Viajantes - O Príncipe de Âmbar escrita por Kath Gray


Capítulo 14
Capítulo XIII


Notas iniciais do capítulo

Heey! Desculpem a demora!
Tive um bloqueio por causa das férias (por algum motivo, a escola me trás inspiração XD), e estou ponderando se valeria a pena recomeçar a escrever essa história, tipo uma terceira versão final.
Mas não seria justo eu privar vocês de lerem enquanto não me decido XD (Mesmo que ninguém tenha chegado até aqui ainda XP)
É isso. Espero que gostem.



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Depois daquilo, Dean, Ty e Kath ainda brincaram bastante antes de sair.

Katherine dava um banho nele no pega-pega, deslizando pela água com a naturalidade de uma criatura marinha. Porém, Dean se surpreendeu ao constatar que era razoavelmente mais rápido do que Ty. Divertiu-se ao se dar conta de que podia vencer um dos dois em alguma coisa. Ele estava tão perdido desde que chegara lá que se sentia como um filhote manco que mal conseguia dar um passo direito, mas agora lá estava ele, ganhando de Ty em sua própria casa. Na verdade, Ty se locomovia tão bem debaixo d’água quanto um peixe o faria fora dela.

— Em  linha reta, Ty! Nade em linha reta! - ria Katherine, que se sentara numa pedra para observar a perseguição. A orelha de Ty ficou vermelha.

— Eu exijo uma revanche! Eu contra você na ponte bamba! - gritou Ty para Dean, enquanto lutava para se afastar.

— Revanche? A disputa ainda nem terminou! - provocou a irmã.

Dean ria com gosto. Não sendo muito rápido em terra, ele adorava quando podia nadar em águas tranquilas. As aulas de natação pelas quais ele e Dan haviam passado e que agora Simon recebia às quartas-feiras eram possivelmente a melhor coisa que seus pais já haviam lhe dado.

Depois da perseguição próxima à superfície, Ty tomou fôlego e mergulhou rapidamente. Dean seguiu-o sem hesitar um instante.

Ali debaixo era ainda mais fácil. Sem ter os braços passando da água ao ar, cada impulso era totalmente direcionado para seus movimentos. Com um entusiasmo repentino, Dean acelerou e cobriu a distância entre eles rapidamente.

Para provocá-lo, Dean nadou para cima dele e tocou-lhe o ombro. Antes que Ty tivesse tempo de virar-se, Dean já nadava de volta para a superficie.

Por mais que tentasse, Ty não alcançava nenhum dos dois. Depois de vários minutos do que mais parecia uma brincadeira de pato-ganso, com os três nadando em círculos, eles resolveram dar uma pausa para descansar.

Nessa hora, os Protetores, que brincavam entre si ali nos arredores, planaram para perto da água.

Katherine ergueu a mão para Rue, que pousou em seus dedos e saltou para sua cabeça logo em seguida. Ellie mergulhou e tornou a subir como uma ave costeira, e sua forma modificou-se para algo mais próximo de um pato, mantendo apenas as cores. Ela pôs-se a nadar simpaticamente em volta de Ty, que flutuava sem muito esforço.

Pinmur, que também assumira uma forma de pássaro, pousou com os dedos finos na cabeça de Dean e inclinou-se para bicar-lhe gentilmente a testa. Dean quase ficou vesgo quando virou os olhos para cima para olhar nos dele e ele devolveu a encarada.

Finalmente se rendendo, Dean desviou o olhar e piscou algumas vezes para espantar a sensação de estranhamento. Pinmur pareceu achar graça.

Rue pareceu ter captado uma distração de Ellie e voou rapidamente em sua direção, aterrissando em cima dela e fazendo as duas afundarem. Quando voltaram à superfície, ela também tinha assumido uma forma de ave marinha, mas a sua era bem menos graciosa que a de Ellie, com um pescoço um pouco mais esticado e asas ligeiramente mais curtas. Se Rue não fosse uma ave agora, Dean diria que ela estava rindo internamente.

Pinmur atraiu-se pela brincadeira e decolou em direção a elas também. Pouco antes que ele tocasse a água, Ellie bateu as asas com extravagância, fazendo-o se desequilibrar e pousar de maneira torta e desengonçada.

Dean sorriu ao ver a cena. Resolvendo deixá-los em paz, ele sentiu uma ligeira vontade de mergulhar de novo.

Agora que os outros estavam todos lá em cima, o ambiente ali embaixo era realmente silencioso.

Ele nadou para frente e para baixo, sem pensar muito em direção a quê. Batia as pernas sem pressa nem preguiça, sem se dar ao trabalho de usar os braços no começo. Quando a água começou a empurrá-lo de volta, ele parou de descer e ficou ali, boiando um pouco, usando os braços para não subir.

