O despertar escrita por Tha


Capítulo 1
I – Assuntos inacabados


Notas iniciais do capítulo

OPA, TUDO BOM? Espero que esteja porque eu volteeeeei.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723217/chapter/1

Su.pe.rar: sf. Fazer desaparecer; remover, resolver: superar todas as dificuldades (quando sua melhor amiga morre).

Antes

— Oi, é a Hazel, deixe seu recado e eu tento retornar.

— Ta, faz isso mesmo, me ignore – Suspiro, troco o celular de orelha e cruzo as pernas em cima da cama enquanto folheio alguns livros que David descolou para mim e outros que achei na biblioteca do campus – Você já deve saber por que liguei, estava aqui lendo sobre como reverter essa situação e senti falta da sua voz, é, de novo. Hoje foi um bom dia, estou conseguindo controlar meus instintos homicidas e a sede, a escuridão à vezes é esmagadora, mas mesmo eu me sentindo como Hannibal Lecter, vai ficar feliz em saber que estou lutando.

“Ah Hazel, como o verão já acabou se eu sinto que não fiz nada? Exceto, claro, ficar na cama de Jason, meu mais novo e estável namorado nesse mundo louco. É bom finalmente fazer coisas de gente normal, até peguei um bronze de gente normal. Nunca pensei que quatro meses passariam tão rápido.

Você estava certa, Clove se ocupou bastante nas férias escolhendo a palheta de cores do nosso novo dormitório na Ballard. Não sei como vou sobreviver à faculdade sem você, e ela concord. Aliás, já estou aqui para as orientações dos calouros, nas quais vou sozinha já que ela e David já são veteranos, isso que dá meter o pé para a Grécia. Acho que essa é aquela fase que escolhemos um caminho sobre o futuro e começamos a trilha-lo, sabe? Então daqui a uns anos já pode começar a me chamar de Doutora Allyson Hale, não é demais?

Ok, vou te dar uma atualização sobre o que tá rolando. Holland finalmente reformou aquele bar horrendo dele, é um lugar bem legal agora, habitável, e nós vamos lá às vezes. Ava não se decide sobre o que quer, sabe que a vida dela está no acampamento, mas gosta daqui, então fica para lá e para cá. E sei que disse que eu iria para lá me reencontrar com todos, mas você disse que eu deveria vir pra faculdade e seguir com a minha vida, e aqui estou eu, te obedecendo mesmo em morte.

Clove demorou um pouco pra superar a morte de Adam, então Elliot meio que se cansou, sabe, desde o dia em que eu fui para Atlântida, como você disse. Ela voltou para o clube das solteiras, mas não se preocupe, estou tentando empurrá-la para algum universitário bêbado de fraternidade. Miriel está em algum lugar na América do Sul com Kyla, eles mandam cartões postais, mas não consigo acompanhar a lua de mel, sinceramente, nem sei se quero, o que é melhor, assim não preciso me sentir culpada por desejar o sangue dos dois. Kaleesa veio com a gente, e juro que estou tentando não surtar com isso. E olha só! Nick está finalmente conseguindo conviver com pessoas normais ao invés de ser hostil, e não conta pra ninguém, mas acho que ela e Jake estão tendo um caso. Estou esquecendo de alguém? Ah, claro, David, ele tem me ajudado com os impulsos. Jason não está gostando nada disso, mas ele não sabe, então é melhor assim. Estamos tentando achar um jeito de trazer você e Adam de volta, porque não tem nenhum jeito disso parecer justo no final.”

Dou uma risada sem graça e limpo uma lágrima que insiste em cair.

