O Verdadeiro Mundo Pokémon escrita por Ersiro


Capítulo 26
Capítulo Bônus: Paixão de um dia


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sim, não esperava que tivesse capítulo bônus nesta terceira parte da história, mas já pra adiantar: acredito que terão mais alguns depois deste.
Capítulo feito pra shipparem a vontade. Lucy entrando na área!
Boa leitura!



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ALGUNS ANOS ATRÁS:

Com o desaparecimento de Hudson

OLHOU PARA A IMAGEM NO ESPELHO do banheiro. Mesmo forçando um sorriso, os grandes olhos denunciavam a profunda tristeza que a dominava durante as últimas semanas.

Rosemeire, a "empregada-babá" de Lucy, alertara o quanto seus redondos olhos não mostravam qualquer alegria como antes transmitiam. Lucinda refletiu sobre o que ela tinha dito e, nos últimos dias, tentado inutilmente provar para si mesma, diante do espelho, que Rose estava enganada.

Olhou para o vestido de seda de Leavanny cuidadosamente bordado. A festa que seu pai daria na mansão começaria em poucas horas. Como sempre, era mais um dos eventos de negócios. Para ela, era um dos piores momentos pelo qual precisava passar. Fingir estar tudo bem, sorrir para os empresários e negociantes, e tentar se socializar com suas filhas... Era um tormento em pensar que teria que atuar novamente.

O radinho no quarto ao lado tocava alto uma canção um tanto melancólica.

... Você está o tempo todo em minha mente

tudo que faço é contar os dias

onde você está agora?...

Com os dedos indicadores, puxou os cantos dos lábios para cima, forjando literalmente um sorriso que revelou-se assustador com aqueles grandes olhos esféricos e tristonhos.

Assim fica bem melhor. Combina mais com meu estado de espírito, pensou.

 

DESDE QUE HUDSON SUMIRA, os dias se tornaram insuportáveis.

Ao menos era isso o que o pai revelara.

Os empregados apenas baixaram a cabeça e não responderam às investidas da garota quando perguntara do irmão. Mas seu pai, Santiago Gwinterland, chorara diante dela — fato nunca antes presenciado pela filha —, enquanto contava que convocara a polícia de Toran para averiguar o sumiço.

Fizeram-se semanas e a Oficial Jenny sequer aparecera na propriedade Gwinterland para dar um parecer. Lucy estava convencida de que a polícia desistira do caso — se é que chegaram a considerá-lo.

Desde então o pai não cansava de chamá-la por “herdeira” — título anteriormente dado a Hud — nas poucas vezes que se encontravam por acaso nos corredores da enorme mansão. Lucinda não era nem um pouco boba, sabia que fizeram-na da nova herdeira só porque seu irmão desapareceu. E, de certa forma, até entendia o porquê de seu sumiço; a pressão e frias expectativas banhadas a dureza e firmeza eram gigantescas demais para suportar.

Os estudos e treinamentos que introduziram em cima dela eram cansativos e estressantes. Estavam atulhando ela de consciência, caráter e conhecimento dos negócios da família para estar preparada caso o inevitável acontecesse ao seu pai: que a morte viesse buscá-lo, de forma natural ou não.

Santiago também dissera que o irmão não queria ser encontrado. Lucinda não ligava para isso. Antes que também enlouquecesse e desse chá de sumiço, estava disposta e certa de que iria iniciar uma nova jornada em busca do irmão.

Só faltava coragem para sair da segurança da casa.

 

DOIS MESES ATRÁS:

Antes de iniciar a jornada

O POKÉMON DE HUD, Abra, apoiava e encorajava Lucy a começar a procura pelo seu treinador. Mas a garota ainda estava indecisa se a escolha era a certa, pois e se descobrisse que Hud realmente fugira e não queria mais ficar com ela?

Esses pensamentos eram interrompidos por outros de momentos felizes em que os dois irmãos passaram juntos, em suas privacidades, longe do pai gritão e dos empregados que pareciam perseguir e anotar mentalmente tudo o que eles faziam. Só então Lucinda voltava a acreditar que sairia sim à procura de Hudson.

