Im-permanência escrita por Eddie Rodrigues
Ele conheceu o amor.
Ainda garoto, seu coração ingênuo se permitia apaixonar. E, ele, sentia tão profundamente suas paixões que chegava a acreditar na existência da palavra eterno.
Inocência.
Como um bobo, fazia juras de amor e promessas inquebrantáveis. Passava horas e horas fazendo planos para o amanhã e para um futuro distante, tal qual, ele acreditava que chegariam juntos.
Tolices.
Ele um dia fora pleno. Se entregava ao ser amado por inteiro. Não se importando com o passar das horas, contanto que estivessem juntos. Se amando.
Nesses momentos, ele ria e fazia piadas sem graças. Adorava provocar e ser provocado. Mas, além de tudo, amava abraços aconchegantes.
Sempre fora carinhoso, moleque, atencioso, carente. Ele necessitava que o amassem.
Estupidez.
Mas o tempo fora perverso com ele. Os anos tiraram dele o que tinha de melhor. O sorriso meia boca que se refletia no brilho dos seus olhos e a ingenuidade presente em seu ser. A sua capacidade de acreditar nas pessoas.
Solitude.
Ele aprendera que tudo passa. Nada permanece. E que algumas palavras jamais deveriam ser ditas.
Conhecera uma vazão de outros sentimentos. Frios, vazios, amedrontados. Sentimentos que agrediam.
Machucados.
Crescera, tornou se homem feito. E descobrira se outro.
O amor um dia ocupou seu coração.
O coração de menino que deixara para trás.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!