— Sei que me mandou seguir em frente, mas você, Hazel Parker, é uma péssima melhor amiga. Desculpa, mas você é, e eu precisava dizer. Você realmente não pensou no que me aconteceria se morresse? Acho que não, mas vou te dizer, anos e anos de uma culpa esmagadora no meu peito que eu nunca vou superar. Para não falar no ressentimento de acompanhar Clove no shopping sozinha, não me leve a mal, eu a amo, mas meu Deus, que disposição – Sorrio e me deito encarando a terceira cama ao meu lado que era pra ter sido ocupada por ela – Você não tinha que morrer por mim, Hazel. Nem o Adam. Mas não importaria o que eu dissesse né? O quanto eu tentasse colocar na cabeça de vocês, vocês nunca parariam de tentar. Eu fui com ele para que ficassem a salvo, Hazel. Eu fiz um acordo! – Suspiro alto e coço a cabeça – Mas não se preocupe, vou dar um jeito nisso. Tenho que ir, amo você.

— Allyson? – Jason bate na porta e trato de limpar os olhos, guardar todos os livros debaixo da cama com a velocidade sobrenatural que acabei adquirindo antes de ele entrar sem cerimônias – Sozinha?

— Clove saiu, temos um tempinho.

— Ótimo – Ele sorri ainda encostado na parede – Não acredito que vai trocar minha casa por isso – Abre os braços – Chuveiro comunitário e plano de refeição.

— Por que você não pode ser um namorado normal e me apoiar na tentativa de ter uma experiência normal na faculdade? Hazel me pediu.

— Prefiro te encher de bebida cara e passar a noite na cama. Sozinhos – Ele se senta comigo na cama, apoia a mão sob meu queixo e me puxa para um daqueles beijos em que fico ansiando por mais.

— Jason...

— Ok, vai beber cerveja barata em algum jogo de futebol e protestar por coisas que nem liga, que é...

— O que pessoas normais fazem – Digo ao mesmo tempo que ele e o puxo pelo colarinho da camiseta – Venha cá.

— É oficial, eu odeio o Trip – Clove abre a porta com tudo e logo em seguido joga as sacolas no chão para tapar os olhos – Ai Meu Deus, se cubram!

— Pronto! – Puxo o lençol até o queixo e Jason faz o mesmo – Você... você não tinha saído? – Tento controlar a respiração.

— Eu saí, há umas três horas – Ela diz indo até o frigobar para abastecer.

— Pedi uma pizza, deve estar aí em... – Olho ao redor do quarto – algum lugar. Onde você colocou? – Sussurro para Jason.

— Eu não sei! – Ele sussurra de volta.

— Eu vou sair daqui, vocês se vestem, e quando eu voltar, vamos discutir as regras sobre namorados no dormitório. Isso, minha querida, namorados – Ela emenda quando vê minha cara – Vou arrumar um.

♕♕

— Dá pra acreditar que nós duas estamos aqui na faculdade, juntas? – Clove abre os braços e sorrio colocando os óculos escuros.

— Ela devia estar aqui. Os dois deviam.

— Soube mais alguma coisa da mãe dele?

— Só que ela vendeu a casa e se mandou para a Inglaterra. Eu fiz o possível para que ela ficasse confortável com a morte do filho. Falei que ele morreu como um herói e mandei que ela ficasse bem. Mas ainda estou aprendendo.

— É, eu sei – Ela procura um livro na bolsa enquanto andamos – Deve ter sido difícil.

— Minha mãe me disse que tem uma família querendo se mudar pra lá, então é bom eu estar aqui, não quero ver ninguém ocupando o quarto dele.

— Qual é, Ally, já se passaram quatro meses, supera, ele iria querer isso.

— Você não sabe o que ele iria querer – Bufo, mas então percebo que devo ter parecido rude, então lhe peço desculpas.

— Tá tudo bem. Eu também ainda sinto muito saudade, acho que na verdade, nunca vai passar.

— E sobre os "assassinatos"?

— Meu pai parou de pirar com a hidroelétrica depois que você o Persuadiu a pensar que foi vazamento de gás, o problema continua sendo a explosão de Atlântida, mas acho que conseguimos juntar todas as pontas soltas nessas férias.

— Dever de casa concluído com sucesso – Sorrio e nós duas no sentamos debaixo de uma árvore no jardim do campus, já que o calor estava de matar.

Alguém chega por trás de mim e tampa meus olhos.