Os dias passaram e a determinação decisiva não veio. Sabia que sair em uma jornada era o melhor que podia fazer pelo irmão, mas estava com medo.

Até o dia em que Santiago fora informado dos baixos rendimentos de Lucy para com o que lhe estava sendo ensinado sobre os negócios da família. Ele dispensou a reunião que teria naquela manhã, cedíssimo, e pediu para a filha ir até sua sala de negócios.

Lucy entrou, abatida, parecendo ter receio de olhar para o pai. Uma pontinha surpreendentemente de bondade que raramente vinha à tona aos sentimentos quase nulos de Santiago, brotou repentinamente ao ver a aflitiva imagem da filha.

— Lucinda — chamou, mas ela sequer se mexeu.

"Querida, venha, sente-se e vamos conversar", continuou, captando a atenção da menina ao demonstrar um resquício de amor pelo pronome que utilizara, "Penso em permitir que você saia para Rocgris e se dê um descanso. Que tal você ter um dia só para você hoje?"

Os olhos da garota pousaram no pai, não acreditando no que acabara de ouvir. Ele nunca sequer deixou que qualquer um dos filhos saíssem para o jardim sem escolta.

 

LUCY VOLTOU CORRENDO para seu quarto, pegou sua mini bolsa transversal de uma alça só e colocou ali a Pokébola de Abra, algumas notas de dinheiro e o protetor solar. Vestiu uma sainha e uma regata, pois o dia estava quente. Para finalizar, colocou a boina no alto da cabeça, os cabelos ondulados cascateando pelos ombros.

— Ligue para Alfredo quando o dia terminar que ele enviará o motorista com o carro — informou seu pai, colocando um Pokégear no colo da garota, fechando a porta traseira do carro e vendo sua filha partir.

Lucy pegou o Pokégear, entrou na lista de contatos e viu que seu pai colocara, além de Alfredo — o mordomo —, todos as pessoas possíveis para ela ligar e suplicar por ajuda caso um inesperado ocorresse, menos o próprio número. Como a Lucy que Baker e Ben conheceu, a garota ignorou a observação e fingiu desprezar a inquietude dentro dela que reverberava que Santiago não colocara seu próprio contato no aparelho para não ser incomodado pela genuína filha. Sua “herdeira”.

O motorista parou o veículo na frente do Centro Pokémon e a Gwinterland desceu. O carro imediatamente tomou de volta o caminho para a propriedade da família em Granluz. Fazia tempo que ela não ia pra Rocgris; seria uma bela e, de certa forma, nova aventura redescobrindo cada cantinho da cidade cinza.

Ao virar a esquina, deu um encontrão em alguém e encostou abobalhada às paredes cimentadas do prédio.

— Foi mal, estava distraída — disse ela, envergonhada para o rapaz à sua frente. Era magro e comprido e seu cabelo ensopado de gel, espetado para trás. — Nossa, deve dar um trabalhão pentear esse cabelo todo santo dia!

Ele sorriu.

— O que uma garota faz sozinha nessa grande cidade? — perguntou. — É uma nova Treinadora da Professora Petalia, de Granluz?

Lucinda não respondeu, estava ponderando qual a verdadeira intenção do jovem. Ele percebeu e continuou:

— Desculpe os maus modos — passou a palma da mão no rosto e sorriu, a mão estendida à frente, esperando um aperto por parte da garota. — Sou Jeremy, e aliás, sim, tenho muito trabalho todas as manhãs com essa cabeleira.

 

FORAM A UM CAFÉ E CONVERSARAM BASTANTE. Ainda não passava das nove horas da manhã e o achocolatado com café deu muito mais energia para a Gwinterland gastar até o fim do dia.

Jeremy era um alguém muito bacana para se ter ao lado, ainda que às vezes olhasse um pouco assustado para os lados ou perdesse o olhar ao longe. Em um desses momentos, após sair de seu transe, percebeu que Lucy o observava fixamente.

— Me acha bonito? — indagou, presunçoso.

