Corações e almas perdidas.

 Felicity Smoak.

Revirei os olhos ao ouvir as mulheres vangloriar o herdeiro do trono Queen. Para elas, o senhor perfeição era o Rei do mundo e não existia mais nada além dele. Que grande besteira, existe homens melhores do que esse Queen pegador, pelo o amor de Deus, vivemos na modernidade, mesmo que ele seja o nosso atual governador, isso não significa que ele pode comandar nossas mentes, e muito menos nossos corações.

— Felicity, estou falando com você. – Minha mãe estalou os dedos a minha frente. Pisquei e foquei em seu rosto sorridente.

— Desculpe, minha mente está um pouco cheia. – Suspirei forçando um sorriso para ela.

— Isso tem haver com o príncipe de olhos azuis? – Sorriu maliciosamente para mim.

— Mãe. – Bufei incrédula. – Eu não quero nada com o senhor perfeição, estou bem onde estou agora, e aliás, só a Elite poder ser considerada para o padrão do senhor Queen, somos os plebeus. Lembra-se? A classe pobre.

— Por favor querida, depois de cem anos, finalmente o palácio abriu as portas para as mulheres inteligentes de Star City, a melhor qualificada poderá ser a futura rainha de toda essa cidade como o estado. – Minha mãe informou com esperança crescendo em seus olhos azuis.

Por parte ela tem razão, com o novo governo, todas as mulheres dentro e fora da Elite, pode ser candidata a rainha, mas ainda acho que o mesmo escolheria uma dentro da burguesinha. Por favor, onde o senhor perfeição escolheria uma mulher sem classe?

— Isso não significa que quero estar entre essas mulheres, eu quero alguém para amar e não alguém para seguir como se fosse meu dono. – Rosnei.

— Ele me parece um homem bom, querida. – Disse com cuidado. – Eu quero que você tenha uma vida melhor que essa em que vivemos agora, depois que seu pai morreu as coisas ficaram piores.

— Eu sei, e vamos cuidar disso em breve, mas eu não quero me vender para um homem que só pensa em si ou nó que seu pai ordena, podemos conseguir isso de outra forma.

— Nosso dinheiro está acabando, baby. – Suspirou triste. – Esqueça isso, foi meu erro querer fazer você se submeter a isso. – Acenou.

— Se eu me casar com ele, que acho uma coisa impossível a se fazer, eu serei mandada para o reino sem você ao meu lado, e lá as coisas são diferentes. – Falei com lagrimas nos olhos. – Eu terei que dá um herdeiro a ele, após nossa união.

— Eu só sugeri. – Segurou minha mão com nervosismo. – Não que você tenha que fazer isso para nos salvar da miséria.

— Mãe! – Estalei.

— Em dois meses estaremos debaixo da ponte. – Disse com tristeza. – O dinheiro está acabando, e todas as dívidas do seu pai está nos consumindo Felicity, mesmo com nossos trabalhos isso não dura muito tempo, eu já sinto o chão sujo e frio da sarjeta nos esperando.

A triste realidade vem bater em nossa porta com força, depois que meu pai morreu, as coisas descaíram de uma maneira avassaladora, dividas de jogos para homens poderosos, nossa casa sendo tomada, e cada passo sendo um mais difícil do que o outro. Em silêncio saímos em direção a nossa casa, que em breve não será mais nossa. Com o cansaço do dia me atirei no sofá fitando o teto, apenas para ouvir a campainha tocar.

— Eu atendo. – Minha mãe se adiantou indo em direção a porta. Observei suas costas se endireitarem e um suspiro irregular passar enquanto a porta foi aberta.

— Senhora Smoak? – Uma voz formal questionou.

— Sim. Em que posso ajudá-lo? – Minha Mãe hesitou.

Com ela bloqueando a porta foi difícil ver quem estava do outro lado, mas pelo o barulho não podia ser ouvir nada. Me ergui do sofá ficando ao seu lado, olhei por cima do ombro da minha mãe, o que me fez suar frio.

— Sabemos que a senhora é mãe de uma linda mulher formada pelo o MIT, pelas as informações no registro, ela tem todas as características para ser a candidata a nova rainha. – O homem alto de cabelos loiros e olhos verdes informou com sorriso irritante.

— Bom, ela é uma grande garota, mas não está se candidatando, sinto muito. – Minha mãe se desculpou. Isso mande ele pastar em outra vizinhança!

— Não penso assim senhora, aqui está a carta do Rei Robert Queen segundo. Todos nós sabemos que não há como recusar a oferta do Rei, está dentro de uma de muitas leis constituída a muito anos. – Disse entregando um papel pardo enrolado com selo real. – Duas semanas estaremos de volta para busca-la para o jantar real, tenha uma boa noite senhoras.

Mas que diabos! Queime isso mãe. Pensei.

— Não... espere... senhor. – Minha mãe tentou persuadir, mas o homem já tinha ido, sem ao menos deixar o rastro para traz.

— Acho que temos que comprar um vestido novo para você querida. – Com sorriso triste minha mãe seguiu para o corredor.

Bem foda-se.