Bulletproof Daughter escrita por Jéssica Sanz, Jennyfer Sanz


Capítulo 9
Visitando o passado


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver o que rola nessa investigação.



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O som da campainha ressoou na casa, lindo e majestoso. Ouviu-se um “já vai” na voz de uma mulher. Algum tempo depois, a porta se abriu.

— Pois não? — Disse a mulher.

— Olá. Meu nome é Yonseo, eu sou a irmã de Kim Taehyung. É a senhora Park?

A mulher pareceu perder a respiração por alguns segundos.

— Sim — disse ela, com um tom maravilhado, como se estivesse reencontrando o próprio Taehyung. — Querida, entre, por favor! — Pediu ela, rapidamente.

Yonseo obedeceu e entrou. A casa era ampla, limpa e organizada, tudo o que a sua própria não era. Ela esperou a senhora Park tomar a frente.

— Venha, sente-se! — A mulher parecia animada. Yonseo afundou no confortável sofá da sala. A senhora Park sentou-se em seguida de frente pra ela. Ficou apenas olhando por um tempo, extasiada. — Olha só pra você! Que moça bonita. É a cara do Tae.

Yonseo sorriu. Não estava esperando uma recepção tão calorosa.

— Obrigada. Senhora Park, eu vim aqui porque queria conhecê-la. Tenho pensado muito em tudo o que aconteceu com os meninos, e percebi que existem muitas coisas que não foram explicadas.

— Ah, isso é verdade, minha menina. Mas tem certas coisas que sempre serão um mistério. Nunca soubemos o porquê do nosso Jiminie ter sofrido uma hipotermia, mas não há nada que possa fazê-lo voltar. Nem mesmo descobrir isso nos traria mais conforto.

— A senhora não tem… Nenhuma curiosidade de saber?

— Tenho sim, Yonseo. Mas não acho que seja uma resposta possível.

— E quanto aos outros? E quanto a isso tudo? Não é estranho que os sete tenham morrido em um espaço de tempo tão curto?

— É. Eu sempre achei isso. Mas é o que eu disse. — Por mais que suas palavras tivessem um sentido amargo, a voz da Senhora Park soava tão calma e doce que poderia ser uma canção de ninar. — Ficar pensando no passado não vai trazê-los de volta. Só vai gerar tristeza e saudade. Mas eu não me esqueço deles. Penso em todos os sete, todos os dias, mas penso nas coisas boas. Na coisa mais preciosa que eles tinham, que era a amizade. Eles diziam que a amizade deles era à prova de balas, e de fato ela era. Afinal, nem mesmo a morte pôde separá-los.

Ao final, Yonseo notou que a senhora Park estava lacrimejando. Ela mesma estava emocionada com as palavras daquela mulher.

— É um pensamento muito belo — comentou Yonseo, com sinceridade, embora pensasse em alguma forma de convencê-la. Ela estava certa, mas ainda estava em perigo. Antes que pudesse pensar em algo novo para dizer, a senhora Park lhe deu o que precisava.

— Minha menina… Embora eu não tenha a mesma curiosidade que você, não tenho o direito de impedi-la ou atrapalhá-la. Mesmo se tivesse, jamais o faria. Apenas estou justificando que prefiro não seguir esse caminho, mas eu a ajudarei. Vou contar tudo o que sei, mas eu gostaria de sugerir que essa parte da nossa conversa contasse com a ajuda no meu marido.

— O senhor Park. Onde ele está?

— Trabalhando. Ele cuida da contabilidade, da administração de gastos da delegacia.

— Delegacia? — Perguntou Yonseo. Aquilo parecia promissor. Um funcionário de uma delegacia não tende a mostrar resistências a investigações.

— Sim. Ele sim tem uma vontade enorme de descobrir o que aconteceu com os meninos, provavelmente ajudará você bem mais nessa jornada. Façamos assim: venha almoçar conosco no sábado. Poderemos conversar melhor sobre isso. Pode ser?

— Seria ótimo.

— Que bom. Antes de você ir, vou te contar uma pequena parte que cabe a mim. — A senhora Park se levantou. Foi ao armário da sala e pegou uma pequena caixa de madeira. Sentou-se ao lado de Yonseo e abriu a caixa. Tinha umas poucas fotos, muitas de Jimin, mas também tinha de todos os outros. Ela mexeu nas fotos até encontrar uma foto do Jungkook. — Eu vou te contar quem eles eram. Depois, quero que leve as fotos para te ajudar.

— Mas são as únicas lembranças que a senhora tem.

— Ah, minha menina, esses garotos não são deletáveis da minha memória. Leve ao menos algumas, está bem?

— Certo.

— Este é Jeon Jungkook. O mais novo. Às vezes, os meninos o chamavam de Kookie.



