A Trouxa escrita por Bábi


Capítulo 15
A Magia


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas que eu amo muito
Como vocês estão?

Sim, eu estou muuuito feliz porque meu bebezinho acabou de voltar da assistência técnica! Agora eu consigo escrever mais rápido e postar para vocês.

Acredito que vocês perceberão uma diferença de escrita entre o capítulo anterior e esse, mas a resposta eu vou falar agora: eu criei uma ligação muito forte com o meu computador, o que faz com que eu só me inspire e só goste de escrever com ele! Agora que ele voltou para mim, posso me adiantar bastante e voltar a postar dentro de 4 dias, como era no início, para vocês, prometo!

Espero que gostem bastante desse capítulo, ele marca o final de uma era para nossa protagonista e o rumo ao final de nossa história. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/723110/chapter/15

O natal chegou e, com ele, minha visita á minha casa. Eu não conseguia conter minha alegria de rever meus pais, principalmente meu pai que esteve comigo durante toda a minha ida á Hogwarts. Dias anteriores ele havia me enviado várias cartas relembrando de momentos que passamos juntos e celebrando o pequeno, mas importante, espaço de tempo que estaria comigo.

A escola era ótima, havia feito vários amigos e, pela primeira vez, me apaixonei perdidamente. Hogwarts havia me proporcionado ótimas experiências e uma incrível habilidade, a mágica.

Um dia, assim que acordei, senti o ar a minha volta mais calmo, meu corpo estava mais leve e tudo pareceu se encaixar dentro de mim, eu estava em paz comigo mesma e, por fim, me sentia confiante. Era a magia que havia se instalado em mim de modo repentino.

Em minhas aulas de voo, nunca havia me dado bem com minha vassoura. Ela não sentia confiança em mim por não detectar minha mágica e eu me preocupava com a má vontade que a vassoura tinha em me proporcionar o voo. Contudo, naquela manha as coisas mudaram e eu pude sentir o poder e a conexão da vassoura fluir sobre mim.

Minerva me chamou em seu escritório logo após o almoço e me informou que os professores notaram uma diferença comportamental e de minhas habilidades, eles desconfiavam que uma magia intensa havia se formado em mim. Eu estava naquela sala para me certificar da veracidade disso.

Com muita cautela a diretora pegou o adormecido Chapéu Seletor de uma alta prateleira localizada em uma das grandes paredes do escritório. Reclamando por ter seu sono atrapalhado, ele se ajeitou sobre meus cabelos e, com uma surpresa, revelou sua sentença.

“Ora, ora, ora. Se não é a Senhoria Alice Kittam novamente aqui! Já passamos por essa situação antes, não é mesmo? Mas agora você está diferente, está mais forte e mais independente.

O tempo na Sonseria lhe caiu bem, não acha? Vejo que fez vários amigos e conheceu uma pessoa muito importante, não estou falando de seu namorado. Essa pessoa respondeu as questões pelas quais você esteve intrigada, estou vendo. Questões essas que a fez estudar mais do que sempre estudou.

Sim, você mudou muito e, olhe só, descobriu sua magia interna! Vejo que ela apareceu depois de muito esforço, imagino que seu estudo tenha a ver com isso. Agora poderá, finalmente, tirar sua tarefa da cabeça e começar a estudar com os outros garotos.

Essa opção lhe assusta, imagino, conhecer pessoas novas e não tem mais aulas com seu novos amigos da casa e com seu namorado, mesmo com seus sentimentos mudando com relação a eles. Penso que você foi uma das raras exceções de erros que já cometi.

Não nego que foi de grande bravura e coragem sair de sua casa, sem mágica e sem amigos, um lugar completamente sem mágica e habitado por trouxas e entrar em um castelo cheio de magia. Maior foi essa coragem contar para a pessoa que você queria por perto, sua condição não mágica. Contudo, você está longe de pertencer a casa de um dos maiores sangue-puro que já existiu.

Alice, você deve ficar com os grandes pela inteligência e grandes pela bravura. Troco você de casa essa noite porque seu destino está traçado, você será conhecida por todos. Seu nome estampará jornais e revistas de todo o mundo bruxo, mas não alcançará sua vitória na Sonserina.

Sua magia chegou, sua personalidade foi formada e seu destino já está escolhido. Sua nova casa será a Grifinória, destino dos mais bravos bruxos que já existiram e que ainda pisam em nossos solos. Encontre seu propósito e se apoie na verdade. Sua nova casa lhe ajudará com isso.”

Com uma expressão incerta estampada em seu rosto, McGonagall retirou o chapéu de minha cabeça, que a esse momento já havia voltado a um sono profundo, e o colocou novamente em seu lugar na mesma alta prateleira em que foi retirado. Sua fala foi de extrema ordem para a diretora.

Com precisão, decretou que eu mudasse de dormitório quando as aulas voltassem no final da semana, e que minhas vestes permanecessem sobre minha cama antes do embarque do trem para que o emblema de minha nova casa fosse estampada antes do retorno ao castelo. A minha grade horária seria modificada por completo e aulas particulares seriam adicionadas.