Pensando bem, ali era realmente vazio. Outra vez ele sentiu aquela vontade de nadar com peixes, imaginando como a profusão de cores cairia bem com aquele lugar opaco e denso, brilhante com os raios de sol refratados que chegavam ali.

Por um instante, ele sentiu como se alguém compartilhasse de seu sentimento. Ele não estava olhando para cima naquela hora, mas sentiu alguém mergulhando ali com ele, como se uma presença quebrasse a superfície d’água para descer àquele mundo distinto.

Apesar da aparência irreconhecível, Dean soube que era Pinmur. Mas se as aves eram vagamente familiares a Dean, aquele animal não o era: longo e cilíndrico, mais esguio ou esbelto do que um golfinho seria. Não possuía nadadeiras ou membros de nenhum tipo, e sua pele era lisa, de uma gama de tons brilhantes de azul que se equiparavam às penas de um pavão, mas com mais variedade. Uma crina branca brilhante começava atrás de sua cabeça e diminuía de tamanho conforme percorria a linha onde estaria sua coluna em direção à ponta do rabo. De sua testa, pouco à frente da crina, saía uma antena também branca, semelhante à isca de um peixe-pescador, cuja ponta emitia ainda mais luz do que a crina em si.

Dean teria tomado um susto se não sentisse a aura familiar do animal. Não que fosse assustador ou algo do tipo, mas ele nunca tinha visto nada parecido.

O animal nadou ao redor dele. Conforme se movia, a luz refletida em sua pele era projetada contra as laterais e o chão da lagoa, espalhando o estranho brilho azul. Depois de algumas voltas sem pressa, sua pele novamente cintilou e sua cor mudou para rosa avermelhado. Depois amarelo, e verde, e roxo, e branco, e laranja. Um show de luzes e cores diferentes.

Finalmente, ele retornou ao azul escuro vivo e permaneceu assim.

Dean imediatamente soube o porquê de ele ter feito isso. Em agradecimento, nadou até ele para acariciar-lhe, mas Pinmur mudou de forma rapidamente para uma espécie de peixe muito esguio e nadou para longe. Dean se apressou atrás dele, mas sempre que chegava perto, o peixe desviava e ia para outro lugar. Apesar de estar se divertindo, a brincadeira durou pouco, pois apesar de ter um bom fôlego, logo Dean teve que subir à superfície para respirar.

Depois de cerca de quinze minutos aproveitando a lagoa, os seis resolveram que já era hora de sair. Como Dean e Ty não tinham calças de reserva e Kath tinha nadado com a roupa inteira, os três resolveram deitar-se ao sol para secar. Embora lá embaixo fosse difícil, na parte alta da cascata havia um pouco mais de gramado onde podiam ficar.

— Ei - disse Kath, olhando as nuvens que passavam. - Agora que suas perguntas foram respondidas, você vai voltar para casa em breve, né?

Dean também as observava. Ali onde eles estavam apenas uma leve brisa alcançava-os, mas lá em cima o vento devia estar bem forte, pois elas se moviam rapidamente.

— Sim. Minha família deve estar preocupada… - ele lembrou-se de algo. - O outro Viajante já conseguiu falar com eles?

— Ainda não. - respondeu ela. - A Imperatriz parece estar muito ocupada, então ainda não conseguimos contactá-la. Alguma coisa grande deve estar acontecendo em algum lugar.

Dean assentiu com a cabeça, compreendendo. Como alguém que tinha que ficar de olho em dois bilhões de mundos diferentes ao mesmo tempo, ele imaginou que deveria ser complicado prestar atenção em tudo o tempo todo.

— Espero que não seja uma guerra. - comentou Ty. - Não gosto de guerras, por mais que já esteja acostumado a elas.

— Se quiser, eu posso te dar um tempo - brincou Kath, provocativa, tentando amenizar a conversa. - Que tal um ano? Você pode encontrar alguma espécie nova em algum lugar. Ou alguma outra cor. Você já está ficando velho, mesmo. Bem que está precisando de umas férias...

— Se você for lutar sem me chamar de novo, eu vou te colocar na minha mochila e trazer de volta para casa na marra - respondeu ele, fingindo seriedade.

A despeito do tema sério, Dean se permitiu rir um pouco. Ele conseguia visualizar a cena facilmente em sua cabeça.

— O que vocês dois vão fazer agora? - perguntou Dean. - Vocês disseram algo sobre ir para o norte em dois dias…

— Sim, esse era o plano. - concordou Kath. - Mas estávamos conversando sobre isso mais cedo… estamos pensando em adiantar um pouco a viagem. Vamos partir amanhã ao nascer do sol.

— Hm? Por quê? - perguntou Dean, com uma ligeira surpresa na voz. - Aconteceu alguma coisa?