As bochechas de Lucy coraram um pouco, mas ela não cairia naquela cilada.

— Algo te preocupa? — perguntou em cima.

— Está tão visível assim? — Sorriu de lado, mais por ansiedade do que propriamente por querer sorrir. Lucy olhou firmemente para ele, pedindo com seu silêncio que desembuchasse tudo que o afligia. — ‘tá bem, ‘tá bem, eu me rendo. — Ergueu os pulsos para frente, como se Lucy fosse algemá-lo. A garota deu um sorrisinho. — É meu pai. Ouvi notícias que está sendo perseguido.

— O que está esperando? Denuncie à polícia! — Lucy mostrava estar realmente preocupada com a situação.

— Não dá. — Olhou para a xícara com o café preto já frio. — Também são só boatos.

Lucy estendeu sua mão e a pousou em cima da de Jeremy. Ele olhou e ela o fitava com compaixão. O ambiente à volta começou a ficar carregado de uma tensão quente e com elevado nível de pressão. Ele puxou a mão e se levantou, quebrando o que quer que estivesse rolando a um segundo atrás.

— Que tal andarmos um pouco para desanuviar?

 

DIVERTIRAM-SE NO LUZ DE COLOSSOS, o maior parque de diversões da Região, com uma Lucy agarrada ao tronco de Jeremy, nos brinquedos perigosos de alta velocidade; o grito estridente da adrenalina quase explodindo suas cordas vocais.

Almoçaram juntos no restaurante, que logo a reconheceram como a garota Gwinterland e isso a incomodou um pouco. Mesmo sendo todos tão gentis e prestativos, dava a impressão muito presente de estava sendo rastreada. Jeremy pareceu não notar esse detalhe e Lucy se reconfortou com isso.

Caminharam pela grande cidade, visitaram a feira local e muito conhecida por possuir produtos frescos e quando notaram, a noite já tinha se assentado, os estabelecimentos, casinhas, prédios e postes na rua acendendo suas luzes. Um rumorejar de vento gelado perpassava Rocgris. A pele de Lucy se arrepiou e Jeremy percebeu de canto de olho.

— Não tem uma blusa aí pra me emprestar, por enquanto? — perguntou a garota.

— Não aqui comigo.

— Então me aqueça com seu abraço e me leve até algum lugar em que posso passar a noite.

O rosto de Jeremy ficou vermelho-vivo. O sangue em sua cabeça parecia correr depressa e o impossibilitava de pensar e agir.

— Não vai voltar para sua casa? — Foi o que conseguiu perguntar.

A garota negou com a cabeça, olhando para o outro lado da rua.

— Estou com frio, vem, é só uma forma de me aquecer e eu não morrer de hipotermia.

Vendo a rejeição dela de falar no assunto, Jeremy se achegou com cautela, parecendo ter o receio de encostar em Lucinda e seu corpo ser digerido para outra dimensão desconhecida.

Encontraram uma pousada e alugaram um quarto com duas camas de solteiro. Quando já estavam deitados, no escuro, com apenas o brilho da lua iluminando fracamente os contornos dos objetos do cômodo, Jeremy sussurrou, quase que com medo de quebrar o silêncio perfeito:

— Ele não vai ficar preocupado?

A garota ficou quieta. De repente, se virou para olhar Jeremy na outra cama. Ele pôde ver os dentes dela de uma brancura ao mesmo tempo confortante e fantasmagórica na pouca luz do aposento.

— Preocupado? Ele deve estar furioso! — murmurou ela, lutando para não cair no transe do sono.

— E você não tem receio de que ele possa te castigar?

— Está brincando comigo? É a primeira vez que ele me deixa sair sem escolta. Vou aproveitar essa chance e alongá-la o máximo que conseguir, antes dele começar a minha caçada.

Bocejou e dormiu.

 

ACORDOU COM UM ESTRONDO NA PORTA. Alguém esbravejava algo e batia incessantemente.

— ...rita Gwinterland! Abra, seu pai a aguarda!