Com um aceno de varinha, penas começaram a rabiscar os pergaminhos depositados sobre sua mesa, contatando os professores das novas mudanças ocorridas comigo, principalmente minha troca de dormitórios. Minha relação com a magia não seria revelada, a menos que eu me sentisse confortável com a revelação.

Contudo, o sigilo seria acompanhado de uma total proibição para mim. Outros alunos estariam interessados no propósito de minha mudança e, para manter a ordem das casas e das regras, eu estaria restrita á respostas previamente elaboradas para mim, como “ordens superiores foram obedecidas e apenas isso”.

Não consegui evitar pensar em como meu pai ficaria feliz em descobrir que eu, finalmente, descobri minha magia, mas que não possuía permissão para realiza-la fora do perímetro da escola. Ficaria feliz, também, em descobrir que eu estava me adaptando ás novas dependências do castelo.

Não mencionaria a mudança de casas e de aulas, muito menos a distancia que eu abriria com relação aos meus amigos, agora que não passarei mais as refeições e os tempos livre com eles. Tentarei manter tudo como sempre foi, mas tenho consciência de que não daria certo.

Isso me atormentou por um instante, eu não estaria mais aberta aos meus relacionamentos amigáveis e, muito menos, ao meu relacionamento amoroso. Teria que terminar com Arthur, sabia disso, mas fiquei feliz em ter uma semana livre para conversar com ele.

Ter magia em minhas mãos era uma coisa maravilhosa, me fazia sentir viva e confiante. Em momento algum me senti desesperada por não conseguir fazer novas amizades na Grifinória ou que pudesse não me dar bem nas aulas designadas para mim. Agora eu possuía a força que sempre faltava em mim e a força que eu sempre sonhei ter.

Já em meu dormitório, finalizei minha mala e deixei minhas vestes bruxas sobre meus lençóis perfeitamente esticados. A cor verde não faria mais parte de minha gravata, de minha capa, das cortinas em minha cama; o ar rarefeito não faria mais parte de meus momentos na Sala Comunal; Sereianos não me observarão dormindo, como costumavam fazer e faria parte de aulas coletivas, com pessoas da minha idade e com os mesmos professores.

Sentiria falta de Arthur, Bruno, Otaves e Thomas, mas não deixaria isso me abalar. Pela segunda vez em minha vida, eu passaria por uma drástica mudança, mas isso não me assustava mais.

Deixei o malão na Sala Comunal para que o castelo, magicamente, o levasse ao trem, e saí para a área externa do castelo. A neve já se acumulada no chão, mas não havia parado de cair. As árvores começavam a ficar brancas e o lago estava com uma fina camada congelada.

O ar gélido seria o estopim da memória de meu primeiro dia com magia. O sol se punha rapidamente, o que deixava a paisagem com um tom alaranjado que eu tanto gostava. Arthur se projetou ao meu lado e me abraçou por um momento.

“Comparado a nossa chegada aqui, tivemos uns meses bem tranquilos até agora. Meio ano se passou e eu não acredito que você ainda me encanta com a mesma intensidade da nossa primeira troca de olhares.

Eu vi uma menina muito linda assim que subi no trem, uma menina completamente deslocada e sozinha, com medo até de abrir a porta do vagão. Foi como um impulso, eu só me apresentei. Não pensei no que estava fazendo no momento, mas agora que penso, faria tudo exatamente igual.”

Seus olhos castanhos me domaram por completo. Eu precisava contar para ele, só não seria naquele dia, muito menos naquele momento.

Arthur me virou para ele e tirou uma pequena bolinha de um de seus bolsos, era meu pequeno Fred que eu não via há meses. Me contou que o Knarl invadido a cozinha e se escondido lá, foi considerado uma praga pelos Elfos que lá trabalhavam porque estava comendo toda a comida já cozida.

Um pequeno bichinho havia tanto estrago a ponto de ser banido do castelo. Eu estava proibida de trazê-lo para Hogwarts após a recessão escolar. Coloquei-o no bolso de meu casaco e caminhamos, Arthur e eu, de mãos dadas até o trem, onde Otaves e Thomas nos esperavam com um vagão reservado para nós e uma grande notícia: eles estavam finalmente juntos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muito obrigada por vocês que estão acompanhando ainda a história, mesmo com os capítulos ruins que eu postei umas duas semanas até agora, eu realmente não estava feliz com o lugar e com o que eu estava escrevendo. Por isso, agradeço de coração o acompanhamento de vocês, isso é muito especial para mim!

Agora chegou a hora de uma das partes que eu não gosto: mendigar comentários para vocês. Gente, deixem o que vocês acharam ou o que vocês pensam sobre a história, o que pode ser melhorado e o que tá perfeito (que eu acho que não exista algo perfeito, mas vai saber ahahhaha).

Quero conversar com vocês um pouquinho e conhecer minhas leitoras!!! Escreva qualquer coisa, pode ser uma pergunta, uma afirmação ou uma palavra ("batata", por exemplo).

Xoxo,
Bábi



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Trouxa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.