— Eu chorei litros aqui — disse Hoseok, quando Yonseo estava andando na rua.

— Eu fiquei realmente emocionada. Principalmente quando ela falou do Tae. Fui apresentada a uma parte do meu irmão que não conhecia.

— Na moral, véi, minha eomma é muito top, né não? — Falou Jimin.

— É, Jimin, é sim.

— Ah, o Jimin tá aí. Quase esqueci.

— O Namjoon também.

— Ah. O… Namjoon.

— Que foi? Você não gosta dele?

— Não é isso. É que eu fui muito ignorante com ele no dia em que o Tae morreu. Mas… Eu estava vivendo um momento péssimo. Pode pedir desculpas por isso?

— Claro. Namjoon, ela está pedindo desculpas por ter sido ignorante com você. Ela estava vivendo um momento péssimo.

— Está tudo bem.

— Ele disse que tá tudo bem. Não foi muito convincente mas…

— Cala a boca, garoto.

— Mas não foi mesmo — confessou Jimin

— Tudo bem, Hoseok. O perdão é como um estigma. É preciso tempo para que sumam as fissuras. Algumas nunca somem.

— Sábias palavras, Yonseo.

— Sábias? Eu quero ouvir, então — disse Namjoon.

— Ela disse que… Que que você disse, mesmo?

— Vou repetir quando você tiver um caderninho — disse Yonseo, rindo. — Qual é o próximo passo?

— Ligue para Sehun.

— Será que não vou atrapalhá-lo? Ele deve estar trabalhando.

— Espera, vou ver. Eva, me mostre o Sehun. — A água mostrou Sehun tomando café na sala dos médicos. — Me mostre Yonseo novamente. — A imagem o fez. — Ele está no break. Momento perfeito.

Yonseo entrou em um shopping e usou o celular para ligar para Sehun. Tinha conseguido o número em um site de consultas.

— Alô?

— Doutor Oh Sehun?

— Sim, ele mesmo, quem fala?

— Kim Yonseo. Irmã de Kim Taehyung. O senhor se lembra dele?

— Claro — a voz do médico estava diferente. — Qual é o motivo da sua ligação?

— Eu preciso da sua ajuda. Estou indo atrás de respostas que ainda não existem sobre as mortes dos meninos. Isso é tudo muito suspeito pra mim, acho que existe algo ou alguém por trás disso.

Sehun deu uma leve pausa, como se pensasse.

— Eu quero te ajudar — disse ele, com certeza. — Esses meninos são a coisa mais maluca que já aconteceu na minha curta carreira de médico, senhorita Yonseo. Eu cuidei de dois deles, e os dois têm a mesma idade que eu. Foi impossível não me envolver. Eu vou fazer o que puder para conseguir respostas. Onde te encontro?

Yonseo sorriu.

— Vamos nos encontrar num lugar público. Pode ser um parque?

— Está ótimo pra mim. Amanhã eu estou de folga, que tal?

— Perfeito.

—  Como vou te achar?

— Você não vai. EU vou te achar.



— Você tem certeza de que vai conseguir fazer isso, hyung? — Perguntou Jimin.

— Não — respondeu Hoseok. — Mas eu vou tentar.

— Se não conseguir, o encontro deles vai por água abaixo — disse o insistente Jimin. — Você sabe, né?

— Sei, Chim Chim. Obrigado por pressionar.

— Não deve ser difícil, gente — opinou Namjoon.

— Projetar? — Perguntou Hoseok.

— Não. Achar um cara de jaleco num parque.

— Sei não, hein — disse Jimin. — Não é antiético usar jaleco na rua?

— Putz, é mesmo — lembrou Namjoon.

— Isso porque ele é O intelectual do grupo, que sabe falar inglês e os caramba…

— Eu também sei falar inglês — disse Hoseok. — Jimin is very no fun.

— Jimin — disse Namjoon. — You’ve got no jams.

— Não tem jeans aqui, gênio — disse Jimin. — Estamos desconcentrando o Hoseok Hyung.

—  Ok, vamos lá…

Hoseok submergiu as duas mãos e fechou os olhos. Ajeitou a postura, voltando à posição anterior, de forma que as mãos ultrapassaram o nível da água, mas continuaram molhadas. A água estava se espiralando em seus braços. Suas pernas também estavam sendo cobertas. Namjoom e Jimin emitiram som de admiração. Logo, quase todo o seu corpo estava coberto pela água.

Namjoom e Jimin se entreolharam boquiabertos quando o trono de Eva se transformou em um pequeno furacão inverso que engolia Hoseok.

—  E agora?

—  Ele deve estar lá —  Disse Jimin. —  Ou a caminho.


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Notas finais do capítulo

Como será o retorno de Hoseok?? Veja no próximo capítulo muahahahahhahahha

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