Lucy sentou-se alerta e não demorou muito para sair da cama em um pulo, colocar as botas, pegar sua bolsinha e ajeitar desajeitadamente a boina nos cabelos bagunçados.

— Jeremy! — sibilou ela, pelo quarto e banheiro, procurando-o e não encontrando em lugar algum. — Idiota, me deixou sozinha?

Abriu a bolsa e verificou o dinheiro: estava tudo nos conformes. Ele não a roubara, então por que diabos...?

As batidas na porta ficaram mais profundas, a sensação que dava era que o segurança de seu pai tiraria ela do umbral a qualquer momento.

Correu para a janela e pulou, pousando na escada de emergência externa, que descia até a viela apertada. Aproximou-se com cuidado da rua principal e observou pela aresta da parede cinza da pousada que na entrada haviam mais três seguranças aguardando em posição de postura impecável. Lucy andou para o outro lado da viela e correu pela rua principal em direção oposta à pousada. Preocupada com os seguranças lá atrás, não viu que havia alguém parado no caminho e o baque dos dois foi inevitável.

Enquanto se levantava, apreensiva, recolocando a boina no alto da cabeça, Lucinda reconheceu o outro caído.

— Jeremy, por onde diabos andou?! — exasperou-se ela, puxando o jovem pela mão e reiniciando a corrida. — Venha!

— Esp-p-pere! O que está acontecendo?

Ela não respondeu e parou na frente do que parecia uma loja, com as portas e janelas fechadas. Forçou a maçaneta. Trancada.

— Precisamos entrar! — Sua boca estava repuxada e os olhos urgentes.

Jeremy não precisou de muito para notar que ela estava desesperada. Lembrando de seus treinamentos, retirou as lições sobre os vários macetes para se enganar fechaduras dos mais variados tipos. Tirou um pedaço de metal comprido do bolso, enfiou na fechadura da porta e com um esforço físico do corpo contra ela, empurrou e a abriu magicamente. Lucy observou tudo atentamente.

Entraram e fecharam a porta atrás de si. Lucinda ria energicamente.

— Quem está aí? — perguntou um homem já de cabelos brancos. Tirou seus óculos do bolso da camisa e os colocou. — Ora, ora, pensei que tinha trancado a porta com a chave. — Olhou por cima dos óculos.

— Desculpinha, senhor... — Lucy correu os olhos pelo estabelecimento com prateleiras cheias de bolas guardadoras de monstros das mais variadas cores e tipos e se ateu à uma placa empoeirada que dizia "Van's Pokébola"1. — Senhor Van. É meu pai. Parece estar furioso comigo. — Deu um sorriso amarelado.

Van sorriu docemente.

— Vocês dois devem estar encrencados, então... — Foi interrompido por batidas na porta de entrada e a conhecida voz de um dos seguranças que serviam a Santiago. — Deixo vocês passarem pela porta dos fundos se me prometer que tentará não se encrencar mais com seu pai, garotinha.

— Feito! — Lucy exasperada, apressou-se para atrás do balcão, abraçou Van sussurrando rapidamente um "Você tem um grande coração, senhor Van", agradecendo e passando pelo umbral, com Jeremy atrás de si.

Correu pelos cômodos da casa de Van até as portas dos fundos. Dali saiu e continuou a carreira, segurando Jeremy pelo pulso.

— Pode me explicar direito o que está acontecendo? — pediu Jeremy depois de um tempo, enquanto iam, aparentemente, entrando em várias ruas aleatórias.

—  São os seguranças de meu pai! Vieram até a pousada para me buscar.

— E por que você não volta com eles?

— Qual o seu problema? Quer tanto se ver livre de mim? — Lucy parou repentinamente em uma das ruelas de Rocgris. Não fazia ideia de onde estavam. Olhou para Jeremy, exigindo uma resposta que demorou para aparecer.

— Só tenho receio que ele me acuse como culpado pela filha ter se rebelado. Não preciso de alguém no meu pé me perseguindo.

Lucy ia responder com bastante grosseria, mas se lembrou do algo que Jeremy tinha lhe confidenciado.

