Apenas Bons Amigos escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 2
Capítulo 2: Como Não Esquecer Essa Garota


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa amorecos do meu coração, flores do meu jardim, cobertura do meu picolé!!! u.u

Demorei e peço desculpas enormes porque tive uma intensa semana de provas e um enorme bloqueio criativo.

Estou mega feliz pelos diversos comentários positivos que Apenas Bons Amigos recebeu ♥ Obrigada, obrigada e obrigada!!

Boa Leitura :3



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Pode parecer banal, mas eu tenho uma rotina a seguir assim que chego na escola.

E querendo eu ou não, sem meu devido consentimento, ela foi drasticamente afetada ao avistar Beverly e Thomas no pátio quando cheguei.

Depois de Matt, Beverly é minha melhor amiga. Ela faz tudo o que Matt não pode fazer comigo: me acompanhar ao banheiro, ver minhas mensagens com um-garoto-que-eu-beijei-nas-férias-e-não-contei-pra-ele-mas-que-bom-que-nunca-mais-o-vi. E também é Beverly que me empresta alguma roupa ou batom da moda atual quando lembro que ainda sou uma adolescente.

Nossa amizade não têm nada a ver com eu precisar de uma garota do meu lado. Tem a ver com o fato dela ser extremamente ela mesma. Ser Beverly Ferrant, a representante de turma, a garota mais sensata e viciada em bombons de licor que um dia você encontrará.

Todavia, como qualquer ser humano, ela também possuía uma falha, e o nome dessa gigantesca falha é Thomas White. Alto, cabelos escuros e sempre com um fichário debaixo do braço. Ele não era bonito aos meus olhos, entretanto aos de Bev, ele era perfeito.

Tipo, a questão não era ele ser normal. Isso nunca foi e jamais será um problema para alguém (eu espero/deveria ser assim), porém ele não tê-la convidado para o baile do ano anterior a tinha deixado péssima por dias. E justamente por isso, eu não conseguia desgrudar os olhos daquela cena, nem movimentar os pés, embora vários alunos esbarrassem em mim e soltassem palavras proibidas para um ambiente estudantil. Não entrava na minha cabeça a capacidade dela de retribuir os sorrisos amistosos de Thomas, senão por ela ser educada demais para sair andando e o deixando para trás com um vácuo enorme.

E um outdoor escrito "otário" na testa.

Em neon e com luzes estroboscópicas.

De qualquer modo, mesmo que meus instintos me provocassem, eu também não faria isso.

Alguém apertou meu ombro direito, tirando-me do torpor em que estava. Olhei de esguelha, confirmando a presença de Matt.

— Já pegou seu material para a primeira aula?

 

— Ainda não. - balbuciei. - Vem comigo?

Ele concordou e seguimos lado a lado até meu armário. Girei os números no cadeado e abri a porta,tirei a mochila dos ombros e joguei dentro dela a apostila da qual precisava.

— Já sabe quem serão os escolhidos para organizar o baile de primavera?

Um vinco se formou entre suas sobrancelhas. Com um movimento da cabeça, levou minha atenção ao grande cartaz colado no mural.

— Não faço a mínima ideia. - Mordi o lábio inferior antes de prosseguir. - Mas, eu queria participar.

Organizar o baile seria meu grande salto no ensino médio. Não, o meu grande salto na vida! Quase todas as mulheres integrantes da minha família haviam ficado responsáveis pela organização do baile no decorrer de suas vidas estudantis, o que rendera a impressão de que a família Smith era realmente, com todas as letras, de prestígio. Não que fôssemos ricos ou qualquer coisa assim, no entanto, colocar ás mãos na massa e transformar um simples evento em algo inesquecível era essencial. E eu só tinha mais um ano se quisesse provar que também podia deixar minha marca.

— Você seria uma boa organizadora, Lis. Está no seu sangue. Agora vem. - Matt apanhou meu pulso. - Shakespeare nos espera.

(...)

Rápido, Jon Deell atravessou a quadra e passou a bola para Adam. Eu sabia seu nome por causa de seu cabelo longo e bagunçado. Era difícil não saber o nome de quem frequentava as festas da Elite, e além do mais, Jon sempre estava grudado como carrapato em Adam. Ele - vulgo Adam - bateu a bola no chão e desviou de um dos jogadores da equipe adversária. Com um salto mais alto do que eu acharia possível, enterrou a bola na cesta. Ponto.

Uma chuva de gritos - principalmente femininos - ecoou pela quadra coberta. Adam tirou a camiseta e secou o rosto, cumprimentando os colegas de time com aquela típica saudação masculina pós jogo: tapas nos ombros, berro e suor para todo o lado.

Revirei os olhos para a sua tentativa de arrancar mais suspiros das garotas do colégio. Qual é, ele sabia que era contra as normas qualquer insinuação daquele tipo!

— Belo jogo, hum?

Beverly amassou o saquinho vazio de pipoca e o colocou no bolso. Pus-me de pé, alinhando o uniforme no corpo. Ele estava um pouco amarrotado pelo tempo em que eu ficara tremendamente entediada e presa na cadeira da arquibancada. Matt estava com seu grupo do grêmio estudantil, resolvendo algo valoroso que era mais importante que um jogo no intervalo. Senti sua falta porque não havia nada mais maçante que assistir garotos suados correndo atrás de uma bola.

— Nem foi tão bom assim - Dei de ombros.

— Ah, Lis, fala sério! Não vai me dizer que não achou espetacular a última cesta?

— Chato. Ridiculamente chato foi o que eu achei.

— Se não gosta de basquete, porquê veio então?

— Obrigação - respondi.

 

Pela visão periférica, percebi Adam se aproximando, já com a camiseta. Suava e ofegava pelo término recente do jogo e virou a garrafinha com água na boca antes de abrir a boca inconveniente.

— Deve ser um tremendo sacrifício me assistir fazendo vários pontos, né? Até porque, eu sou o melhor - Fingiu uma tose. - O... Melhor... - repetiu, como se estivesse me contando um segredo, baixo e com os olhos castanhos semicerrados.

— Bever, vamos! - Puxei minha amiga pelo braço.

— O quê foi, Lisa? A verdade dói? Por que não aceita que não vive sem mim e assume que veio até aqui por minha causa?

Parei de andar bruscamente.

— Lisa, veja bem o que você vai... - Beverly alertou.

O sorriso sarcástico de Adam aumentou de forma. Apertei a barra da manga do meu casaco, ciente de que deveria manter a calma.

— A diretora Keller quer falar com você, bravinha. - Ele ergueu as mãos em rendição. - Parece que algo ruim aconteceu.

Ele caminhou na minha direção e quando passou ao meu lado, sussurrou:

— Foi bom te conhecer, Smith.

Foi inevitável não olhar para trás e conferir que ainda era o centro da visão de Adam Wolks. Ele piscou como um cumprimento de despedida e acenou. Já eu, inspirei fundo e passei a mão sobre os cabelos, nervosa e curiosa demais para a conversa com a diretora carrasco.


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Notas finais do capítulo

O Adam merece uns tapas, né?!?! Suhsaushuashuaushaushau
Espero que vocês tenham gostado. Comenta ai, favorita :3 Meu coração vai ficar felizão ♥



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