— Ok Jason, pode me soltar agora.

— Você é muito estraga prazeres – Ele ri e se senta com a gente, ainda está com a blusa da academia de polícia, mas a “esconde” com a jaqueta jeans e a camisa xadrez.

Então sinto o cheiro, o miserável cheiro que vem me atraindo por meses. Só que agora que estou na faculdade, o número de nephilins aumentou e, consequentemente, a minha sede. O que eu realmente queria parar aquele garoto que passou, cortar o pulso dele e derramar o sangue em um copo para...

— E aí gente – Kaleesa chega com Nick e Jake ao seu lado e joga a bolsa na grama, para sentar logo em seguida – Temos mesmo que fazer isso?

— Como pode não gostar de faculdade? – Ava chega atrás de mim com os olhos brilhando.

Agora para completar a rodinha só falta...

— Cheguei – David vem correndo em nossa direção se atrapalhando com a mochila que bate nas suas costas e cheio de sacolas da padaria nas mãos – Ka, seu café sem cafeína. Nick, os pretzels. Clove, meu amor, aqui estão os cupcakes sem lactose e Allyson... – Ele procura no saco de papel o meu e me entrega – Aquela sua dieta especial.

— Graças a Deus – Tomo o copo de isopor de suas mãos com avidez e bebo todo o conteúdo em um só gole.

— Isso parece bom – Jake comenta estendendo o braço até mim – Deixa eu experimentar?

— Não! – Puxo o copo – Quer dizer, é horrível – Bebo o resto do sangue e o jogo em uma lixeira por ali, incendiando o cesto logo em seguida, fazendo as pessoas que estavam ali perto, correrem para longe. Aí limpo a mão na roupa.

— Tudo bem então – Ele ri – Então David, qual foi a última vez que a moça da padaria te deixou pagar?

— Não tenho culpa se a Jennifer está caidinha por mim.

— Ah, o amor – Rio e cutuco suas bochechas.

Todos começam a discutir algum assunto e eu fecho os olhos deitando a cabeça no colo de Jason para pensar no que está acontecendo.

Aquele amigo médico do Holland que entrega um carregamento de sangue todo mês para ele tem um paciente que é nephilim. Ele me ajudou a Persuadir o médico a me dar uma pequena dose de 200 ml por semana para me manter funcional e sã, e não ataque ninguém na rua. Mas ainda assim, quando ponho a cabeça no travesseiro de noite, me sinto péssima.

— Ei, tenho que ir, tudo bem? – Jason sussurra.

— Não pode ficar nem mais um pouco?

— Bem que eu gostaria – Ele beija meu rosto enquanto brinca com meu cabelo – Sabe que eu não poderia estar em nenhum outro lugar que não sejam seus braços.

— Você continua esperto – Sorrio e passo o dedo indicador pela sua mandíbula, onde alguns pelos da barba já começam a crescer.

— Ah... Amberly?

— O que? – Sorrio desconcertada e me sento – Não, Allyson, eu sou a Allyson.

— Não, era a Amberly, bem ali, eu juro que a vi.

— Estava pensando nela?

— Allyson, não – Ele ri, mas parece culpado, e isso me coloca na defensiva automaticamente.

— Jason, eu não sou ciumenta – A conversa dos outros cessou agora – Mas se você vai ficar vendo suas ex namoradas na sua cabeça enquanto me beija, me avise, assim eu não faço papel de idiota, pode ser?

— Flor...

— O que tá rolando? – Clove pergunta e coloca a cabeça no meu ombro.

— Jason está pensando na ex namorada morta.

— Eu não estava pensando nela – Jason tenta se explicar – Eu vi ela.

— Cara, não tá ajudando – David ri.

— Você não tinha que ir? – Arqueio as sobrancelhas – Vá.

— Ok, vem aqui – Ele me puxa pela mão e nos levantamos, andando em direção a um banco de ferro ali perto – Me desculpe, ok? – Ele me beija no rosto – Tenho que ir, eu te ligo. Amo você, Flor, você.

