Elos Rompidos escrita por Amber Dotto
Notas iniciais do capítulo
◇Espero que gostem deste capítulo, e aproveitem cada pedacinho. O capitulo 7 já está pronto e está maravilhoso. Tenho certeza de que vão amar assim como eu, então se vocês forem bonzinhos e deixarem comentários, eu prometo não demorar a atualizar. É bem ruim ver que a história tem quase 70 acessos por capitulo, mas as pessoas nem se dão ao trabalho de comentar...
— Agradeço a Kissia, Carollina e Luciana que estão sempre comentando.
◇Beijão, Amber ♥
Vila
— Dona Lola, você por um acaso sabe onde estão minha mãe e minha filha? Elas nunca saem sem me avisar. — Questionou Cristina que estava acompanhada de Marcos, ao ver Dolores abrir a porta.
— Entrem, não fiquem paradinhos aí na porta. — Falou Lola empurrando o casal para dentro. — A Fernandinha está aqui, mas sua mãe foi para o Hospital com sua irmã. — Respondeu a vizinha.
— Minha mãe passou mal? — Questionou aflita.
— Não, não. Você é toda bonitinha, cheia dos estudos, mas não consegue compreender bem uma frase. Eu disse que sua mãe foi para o hospital com sua irmã, e não que sua irmã foi para o hospital com sua mãe.
— Dona Lola, você está me deixando confusa. O que houve?
— É Dona Lola. Fale logo o que aconteceu. — Disse Marcos pela primeira vez.
— Eu não estava lá, só vi quando o loirão passou pelo pátio com a sua irmã desacordada. Sua mãe estava nervosa e pediu para que eu ficasse com a Fernandinha, mas ela não me explicou o que aconteceu, afinal, ninguém me conta nada nessa vila.
— E onde está a minha pequena? — Questionou Marcos olhando ao seu redor.
— Está dormindo. — Respondeu a senhora. — Você pode ir busca-la se quiser. — Prosseguiu indicando o caminho.
— Obrigada por cuidar dela Dona Lola. — Falou Cristina vendo o noivo voltar com a garota nos braços. Dolores os acompanhou até a porta, e em seguida, o casal se dirigiu até a residência de Rosário.
— O que será que aconteceu? Acha que eu deveria ir para o hospital? — Perguntou nervosa.
— Não, está tarde. É melhor você esperar aqui... não deve ser nada demais. A Rubi é jovem, é saudável. Na certa foi esse calor. — Respondeu o médico.
— Você tem certeza? Acha mesmo que não é nada demais?
— Sim, se eles demorarem a voltar, eu ligo para o hospital e pergunto sobre sua irmã.
— Obrigada por ser um grande apoio nos momentos difíceis Marcos. — Falou Cristina dando um selinho no rapaz.
— Tudo o que eu faço, é para te ver bem. Agora eu vou colocar a Fernandinha na cama e depois nós dois vamos preparar o jantar. Aposto que sua mãe estará com fome quando voltar.
— Acho uma ótima ideia.
Hospital Boa Ventura
— O que houve? Porque estou aqui? — Questionou Rubi a uma das enfermeiras.
— Você não lembra? A senhora desmaiou, e seu marido a trouxe.
— E porque eu desmaiei? — Insistiu.
— Eu não sei. O Dr. Lacerda solicitou alguns exames já devem estar prontos. Quer que eu o chame?
— Por favor. — Falou Rubi.
— Sua família está na sala de espera e estão aflitos por notícias. Posso deixá-los entrar?
— Eu disse gostaria de falar com o médico primeiro. Será que você pode chama-lo?
— Claro! Eu não demoro. — Respondeu saindo em seguida.
Imediatamente a enfermeira foi até a sala do médico, e lhe informou sobre o pedido de Rubi. Em seguida, caminhou até a sala de espera onde encontrou Heitor e Rosário e lhes avisou que a jovem havia despertado. Encerrando seu trajeto no laboratório, onde obteve o resultado dos exames que haviam sido solicitados por Dr. Lacerda, que a aguardava no quarto da paciente.
— Doutor, não quero que você minta para mim. Eu estava ignorando os sinais, mas estou me sentindo mal a dias. Tenho tido náuseas, tonturas... tenho ficado cansada e hoje o desmaiei. O que eu tenho? Estou doente?
— Um desmaio pode ser provocado por vários motivos, por isso solicitei alguns exames. O primeiro, foi o de sangue. Nos colhemos algumas amostras enquanto você estava desacordada, e acreditamos que não seja nada sério. Entretanto, se o exame de sangue não apontar nada, faremos um check-up completo. Está de acordo? — Disse o médico abrindo o envelope.
— Claro. — Respondeu Rubi ansiosa. Os segundos pareciam minutos e seu coração parecia que ia sair pela boca. — Fale logo o que é. — Protestou ríspida. — O que eu tenho Dr. Lacerda?