— É seu pai, não é? Já não basta ele, não quer que fiquem em cima de você também... — murmurou, olhando com compaixão para o rapaz.

Jeremy olhou para aqueles enormes olhos que o perscrutavam e sentiu novamente o ar a sua volta carregando-se de uma tensão quente e que quebrava os limites da lógica e arrastava o tempo infinitamente; com o coração acelerado, deu o primeiro passo, puxou a garota para si e lascou-lhe um beijo ansioso que foi retribuído. Os movimentos de seus lábios começaram a ficar cada vez mais necessitados e desesperados. Empurrou a garota contra a parede e agora sua boca estava ainda mais destituída da tentativa de esquecimento, mas com toda aquela confusão de sentimentos se tornava gradualmente mais aflitiva, o sangue no corpo como um piloto de corrida, correndo pela pista de vasos, a pressão no corpo elevando-se a um grau insuportável de desejo pedindo cada vez mais, o arrebatamento chegando ao auge da confirmação da solidão, ele...

— Desculpe, eu não deveria fazer isso — falou, se afastando contrariado e confuso.

— Não, foi bom... Muito bom. — Lucinda resfolegava à procura de ar.

— Estou deturpando meus objetivos e responsabilidades — resmungou misteriosamente mais para si mesmo que para a garota.

— Isso significa que você tem uma namorada?

Ele não respondeu e Lucy, mesmo sem entender, não conseguiu mais incomodar.

— Senhorita Gwinterland. — Uma voz grossa e masculina, com o cansaço característico de quem acabara de empreender uma caça à fuga, reverberou pela ruela. O segurança como um poste negro em seu terno, apoiava-se à uma parede, cansado. — Seu pai a aguarda.

Lucy sentiu tudo de bom, que tinha juntado para si com o tempo que ficou em Rocgris, escorrer pelos seus dedos. Olhou para o lado.

Jeremy não estava mais à vista.

 

AINDA EM ROCGRIS, NA CASA da Dona Gessi, o rádio tocava a estação favorita da matrona.

Enquanto passava pela rua, o jovem de cabelo espetado ouviu alguns trechos da música que tocava.

"... Paixões febris

Não aquecem corações frios

Tão frios..."

— Aleluia! — vibrou a dona de casa, para qualquer vizinho que quisesse ouvir sua glória a Arceus.

 

DE VOLTA À SUA CASA, olhou outra vez para o espelho e viu novamente a figura cabisbaixa, mas dessa vez, um sorriso genuíno brotou em seus lábios.

Só agora percebia que durante a aventura em Rocgris, começara a falar alto e escandalosamente, quase como se o volume alto de sua voz espantasse os fantasmas do medo e isto lhe trouxesse algum conforto.

Lucy também sabia, mas igualmente ignorava o fato de que a todo momento fora observada. Mas como era muito bom permanecer com as memórias de sua primeira saída de casa, mesmo com a permissão do pai, preferiu fingir demência. Conhecer pessoas novas, como conheceu Jeremy, foi uma mostra de quão surpreendente e excitante podia ser iniciar uma trajetória por Toran.

Era bom fantasiar que saíra e se virara sozinha no mundo.

Estava preparada para partir em jornada e procurar Hudson.


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Notas finais do capítulo

1 O senhor Van aparece no capítulo "Primeira Briga" e ali deixei umas pontas soltas que amarrei aqui neste capítulo. Para rememorar, entre no cap., utilize o já conhecido "CTRL+F" e pesquise por "Senhor Van".
Lendo: Harry Potter e o Cálice de Fogo / J.K. Rowling. ♥
Mapa para se localizarem durante o cap.: https://i.imgur.com/pHx2fK6.jpg

Créditos:
O primeiro trecho de música no capítulo pertence à música Distance and time (traduzido), de Alicia Keys e o segundo é de Ambivertido, de Rosa de Saron.
Imagem da garota utilizada na capa: http://moziru.com/explore/Drawn%20sad%20sad%20woman/#go_post_2211_drawn-sadness-deviantart-14.jpg

Obrigado por virem, abraços e até o próximo!



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