— Tudo bem, também te amo – Bufo e jogo a cabeça para trás – Foi rude da minha parte, estamos todos abalados.

— É, tem razão – Jason sorri e segura minha mão – Já passou, boa aula – Recebo um selinho e o observo enquanto ele vai embora, me deixando completamente frustrada. Suspiro e volto a me sentar com o pessoal.

Agora

— Amadurecer talvez seja isso, descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência – Entrelaço os dedos na mesa, nervosa – Talvez seja sobre como... você sabe, lida com as mudanças da vida em geral. Eu acho que... venho pensado muito no passado. Em como uma decisão idiota pode transformar sua vida em algo que você não reconhece. Eu cometi um erro e perdi pessoas que eu amava, meu pai era uma delas – Para mim estava claro que eu falava das escolhas de 4 anos atrás, mas a faculdade não funcionava assim, muito menos na Columbia – Eu faria de tudo para voltar atrás, mas não posso. Eu só posso... tentar continuar de onde ele parou, as pesquisas, os projetos.

— E os riscos? – Um cara atrás de mim pergunta e eu me viro tentando identificar quem era. Cam. Adorando me sacanear, como sempre.

— Boa pergunta – Doutor Crowford sorri e se vira para mim novamente.

— Eles falam de riscos e males, danos e efeitos colaterais. Mas que risco vai haver para nós como povo, como sociedade, se não agirmos? Se não insistirmos em proteger o todo, que benefício há na saúde de uma mera porção? – Consigo um sorriso do professor e me incentivo a terminar a tese – Esse deve ser nosso propósito exclusivo e unificado. É o objetivo de nossa manifestação. Pedimos que nosso governo, nossos cientistas, nossas agências nos protejam. Há um patógeno viral que, se manuseado do jeito certo, pode ser testado em voluntários ainda no próximo mês.

— Realmente impressionante senhorita Hale – Meu mentor diz – Tem certeza que ainda não se formou? – Todos no "auditório" riem e eu suspiro de alívio – Tudo bem, o resto estão dispensados.

A sala começa a se esvaziar enquanto guardo os materiais que usei na apresentação, satisfeita comigo mesma, embora tenha me distraído.

— Senhorita Hale, precisamos de alguém que lidere – Crowford vem até mim batendo sua bengala no chão de madeira.

— Ah senhor, não acho que...

— Não, espere, precisamos de um aluno da última graduação, e na mesma hora pensei em você. Sua pesquisa com patógenos virais alcançou o reitor. É uma grande oportunidade para você, mas por favor, não quero que se sinta pressionada. Se te interessar, posso te recomendar para o departamento de pesquisas.

— Obrigada, eu fico... lisonjeada, nossa, muito obrigada.

— Mas é como eu disse, não quero se sinta obrigada a participar com a gente. Se quiser um tempo para pensar...

— Não, estou interessada – Preciso urgente ocupar a cabeça – Com certeza.

♕♕

— Você vai tirar um “A” fácil – Vanessa me cutuca quando saio da sala com os livros nos braços.

— Van, sai daqui, sua nojenta.

— Ei, novata! – Donavan grita atrás de mim e eu reviro os olhos antes de me virar. Quase dois anos e esse apelido ainda me irrita – Festa na fraternidade hoje.

— Valeu. Vamos estudar hoje?

— Claro, mas já te disseram que você é muito gata para ser nerd? – Ele coloca o braço ao redor do meu ombro – Partiu café, Van?

— Cale a boca, Cam – Vanessa ri e seguimos para o meu carro, pegando o caminho para o café.

Já teve a sensação de que nada que você faz importa? Você deixa pegadas na areia e amanhã elas somem. Como se o hoje se repetisse. Dizem que a adolescência é para fazer amigos e se divertir. O que faz eu me sentir ainda pior hoje. Fazem cinco anos que Hazel e Adam morreram. Hoje.

