Elos Rompidos escrita por Amber Dotto


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Beijos
— Amber



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Hospital Boa Ventura

Os sentimentos de Rubi estavam a flor da pele, e tudo o que estava acontecendo a deixava confusa. Odiava Alessandro por tê-la mandado para a prisão, e por estar saindo com Maribel, mas um bebê mudava tudo.

Ser mãe não era o grande sonho da jovem, mas imaginar que teria consigo um pedacinho do grande amor de sua vida, lhe causava um pequeno frenesi. Então, por seu filho, ela decidiu recomeçar e isso incluía esquecer tudo o que havia acontecido e iniciar uma nova vida ao lado Alessandro. Seus pensamentos resumiam-se a: “Todos cometem erro na vida, e se ele foi capaz de me perdoar, eu também posso perdoa-lo. E então finalmente estaremos juntos, e eu terei tudo o que sempre mereci... amor e dinheiro. ”

  Ao sair da casa de sua mãe, a bela dirigiu até o hospital, e caminhou entre os corredores, esperando encontrar o jovem ortopedista. Sua secretária informou que ele estava em sua sala, e Rubi como sempre entrou sem ser anunciada.

Para sua decepção, Alessandro estava acompanhado de Maribel e os dois pareciam estar mais unidos do que nunca. O casal olhou para ela, que fingiu não se abalar com a presença da rival.

— Alessandro, precisamos conversar. — Disse Rubi.

— O que quer que você tenha a me dizer, pode falar. Não há segredos entre Maribel e eu. — Respondeu de forma indiferente.

— O que eu tenho para dizer é muito importante e eu não vou conversar com você na frente desta aí. — Rebateu mirando a herdeira de Arthur de forma furiosa.

— Não permito que você fale assim com a Maribel.

— Eu falo do jeito que eu quiser. — Rebateu.

— Alessandro, está tudo bem. Eu vou para a minha sala e mais tarde a gente conversa. — Falou Maribel dirigindo-se a saída.

— Vai almoçar comigo? — Questionou o jovem antes que ela o deixasse a sós com Rubi.

 — Vou sim. — Respondeu dando um sorriso e finalmente saiu. Quando Maribel fechou a porta, Rubi pôs-se a falar.

— Para de bancar o ridículo. Você só está saindo com ela para me fazer ciúmes. — Reclamou.

— Se é isso que você pensa... O que quer? Pra que veio? O que tem de tão importante para me dizer?

— Alessandro, eu me enganei. Eu fiz tudo errado durante toda a minha vida, e magoei as pessoas que eu mais amava. Magoei minha mãe, minha irmã e também magoei você. E por mais que eu tentasse consertar as coisas, nada dava certo, porque você não estava ao meu lado. — Falou vendo-o engolir seco. — E aconteceram aquelas coisas horríveis que acabaram nos separando novamente, e que nos causaram mais e mais feridas... Só que eu estou deixando meu orgulho de lado, porque não quero ficar longe de você, não agora. — Falou vendo-o respirar pesadamente.

— Sabe o que é engraçado?! Isso foi o que eu sempre quis ouvir de você nos últimos anos.

— Então meu amor, não vamos desperdiçar essa oportunidade que a vida está nos dando. Eu tenho certeza que você vai ficar em êxtase quando souber a novidade que eu vim lhe dizer... quando souber que eu carrego comigo um pedacinho deste pequeno amor. — Ia dizendo Rubi antes de ser interrompida por Alessandro.

— É tarde demais. Acabei de iniciar uma relação formal com Maribel e não pretendo deixa-la. Não quero magoa-la.

— Você não pode ficar com ela se não a ama. Vai sofrer como eu sofri e como sofro sem estar ao seu lado.

— Percebi que não sou tão indiferente aos sentimentos dela, e que ela sim é a mulher que sempre desejei ao meu lado. Boa, nobre, que esteve comigo não só nos bons momentos.

— O que está dizendo? — Questionou Rubi.

— Ela soube me apoiar quando precisei, sem se importar com minha condição financeira. E eu pretendo refazer minha vida ao lado dela. Sinto muito Rubi.

— Tudo bem. Se é isso que você quer, vá em frente. — Respondeu Rubi com ar de superioridade. — Um dia, você vai se arrepender da escolha que está fazendo, e aí vai ser tarde demais. — Respondeu saindo da sala de Alessandro sem lhe dar a chance de resposta. Ela caminhou até o estacionamento, e quando estava saindo, seu telefone começou a tocar. Era Toledo, que logo começou lhe bombardear de perguntas.

— Preciosa, onde você está? Sua mãe me deu o seu recado, e eu vim para sua casa, mas cheguei aqui e não te encontrei. Heitor está louco por achar que você pode ter se sentido mal de novo e sozinha. Eu disse que esse homem te ama e você ainda tem dúvidas. — Falou o estilista observando Heitor de longe, que estava tomando café.

— Ai Toledo, não me enche a paciência. Já estou chegando, não vou demorar.

— Que mal humor. Não se esqueça que sou seu único amigo.

— Eu sei que estou sozinha, e que você é o único amigo que eu tenho, não precisa jogar na minha cara o tempo todo. Para isso eu tenho minha mãe.

— E é justamente por isso que eu quero saber o porquê de você me ocultar as coisas agora. Porque não me contou que desmaiou? Você está doente ou tudo foi uma armação?

— Eu ia te contar hoje, porque é tudo bem pior do que você imagina, antes fosse fingimento meu.

— Eu não estou entendendo...

—Toledo, daqui a pouco a gente conversa, eu já estou chegando.

— Cuidado para não perdermos o vôo. — Alertou desligando em seguida.

