Apenas Bons Amigos escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 1
Capítulo 1: Um Amor Para Recordar


Notas iniciais do capítulo

Hello amorecos!! Primeiro capítulo do meu novo filho, rs!!
Boa Leitura, espero que gostem.



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"Eu sempre senti sua falta e eu te amo.

É como o vento. Não posso vê-lo.

Mas posso senti-lo"

Mandy Moore - Only Hope

Qual é a probabilidade de se apaixonar pelo melhor amigo?

No meu caso, Matt Wolks é uma chance tão remota quanto a de uma vaca voar ou do bicho papão existir. Não importa.

Adoro o fato de que meu coração jamais, repito, jamais será partido por ele. Adoro o fato dele me ouvir como nenhuma garota poderia (Não desprezando meninas, obviamente. Eu também sou uma, afinal). Adoro quando ele divide seu Kit Kat sem fazer caretas.

Eu desejava nunca me envergonhar por pensar nele como um exímio cavalheiro do século XIX, disposto á tudo por sua donzela, porque sim, o primogênito dos Wolks é um garoto de ouro e ninguém poderia negar isso, exceto seu tempestuoso irmão, Adam.

— Sei que sou lindo, mas será que pode parar de olhar pra mim e se concentrar nas leis?

— Você é muito mais interessante.

Ele riu e prendeu o cabelo negro que ia até um pouco abaixo da ponta da orelha. Matt me flagrou olhando-o novamente e sorriu, um riso completamente lindo, daqueles que você quase baba. Ninguém resiste e eu me incluo automaticamente nessa lista.

— Estou pensando em deixar Newton de lado e assistir um filme. Topa?

Olhei para o relógio em meu pulso, constatando que ainda tinha um tempo antes da minha mãe chegar em casa. Ela sabia que eu estava com Matt, contudo o problema era estar fora da cama depois das dez. Bom, ainda tínhamos umas cinco horas antes do meu prazo terminar.

— Topo. - respondi, empurrando meu caderno para o canto da mesa de centro.

Desdobrei as pernas e as estiquei, suspirando no processo. O tapete felpudo e macio foi um alento, embora não pudesse senti-lo tão bem usando a calça do uniforme do colégio. Matt levantou primeiro e estendeu a mão.

— Eu vou guardar nossas coisas. Vai fazendo a pipoca.

Acenei.

— Sem manteiga?

— Com manteiga.

Meu rosto de contorceu.

— Ah, Liss, fala sério! Só hoje, vai. - Ele apanhou minha mão, o rosto implorando.

— Não. - Bati o pé.

— Sim, vai, por favor. - implorou mais uma vez. .

— Desde que eu fique com a almofada maior.

— Para quê almofada quando se tem o meu ombro? - questionou, zombador, erguendo uma sobrancelha.

Revirei os olhos.

— Então, quero duas barras de chocolate. - exigi. - Amanhã.

— Feito. - Ele beijou demoradamente a minha bochecha e me abraçou forte.

— Agora vai lá! - O expulsei, rindo.

Matt correu escada acima com sua mochila no ombro. Meus pés levaram-me à cozinha e abri um dos armários, procurando pelos saquinhos de pipoca de manteiga. Deveria ser fácil encontrar os alimentos ali já que tudo era meticulosamente organizado.

Os ladrilhos em tons de pastel davam um contraste bonito ao fogão e à geladeira de inox. O granito branco da pia tinha sobre si, o lava-louças e um copo que Matt esquecera de guardar. Uma mesa auxiliar repousava em um canto com uma cesta de frutas frescas a enfeitando.

Os Wolks tinham mesmo um gosto incrível.

Vasculhando o ambiente, encontrei no armário de cereais um punhado de pipocas de microondas. Desembalei-as e pus a primeira para estourar.

Abri a geladeira e fitei as bebidas que tínhamos para escolher: Suco de mirtilo, refrigerante, leite, suco de morango e milk-shake de chocolate. Peguei duas latinhas de refrigerante, fechei a geladeira e ao me virar para sair, trombei com algo maior que eu.