É claro que minha adolescência foi daquelas que vemos em filmes, cheia de amigos e aventuras inacreditáveis. Foi excitante e cheia de segredos. Mas todos se foram agora, espalhados por aí como se nenhum de nós tivesse realmente existido. Pensei que já tinha enfrentado a pior coisa que poderia me acontecer, Darko. Infelizmente ele foi um ensaio para o que estava por vir, para o que finalmente me fez fugir e desistir.

— Vou pegar mais um refil – Vanessa anuncia e se levanta. Cam e eu nos entreolhamos e rimos por causa de Van e seus refis de ccapuccino com o gatinho do balcão.

Dois anos em Nova Iorque e meus únicos amigos de verdade são Vanessa e Cameron. Claro que eu não poderia fazer muitas amizades nos lugares que eu ia. Ser meu amigo queria dizer ser amaldiçoado, e se em dois anos nada de ruim aconteceu, era porque eles eram anjos.

Cam era nephilim, era como minha apólice de seguros. Esconder minha escuridão com magia não tinha sido fácil, eu ainda estava aprendendo alguns truques. Mas quando ele se aproximou de mim e sussurrou a seguinte frase, quis morrer.

— Sei o que você é.

— Do que você tá falando? – Finjo anotar algo no meu caderno.

— Eu sinto sua podridão de longe, Ally.

— Ok, que série você tá assistindo agora? Me passa o nome.

— Você quer meu sangue, não quer? – Cam aproxima o pescoço na minha boca agora. Escuto as veias pulsando, sinto o cheiro de sangue – Porque nunca tentou me matar? – Tão perto.

— Não sou uma Caída – Esclareço.

— Claro, você é mulher. Então...

— Sou... – Travo uma guerra dentro de mim. Se eu contar, terei que ir embora de novo – uma Jaguar. A... a primeira.

— A Filha da Profecia?

Engulo em seco e balanço a cabeça em concordância devagar. Cam se afasta de mim como se eu fosse uma doença contagiosa. E sei que é isso que ele pensa.

— Ouvi histórias de você, sobre o que aconteceu na Ballard, que você incendiou...

— Fique quieto!

— Ah, não parem por mim – Vanessa chega com seu refil em mãos e nos afastamos automaticamente.

— Como consegue sua dieta, Ally? – Cameron pergunta casualmente disfarçando.

— Um amigo me manda toda semana. Não faço o que você pensa que eu faço.

— Espero que conte a história toda hoje à noite.

— Que história? – Van se mete pegando meu caderno.

— Sobre... – Gaguejo.

— Namorados – Cam sorri – Ela não me dá mole de jeito nenhum.

— É mesmo, Ally, você nunca nos contou se tinha alguém nessa sua cidadezinha, como é mesmo o nome? Ellicot?

— Não, eu... – Encaro Cameron – eu tinha, saía com um cara da minha cidade, mas terminamos. Eu sentia que precisava começar do zero aqui.

— Você achou o lugar certo – Cameron murmura lendo algo no livro de biofísica.

— Tudo bem, chega de falar de mim. Quem tá afim de estudar Patologia Clínica?

♕♕

Holland sorria pela tela do computador, mas eu estava apavorada, e queria que ele percebesse.

— Preciso de outra passagem, me descobriram, então preciso de uma identidade com outro nome também, por favor.

— Ally, sei que a encomenda demorou um pouco essa semana, mas prometo que vai chegar.

— Não, Holland, você não tá entendendo, a magia tá sumindo, não consigo fazer mais.

— Não posso fazer isso, vai ter que se virar sozinha, garota.

— Não pode estar falando sério – Sorrio com um olhar gelado e tiro os óculos – Ela vai me achar.

— Outra pessoa já te achou. Sabia que a Clove é ótima para extorquir informações? Essa menina é um talento.

Na mesma hora minha campainha tocou, revelando a baixinha morena na minha porta com um olhar bem ameaçador no rosto.

— Quando sua mãe me disse que você tinha pintado o cabelo, não acreditei, mas chega de se esconder Ally, faça suas malas, vou te levar para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O despertar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.