguir no banheiro? Isso é assédio sabia? –coloquei a mão no quadril, aquilo já era demais até pra mim que estava toda debilitada.

—Deixa ela, qualquer coisa a gente te ajuda. —Max deu ênfase no ajuda, já que sabia que eu não gostava de ser salva.

—Obrigada Max.

—Vá logo. –Thomas mandou.

—O banheiro é meu, com licença. –comentei sem acreditar que aquele grande idiota queria mandar no tempo que eu ficava no banheiro, vê se pode.

Ao entrar debaixo do chuveiro e jogar água naquele ferimento, senti como se todos os meus problemas fossem capazes de sair com aquela água. A sensação fora tão aliviante e relaxante que era como se eu não tomasse banho há meses.

E aliviar aquele frio excruciante com uma água quente era sempre bom.

Saí do banheiro e logo me joguei na cama sem dar tempo do frio me alcançar, me enrolei nas cobertas e senti minha barriga roncar, mas que droga. Não acreditava que teria de me trocar para o jantar.

—Estou com fome.

—O jantar já vai começar, eu vou com você. –Max sugeriu, não tive como negar, não conseguiria dormir de barriga vazia.

Coloquei uma calça de moletom por debaixo das cobertas e me vi sendo obrigada a vestir o moletom vermelho de Thomas.

Por fim coloquei um suéter e decidi sair esperando que o cabelo cobrisse a marca.

—Não vai colocar?

—Não, vamos. –respondi abrindo a porta e deixando-o sair primeiro.

Senti um pano grande sendo colocado por cima de minha cabeça e em seguida consegui ver Max sorrir por detrás de todos os cabelos que cobriam meu rosto.

—Vista logo essa droga de moletom. –Thomas murmurou atrás de mim, parecendo completamente impaciente e me forçando a vesti-lo, descendo-o pelo meu tronco.

—Tá bom, não preciso de ajuda. –terminei de vesti-lo e desci até o refeitório com Max atrás de mim.

—Você logo vai ver como ele é legal, pode não parecer, mas é. –Max comentou sorrindo sem me olhar, olhava para frente como se estivesse se lembrando de algo.

Eu entendia que ele e Thomas eram amigos – talvez até melhores amigos -, mas o outro nunca fazia nada que me permitisse sentir algo por ele a não ser antipatia e agora, raiva.

—Ele é legal com você, Max.

—Não é não. Quando eu o conheci ele também era assim, todo fechado e de poucas palavras. Costumava me dar umas patadas quando eu tentava me aproximar também. –ele riu. –Mas é que... As coisas são mais complicadas do que parecem. Eu entendo que ele parece um babaca frio e idiota, mas na verdade ele só é idiota. E ele ainda está um pouco puto por ter que te vigiar, ele não aceitou ainda, coitado. –Max colocou a mão no peito como se sentisse um tipo de falsa pena de Thomas, já que riu logo em seguida.

Max era bem diferente de Thomas, não só na cor de cabelo como também na personalidade e tudo mais. Era como se Max brilhasse com otimismo e alegria e Thomas fosse apenas uma bolinha de escuridão e frieza. Os cabelos claros de Thomas deviam ser para combinar com seu ar gélido enquanto os cabelos escuros e vermelhos de Max me lembravam do quão quente e vivo ele era.

Desejava que ele fosse meu protetor ao invés de Thomas.

—Mas relaxa, vou conversar com ele. –ele bagunçou meus cabelos de leve, como se eu fosse um cachorrinho.

—Max, qual é a dessa de mordida ser algo íntimo, você não terminou de explicar.

Max ficou tão vermelho quanto seus cabelos e olhava ao redor como se procurasse algum lugar para se esconder.

—É hum, algo meio... Íntimo mesmo. –ele murmurou baixo ainda sem olhar para mim.

—Essa é a melhor explicação que você poderia me dar? –ironizei cruzando os braços, ele respirou fundo.

—É algo que não é muito confortável de se comentar sobre, você vai aprender sobre isso logo, logo.

—Mas eu quero saber agora! –puxei-o pela manga da blusa assim que o garoto tentou fugir de mim.

—Ah Kate, por favor.

—Thomas também não quis me contar então você vai.

—Se ele que é um vampiro não te contou porque eu deveria? Sou só um anjo. –ele colocou as mãos no peito dramaticamente antes de caminhar até o refeitório novamente.

