É engraçado como nosso subconsciente funciona. Sempre sonhei em ser uma grande advogada ou, quem sabe, uma juíza de esfera nacional, de renome e respeitada por todo mundo. Sonhava com isso pelo menos uma vez por mês e era sempre a mesma coisa. Eu, em pé em frente a um júri, defendendo um cliente de um crime que ele não havia cometido em um caso pro bono que eu havia aceitado. Meu nome na parede de entrada do escritório. Uma firma própria. Minha firma. Esse sempre foi o meu sonho, desde criança.

Meus pais sempre sonharam com a minha admissão em Harvard então, quando fui aceita na Harvard Law School, minha casa virou uma festa. Taylor, John e Hailey, meus amigos de infância, também foram aceitos e aquilo seria ótimo, porque poderíamos todos morar ainda mais perto do que já morávamos e aproveitar muito aquele lugar. O lugar dos nossos sonhos.

Já fazia algum tempo que eu estava estudando e não poderia estar mais feliz. Meus sonhos começavam a se realizar e eu tinha todos os meus melhores amigos perto de mim. Não tinha algo que eu pudesse querer além daquilo. Minha vida estava se encaminhando, meus sonhos e planos começando a dar certo e outros sonhos começando a brotar dentro de mim e, mais uma vez, eles se repetiam.

Sete noites. Durante exatas sete noites consecutivas eu tive o mesmo sonho. Um homem que eu nunca havia visto na vida, mas que parecia conhecer muito bem… e um beijo. Um beijo que parecia ser tão bom, que havia sido tão real. Conseguia sentir os lábios dele nos meus mesmo depois de horas acordada. Aquele sonho que não me saía da cabeça.