— Creio que não há motivos para preocupação e sim para celebração. — Falou o médico com uma expressão de alívio ao ler o resultado. Entregando-o em seguida para a jovem que estendeu a mão e começou a ler o papel.
— Eu não entendi nada do que está escrito aqui.
— A senhora está grávida! Vai ter um bebê... meus parabéns.
— Grávida?! — Indagou atônita. — Não, não pode ser. Eu quero fazer outro exame.
— Podemos fazer outro exame, mas o resultado será o mesmo Senhora Ferreira.
— Não agora... — Murmurou. — Eu não quero que ninguém saiba disso. E quando eu digo ninguém, estou incluindo meu marido.
— Tudo bem senhora. — Respondeu o médico. — Porém como profissional tenho que lhe indicar que procure um ginecologista, para que possa realizar o pré-natal, caso decida ter o bebê.
— O que? — Questionou Rubi que estava perdida em seus pensamentos. — O que está insinuando?
— Bom... é que a forma como a senhora reagiu, me fez imaginar que não quisesse ter um filho agora.
— E desde quando o senhor é pago para imaginar algo?
— Me desculpe senhora Ferreira, não foi minha intenção ofende-la. — Falou médico. — Como eu ia dizendo, a senhora deve procurar um ginecologista, caso não tenha um. E também deve estar atenta a outros detalhes como sua pressão arterial, e uma pequena anemia, que também identifiquei em seu exame de sangue.
— Agora vá chamar meus familiares. — Disse Rubi a enfermeira em tom de ordem.
A enfermeira novamente caminhou até a sala de espera. Heitor correu para o quarto da bela ao ouvir que ela queria vê-lo. Dona Rosário foi logo em seguida, e apenas observava a filha.
— Você está melhor? — Indagou Heitor.
— Estou sim. Não foi nada demais, foi só um susto. — Respondeu Rubi.
— Como assim só um susto? Você desmaiou meu amor. O que o médico disse?
— Que estou com uma pequena anemia. E que preciso cuidar dela.
— É só isso? — Questionou Heitor.
— É sim e eu já posso até ir embora. — Falou Rubi. — Porque não aproveita e vai ao caixa pagar a conta enquanto eu termino de me arrumar? Minha mãe e eu te esperamos na recepção.
— Claro. — Falou o rapaz dando um beijo na testa da esposa. — Eu não demoro. — Completou saindo do quarto em seguida. Dona Rosário que ainda não havia dito nada, olhou para a filha que apenas abaixou a cabeça, evitando qualquer tipo de contato visual.
— Está grávida de quanto tempo? — Perguntou Rosário.
— O que? — Rebateu a pergunta, fazendo-se de desentendida. — De onde você tirou essa ideia?
— Eu tive duas filhas, sei quais são os sintomas de uma gravidez Rubi. Se você não está doente, está grávida. O que eu não entendo é você ter escondido isso de seu marido.
— Eu não quero que ninguém saiba que estou grávida. Não fazia parte dos meus planos ter um filho, ainda mais agora. A maternidade para mim nunca foi algo extraordinário.
— Rubi, como você pode dizer isso? Um filho é um presente de Deus, e a chegada desse bebê muda tudo o que está acontecendo.
— Não, não muda nada. Porque eu não penso em mudar de ideia por isso. E eu não serei nem a primeira e nem a última mãe solteira no mundo.
— Esta é a sua oportunidade de recomeçar, de ser uma nova pessoa. Não desperdice isso meu amor — Falou Rosário abraçando a filha. — Eu estou muito feliz por que você vai me dar um neto.
— Mamãe, seja discreta, porque ninguém pode saber disso por enquanto. Estamos entendidas? — Enfatizou olhando para sua mãe com um olhar de súplica.
— Sim! — Respondeu. — Agora vamos, porque o Heitor deve estar nos esperando. — Prosseguiu.
Casa dos Peres
— Que bom que vocês chegaram. Eu já estava ficando angustiada. — Falou Cristina ao ver a mãe adentrar a pequena residência, acompanhada de Rubi e Heitor. Dona Rosário caminhou até a filha mais velha, lhe deu um beijo e sentou no sofá.
— O transito aqui na capital é horrível. Perdemos um bom tempo na volta. — Rebateu Heitor.
— E você está melhor? — Questionou Cristina a Rubi. — Dona Lola disse que você passou mal, mas não soube dizer o que era.
— Sua irmã está... — Ia dizendo Rosário eufórica antes de lembrar do pedido de Rubi. — Sua irmã está com anemia.
— Estou bem, não é nada demais. — Respondeu Rubi.
— Já trouxemos sua mãe, e está ficando um pouco tarde. Vamos embora meu amor?