—Mas que anjo fajuto. –resmunguei seguindo-o até o refeitório.

Ao entrarmos no refeitório vi Megan e Sophia se surpreenderem ao me ver ali, até se levantaram.

Me sentei depois de pegar algo para comer e deixei que as perguntas fossem feitas.

—O que aconteceu com você? –Megan parecia desesperada.

—Imprevistos ocorreram. –murmurei ao abaixar a gola da blusa de leve para que elas pudessem ver o ferimento.

—MEU DEUS ELE TE MOR- -enfiei a mão em cima da boca de Megan com tanta urgência que quase a derrubei no chão, que menina mais maluca.

—Não grita, merda! Ninguém pode ficar sabendo. –sussurrei.

—É por isso que está vestindo esse moletom enorme? De quem é? –Sophia observava meu moletom com atenção.

—De Thomas, precisava de algo que escondesse. Eu não queria usá-lo, mas os de Max tem furos nas costas então...

—Ai minha boca. –Megan resmungou massageando os lábios. –Mas enfim, porque isso aconteceu e porque ninguém pode ver?

—Aconteceu porque ele é um idiota e ninguém pode ver porque é algo íntimo para os vampiros por um motivo que nenhum dos dois quer me contar. –expliquei-a colocando um monte de comida na boca, uma vez que o jantar já estava perto do fim.

—Então é só perguntar para os professores amanhã. –Sophia comentou tomando um gole de seu suco.

Assenti com a cabeça e senti Max me cutucando com o cotovelo.

—Hum... Acho que Claire e Morgana estão reconhecendo o moletom Kate, torça para que elas não venham falar conosco. –ele murmurou com a cabeça baixa, parecia ter cometido um crime.

—O que elas poderiam fazer?

—Vampiros são muito possessivos, acho que já percebeu isso. –ele se referia a Frederick que por nada tinha me jogado do telhado, vampiros são loucos. –Mulheres vampiras são mais ainda. Vampiros costumam ser muito cafajestes então elas tendem a grudar no vampiro que estão a fim. No caso, como é Thomas... Bem, se eu fosse ela faria a mesma coisa.

Por pura sorte do destino conseguimos terminar o jantar sem nenhum tipo de surpresa ou ameaça ou algo do tipo, assim que Max me deixou no quarto quando abri a porta e vi Thomas ali, pensei em tentar uma última vez.

—Então você não vai mesmo me contar sobre esse negócio da mordida? –perguntei casualmente enquanto me enfiava debaixo das cobertas.

—Não.

—Por quê? Te deixa envergonhado? Max ficou todo vermelhinho...

—É um assunto delicado. –ele respondeu depois de respirar fundo, finalmente me olhando. Parecia estar cansado daquele assunto. –Eu não teria te mordido se soubesse que ficaria assim tão interessada no assunto.

—Mas mordeu. –concluí me virando e ficando de costas para ele. –Vou dormir, boa noite e fique longe de mim.

Ouvi-o rir e murmurar um “boa noite Katherine” antes de eu dormir.

No dia seguinte acordei e a primeira coisa que fiz ao sair do quarto e ver que Thomas não estava lá foi ir até o refeitório e pegar coisas para comer e arrastar as meninas até a sala da professora Marise, nossa professora de espécies.

—Nossa Kate, bom dia pra você. –Sophia reclamou arrumando o uniforme.

—Desculpa a dúvida estava me matando. –me desculpei, eu precisava saber sobre a mordida antes que a dúvida me engolisse por completo.

—Meninas? Bem que eu ouvi uns barulhos aqui fora, desejam algo? Nossa aula não é agora, é? –a professora parecia um pouco perdida.

—Não, eu tenho uma dúvida. –comecei apreensiva.

—Pode dizer, entrem. –ela nos convidou, nos sentamos nas três primeiras mesas.

—Qual é a relação que um vampiro tem com a mordida? Ouvi que é algo íntimo para eles, você pode nos explicar?

—Bem, por onde começar... –ela murmurou rindo fraco. –A mordida é algo muito importante para os vampiros, é seu principal meio de alimentação e arma. Quando o vampiro morde a vítima solta algo que é algo perto de um sedativo, a vítima em questão não sente a dor da mordida, sente prazer por ser mordido. Por isso muitas vezes quando a vítima sobrevive costuma desejar por mais. –ela parecia procurar por palavras que a ajudassem. –Vou tentar ser didática sobre isso.