Por instinto, recuei. Adam me fitava com um olhar zombeteiro e sarcástico, suas características únicas. Seus braços fortes estavam cruzados sobre a camisa do time de basquete da Willow College.

— Ora, ora, ora... - Sorriu malicioso. - Já se sente em casa o suficiente para assaltar a geladeira, Smith?

— Me sinto à vontade para deixar você falando sozinho.

Dei-lhe as costas e dei o primeiro passo antes que ele segurasse meu pulso.

— Sua mãe não te deu educação? Não se pode deixar alguém conversando sozinho, Smith. - debochou.

— O que a minha mãe deixa ou não de fazer, não é da sua conta.

— Bom, você está na minha casa. O mínimo que deve fazer é me dar satisfação.

Inspirei fundo.

Minha paciência estava se esgotando e Adam se aproveitava daquilo. Ele sabia como tirar muitos do sério. Um defeito ainda mais terrível que seu ego elevado. O único motivo para a minha coragem em dizer algumas coisas a ele foi nossa antiga - do tempo das cavernas - proximidade.

Tínhamos estudado juntos na 6° série. Aquele ano fora marcante para mim porque Adam tinha sido meu melhor amigo e, bom, eu tinha uma quedinha do tamanho de um penhasco por ele. Na época, Matt ficara tão doente que não passara de ano. No seguinte, caímos na mesma sala e nos aproximamos mais do que era possível, então Adam se distanciou. As brincadeirinhas de mal gosto vieram acompanhadas de namoradinhas insuportáveis e agora era impossível ficar no mesmo ambiente que ele sem nos estrangularmos.

Com o passar dos anos, éramos dois desconhecidos se esbarrando nos corredores abarrotados da WC.

Superei, mas minha raiva por ele ter me desapontado, ainda corria nas veias. Adam Wolks era um babaca e à menos que ele provasse, não merecia respeito algum da minha parte.

— Me solta - mandei.

Ele obedeceu. Engoli a bile que se formava em minha garganta e me ocupei em pegar a pipoca pronta do microondas e colocar outra em seu lugar.

Sabia que meus atos estava sendo observados pelos profundos olhos castanhos de Adam. Eu não cederia, porém. Ele que esperasse sentado uma resposta para suas provocações. Meu raciocínio não dava as caras e mesmo se quisesse, não daria uma boa patada. Certas pessoas não valem o nosso esforço.

— Fiquei pensando...

— E você é capaz disso? - zombei, interrompendo-o.

Ele preferiu ignorar meu ceticismo.

— Será que sentiu tanta falta de mim à ponto de correr atrás do meu irmão? - Sua voz ecoou, debochada. Apertei as latinhas de refrigerante nas mãos. - Não me admira a sua falta de resposta. Quem cala consente. Não é o que dizem?

— Na verdade, é um desperdício gastar saliva com você e de acordo com estudos, eu devo poupá-la. Sabe como é, faz bem.

— Sempre soube que queria me beijar, Lisa. Mas não estou disponível.

— Bom, então, ainda bem que não perdi meu tempo. Você deve beijar muito mal. - rebati.

Seus olhos castanhos pareciam querer me queimar. De raiva, à propósito.

Naquele exato momento, Matt entrou na cozinha e suspirei quando ele colocou seu braço sobre meus ombros, em um gesto de conforto, olhando desconfiado para o irmão.

— Está tudo bem? - sussurrou em meu ouvido.

— Tudo ótimo. Vamos.

Matt tirou a última pipoca do microondas e seguimos até a sala. Colocamos o filme e sentamos no sofá. Ele me entregou uma almofada e a coloquei no meio das pernas em posição de índio.

Adam atravessou a sala e se jogou no sofá ao lado.

— Que maravilha... - murmurei, pegando uma pipoca e jogando na boca.

Fitei a televisão, todavia, a vontade de prestar atenção nas cenas desaparecera completamente.


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Notas finais do capítulo

Adam é um amorzinho, não?! O quê mais ele poderia aprontar???
Gostou? Deixa um comentário aí, favorite, recomende.... :3 (seu dedo não cai não, rs)

Até o próximo capítulo!



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