Esteban olhava para ele se acreditar no que ouvia, não poderia ser sua esposa estava morta, seu coração doía tanto que não aguentou caiu de joelhos e chorou, perdeu o amor de sua vida e sua filha que nem chegou a conhecer que não segurou em seus braços. Esteban sentiu sua alma deixar seu corpo e chorou.

Depois que recebeu a notificação formal que Maria e a tripulação da aeronave estavam sendo declarados mortos, Esteban, não sabia o que fazer Luiz o fez entrar no avião e voltaram para Capital. Lá medidas foram tomadas, familiares e amigos foram avisados, mesmo depois que a noticia foi dada pela televisão.

"ACIDENTE TRÁGICO DE HELICÓPTERO MATA MARIA SAN ROMAN, ARQUITETA E ESPOSA DO EMPRESÁRIO ESTEBAN SAN ROMAN."

Durante uma semana Esteban encubou a morte de Maria e da filha trancado em seu escritório, nada nem ninguém conseguia tirar ele dali, sua Tia Alba veio juntamente com o pai de Maria, estavam ali para sofrerem juntos, mas ele não queria, queria ficar sozinho.

Era sexta feira 22h da noite quando ele despertou no sofá todo dolorido, com uma dor de cabeça terrível de pois de beber tudo o que tinha ali. Estavam se sentindo muito mal, com sentimentos conflituosos, e resolveu sair do escritório dando de cara com sua tia Alba.

Al: Meu filho, ainda bem que saiu, sei que esta sofrendo, mas você precisa seguir a sua vida, precisar viver.

E: Viver, viver para que, o que importa nessa vida, se quem eu amo quem tinha meu coração morreu e levou consigo o que tínhamos de mais precioso. – sua voz tinha ódio, rancor, raiva e uma profunda tristeza.

MA: Minha filha gostaria que você continuasse, que vivesse. Ela não poderá descansar em paz se você estiver assim Esteban. – p pai de Maria Marco Antonio, falava para ele mas também tinha um profunda dor na voz, mas disse que o genro tinha que seguir a vida.

Esteban não queria ficar ali ouvindo sermão de ninguém e pela primeira vez desde que casou com Maria estraria sozinho no quarto deles.

Cuánto vacío hay en esta habitación
tanta pasión colgada en la pared
cuánta dulzura diluyéndose en el tiempo
tantos otoños contigo y sin ti

Esteban percorreu o quarto, buscando a voz, o sorriso, o cheiro, buscando tudo que lembrava Maria, ele a queria ali em sua cama, sorrindo, pois era assim sempre pelas manhãs, Esteban acordava primeiro fazia sua higiene e depois voltava e a acordava com beijos e caricias. Ele sentou na cama e buscou o travesseiro, ainda tinha o perfume dela, o perfume da mulher que ama o perfume de sua Maria.

Millones de hojas

cayendo en tu cuerpo
otoños de llanto
goteando en tu piel

Depois e algum tempo ele se deitou na cama e chorou copiosamente por tudo que estava acontecendo, ele estava vivendo em um pesadelo e não consegui sair dele, por mais que tentasse acordar do pesadelo ele não conseguia. Horas depois ele adormeceu abraçado com travesseiro de Maria.

Os dias que seguiam ele tentava, mas a sua dor era tão grande que sua vida estava escapando dentre seus dedos, as pessoas em volta dele nada conseguiam fazer para que a vida voltasse para Esteban. Uma noite quando ele dormia em sua cama, escutou os gritos de Maria, ela estava em uma cabana dando a luz, e quando a filha nasceu ela sorriu e uma forte luz vinda de seu sorrio a levou, ele se debatia na cama e ao berros acordou com Alba e Marco o chamando.

E: Saiam daqui e me deixem em paz, quero ficar sozinho, me deixem. – Alba e Marco nada fizeram ou disseram saíram do quarto com seus corações em pedaços ao ver ele morrendo em vida.

Iluminada y eterna
enfurecida y tranquila
sobre una alfombra de hierba

ibas volando dormida.

Os sonhos que Esteban tinha com Maria sorrindo para ele, ou caminhando em um jardim eram constantes, Tinha vezes que Maria e eles conversavam e viam a filha correndo no jardim, ele podia sentir o cheiro do perfume dela por todo o quarto.

Em uma noite depois de sonhar que estavam em um jardim, ele acordou e ouvi Maria chamando por ele, o som da voz dela vinha do jardim, ele desceu rápido e foi até ela, ele a chamava mas ela não mais respondia. E com um angustia no peito ele voltou para o quarto, sentou na cama e chorou, ele já não tinha mais forças para lutar, não queria ficar sozinho.

Un imposible silencio
enmudeciendo mi vida

con una lágrima tuyay una lágrima mía.

Iluminada y eterna...

Uma noite de chuva forte, Esteban estava olhando pela janela e pensava em Maria e na filha, quando olha para o jardim e a vê, ela estava lá o chamando, ela queria a atenção dele, correu para fora e ela estava lá, esperando por ele.

E: Maria minha Maria, eu te amo, volta para mi. – ele a beijava e abraçava com tanta força, chorando de saudades.

M: Esteban eu te amo, nós duas te amamos, venha nos buscar, estamos lá, estamos te esperando, venha nos buscar. – ela falava e ia se afastando dele, que não podia se mexer, tentava mas não conseguia sair do lugar.

Ele a chamava pedia para ela voltar, quando uma forte luz a levou dali, e Esteban acordou em sua cama chamando por Maria.

Con una estrella fugaz

te confundí la otra noche
why te pedí tres deseos

mientras duraba tu luzdéjame llorar.

Luiz, Alba, Ramon e Marco tentavam de tudo para que Esteban voltasse a sua vida, voltasse aos negócios. Mas nada o trazia do fundo da dor que ele sentia.

Mais de uma vez, ele sonhou com Maria na chuva pedindo que ele a buscasse com a pequena, mas sempre que ele tentava pegar ela a luz a levava.

Cuántas caricias perdidas en mi diván

cuánto reclamo a Dios mismo que ya no estás

hago canciones de amor en tu memoria

y en todas vuelvo como siempre a la misma historia.

Millones de hojas...

Esteban depois de uma noite mal dormida  ou não dormida, pois tinha chorado olhando a foto de  Maria, e seu coração estava mais que dilacerado com sua perda. Era inicio da tarde, quando ele saiu do escritório e subiu para tentar dormir um pouco, hoje ele teria que ir para a empresa e saber o que faria com o hotel em construção e teria uma reunião para definir sobre a empresa de Maria.

Mas tinha algo que o incomodava, algo que ele estava sentindo, ele sentia Maria.....

Continua....