— Heitor, já conversamos sobre isso, e o que aconteceu, não muda as coisas. Eu já disse que preciso de um tempo.
— Não é possível que você ainda vai continuar com essa bobeira.
— Não é uma bobeira. É a minha vida.
— Não discutam. — Interviu Rosário. — Amanhã, nós iremos para o Vale do Bravo comemorar o aniversário da Fernandinha. Na volta, você procura a Rubi para que possam conversar com calma. São só alguns dias, e esse tempo é o suficiente para que vocês possam refletir sobre o que vale a pena. Sobre o futuro. — Disse a senhora ao rapaz.
— Eu vou dormir porque estou cansada. Tenham uma boa noite. — Falou Rubi de forma rude, indo para seu quarto. Cristina foi logo em seguida, deixando apenas Rosário e Heitor na pequena sala.
— Eu sei que a senhora não gosta de mim como gosta do Alessandro, mas tudo o que eu quero, é fazer sua filha feliz.
— Lute por seu casamento. Faça com que ela reaja, que mude. Este é o momento de vocês começarem a agir diferente, de analisar o que está dando certo, e o que está atrapalhando o relacionamento de vocês. Meu marido e eu não tínhamos dinheiro, mas tínhamos amor. E com amor se resolve tudo.
— Farei isso Dona Rosário e espero que ela me perdoe e que volte para nossa casa.
— Eu vou ver o que posso fazer. Você sabe que minha filha é cabeça dura e que não aceita que dêem palpite na vida dela.
— Muito obrigado. Eu espero que minha relação com a senhora também mude. — Falou Heitor se despedindo da sogra que o abençoou e acompanhou até a saída.
Dia seguinte
Todos estavam ansiosos e animados com o passeio planejado por Cristina e Marcos. Fernanda despertou bem cedo, e saiu empolgada pela casa por ser o dia do seu aniversário. Dona Rosário terminou de arrumar suas coisas, e logo foi para sala, juntando-se a sua filha mais velha, e também a Dolores.
— Dona Lola, o que a senhora faz aqui tão cedo? — Indagou Rosário.
— Bem, eu vim ver se ia sobrar alguma vaguinha para mim nessa viagem, mas já percebi que não vai ter como.
— Eu estava explicando para a Dona Lola que adoraríamos ter a companhia dela, mas como Rubi irá conosco, não tem como ela ir. — Explicou Cristina.
— Falando em Rubi, o que foi que ela teve ontem hein?! Até agora ninguém me explicou nada.
— Larga de ser fofoqueira Dona Lola. — Interviu Rubi que acabara de chegar na sala. — Ninguém aqui tem que te explicar nada. — Completou a jovem.
— Não precisa ser grossa com ela. Ela só queria saber o que você tinha. — Falou Rosário. — Você se sente melhor? Mal consegui dormir preocupada.
— Eu estou bem mamãe. O Toledo já chegou? — Indagou.
— E porque o Toledo viria? Rubi, o Marcos já está chegando, não é hora de procurar o seu amigo. — Reclamou Cristina.
— Eu não vou no carro com vocês. Eu preciso resolver alguns assuntos aqui na capital e depois vou pegar um vôo.
— “Vou pegar um vôo”. — Murmurou Dona Lola. — Continua a mesma metida.
— O que você ainda está fazendo aqui Dona Lola? Eu não suporto essa sua mania de se intrometer na minha vida. — Esbravejou Rubi. — E nem sei porque vocês aceitam que ela se intrometa na vida de vocês.
— Você vai querer que a gente leve alguma coisa? — Questionou Rosário a filha mais nova.
— Não, não é necessário. — Falou Rubi pegando sua bolsa que estava no sofá. — Se o Toledo chegar, fala com ele para me encontrar em minha casa. Eu não estou afim de ficar aqui esperando ninguém. — Completou andando até a porta.
— Você não vai comer nada? — Insistiu a mãe. — Você tem que se alimentar bem.
— Não mamãe. Obrigada!
Cristina e Lola acharam o comportamento de Rosário em relação a Rubi estranho. Levando em conta o relacionamento que ambas tiveram até o dia de hoje. Entretanto nenhuma das duas contestou algo, e agiu como se nada estivesse acontecendo.
Dolores por sua vez, aproveitou que Rubi disse que não iria de carro para o Vale do Bravo e quase suplicou que lhe cedessem a vaga.
— Por favor Cristininha, eu posso cuidar da Fernanda pra vocês.
— Dona Lola, é que essa é uma viagem para minha família. — Rebateu Cristina.
— Mas eu sou praticamente da família. E se até o estilista amigo da Rubi vai, eu também posso ir.
— Tudo bem Dona Lola. Vá arrumar suas coisas e não demore. — Disse Cristina vendo-a sair em disparado.
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