— Não… nada em especial. - ela deu de ombros. - É só que… há algumas pessoas lá que não vejo há algum tempo. Estou com saudades, então imaginei que não teria problema irmos um pouco mais cedo.

— Ah. Certo.

Ele pensou em algo para falar, mas nada específico lhe ocorreu.

— Ahn… desejo um bom reencontro para vocês. - terminou dizendo.

Katherine sorriu.

— Obrigada. Para você e seus irmãos também.

— Obrigado.

— E eu? Vai me desejar o que, Dean? - brincou Ty.

— Hm… não sei. O que você quer?

— Ah, sei lá. Estou bem do jeito que estou - respondeu ele, sorrindo. - Ah, já sei! Me deseje bastante chocolate.

— Chocolate? - riu Dean. - Vocês também têm chocolate aqui?

— Na verdade, não - respondeu Kath. - Mas às vezes a gente compra uns no seu mundo. Todo domo tem alguma coisa que é especial, e nós concordamos que, junto com os mangás, os chocolates são a “parte especial” do seu.

— Olha, concordo plenamente… com as duas afirmações - riu ele novamente.

Depois disso, os três ficaram em silêncio, aproveitando o sol quente-morno.

O tempo passou daquele jeito que passa quando não se tem pressa. Não era nada perceptível ou chamativo, mas quando se dava conta, ele já tinha passado. Assim se deu aproximadamente uma hora, antes que Dean finalmente sentisse um impulso inconsciente e sem uma razão específica de fazer alguma coisa.

Ele se sentou. Sua mente ainda estava tomada por divagações, como normalmente acontecia quando seu corpo ficava tranquilo demais. Quantas outras espécies incríveis de animais haveria por ali? E de plantas? O que Kath e Ty pensavam de seu domo? Do que gostavam lá, além do chocolate e mangás? E dos outros domos? Como seriam os outros domos?

Porém, conforme seus cinco sentidos bem ativos diluíam sua atenção, seus pensamentos seguiram para rumos mais pragmáticos ou imediatos. Como pouco desse tipo havia para preocupar-se, sua mente se esvaziou e ele deixou seus olhos, ouvidos, nariz e pele absorverem a natureza ao seu redor.

.

De volta ao Pátio, Kath e Ty desapareceram.

Não que o estivessem evitando; como partiriam bem cedo na manhã seguinte, eles estavam usando suas últimas horas ali para socializar um pouco. Também precisavam arrumar as coisas para a Viagem, mas Ty tinha deixado claro que pouco seria necessário, visto que conseguiriam arranjar a maior parte dos suprimentos pelo caminho. Algumas poucas mudas de roupa, talvez.

Como não tinha nada para fazer, Dean pegou o início da tarde para passear mais pelos arredores. Deu uma volta completa pelas bordas da clareira, observando as pessoas que passavam e a floresta que ele ponderava se devia ou não explorar. Ele sabia que não era perigoso e volta e meia via pessoas casualmente desaparecendo nas primeiras camadas protetoras de folhas, que serviam como uma espécie de cortina para as áreas mais abertas do outro lado. Exceto pelas partes mais densas da vegetação, era como se houvesse dois mundos diferentes: um sob o teto celeste, e outro sob o teto das folhas das copas.

Porém, ele não confiava o suficiente em sua capacidade de se localizar ali para arriscar ir mais do que dez metros além das “cortinas”. Talvez Kath ou Ty pudessem encontrá-lo por meio dos Protetores ou alguém mais o visse e o trouxesse de volta, mas ele não estava muito ansioso para pagar esse mico ainda.

Pinmur voava alegremente ao seu redor, de vez em quando assumindo novamente a forma de gato e andando ao seu lado ou por entre suas pernas. Para algo criado de algo tão subjetivo e permanentemente ligado a outras criaturas iguais a ele e que já sabiam da história inteira, ele estava bastante empolgado, como se também visse tudo aquilo pela primeira vez. O que, na verdade, não era mentira. Mas Dean pensou que devia aprender mais antes de tentar adivinhar o que se passava na mente do novo companheiro. Afinal de contas, ele não sabia qual era a intensidade dos laços que conectavam os Protetores uns aos outros.

Pensando nisso, ele também não sabia quão forte era a conexão entre ele e os outros Viajantes. Na verdade, ele ainda não sabia praticamente nada.

Mas ele não se incomodava muito. Afinal de contas, ele tinha a vida inteira pela frente.

Dean ouviu o som de risadas entusiasmadas. Não para sua surpresa, ele viu Kath correndo atrás de algumas crianças e dois jovens que pareciam ser pouco mais velhos que ela, no meio da praça. Eles costuravam por entre as ocasionais pessoas que apareciam à frente em sua fuga e perseguição, mas os outros não se incomodavam; era divertido observá-los brincando.