Mansão dos Ferreira

            Rubi gastou aproximadamente vinte minutos do hospital até sua casa, onde foi recebida por Toledo e por Heitor, que explodia de felicidade por tê-la ali.

            — Meu amor, você sentiu alguma coisa depois que eu fui embora? Dormiu bem? — Indagou dando-lhe um pequeno beijo na testa.

            — Eu estou bem, não se preocupe. Vim pegar minhas coisas, porque vou com minha família para o Vale do Bravo, mas isso você já sabe...

            — E se você demorar iremos perder o vôo. — Advertiu Toledo novamente.

            — Você já falou isso. — Respondeu Rubi sem paciência.

            — Toledo, será que você pode nos deixar a sós? — Perguntou Heitor.

            — É claro. Te espero no quarto preciosa, e enquanto é isso, vou arrumando suas coisas. — Falou o estilista saindo da sala de estar e sumindo por um dos corredores da casa.

            — Rubi, eu não quero que você faça essa viagem sem que a gente acerte as coisas. Nós somos um casal, e devemos lutar por nosso matrimonio. Não quero te perder, e não quero uma vida longe de você, porque te amo. —

Disse Heitor enquanto Rubi ouvia atentamente.

 Seu marido era o oposto de Alessandro. Era doce, carinhoso e gentil. Não media esforços para faze-la feliz, embora, ela o tratasse com grosseria na maior parte do tempo.

— Desculpa Heitor, mas no momento eu realmente preciso de um tempo e espero que você respeite minha decisão. Eu estou muito confusa e não quero ter dúvidas sobre a decisão que eu for tomar. — Falou Rubi.

— Tudo bem Rubi. — Respondeu Heitor contrariado. — Eu vou para o hotel, tenho que resolver algumas coisas.

— Obrigada por se preocupar comigo, e por se dedicar a mim.

—Eu sempre vou cuidar de você meu amor. — Falou Heitor lhe dando um beijo terno.

— Eu te procuro quando voltar de viagem. — Respondeu.

— Espero que volte logo, e que nunca mas vá embora.  — Disse o rapaz deixando a casa logo em seguida.

Rubi caminhou até seu quarto e encontrou Toledo arrumando as malas. O estilista deu uma olhadinha e esperou a bela falar algo. Entretanto, tudo o que ela fez foi se jogar em sua cama e olhar para o teto.

— O que foi? O que está acontecendo? Fala logo porque você está me matando de curiosidade. — Falou Toledo quebrando o silêncio.

— O Alessandro está com a maldita manca e diz que não pensa em voltar comigo.

— Ai não fofinha, Alessandro de novo? Achei que já tivéssemos superado isso. Você não lembra do que o Jorge Flores disse? Novo amor, amor puro...  

— Eu sei o que o Jorge disse, e sei ao que ele estava se referindo... E isso tudo, esse novo amor tem a ver com Alessandro. Respondeu Rubi a Toledo.

— Eu não entendi... — Reclamou o estilista confuso colocando seu cachorro no chão.

— Eu estou grávida Toledo, vou ter um bebê. E o Alessandro nem me deu a chance de contar...

— Grávida?! — Perguntou Toledo em êxtase. — Ai meu Deus! Não pode ser, não é possível. — Prosseguiu antes de ser interrompido por Dora.

— Senhora, tem um homem procurando seu marido. Eu avisei que ele saiu e que eu não sei que horas ele vai chegar e ele insiste em esperar. O que a senhora quer que eu faça?

— Um homem? E ele não disse o nome? — Questionou Rubi.

— Ele disse que se chama Daniel Garcia. Quer que eu chame o segurança?

— Não, eu vou ver o que ele quer. — Respondeu a jovem indo em direção a sala.

Daniel estava em pé, e observava cada um dos detalhes da casa. Rubi entrou na sala e sua empregada veio logo em seguida e a movimentação das duas chamou a atenção do senhor de cabelos grisalhos que logo pôs-se a apresentar.

— Bom dia senhorita! — Falou sorrindo. — Sou Daniel Garcia, e adoraria falar com Heitor Ferreira, mas a empregada disse que ele não está em casa. Você se incomodaria se eu esperasse?

— Não sei à que horas o meu marido volta. Então, se o senhor não marcou horário com ele, é melhor voltar em outro dia. Eu estou de saída.

— Você é esposa do Heitor? — Questionou Daniel confuso.

— Sou, por que? — Respondeu.

— Eu pensei que ele estivesse casado com a filha do De la Fuente.

— É claro que ele não se casou com aquela estúpida. — Esbravejou Rubi. — E você quem é pra vir procurar o meu marido aqui em nossa casa?

— Como eu disse, meu nome é Daniel Garcia, e tenho que tratar de alguns assuntos sérios com ele e por isso insisto em esperar.

—É melhor você voltar em outro dia. Estou de saída e não posso fazer nada por você.

Toledo que havia finalizado a arrumação das malas de Rubi, pediu que a empregada que levasse tudo para o carro que levaria os dois até o aeroporto. Ansioso pela viagem e por mais detalhes sobre a gravidez de Rubi, o estilista foi até a sala apressar a jovem que ainda estava acompanhada de Daniel.

— Preciosa, vamos perder o vôo se você não se apressar. — Advertiu Toledo encarando Daniel.

— Já é a terceira vez no dia que você me diz isso Toledo. Não sabe falar outra coisa? Que saco!

— Ai, muda esse seu humor Rubi. Vai fazer mal para esse bebezinho que você está esperando. — Rebateu o estilista.

— Espera, você está grávida? — Interviu Daniel sorrindo. — Vai ter um filho?

— Vou. — Respondeu Rubi na defensiva. — Agora eu tenho que ir. Minha empregada vai te mostrar a saída. — Prosseguiu deixando-o sozinho.


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