—Ok.

—Quando um vampiro morde também sente essa sensação prazerosa, o que consequentemente faz com que a grande maioria se sinta envergonhada depois de morder, quase como um orgasmo, entendem? –ela gesticulou um pouco. – Quando um vampiro morde um humano costuma ser uma relação quase que harmônica, o vampiro toma sangue e o humano recebe essa sensação extasiante. Mas quando um vampiro morde um ser mágico como vocês, por exemplo, a sensação é quase que triplicada. Porque o sangue mágico é muito mais forte e precioso do que o sangue humano. Já ouvi relatos de vampiros que descreveram o sangue mágico como o “manjar dos Deuses”.

—E entre vampiros? –Megan perguntou antes mesmo que eu tivesse a chance de abrir a boca.

—Entre vampiros é algo mais complicado. Vampiros costumam ser um pouco mais libertinos do que os outros seres e quando querem se sentir extasiados sem precisar de sangue mágico, já que a maioria da sociedade mágica tem muito preconceito com vampiros e se recusam de todo jeito a lhes dar sangue, eles costumavam tomar o sangue de seus semelhantes antigamente, o que foi a principal causa desse preconceito com essa espécie em particular.

—Uau... –Megan murmurou.

—Só que isso se tornou um vício com o passar dos séculos, eles bebiam o sangue de seus semelhantes como se fosse algum tipo de droga, devido à sensação prazerosa que lhes proporcionava. Vampiros mais jovens tendem a sofrer muito com isso hoje em dia, no calor de situações como sexo ou fome sentem vontade incontrolável de morder colegas.

—Uma mordida demora muito tempo para desaparecer? –perguntei tentando soar o mais calma possível.

—Depende muito do estado da pessoa, no seu caso acho que em duas semanas essa marca já terá desaparecido, uma vez que Thomas fez um ótimo trabalho com o tratamento. –ela observou, eu congelei no lugar.

—Não, mas eu... –tentei contradizê-la, sem êxito.

—Eu senti o cheiro assim que entrou. –ela sorriu de leve. –Não é um pecado Katherine, mas a sensação deve ter sido bem esquisita para vocês dois. –ela fez uma careta fofinha tentando me consolar.

E realmente a sensação foi muito esquisita.

Fico me perguntando agora se Thomas sentiu o mesmo prazer que eu ao me morder, que coisa mais bizarra. Mas afinal poderia ser por isso que parecia tão frio no dia anterior, talvez estivesse envergonhado, como ela havia dito.

Fiquei envergonhadíssima ao imaginar Thomas tendo que se recompor depois de me apagar na noite anterior, quase consegui sentir seus lábios em meu pescoço novamente, senti um arrepio percorrer minha espinha.

—Ele disse que não se alimentou de mim.

—Eu não acho que ele mentiria. –a professora concluiu se levantando da cadeira em que estava sentada ao ouvir o sinal tocar tão alto como de costume. –Meninas, daqui a alguns minutos meus alunos virão então podem vir atrás de mim depois se tiverem dúvidas sobre outras coisas mais tarde, agora tenho de dar aulas.

—Ah sim... Obrigada professora Marise, nos ajudou muito. –agradecemos antes de sair da sala, e antes de entrarmos em nossa sala de aula Thomas e Max estavam parados na porta, meu rosto ficou quente assim que os vi ali, mal consegui olhá-los.

—Quis ter certeza de que vinha para a sala. –Thomas respondeu depois de eu tê-lo perguntado o que diabos ele fazia ali.

—Estou aqui, vá pra sua sala. –expulsei-o.

—Ok. –ele riu fraco quando o empurrei sala afora.

—Até mais meninas. –Max se despediu.

Nos sentamos mais o fundo da sala e Megan suspirou alto, parecia estar sobrecarregada.

—É mega estranho pensar que vocês tiveram um orgasmo juntos mesmo sem terem transado. –observou fazendo minha cara ficar tão vermelha quanto o maldito moletom que eu usava.

—Nem me fale. –tampei o rosto com as mãos, estava morrendo de vergonha.

—Kate tinha razão, vampiros são mesmo estranhos. –Sophia comentou enquanto pegava seus materiais.

Não estava feliz por estar certa, nem um pouco.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e nos vemos no próximo, comentem! ♥



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