Ariel '

—Mas um segundo e você estaria morta – Freya disse, me entregando um copo com um liquido estranho- beba, vai te a ajudar a melhorar mais rápido.

—Obrigada- sorri fraco, e bebi.

O gosto era muito pior do aparentava ser. Coloquei o copo na mesa de cabeceira e me ajeitei na cama.

—Como estão as coisas lá fora?- perguntei.

Depois da minha quase morte, acordei no quarto de Elijah, com uma tremenda dor. O sangue de vampiro havia curado meu corte, mas o mesmo não aconteceu com o envenenamento. O veneno era potente, Freya disse que pela quantidade de sangue que eu perdi, combinado com a magia dela, foi o suficiente pra me salvar. Mas infelizmente eu ainda estava fraca, dormia a maior parte do tempo.

—A cidade esta voltando ao normal, Klaus, Elijah e Marcel estão...entrando num acordo – ela sentou na beira da cama- acho que em breve estaremos em paz.

—Eles estão...bravos comigo?

Com ‘eles’ ela sabia que eu me referia aos Mikaelson's. Apesar de ainda estar aqui, nessa casa, não havia visto nenhum deles ainda. Freya estava cuidando de mim, mas eu sabia que era a pedido de Elijah. 

O que me leva a ele, meu querido original. As lembranças de Elih estavam meio confusas. Eu sabia que ele estava aqui enquanto eu dormia, podia sentir a presença dele, mas só, não tive a chance de conversar com ele ainda.

—Todos nós estamos bem ocupados, bruxas, vampiros, lobisomens, todos estão muito agitados ainda – ela me tranquilizou- não se preocupe, todos aqui tem um histórico bem problemático quando se trata de família, mas nós sempre ficamos juntos. Bem, pelo menos foi o que eu vi.

—Sempre e para sempre- disse, lembrando das palavras de Elih— eu estou feliz que você faça parte da família, agora posso ter uma professora de magia.

—A melhor professora de magia– ela sorriu- quando você e Elijah voltarem nós duas teremos muito tempo pra praticar.

—Quando Elih e eu voltarmos?- questionei confusa- nós vamos embora?

—Se acalme, tenho certeza que Elijah vai te contar depois- ela disse, se levantando- agora eu preciso ir, Hayley e Jack vão sair e sou a babá de Hope.

—Espera, você não me con...

Tarde demais. Freya saiu e me deixou ainda mais confusa.

...

Ainda meio dolorida me levantei, já era hora de eu sair daquela cama. Vaguei pelo quarto, observando tudo. Alguns livros estavam sobre a mesa de canto, mas tirando isso tudo estava muito bem organizado.

Caminhei até a varanda, era bom tomar um pouco de sol, despertar, pensar um pouco. Tentar adivinhar o que se passava na cabeça de Elijah era difícil. Pra onde nós iríamos? Porque nós partiríamos?

—Apreciando a vista?

Olhei de relance pra ele, não estava afim de falar com Klaus agora, principalmente porque eu já imaginava o que ele diria.

—Você veio me ameaçar? Ou me expulsar? Talvez os dois?

—Não estou aqui pra isso, sweetheart— ele se juntou a mim, observando a cidade - eu vi nos olhos do meu irmão algo que eu não via a muito tempo, medo.

Tá legal, eu estava só um pouquinho surpresa.

—Morrer é algo que assusta todo mundo - era verdade, eu quase morri e fiquei apavorada por isso.

—Elijah em momento algum temeu a própria morte – ele me olhou de lado - já a possibilidade de perder você para sempre o deixou apavorado.

Sorri. Agora que eu não tinha mais duvidas que Elih me amava, tudo estava diferente, mais simples.

—Suponho que esse seja o motivo pra você não ter me ameaçado, ou feito coisa pior até agora – foi preciso apenas olhar nos olhos dele pra saber que eu estava certa- tentar matar vocês dois foi o maior erro da minha vida, não vai se repetir.

—Assim eu espero – ele me olhou sério- eu ainda estou de olho em você, sweetheart.

—Você não seria você se não estivesse- disse, ele sorriu.

...

Já era tarde, mas eu me negava a dormir. Fiquei xeretando pelo quarto, mas especificamente pelo closet. Passei minhas mãos pelos tecidos caros. Encarei a camisa social branca, me imaginei usando ela depois de noite com Elih.

—É bom ver você finalmente em pé - a voz dele me fez pular de susto.

—Elijah – sorri, o rubor nas minhas bochechas pelos pensamentos maliciosos ainda estava ali- é, estou bem o melhor do que antes.

—Bem o suficiente pra uma viagem?-ele questionou, fechei as portas do closet e fitei ele.

—Nós vamos partir?

Era inexplicável o que ele causava em mim com um simples toque. Elih tocou minha bochecha gentilmente.

—Passei esses dias resolvendo as coisas por aqui – ele me fitou e sorriu- para que possamos viajar, ter um tempo só para nós dois. O que você acha?

Eu controlei ao máximo minha cara de pervertida. Deus, pra onde foi minha inocência?

—Só nós dois? Eu adoraria - sorri – e eu aqui pensando que você queria me mandar pra longe.

—Isso não vai acontecer, nunca- ele aproximou seu rosto do meu – você não se livrar de mim assim tão fácil, pequena.

Senti meu coração parar,e então voltar com tudo quando seus lábios tocaram os meus.