Isso parecia ser rotina por ali. Dean gostava disso. Em seu domo, as pessoas paravam de brincar de pega-pega muito cedo. Se ele chamasse sua classe inteira para uma partida, Will e Júlia seriam provavelmente os únicos que topariam, e Júlia nem era muito fã de correr. Mas ali, Tari e alguém que parecia ser um amigo seu muito próximo, a julgar pela frequência com que Dean via os dois juntos, também brincavam, além da própria Kath. E pelos olhares dos mais velhos, ele não duvidava que um dos adultos logo se juntaria à correria.

— E aí? Está animado para o festival?

Dean não se surpreendeu muito com a voz. Estava ficando acostumado às pessoas se aproximando sem que notasse.

Lira era mais ou menos da mesma faixa etária que Dean. Tinha cabelos e olhos castanhos, um pouco mais escuros que a média da vila, mas ainda bem mais claros que os dele. Era bastante simpático e gentil; eles haviam se falado rapidamente quando ele e a irmã, Laka, vieram perguntar se ele estava se recuperando bem. Os dois irmãos pareciam ter mais ou menos a mesma idade, mas Laka adorava andar pendurada no pescoço do irmão, como um saco de batatas. Era muito engraçado de se ver, porque Lira não era lá a pessoa mais forte da vila, então vivia cambaleando enquanto a carregava.

— Ah! Oi, Lira - cumprimentou Dean.

— Hoje vai ser uma noite bem especial! Kath faltou ao último, sabe - continuou Lira, indo para o lado de Dean e começando a caminhar. Dean acompanhou-o. - Nunca tem a mesma graça sem ela. Mas acho que não seria muito justo se nós a monopolizássemos, no fim das contas…

— Do que você está falando? - perguntou Dean.

— O Festival da Fogueira - respondeu ele. - Kath e Ty não te contaram nada?

Dean inclinou um pouco a cabeça.

— Acho que o plano era eu estar em casa hoje à noite - respondeu ele, com um sorriso torto. - Parece que eles não estão conseguindo se comunicar com a tal da Imperatriz…

Dean hesitou. Será que “a tal da Imperatriz” soara desrespeitoso?

— Ah. Entendo - disse Lira, parecendo não se importar. - Nunca entendi muito essa história de Imperatriz e Viagens, mas entendo o suficiente para ter uma noção do que a Kath faz. Espero que você consiga ir para casa logo.

— Valeu. - respondeu Dean.

Por alguns momentos, eles não falaram mais nada. Então, Dean quebrou o silêncio.

— O que é esse Festival da Fogueira?

— Ah, é uma comemoração que fazemos todo ápice de lua cheia - explicou Lira, sorrindo. - Nós acendemos uma enorme fogueira no meio do pátio com troncos velhos, comemos, dançamos e contamos histórias. É muito bonito!

— Parece mesmo - concordou Dean.

— E, é claro, tem a parte mais interessante - continuou. Ele exibiu uma expressão divertida, como se lembrasse de algo. - Tem a hora em que a Kath…

Pausa.

— A Kath…? - ecoou Dean, interrogativo.

Lira sorriu ainda mais.

— É surpresa - respondeu, misteriosamente. - Não vou te contar mais nada. Quero ver a sua cara quando chegar a hora!

— Ah, isso é maldade - respondeu Dean, inclinando a sobrancelha de brincadeira. - Agora estou curioso!

— Melhor assim! - Lira riu.

Respirando fundo, o garoto acelerou dois passos e virou-se para Dean.

— Bom, acho que vou andando. Vou ver se tem alguma coisa com que eu possa ajudar o pessoal - disse. - Espero que se divirta até mais tarde! E, de novo, boa sorte com a sua volta para casa!

— Valeu, Lira - agradeceu Dean, sorrindo. - Tenho certeza de que vou.

Satisfeito com a resposta, Lira começou a caminhar de volta até o outro lado da praça. Dean virou-se para observar. No meio do trajeto, Laka veio correndo em sua direção e saltou sobre ele, fazendo o irmão pular de susto. Achando graça da cena, Dean voltou a caminhar.

Festival da Fogueira… parecia interessante. Ainda era pouco mais que meio de tarde, mas ainda assim Dean estava curioso e até um tanto ansioso para ver do que se tratava.

E, por incrível que parecesse, aquilo também teria alguma coisa a ver com a Kath. Quando mais Dean descobria, mais ele se surpreendia com o quanto aquela menina parecia estar em todo lugar.

Inconscientemente, Dean se viu olhando para a linha do horizonte atrás do penhasco no fim do acampamento e se perguntando se a noite demoraria a chegar.


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Notas finais do capítulo

Se alguém chegou até aqui, por favor, dê sinal de vida, sim? ^^' XP